|
Verdade pura
Oriente Médio
A situação nos países árabes se agrava e as causas estão na falta de liberdade e nas condições de vida, desemprego, imigração e pobreza, agravadas em alguns casos com a corrupção dos regimes e seu caráter monárquico, familiar e oligárquico. Nesse cenário, a internet tem tido um papel relevante, dado a juventude de suas populações, assim como a disseminação da educação. Não vejo como estopim dos conflitos a questão religiosa, o islamismo, apesar de seu papel no Egito, onde a Irmandade já fazia oposição ao regime há décadas.
As manifestações de protestos no Oriente Médio e na África continuam se espalhando e, agora, chegaram ao Djibuti e se intensificaram no Marrocos, com a presença de movimentos religiosos e sindicatos, ONGs, juventude e partidos de oposição.
Não haverá solução rápida e imediata, ainda que regimes possam cair, como foi o caso do Egito e da Tunísia. Apenas é o começo de um processo de mudanças estruturais, políticas e sociais. Os acontecimentos na Líbia, Iêmen e Bahrein revelam que os regimes aprenderam com a experiência da Tunísia e do Egito, mas o fato é que historicamente repete-se nos países árabes a época de mudanças que varreu a América do Sul e Latina nos últimos 15 anos. A pergunta que devemos fazer é até quando a Europa ficará imune às mudanças e revoltas populares?
--
do Leitor
Os comentários do post demonstram claramente que o que está em jogo não é o valor do salário mínimo e sim um embate de forças entre governo e oposição.
Os governistas querendo demonstrar que Dilma pode contar com eles para o que der e vier, e a oposição quer também demonstrar que pode ser uma pedra no sapato de Dilma.
E o trabalhador, onde fica nesta história toda? Ninguém está nem aí para o trabalhador. Afinal de contas o salário dos deputados e senadores já foi reajustado em 62% O da presidente e dos ministros muito acima de 100%.
Por que não foi dado um reajuste menor, bem menor para os deputados e governantes e usado este recurso para aumentar o salário mínimo?
Nossos representantes e governantes só estão lá para defender seus próprios interesses particulares, estão pouco se lixando para o trabalhador.
BriguilinoSou da verdade e justiça
S...Sou da verdade e da justiça
|
Vitória histórica de Dilma
Nada mais forte no Congresso do que governo que está começando. A presidente Dilma Rousseff deu uma demonstração de força vencendo o seu primeiro grande teste na Câmara, ao aprovar, na última quarta-feira, a proposta de R$ 545 para o novo salário mínimo. O projeto seguiu para o Senado, onde será mais fácil aprová-lo, ainda que as centrais sindicais anunciem que voltarão a pressionar os senadores. O PSDB anuncia que vai defender o salário mínimo de R$ 600, como Serra propôs durante a campanha eleitoral, mas o ex-governador e senador mineiro Aécio Neves conseguiu sensibilizar alguns senadores tucanos para a sua emenda propondo o piso salarial de R$ 560.
"Nós aprovamos uma política que vai assegurar um salário mínimo de R$ 620, em janeiro de 2012". Henrique Eduardo Alves
Líder do PMDB na Câmara
No SenadoO líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), sugeriu a desoneração dos produtos que compõem a cesta básica, como compensação, mas a maioria da Casa tende a aprovar a proposta de Dilma Rousseff. O líder do governo, senador Romero Jucá, propôs que o ministro da Fazenda compareça ao Senado para explicar as razões que justificam a firme determinação do governo em se fixar no piso salarial naquele limite. Claro que Guido Mantega vai ao Senado falar aos senadores, como esteve na Câmara para explicar aos deputados. O que justifica a contenção do mínimo é a disposição do governo de cumprir uma política de austeridade nos gastos para conter a inflação.
Tarcísio Holanda
Tarcísio Holanda
Espécie em extinção
Estão acabando as empregadas domésticas, contratadas por baixo ou nenhum salário, para trabalhar de sol a sol, no emprego porque o País mudou. Este emprego era decorrência direta do tempo da escravidão e isto explicava a grande quantidade de empregadas domésticas, em residências particulares, porque elas eram uma espécie de terceira ou quarta família dos donos da casa, seja por não receber remuneração, a não ser alimentação de cada dia, diferente da servida na mesa dos patrões, seja pelo tratamento que recebiam. Na medida em que o governo multiplicar cursos gratuitos de nível médio, dando profissão às moças pobres, menos elas acorrerão a tais serviços.
Por isto, o governo precisa multiplicar o número de creches públicas de qualidade para que as mães pobres tenham onde deixar os filhos quando vão às fábricas ou escritórios batalhar pelo pão de cada dia.
Para tudo
Como nos tempos dos escravos negros, elas eram serviçais da casa e, ao mesmo tempo, satisfaziam aos apetites sexuais dos patrões ou dos filhos dos patrões. Quando engravidavam, ninguém queria saber quem era o pai e sim o destino que se lhes dava que era o da porta da rua, do desemprego, onde, para garantir a sobrevivência, tinham de se prostituir. Não eram registradas como funcionárias e, portanto, não contribuíam para Previdência que lhes desse aposentadoria no fim da vida. O que lhes cabia era trabalhar até morrer, ou ir morrer de fome, ou na mendicância nas casas de seus familiares, ou nas que, por favor, por caridade, conseguiram adquirir.
Sociedade mudou
A economia mudou. A sociedade também. E hoje em dia ninguém quer ser mais empregada doméstica, por conta da subalternidade da função e seu desprestígio social. Todo o mundo quer emprego é em escritório ou nas fábricas, com todos os direitos trabalhistas assalariados e a folga dos fins de semana, entre outros. Como alguém pode aceitar ser empregada doméstica se, para exercer tal função, tem de deixar filhos aos cuidados de outrem, da mãe, da sogra ou de uma vizinha de boa vontade?
Salário digno
Sem falar em que todos querem trabalhar por salário digno. E isto Lula, que até os catadores de luxo amparou, não iria deixar moças que prestam tantos serviços à família brasileira, abandonadas. E não é o que ganha a maioria das empregadas domésticas. Basta atentar para quanto pagamos a uma diarista para trabalhar em nossa casa, durante o dia, saindo à tarde, de volta ao lar, para cuidar dos seus. Varia entre 60 a 70 reais, aqui em Brasília, o que significa um ganho bruto, total e 1.800, 2.100 reais mensais. Vai ser o custo de empregada doméstica, em pouco tempo. Quem não pagar, terá de fazer em casa suas tarefas ou convocar, para tal, filhos ou noras. E isto para executar determinado tipo de trabalho. Se, além disso, tiver de cuidar de crianças, o salário será mais elevado. Minha filha paga na creche 1.200 reais por meio expediente em que ele é bem cuidado.
Não é o que desejo
Quando falo sobre o tema, escandalizo os interlocutores, principalmente os habituados a pagar baixa remuneração ao servidor doméstico. Isto vai mudar, não por que eu queira, e, sim, por imposição do mercado e da melhor qualificação das brasileiras.
Assinar:
Postagens (Atom)