A NECESSÁRIA DIVERSIDADE DA MÍDIA!

[...] REPARAÇÃO MAIS DURA DA COBERTURA MALICIOSA!

É preciso aproveitar a chance para uma reforma dos meios de comunicação. Mas fúria não basta. O Reino Unido deve aproveitar esta chance para reconsiderar a estrutura e regulamentação da mídia. A mídia é um negócio. Mas não um negócio qualquer. Ela não apenas reflete, mas também molda a opinião pública, de modo que detém uma influência política imensa. É por isso que os ditadores buscam controlar os meios de comunicação e os políticos democráticos os utilizam.
            
Uma pessoa com controle de uma porção substancial da imprensa escrita e da televisão exerce uma influência enorme sobre a vida pública. Alguns argumentariam que, mesmo assim, é melhor deixar a propriedade aos cuidados do mercado e o conteúdo aos direitos de liberdade de expressão, sujeito apenas à lei de calúnia e difamação e de invasão da vida privada. Mas a propriedade importa. A mídia tem um relacionamento íntimo com o funcionamento da democracia ou, em palavras diferentes, com a capacidade das pessoas de exercer a cidadania de modo eficaz.  
           
A diversidade da mídia exige diversidade de propriedade. Mas as forças econômicas podem gerar um grau de concentração incompatível com a diversidade desejada. Os políticos então se rebaixam diante dos proprietários que controlam sua comunicação com o público. Na pior das hipóteses, o proprietário pode distorcer essa comunicação necessária de modo a transformar a vida pública. Ver a mídia da mesma forma como veríamos uma atividade comercial é um erro grave, assim como ignorar os aspectos econômicos desse negócio.  Cada país deverá encontrar seu próprio equilíbrio, ciente dos dilemas, particularmente em uma era de profunda mudança tecnológica.  
           
O que é necessário é um reexame abrangente do papel e regulamentação da mídia no Reino Unido. Além disso, qualquer conclusão desse reexame deve incluir explicitamente um compromisso de nova revisão no futuro, para levar em consideração as mudanças em curso na tecnologia e no ambiente de negócios. Essa revisão abrangente analisaria: a lei de privacidade e de calúnia e difamação; regulamentação da imprensa; concentração de propriedade na mídia; o papel da radiodifusão de utilidade pública; e o financiamento público da mídia, de modo mais geral, e particularmente da imprensa.   A reparação de cobertura maliciosa precisa ser mais dura, preservando ao mesmo tempo a liberdade de expressão; as regras para múltiplas propriedades na mídia devem ser mais rígidas. O país deve manter o apoio à "BBC" por meio de financiamento estável, porque ele define a noção de bem-estar público; e devemos considerar se o bem público do levantamento e análise de notícia de alta qualidade merece apoio público.
Martin Wolf


Receita de creme com 3 queijos

creme-com-tres-queijos-f8-13467.jpgIngredientes

95 gr de Cream Cheese  
50 gr de cheddar
50 gr de parmesão
2 xícaras (chá) de leite
1/2 colher (café) de noz-moscada ralada 
1 tablete de caldo de carne
1 xícara (chá) de água
2 colheres (sopa) de nata
Sal e pimenta-do-reino branca a gosto 

Modo de preparo

Liquidifique todos os ingredientes. Aqueça em uma panela, em fogo baixo, sem deixar que ferva, mexendo constantemente, para evitar que pegue no fundo da panela, até obter uma consistência um pouco espessa. Acompanhe com os croûtons. Para dar um sabor espetacular, adicione bacon frito, picado junto con os croûtons.
 



PENSANDO EM NÓS



Passado, presente e futuro...
Três palavras mágicas!
Nelas encontro saudades
Amor, fantasias e sonhos!

Em todas, está você ao meu lado
Como se minha sombra fosse...
Ao amanhecer, de frente para o sol
Você me segue onde quer que eu vá...

Ao chegar o meio dia, você está em mim
Numa mágica junção de duas pessoas
Que se amam sempre e, cada vez mais e mais
Como se uma única pessoa fôssemos!

À tarde ao sair acompanho você
Que a minha frente me indica
Os caminhos que devo seguir
E me delicio com seus passos!

A noite, mais uma vez nos unimos
E novamente num só, nos tornamos
Para vivermos mais uma noite
De amor, fantasias e sonhos...

Em todas elas, seja a minha frente
Ao meu lado, me seguindo, ou junto a mim
Só você existe em todos os momentos...
Que vivo pensando em nós...
®                                                                                                                           Gena Maria
Dedico  ao meu amado Joel. Te amo  vida bjsssssss

A VERDADE

Você já pensou algum dia no poder da verdade? Ou você pensa que a verdade chega sempre tarde, quando a injustiça já se consumou?

Quando foi coroado rei da Pérsia, Dario mandou dar uma grande festa para todos os seus súditos, espalhados em cento e vinte e sete províncias.

Terminada a festa, adormeceu, mas foi despertado pelas vozes alteradas de três rapazes que discutiam acerca do que seria a coisa mais forte do Mundo.

Em vez de admoestá-los, ficou a escutá-los.

Decidiram que cada um escreveria uma frase dizendo o que era a coisa mais forte e colocariam os papéis debaixo do travesseiro do rei. Pela manhã, o rei e os príncipes da Pérsia julgariam qual a opção mais sábia.

No dia seguinte, na sala dos julgamentos, leu-se a primeira frase: "O vinho é o mais forte."

Aquele que escrevera a frase, considerou que o vinho tem muita força. Tanta que pode transformar em tolos os homens mais grandiosos.

O rei poderoso e a criança ignorante se igualam sob sua força. Coloca nuvens na memória e torna discussões sem valor porque tudo cai mesmo no esquecimento.

A segunda frase dizia: "O rei é o mais forte."

A justificativa do autor foi de que o rei tudo manda e é obedecido. Envia soldados à guerra, condena pessoas à morte ou lhes concede o perdão.

Todos os súditos o obedecem e ele faz o que lhe agrada. É apenas um homem, mas por ele os soldados cruzam montanhas, derrubam muralhas, atacam torres e depois de conquistado o país, trazem os frutos para ele.

A terceira frase afirmava: "Acima de tudo, a verdade prevalecerá."

O jovem que a escreveu falou: "A verdade é mais forte que todas as coisas.

O rei pode ser perverso, o vinho é perverso. Os homens podem ser maus. Todos eles perecerão. Mas a verdade é eterna.

É sempre forte. Nunca morre. Tampouco é derrotada. Faz o que é justo. Não pode ser corrompida.

Não necessita do respeito das pessoas para existir. É grandiosa e soberana sobre todas as coisas."

E Dario julgou que o terceiro jovem era o mais sábio, dizendo-lhe que pedisse o que quisesse.

O jovem era um judeu e lembrou ao rei que ele deveria cumprir a promessa de reconstruir Jerusalém.

Que ele deveria reconstruir o Templo, conforme compromisso assumido no dia em que subiu ao trono.

E o rei da Pérsia cumpriu a promessa.
 

Artigo semanal de Delúbio Soares

Um mundo novo que surge
 
Eis que, diante de surpresa e pasmo generalizados, sem que suspeitássemos que um dia isso poderia acontecer, as grandes potências mundiais derretem ao sol do verão do hemisfério norte ao sabor de acontecimentos antes privativos dos países do terceiro mundo.
 

O poderoso "Tio Sam" - democrata dentro de suas fronteiras e imperialista fora delas -, defensor da economia de mercado dentro de casa e, paradoxalmente, protecionista ao extremo, tropeçou em 2008 numa crise que desnudou seu mercado imobiliário e financeiro, derrubou bancos centenários e hoje, tal qual um quatrocentão decadente, nos é revelado como um grande endividado. E nós, brasileiros, novos ricos e ascendentes na nova ordem econômica mundial, estamos na fila dos seus credores! Quem diria... São as voltas que esse mundo de meu Deus dá, sim, senhores.
 

A China, do alto de sua fortaleza, pede responsabilidade aos Estados Unidos. Quem poderia pensar que aquele gigante territorial, com uma população de 1,4 bilhão de pessoas, conseguisse ter a unidade política, a densidade comercial e a importância econômica para puxar as orelhas de quem, não faz muito, ditava sozinho e a seu bel-prazer os rumos da humanidade? Pois é, aconteceu.
 

Os chineses estiveram separados do mundo por milênios, ancorados em uma cultura sólida, em crenças profundas, em sabedoria invejável, por uma muralha instransponível e, por último, por um regime fechado e dogmático. Mas, por obra justamente da solidez cultural, da sabedoria que se lhes reconhece, do pragmatismo que esbanjam em tudo o que hoje fazem, transpuseram a muralha ideológica e adaptaram o seu regime. Não são mais dogmáticos, senão pragmáticos. E aqueles simpáticos, desajeitados e tímidos seguidores de Mao, o "grande timoneiro", que no início dos anos 70 receberam com festas Richard Nixon, precedido pelo abominável Henry Kessinger, como uma tênue deferência à distensão, poucas décadas depois (o que é nada para um povo que pensa em milênios e para o qual o tempo é matéria-prima particularmente íntima), recomendam juízo aos extravagantes gastadores que um dia fundaram uma grande democracia, um grande capitalismo, um grande país, e hoje patinam feio no processo econômico e enfrentam o ocaso com impensável pequenez interna.

 

Se os norte-americanos não escutarem os previdentes e precavidos chineses, perderão o bonde da história no novo milênio, como perderam a liderança do mundo os orgulhosos súditos de Sua Majestade a Rainha Victória, na virada para o século XX, quando ainda eram os donos do mundo. Fomentando guerras como a da "Tríplice Aliança", quando o Brasil, Argentina e Uruguai, instrumentalizados e financiados pelo Reino Unido, cometeram um genocídio no Paraguai, dizimando a população adulta, barbarizando uma Nação desenvolvida e reduzindo o maior parque industrial da América do Sul à cinzas, os ingleses cometeram barbaridades aquí e alhures. Na Índia não foi diferente. Eram uma casta esnobe situada acima da casta nativa mais alta. Com olhos de desdém atrasaram os destinos de um país multifacético e invulgar, de cultura singular, hoje baseado em dois pilares: democracia sólida e economia pujante. Os ingleses queriam o chá e as especiarias. Os hindús queriam a liberdade. Hoje os ingleses se vêem às voltas com um a atuação facistóide de um magnata apátrida e com o que de pior há na imprensa mundial: o denuncismo impenitente e irresponsável, que condena antes do julgamento e cujos métodos começam a vir a público de forma paradigmática. Hoje os seus antigos colonizados são, nada mais nada menos, uma das potências que deixam os antigos colonizadores comendo poeira no fim da fila da história. A Rainha Victória teria um chilique imenso vendo tudo isso. Cancelaria o chá das cinco com o primeiro-ministro em
Buckingham, certamente.
 

Há países que não eram senão desconhecidos para a grande maioria do mundo. Para os brasileiros, então, nem pensar. Aquele que surge como a grande potência do leste, o parceiro preferencial do Brasil ao lado da África do Sul, India e Coréia do Sul, formando os "BRICS", era, no máximo, a terra do pasteleiro da esquina. Hoje é o mercado promissor, mas também o do presente. A China, a Coréia, a Índia, a África do Sul não são mais "lá longe". Estão, sim, "logo alí".

 

As oportunidades encurtaram as distâncias mais do que os satélites e os aviões a jato. Os investimentos mútuos, as empresas de ambos os países que apostam em parcerias, que se associam, que celebram protocolos que logo viram contratos e depois tomam vida nas linhas-de-produção. É o amanhã que bateu às portas do Brasil e de seus parceiros nos "BRICS". Enquanto uns tomavam chá e tiranizavam países então paupérrimos e outros olhavam o mundo com a ilusão da chefia mais despótica e do mando amedrontador, esses povos que conheceram a fome e as endemias, o analfabetismo e toda sorte de sofrimentos a que o homem pode ser submetido, buscam ser razoáveis e substituem divergências por convergências, buscando no desenvolvimento econômico e nas parcerias tecnológicas, um caminho comum de prosperidade e realização social.

 

Faz poucos dias vimos a presidenta Dilma Rousseff abrindo os Jogos Mundiais Militares 2011, no Rio de Janeiro. O inigualável craque Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, acendeu a pira olímpica, e a Chefe da Nação declarou aberto aquele importante certame. Também vimos Dilma dando início à construção de cinco submarinos, sendo um deles à propulsão nuclear, ao cortar, simbolicamente, a primeira lâmina no estaleiro onde serão fabricados em Itaguaí (RJ). Há dois fatos importantíssimos contidos em tais acontecimentos.

 

O primeiro é o da maturidade de nossa democracia, posta à prova na última eleição presidencial, quando o PSDB e seus aliados fizeram a campanha eleitoral mais sórdida de nossa história política, com toda sorte de acusações, semeando o terrorismo e o medo, além de uma contra-propaganda absolutamente retrógrada quando não difamatória. Apesar disso, vencemos e Dilma se comporta como é de seu estilo, com altivez e sobriedade. Assumiu o comando das Forças Armadas com naturalidade, com grandeza, e as têm prestigiado ao máximo. Não olha para trás, mas para o futuro, com os olhos de visionária e a plena consciência de sua missão histórica. Não é mulher de ressentimentos, é mulher guerreira e competente, pronta para as missões e os desafios a serem enfrentados e vencidos. Dilma é a presidenta do Brasil do século XXI.

 

O segundo acontecimento é o de que já temos, sem desprezar problemas internos e externos a serem debatidos e equacionados, uma agenda positiva e adequada à nossa nova realidade de potência emergente. Já desenhamos uma nova sociedade, com a chegada de trinta milhões de brasileiros à classe média e com indicadores sociais e econômicos incomparáveis aos dos anos infâmes do tucanato. Agora já podemos e devemos pensar em nossa defesa externa, na melhor qualidade do patrulhamento de nossas fronteiras territoriais e do combate ao narco-tráfico e ao contrabando, de nosso mar e do pré-sal, de nosso imeso espaço aéreo. E a foto da presidenta Dilma segurando a maquete de nosso primeiro submarino nuclear faz lembrar a de Getúlio Vargas com as mãos enegrecidas pelo petróleo de nosso primeiro poço ou a de Lula entregando a chave da casa própria para uma brasileira idosa, negra, emocionadíssima, que pela primeira vez teria um teto prá chamar de seu. Esse momento é de profunda e transcedental importância para o Brasil que surge, forte, poderoso, cheio de esperança e de futuro para os seus filhos.

 

A Petrobrás foi bombardeada à exaustão pelo capital internacional com o apoio de quase todos os partidos políticos, de entidades patronais e de grande parte da imprensa brasileira. As bibliotecas estão aí para quem quiser consultar livros, jornais e revistas e se surpreender com o massacre impatriótico promovido contra aquela que hoje é uma das maiores empresas do mundo! Foi Getúlio, com o apoio de estudantes, nacionalistas e militares, quem a criou, contra vento e maré. Lula mudou o curso de nossa história e recuperou um país que havia quebrado três vezes no governo de FHC. Como se não bastasse, colocou o Brasil como sétima economia mundial, acabou com o desemprego e está no coração do povo. Não teve paz do primeiro ao último dia de seu governo. Fez o que fez, foi o Estadista que a história registra, sem o beneplácito da mesma mídia que festeja o octogenário que nos levou repetida e humilhantemente aos balcões do FMI e hoje ocupa seu tempo num instituto fantasma e na defesa da discriminalização da 'canabis sativa' (maconha, para quem não sabe). É o altíssimo preço que pagamos pela ousadia que tivemos de mudar o Brasil para muito melhor.

 

Há um novo mundo que surge e nele o Brasil tem destaque impressionante. Alguns (o povo, principalmente, que é mais sábio que as elites) captam essas mudanças bem antes. E nesse novo mundo o Brasil não é mais secundário: é protagonista respeitado, senta na mesa principal das discussões, participa das decisões mais importantes.

 

Escrevo tudo isso para dizer que a história é feita por nós, o povo. Não é feita por Rupert Murdoch. Ele e seus parceiros em todo o mundo a contam durante um certo tempo da forma como querem e bem lhes interessa. Descobertos, publicam uma edição final dizendo "Bye Bye" e a história prosseguirá. Sem eles.

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por Luis Fernando Verissimo


O fim do jogo

Tem um pensamento que me consola em casos de vexame, desgosto com a espécie humana, noticiário de Brasília ou derrota do Internacional. Penso: daqui a alguns milhões de anos o Sol vai explodir, a Terra vai virar cinza e nada disto terá muita importância.
O perigo, claro, é o consolo se virar contra o consolado, pois, se pensar na nossa morte pessoal já nos angustia, pensar na morte de todo o sistema solar, ao qual somos tão ligados, pode angustiar mais. Mas é bom aceitar o risco da angústia terminal, botar tudo em perspectiva e ver nossos infortúnios num contexto maior. Em latim fica mais bacana: ‘Sub specie aeternitatis". Do ponto de vista da eternidade, como dizia o filósofo Espinosa, segundo o Google.
Do ponto de vista da eternidade tudo tem o mesmo sentido, ou sentido nenhum. Surpreende que a frase não seja invocada mais vezes, por exemplo, nas crises econômicas. Sob o ponto de vista da eternidade o carrossel das finanças, a gangorra dos juros e das dividas, o escorregador das falências nacionais e os balanços dos balanços não passam de brinquedos.
Tudo é um jogo que só é dramático e afeta a vida de tanta gente porque lhe dão um sentido falso que omite a explosão do Sol, no fim, quando até o ouro virará nada. O fim do jogo, para quem o leva a sério, é um mítico mundo com as economias equilibradas e o mercado redimido e triunfante. Não é. O fim do jogo é o nada.
Os "indignados" que protestam nas ruas da Europa contra as medidas de austeridade que exigem sacrifícios dos já sacrificados para corrigir a safadeza alheia, da minoria culpada pela crise internacional, estão dizendo isto, que a vida é mais importante do que o jogo, que nenhuma promessa de sanidade econômica a longo prazo compensa a miséria humana agora — ainda mais que a longo prazo seremos todos cinza.
E SE?
Já que falamos em vexame... Razão teve o Fernando Calazans, que sempre tem razão. E se os três substituídos pelo Mano Menezes, Neymar, Ganso e Pato, estivessem em campo para bater pênaltis, o resultado seria o mesmo? Nunca saberemos.

O modo Joaquim Silvério dos Reis de pensar o Brasil

O Estadão, hoje, tem um daqueles momentos de sinceridade antológicos.

É o editorial intitulado A Vale ainda não entrou na produção de aço, felizmente“.

Depois de algumas lágrimas por Roger Agnelli, o jornalão começa a entregar o seu pensamento colonial.

Por ele, o Brasil ainda seria um pequeno país atrasado, que nem mesmo produziria aço.

Comemora o fato de não aparecer um sócio capaz de colocar dinheiro no projeto da Cia. Siderúrgica de Ubu (CSU) que a Vale pretende instalar no Espírito Santo.

Como se sabe, só há dinheiro de capitalistas para investir em especulação com dólar, uma coisa extremamente mais útil ao país do que produzir aço.

Produzir aço, no Brasil, é algo supérfluo e antieconômico.

Pelo Estadão, o Brasil só exportaria minério de ferro.

Aquela tal de Companhia Siderúrgica Nacional – esqueça os livros de história que dizem que ela foi fundamental para a industrialização do país – não deve ter passado de um arroubo populista de Vargas.

Afinal, diz o porta-voz de nossas oligarquias, nossas jazidas são “praticamente inesgotáveis”.

E desfaz da óbvia vantagem de podermos fazer aço perto das “jazidas praticamente inesgotáveis” porque com “o uso de navios gigantescos, se tem reduzido muito nos últimos anos (o custo de se transportar milhões e milhões de toneladas de minério bruto), especialmente quando esses navios podem retornar transportando petróleo”.

Viram que beleza? Exportamos mais ferro e importamos mais petróleo. Só falta sugerir que deixemos lá este “petróleo anti-econômico” do pré-sal.

Evidente que ninguém quer que o Brasil deixe de exportar minério. Mas o que temos é de resolver os problemas estruturais que nos impedem de avançarmos, como poderíamos, na competividade em matéria de siderurgia.

Mas para que resolver problemas, se podemos vender nosso minério, fresquinho, arrancado do chão? O buraco que eles deixam, a riqueza que se vai, nada disso é importante. Importante são os lucros rápidos e de baixo investimento que fazem adorável a nossa elite colonial.

É o modo Joaquim Silvério dos Reis de pensar o Brasil.

do Tijolaço