Esnobação 5 estrelas

O cara entra no restaurante de um hotel cinco estrelas, senta-se num lugar bem localizado, dá uma olhada ao redor e vê uma bela mulher numa mesa vizinha, sem companhia. Ele chama o garçon e lhe pede que ofereça em seu nome, um vinho de ótima qualidade à mulher. Imagina que com este gesto consiga conquista-la. 

O garçon leva a garrafa de vinho à mesa da mulher e diz: 

- Este vinho é uma gentileza daquele cavalheiro da mesa tal.

- A mulher olha a garrafa com desdém, pede uma caneta e escreve: 

- "Para que eu aceite esse vinho o senhor deveria ter um Mercedes na garagem, Hum milhão de euros na sua conta bancária e 20 centímetros dentro da tua calça".

Ele recebe o bilhete, lê e responde: 

- Para realizar os teus desejos, poderia vender o meu Ferrari, o meu Porche e ficar apenas com o Mercedes na garagem. Poderia também doar 2 dos 3 milhões de euro que tenho numa das minhas contas bancária. Mas, nem por uma mulher belissíma como você eu cortaria cinco centímetros.

Para as interesseiras ou...

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Ricardo Noblat, verdadeiro símbolo do pig

Que país é este onde até outro dia o ex-senador Demóstenes Torres (DEM-GO) era o símbolo do respeito à ética na política; o bilionário Eike Batista, da rápida e espantosa ascensão empresarial; e a presidente Dilma Rousseff da gestora bem-sucedida?

O primeiro terminou cassado por envolvimento com um bicheiro e sua gangue; o segundo corre o risco de falir; e o terceiro de se reeleger no próximo ano.

Temos uma certa queda para acreditar em símbolos duvidosos. Demóstenes era capaz de, com a mesma naturalidade, falar com um ministro do Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade de uma nova lei em exame no Congresso para, na ligação seguinte, discutir com o bicheiro Carlinhos Cachoeira quanto lhe caberia num negócio irregular ainda em curso.

Há pouco mais de um ano Eike foi apresentado por Dilma como "o padrão" do empresário nacional, "a nossa expectativa" e, sobretudo, "o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado".

Na época, empresas de Eike davam sinais de que iam mal. Nem por isso o BNDES e a Caixa Econômica rejeitaram pedidos do empresário por mais dinheiro. Agora, a falência está às portas.

Foi no final de 2005, em conversa com deputados nordestinos, que Lula falou pela primeira vez no nome de Dilma para sucedê-lo. Talvez até mesmo em 2006 se ele não conseguisse escapar do "mensalão". Conseguiu.

Mas tão logo se reelegeu, Lula passou a exaltar as qualidades de Dilma como gestora e a preparar o caminho de sua candidatura em 2010.

No governo da gestora exemplar obras importantes estão paralisadas, outras se arrastam, ideias não saem do papel, assim como dinheiro liberado para aplicação não sai do Tesouro Nacional.

Oito entre dez empresários de grande porte concordam: como gestora, Dilma é uma pessoa simpática. Como simpática ela não é... O coração dos empresários bate forte por Lula e, à falta dele, por Eduardo Campos.

Somente Lula enxergou em Dilma as qualidades que ela não tem. Os demais aliados dele sempre mantiveram um pé atrás quanto às chances de sucesso de quem tinha rala experiência como executiva.

Lula encantou-se pelo que julgou ser eficiência de Dilma em atender às suas encomendas. E admirou sua falta de cerimônia em tratar os subordinados com a mão pesada. Confundiu capatazia com gerência.

A administração medíocre feita por Dilma até aqui deve-se em boa parte a uma série de razões. Por exemplo, o loteamento do governo. Lula fez isso no seu segundo mandato, mas Lula é Lula. E o loteamento favoreceu à corrupção.

Dilma nomeou gente despreparada para ocupar cargos importantes. Por fraqueza política, e a condição de estranha no PT, cedeu mais do que desejava.

As indicações para as empresas estatais foram politizadas, assim como para as agências de desenvolvimento.

A Petrobras ficou impedida de reajustar o preço dos combustíveis para segurar a inflação que ameaçava sair de controle.

São discutíveis os benefícios produzidos pela política de desonerações. Calcula-se que o próximo governo, seja de quem for, se esgotará tentando corrigir o estrago causado pelo atual na economia.

E, contudo...

Demóstenes parecia ter uma longa vida política pela frente. Virou ficha suja. Eike não deixará de ser rico, mas revelou-se um incauto charlatão.

Quanto a Dilma, suará muito para se reeleger. Não conseguiu construir uma marca para si. Lula é o pai dos pobres e mãe dos ricos. O que Dilma é além de "a mulher de Lula"?

Cumplicidade do MP com tucanos é imoral

A cada dia, vêm à tona novos detalhes de como o procurador Rodrigo de Grandis engavetou investigações sobre as denúncias de corrupção no Metrô, na CPTM e em outras áreas do governo tucanos em São Paulo.

Desta vez, a IstoÉ mostra que, desde 2010, ele engavetou oito ofícios do Ministério da Justiça alertando para o cumprimento dos pedidos de cooperação feitos por autoridades suíças sobre o caso Siemens-Alstom.

E mais: a revista conta que, ao longo de três anos, De Grandis também foi contatado por e-mail, teve longas conversas telefônicas com autoridades em Brasília e solicitou remessas de documentos.

Como o pedido suíço nunca foi atendido, o Ministério Público daquele país resolveu arquivar as investigações contra três acusados de distribuir propinas a políticos tucanos e funcionários públicos.

A IstoÉ acrescenta que, no mês passado, um integrante do Ministério Público Federal de São Paulo chegou a denunciar a seus superiores que a conduta de De Grandis "paralisou" por dois anos e meio a apuração contra os caciques tucanos.

Não é um caso isolado

De Grandis alegou "falha administrativa" para justificar o engavetamento do pedido. Mas foram oito ofícios encaminhados pelo Ministério da Justiça, foram os e-mails e conversas. O último dos ofícios, que chegou à mesa de Rodrigo De Grandis há apenas duas semanas, acusa o procurador de "nunca" ter dado retorno às comunicações.

O mais grave de tudo é que esse não é um caso isolado, mas a regra em São Paulo governada pelos tucanos. A cumplicidade do Ministério Público Federal e do Estadual com os governos tucanos não tem precedente na história do país e precisa ser investigada e denunciada. E os responsáveis, como o procurador De Grandis, devem ser afastados do MP.

Esse caso específico está sendo alvo da Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público, que abriu uma queixa disciplinar contra De Grandis.

Em tempo: aproveito e indico a leitura do artigo "Prevaricou De Grandis?", do advogado Pedro Maciel Neto

JOSÉ DIRCEU

PSDB quer fazer cortesia com chapéu alheio

 Em setembro de 2004, o título de um editorial no portal do PSDB (ainda está disponível) resumia o que os tucanos – e sua base eleitoral, os ricos e a classe média alta – pensam sobre o maior programa de transferência de renda do mundo: "Bolsa Esmola" é o título do documento oficial do Partido que governou o Brasil entre 1995 e 2002.

Na semana passada, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), virtual candidato do Partido à eleição presidencial de 2014, apresentou um projeto de lei que propõe a incorporação do Bolsa Família à Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), sob o argumento de que isso tornaria o programa uma "política de Estado".

Deputados petistas criticaram a iniciativa do senador mineiro – que reside, porém, no Rio de Janeiro – por enxergarem nela oportunismo e desconhecimento. "Querem fazer festa com o chapéu alheio", resumiu o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).

"Eles governaram o Brasil por oito anos e não tiveram capacidade nem vontade de combater a pobreza. Chamam o programa de Bolsa Esmola num comunicado oficial do partido, mas sabem que o Bolsa Família é eficiente e veio para ficar", atacou Guimarães.

Para o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), a proposta representa "a adesão tardia e envergonhada a um programa que já é uma política de Estado e tem a alma do PT".

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) lembrou que o senador mineiro não demonstrou a mesma disposição em relação às políticas sociais quando governou o seu estado. "Nós vivemos num estado onde praticamente todas as políticas sociais são praticadas com recursos e projetos federais. Aécio governou Minas Gerais por oito anos, mas jamais teve empenho ou interesse em criar algum programa semelhante ao Bolsa Família ou que contribuísse para a redução da desigualdade social", critica Margarida.

"O que ele pretende agora é neutralizar o impacto social que o programa tem, por conta da eleição de 2014. Querem fazer isso pegando carona. São caronistas", acrescentou a deputada mineira.

Tradição oportunista

O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) também criticou a proposta do tucano. "Aécio Neves não entende nada de seguridade social. Ele desconhece que a LOAS tem um caráter peculiar, especialmente voltada para auxiliar idosos, pessoas com deficiência e afins. O Bolsa Família é um programa de transferência de renda baseado num critério econômico e cumpre um papel distinto da LOAS, apoiando famílias que necessitam temporariamente de uma renda mínima complementar. Ele está confundindo alhos com bugalhos", argumentou Teixeira, que integra a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.

"O Bolsa Família rompeu a tradição paternalista e assistencialista das políticas sociais no Brasil, pois dá autonomia ao beneficiário, que tem um cartão para sacar o benefício e não depende da intermediação ou do favor de um vereador, de um deputado ou mesmo de um senador oportunista", explicou o deputado baiano.

"Os tucanos não se conformam com o fato de termos um programa que é referência e modelo no mundo inteiro, sendo replicado em dezenas de países e elogiado pelos órgãos mais importantes do sistema ONU", concluiu o parlamentar baiano.

Os petistas lembram que o PSDB tem tradição oportunista, ao lembrarem que em 2007, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou projeto de lei que pretendia impedir a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Poucos anos antes, em 2001, ainda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, os tucanos chegaram a fazer uma campanha de marketing para mudar o nome da Petrobras para Petrobrax, uma ação que fazia parte dos preparativos para a venda da estatal, o que acabou não se consumando.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara

Por que ler?

...Dou um passeio. Interpelo pessoas e faço uma pergunta simples: por que ler? Tem sol. Faz mais de 20 graus. É primavera. Uma leve brisa empurra as folhas de árvores frondosas. Porto Alegre está linda. Alguns me reconhecem. Outros me olham desconfiados. Uma senhora claudicante puxa a filha, uma moça loura sorridente, pelo braço e "sussurra" alto:

– Só pode ser golpe.

Afastam-se apressadas torcendo o pescoço para ver se não as estou seguindo ou se tem alguém caindo no meu conto. Sim, é um conto. O que estou contando? Uma pequena história da leitura. Quem conta um conto aumenta um ponto. Posso perder alguns. Mas eu estou contando a verdade. O que é a verdade? O que as pessoas contam.

– Por que ler?

– Para se instruir – responde um homem de gravata.

Será culpa da gravata? Temo os homens que nunca se separam das suas gravatas. São seres estrangulados. Podem, um dia, cortarem o nó. Será a gravata que faz o homem de quem estou falando, por volta dos 40 anos, tão sisudo, tão utilitarista, tão preocupado com o resultado? Ele não está errado nem conta mentira. Ler instrui.

– Para me instruir eu estudo – diz uma guria.

– Estudar é ler – persevera o homem.

– É e não é – insiste a guria.

– É ou não é? – empertiga-se o homem da gravata vermelha.

– Ler quer dizer mais do que estudar. A gente lê para sonhar, viajar, fantasiar, ter prazer – explica a moça.

Está de saia vermelha. Comparo a saia dela com a gravata do homem. A blusa dela é branca e com um generoso decote. Valeria escrever uma crônica sobre o abismo que se insinua em direção a territórios encobertos do seu corpo esguio. Não sou um escritor erótico. A minha preocupação é a leitura. Conto só o que se deve contar.

– Leio para viver – é o que me diz uma dama toda de branco cuja idade não pode ser inferior aos 90 anos.

Examino sua figura frágil e vergada. Ele me sorri um sorriso cheio de leituras dos tempos da Editora Globo. Pelos seus olhos passa a mulher de 30 anos de Balzac, passa também uma Odete de Marcel Proust e, se não me engano, se não forço o conto, passa Madame Bovary. Ela vê o que eu vejo nos seus olhos e me olha com "olhos de ressaca", não a ressaca da Capitu, mas a doce ressaca dos belos anos, que desconheço, mas imagino e já admiro.

– Leio para reviver – ela se corrige.

E se vai. Ainda me olha antes de dobrar a esquina. Penso que viveu, no que poderíamos ter vivido, no que leu. Passa uma gata. Anda na cadência da serpente que dança de Baudelaire, "belle d'abandon".
Penso em abordá-la. Hesito. Ela vai achar que sou um chato, um tarado, um golpista ou um cantador barato. Eu sou apenas um contador vira-lata latino-americano que lê por paixão. Arrisco:

– Por que ler?

– Para iluminar o mundo – ela me responde.

Paro de escrever. Tudo isso eu inventei para ler. Quem conta um conto cai no seu canto. Ler é encantar-se.

http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=5209

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