Veja, Naspers e Mandiba

Desde tempos imemoriais, o avanço da civilização se faz através de processos sucessivos de emancipação  de pessoas, do trabalho árduo de reconhecimento de direitos, de busca da igualdade, de considerar todas as pessoas portadoras dos mesmos direitos.

Não é tarefa fácil. É disponível apenas àqueles que têm o sentimento do mundo.

Ao longo da história, o poder dos nobres foi derrubado com sangue; lutas abolicionistas, com guerras; guerras libertadoras, com mortes.

Quando se pensava que a ciência seria dominante, o século 20 abrigou duas guerras mundiais, holocaustos de judeus, de armênios, bósnios, de populações africanas dizimadas pela guerra e pela fome, pelos Gulags e pelo macarthismo. E, para grande parte deles, a justificativa foram as razões de Estado, o interesse nacional, ou algo circunstancial, de afirmação de poder.

***

Na era da comunicação de massa, interesses de Estado ou mero oportunismo político levaram à exploração das piores caraterísticas humanas. O século 20 testemunhou a intolerância contra os negros, os homossexuais, os deficientes, as mulheres, os analfabetos.

Mas reservou espaço, na história, para os pacificadores, os Estadistas da paz, que conseguiram fazer a transição do regime selvagem para o civilizado, sem derramar sangue.

***

Não os imagine dúbios ou pusilânimes.

Na infância, superaram as barreiras da mortalidade infantil, do analfabetismo familiar, da miséria. No início da vida adulta, esfolaram-se em trabalhos braçais.

Gradativamente, superaram os obstáculos produzidos pela pobreza e pelo preconceito e, ao primeiro contato com o mundo das ideias políticas, tornaram-se ativistas, lutaram contra ditaduras. E, quando chegou sua vez de governar, conseguiram superar paixões e ódios.

***

É nos momentos em que empalmam o poder, que se identificam os verdadeiramente estadistas.

Tiveram que engolir os traumas anteriores, sufocar sede de vingança, deixar de lado pruridos possíveis apenas nos que buscam a comodidade da crítica sem resultados, e enfiar o pé no barro.

***

Em cada luta civilizatória, desses estadistas da paz, a transição passou pelos pactos com as forças dominantes, pela institucionalização dos direitos, em vez de empurrá-los goela abaixo do preconceito. Passou por administrar os ímpetos dos seguidores e o ódio dos adversários, sem recorrer à violência e ao poder de Estado.

Tiveram que ler desaforos de uma imprensa defensora do "apartheid" que diuturnamente estimulava o ódio, a intolerância, o preconceito, que recorria a toda sorte de denúncias para impedir os avanços sociais, ainda que o preço a ser pago pudesse ser uma guerra civil.

No caso de Mandela, o agente o ódio foi o grupo Naspers, sócio da Editora Abril.p

***

Sempre haverá os puristas de gabinete, afirmando que a moderação teria impedido avanços maiores. Sempre haverá os catões condenando concessões que permitiram chegar ao concerto nacional. Sempre haverá os que deplorarão as vitórias, pela fé impenitente de que nada avança nem avançará sem o rastilho de uma revolução que nunca virá.

Mas são esses Estadistas, com a perspectiva dos visionários, com o senso prático dos vitoriosos, que comandam os avanços civilizatórios.

Quando morrem, não são pranteados: são celebrados como conquistas eternas da humanidade.

LUÍS NASSIF

Besteira demais


A Google liberou mais unidades do Google Glass para criadores de aplicativos. Uma das licenças coube ao desenvolvedor Hung Truong, que usou a ferramenta para criar uma app que faz som de peido. Basta falar "Okay, Glass, Fart".

"Resumindo": uma besteira que não serve para porcaria nenhuma.

Leia também: 

O maior problema da humanidade

Pode parecer petulância eu me atrever a afirmar qual é o problema. Porém, não é. Estou convicto que a maioria das pessoas concordarão comigo - os que não concordam estão errados, o que fazer? rsss -.

Mas, venhamos e convenhamos, qual é mesmo o maior problema da humanidade?...

Vou dar dois exemplos:

  • 1º) Que temos a ver gays, lésbicas etc case ou deixe de casar?
  • 2º) Que temos a ver que alguém - seja de que sexo for - queira se prostituir?
Isso são decisões dos envolvidos, é algo particular, privado.

No entanto o que sobra é gente e instituições metendo o badalo onde não deveria.

Gente, vamos cada um cuidar da nossa vida. Se conseguirmos, já está muito bom. Para que se metermos onde não fomos chamados?

Ah, e você que se incomodou, se incomoda com o que penso e publico...

Vai cuidar da tua vida Zé Lotéria!

Leia também:

Liquidação Renner

Frete Único: 5,90 para todo o Brasil
Somente Hoje! Ate 60/0ff EM PRODUTOS selecionados.
Colar Curto com Strass e Pico
Leia também: 

Briguilinks

Mininistros do STF

..lTodo o ministro do STF é um "recalcado", Queria ter chegado lá somente pela sua competência, mas teve que "babar muito ovo" para conseguir a indicação. O Fux, por exemplo, pode ter muito ódio do Dirceu, porque mesmo não gostando dele, teve que ir lá beijar a sua mão para ser indicado...

Cláudio Rosa

Eleição 2014 - café sem leite

O PPS apoiará em 2014 a candidatura presidencial de Eduardo Campos, do PSB. A decisão foi tomada na noite deste sábado, num congresso nacional da legenda realizado em São Paulo. Aliado tradicional do PSDB, o partido presidido pelo deputado Roberto Freire refugou o convite para se associar ao projeto político do tucano Aécio Neves. Foi derrotada também a tese da candidatura própria.

Participaram do congresso do PPS representantes dos diretórios estaduais da legenda. Deve-se a vitória de Eduardo Campos sobretudo à delegação de São Paulo. Curiosamente, o PPS paulista integra o governo do tucano Geraldo Alckmin.  Ficou evidente que Alckmin não moveu um dedo por Aécio.

Convidado de honra da cerimônia de abertura do congresso do PPS, Alckmin discursara na sexta-feira. Nem mencionou o nome de Aécio. Foi ao microfone também o deputado Duarte Nogueira, presidente do diretório do PSDB em São Paulo. A exemplo do governador, ele também se absteve de citar Aécio.

Na sua vez de discursar, o deputado Márcio França, presidente do PSB em São Paulo, referiu-se a Eduardo Campos inúmeras vezes. Pediu explicitamente o apoio do PPS ao seu candidato. França é, hoje, o nome mais cotado para se tornar vice na chapa reeleitoral de Alckmin.

Estavam em jogo no congresso do PPS três alternativas: o apoio a Aécio, a coligação com Campos ou a candidatura própria de Soninha Francine. Os partidários de Aécio e da opção doméstica, propuseram adiar a decisão para 2014. Levada a voto, a tese da protelação foi derrotada. Ficou entendido que a ala pró-Campos era majoritária.

Ao farejar o cheiro de queimado, os partidários de Aécio recorreram a uma derradeira manobra. Para tentar evitar que o PPS caísse no colo de Campos, retiraram o nome do presidenciável tucano da disputa e aderiram ao grupo que defendia a candidatura própria. Não adiantou. O nome de Eduardo Campos prevaleceu por 152 votos contra 98.

"O Aécio perdeu o apoio do PPS porque foi abandonado pelo PSDB", disse ao blog um dos delegados simpáticos ao presidenciável tucano. Ele explicou: o PPS é aliado dos tucanos em vários Estados governados pelo PSDB. Uma palavra dos governadores em favor de Aécio poderia ter alterado o rumo do congresso. Porém, algumas dessas delegações vindas de Estados onde o PSDB dá as cartas despejaram votos em Eduardo Campos.

Além dos delegados de São Paulo, ignoraram Aécio, por exemplo, as comitivas do PPS de Alagoas e do Pará, Estados governados respectivamente pelos tucanos Teotônio Vilella Filho e Simão Jatene. Na cidade de Manaus, o PPS ocupa a vice na prefeitura comandada pelo tucano Arthur Virgílio. Pois também os delegados do Amazonas preferiram Campos a Aécio.

A adesão da maioria a Eduardo Campos foi uma vitória pessoal do presidente do PPS, Roberto Freire. Amigo do tucano José Serra, Freire não morre de amores por Aécio. A opção por Campos terá de ser ratificada numa pré-convenção marcada para março e na convenção que se realizará em junho.

Josias de Souza