Aliança pelo Brasil

EM DEFESA DA SOBERANIA NACIONAL


A Nação se defronta com um dos maiores desafios de sua história abalada que está por forças internas e externas que ameaçam os próprios alicerces de sua independência e de sua soberania. As investigações policiais em torno de ilícitos praticados contra a Petrobras por ex-funcionários corruptos e venais estão dando pretexto a ataques contra a própria empresa no sentido de transformá-la de vítima em culpada, assim como de fragilizá-la com o propósito evidente de torná-la uma presa fácil para a fragmentação e a desnacionalização.

A Petrobras é a espinha dorsal do desenvolvimento brasileiro. A cadeia produtiva e comercial do petróleo e do setor naval, por ela liderada, representa mais de 10% do produto interno bruto, constituindo a principal âncora da indústria de bens de capital. É uma criadora e difusora de tecnologia, de investimentos e de produtividade que beneficiam toda a economia brasileira. Foi graças aos esforços tecnológicos da Petrobras que se descobriram, em 2006, as reservas do pré-sal, e é ainda graças a sua tecnologia original de produção que o Brasil já retira do pré-sal, em tempo recorde, cerca de 700 mil barris diários de petróleo, que brevemente alcançarão mais de 2 milhões, assegurando autossuficiência e a exportação de excedentes.

Deve-se à Petrobras a existência de uma cadeia produtiva anterior e superior do petróleo e da indústria naval, induzindo o desenvolvimento tecnológico da empresa privada brasileira, gerando emprego e renda que, no caso de empresas nacionais, significa resultados que aqui mesmo são investidos, desdobrando-se em outros ciclos de produção e consumo na economia.

Tudo isso está em risco. E é para enfrentar esse risco que o movimento social e político que estamos organizando conclama uma mobilização nacional em favor da Petrobras, instando o Governo da República a colocar todos os instrumentos de poder do Estado em sua defesa, de forma a mantê-la íntegra, forte e apta a continuar desempenhando o seu papel de líder do desenvolvimento nacional e a enfrentar, por outro lado, o desafio do seu enfraquecimento planejado por forças desnacionalizantes e privatistas internas e externas.

Ao lado da defesa da Petrobras vemos o imperativo de proteger a Engenharia Nacional, neste momento também ameaçada de fragmentação e de liquidação frente ao risco de uma desigual concorrência externa. Repelimos com veemência eventuais atos de corrupção ocorridos na relação entre empresas de engenharia fornecedoras da Petrobras, e seremos os primeiros a apoiar punições para os culpados, mas somos contra a imputação de culpa sem provas, e a extensão de culpa pessoal a pessoas jurídicas que constituem, também elas, centro de geração de centenas de milhares de empregos, de criação de tecnologia nacional e de amplas cadeias produtivas, e de exportação de serviços com reflexos positivos na balança comercial.

Todos que acompanham negociações internacionais conhecem as pressões que recaem sobre o Brasil e outros países em desenvolvimento no sentido de abertura de seu mercado de construção pesada a empresas estrangeiras. Somos inteiramente contrários a isso, em defesa do emprego, da renda e do equilíbrio do balanço de pagamentos. Se há irregularidade na relação entre as empresas de construção e a autoridade pública que sejam sanadas e evitadas. Mas a defesa da Engenharia Brasileira implica a preservação da empresa brasileira à margem de qualquer pretexto.

Não é coincidência os ataques à Petrobras, ao modelo de partilha da produção que a coloca   como operadora única do pré-sal, à política de conteúdo local, à aplicação exclusivamente na educação e na saúde públicas dos recursos do pré-sal legalmente destinados a esses setores,   à Engenharia Brasileira como braço executivo de grande parte de seus investimentos, e também ao BNDES, seu principal financiador interno, que tentam fragilizar rompendo sua relação com linhas de financiamento do Tesouro: tudo isso faz parte não propriamente de ataques ao governo mas de uma mesma agenda de desestruturação e privatização do Estado em sua função de proteger a economia nacional.

É nesses tópicos mutuamente integrados que concentramos a proposta de mobilização nacional que estamos subscrevendo, e que está aberta à subscrição de outras entidades e de todos os brasileiros que se preocupam com o destino de nossa economia e de nosso país. Estamos conscientes de que o êxito dessa mobilização dependerá da participação do maior número possível de entidades da sociedade civil, de partidos políticos e das cidadãs e cidadãos individualmente. E é da reunião de todos que resultará a afirmação da Aliança pelo Brasil em defesa da Petrobras, do Estado social-desenvolvimentista e de um destino nacional de prosperidade.

Baixa imediata de empresas desata burocracia, crescimento e aumenta respeito ao cidadão


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"Com esse processo de simplificação, nós estamos dando um tratamento digno, um tratamento respeitoso ao cidadão", enfatizou Dilma. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Mais um antigo nó que amarrava o crescimento empresarial brasileiro foi desatado nesta quinta-feira (26), com a implantação do Sistema Nacional de Baixa Integrada de Empresas, disse a presidenta Dilma Rousseff na cerimônia de lançamento do novo programa, já em funcionando. "A partir de agora, a baixa do CNPJ passa a ocorrer na hora", comemorou.

"Por muito tempo, sempre foi comum ouvir a frase: 'No Brasil, é impossível fechar uma empresa'. Essa frase entra hoje para a história. Porque, a partir de agora, é possível, sim, fechar uma empresa, e na hora", disse. E acrescentou, para ressaltar a importância do novo sistema, que poder ter sua empresa é quase tão importante para o cidadão quanto poder ter a sua casa própria.

A mudança faz parte de um programa nacional de desburocratização, elaborado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE). Durante a cerimônia, o ministro Afif Domingos, da SMPE, informou que o Congresso resolveu conceder urgência para a tramitação do projeto.

A presidenta fez também, durante a cerimônia, convocação imediata para que todos os ministros apresentem, até 20 de abril, lista de todas normas existentes em suas áreas que, por terem sido superadas pela evolução de regras ou por representarem duplicidade, possam ser eliminadas de imediato. A efetividade de uma ação depende de ela ter cronograma, explicou Dilma, acrescentando que, até maio, o governo federal fará um mutirão para extinguir regras desnecessárias e que atravancam os processos com formalidades inúteis.

Respeito ao cidadão
Além de facilitar a vida dos empresários, a meta do governo é desburocratizar o atendimento ao cidadão. "Nós queremos a relação um por um. O cidadão vai dar uma [única] informação [em vez de vários documentos]". E é responsabilidade do governo dar um tratamento digno a esse cidadão, atendendo-o com agilidade. "Esse é o nosso objetivo".

Dilma avisou que essa conquista ainda não é para agora. "Começamos hoje, com essa questão de fechar as empresas na hora. A segunda coisa é considerar que o cidadão, em princípio, é trabalhador, persistente, honesto e não desiste. Portanto, vai ser essa a forma pela qual nós nos relacionaremos com o cidadão", garantiu.

Evolução
Segundo Dilma, o sistema lançado nesta quinta-feira é resultado de um consenso complexo, devido ao tamanho da federação brasileira, onde implementar mudanças é uma tarefa desafiadora. Exige construir consenso entre vários atores, estabelecer um objetivo comum de longo prazo, e adotar ações concretas, no curto e médio prazo, que dêem credibilidade à ação conjunta. A construção da Rede Simples, por exemplo, exigiu um trabalho conjunto entre diversos ministérios e órgãos públicos.

"Não é simples, mas pode e deve ser feito, desde que haja persistência e determinação. Superados os obstáculos, depois que as mudanças ocorrem e contaminam nosso cotidiano, muitas vezes nos perguntamos por que não foi feito antes, se era tão simples?", questionou a presidenta.

Ela lembrou os vários passos que vêm sendo dado pelo governo, como a experiência exitosa do Supersimples. "Iniciamos, em 2007, com a adoção do Simples Nacional, uma efetiva reforma tributária para as micro e pequenas empresas. Reduzimos a tributação e, ao permitir o recolhimento de oito tributos em um único boleto, simplificamos extraordinariamente a vida desses empreendedores", recordou.

Em 2009, foi implantado o regime do Microempreendedor Individual, o MEI – "que eu considero um dos mais inclusivos do Brasil", disse Dilma, e que resultou em um dos processos mais acelerados de inclusão produtiva já ocorridos no Brasil e, talvez, em qualquer outro país. Hoje são 4 milhões e 700 mil trabalhadores no MEI, que saíram da informalidade e agora estão protegidos pela Previdência Social.

Para melhorar ainda mais a vida dos pequenos empresários, o governo reajustou as faixas de enquadramento do Simples e, desde o mês passado, está em vigor a lei que universalizou o Simples. O sucesso desta medida, adotada agosto do ano passado, foi "estrondoso" – 502 mil novas empresas se inscreveram no sistema, superando em 25% as estimativas iniciais.

Como resultado, nestes sete anos houve milhões de adesões ao Supersimples, que resultaram em aumento da arrecadação para o Estado, simultaneamente com a diminuição de custos para as empresas. "Desatamos os nós, e colhemos mais empreendedorismo, mais emprego e mais crescimento econômico", disse a presidente, lembrando que nos estados e municípios que já estão integrados ao novo sistema, a conquista será ainda maior, porque a baixa do CNPJ representará também a baixa de todos os demais registros estaduais e municipais.

Por fim, a presidenta prometeu "excelentes novidades em breve", com a continuidade de um trabalho obstinado do governo para reduzir drasticamente o prazo de abertura de empresas. Segundo ela, a meta é fazer com que o processo de abertura seja realizado em 5 dias, em média – e esta meta está muito próxima de ser alcançada. Até o final desse primeiro semestre, este sonho dos empreendedores brasileiros se tornará realidade, garantiu.

Confira a íntegra

Intervenção de Lula no ato em defesa da Petrobrás.

Briguilinks

Hipocritas

Uma das peças-chave da Lava Jato, o depoimento do delator Pedro José Barusco Filho traz dados importantes sobre a relação Petrobras-empreiteiras e desmonta a versão de que as empresas teriam sido submetidas a achaques. *** Braço direito do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, o relato de Barusco mostra como foi possível driblar os controles internos da Petrobras. O ponto central

Tem uma ideia que vai mudar o mundo?

Participe da Google Science Fair. Mudar o mundo é pretensão de quem vive fazendo fita na Marquês de Sapucaí, porque na verdade ninguém muda o mundo. Ninguém muda nada - quanto muito mudamos a si -. Portanto faça o Bem sem olhar a quem como São Briguilino aconselha. Viva bem, com ou sem bens, oraiti?


Briguilinks

As mentiras

Primeiro:
A corrupção no meu Brasil começou no dia primeiro de janeiro de janeiro2003.
Tudo o mais , é mentira !
Oraite

Hipocritas

Uma das peças-chave da Lava Jato, o depoimento do delator Pedro José Barusco Filho traz dados importantes sobre a relação Petrobras-empreiteiras e desmonta a versão de que as empresas teriam sido submetidas a achaques.

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Braço direito do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, o relato de Barusco mostra como foi possível driblar os controles internos da Petrobras.

O ponto central foi o enorme crescimento da empresa a partir de 2006. O cartel atuava há tempos, mas em cima de um conjunto limitado de obras.

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O núcleo duro era composto por 14 empresas, dentre as quais a Camargo Correia, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Setal-SGO, OAS, UTC, Skanska, Promon, Techint, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Junior, Schain e MPE. Havia também empresas "simpatizantes" que aceitavam conversar com o cartel: a Carioca, Tome Engenharia, TKK, Engesa, Jaragua, Alusa, GDK,

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Os exageros maiores foram cometidos na construção da RNEST (Refinaria do Nordeste), a chamada Refinaria Abreu e Lima.

Em cada licitação, a Petrobras define preços de referência e os candidatos oferecem o bid (primeira tentativa de licitação) e o rebid (segunda tentativa).

Os critérios eram definidos, inicialmente, pelo Gerente de Empreedimento, consultado o seu "par", o Gerente da Área de Abastecimento. Depois, seguida para o Gerente Geral de Engenharia da RNEST. E, finalmente, a Barusco, enquanto Gerente Executivo de Engenharia, que encaminhava f ao Gabinete da Diretoria de Serviços, de Renato de Souza Duque. Se estivesse de acordo, o documento era encaminhado para a Diretoria Executiva da Petrobras.

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Segundo Barusco, não havia fraude na definição da lista por critérios técnicos.

O problema estava no "vazamento" das informações para os representantes das empresas, dando tempo para que acertassem entre si os pacotes que caberiam a cada um deles.

Na licitação de julho de 2008 foi tamanha a desenvoltura do cartel que os preços apresentados estavam "estratosfericamente acima" dos 20% do limite superior do preço base. O menor preço foi da Camargo Correia, no valor de R$ 5,9 bilhões para um orçamento de referência de R$ 3,4 bilhões. Nesse caso, houve o cancelamento sumário da licitação pela Petrobras.

Esse mesmo esquema foi aplicado nas obras da COMPERJ - o complexo petroquímico do Rio de Janeiro. Na época, o articulador do cartel, Ricardo Pessoa, criticou o fato da Petrobras convidar empresas de menor porte para participar, considerando-as prejudiciais ao cartel.

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No caso das licitações para a construção de plataformas de petróleo era outra a conformação do cartel. As propostas foram tão absurdas que motivaram o cancelamento sumário da licitação. Antes mesmo de abrir sua proposta, conta Barusco, a Odebrecht teria dado um desconto, "por estar até com vergonha do preço que deu".

Na delação, Barusco afirma que tanto Renato Duque quanto Paulo Roberto Costa receberam propinas.

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Houve propinas até para quebrar o cartel. Os controladores da ALUSA decidiram entrar para quebrar o cartel, conta Barusco. Este teria concordado com a ALUSA, mesmo sendo beneficiário do cartel, devido aos abusos de preços do sistema. Mas não recusou a propina paga pela ALUSA.