Jornal do Brasil: Onde está a repulsa da sociedade com escândalo da fraude no Carf?

Não há repulsa, não há indignação, não há revolta porque falta o PT?

Onde está a repulsa da sociedade com escândalo da fraude no Carf? as acusações de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que estão sendo vistas pelo povo, pelos responsáveis pela segurança, pelos responsáveis pela vida pública, por todo segmento do Executivo, Legislativo e Judiciário, elas atingem um nível que faz inveja aos últimos acontecimentos da ladroeira de segmentos importantes da vida pública brasileira.

Empresas de todos os segmentos de negócios - bancos, siderúrgica, escritório de advocacia - estariam protagonizando escândalos com cifras impressionantes, e até agora não houve nenhuma manifestação pedindo CPI, ou pedindo a prisão, ou a punição ou mesmo o apressamento da PF em apontar este desvio de quase R$ 19 bilhões do erário público.

O que mais atormenta é que a instituição Receita Federal não está atingida. Seus funcionários, pela dignidade que sempre serviu de exemplo para o país, não são os responsáveis. O que se lê é que a responsabilidade vem de um conselho basicamente indicado por segmentos empresariais.

Uma pequena reflexão se faz necessária: se a denúncia fosse feita contra a Receita, com o delegado da Receita indicado por um partido político desses que mais vem sendo apontado como responsável pela grande corrupção, o teto brasileiro já teria caído.

Se for verdadeiro o roubo, as proporções indicadas são 100 vezes maiores que o mensalão e quase dez vezes maiores que o Lava Jato. Mesmo assim, não se vê, não se lê e não se ouve nada a respeito, a não ser o noticiário arroz-com-feijão.

Onde está a repulsa da sociedade, se tudo isso for verdade? 

Delação premiada vos libertará

Depois firmar acordo judicial e converter-se num delator premiado, o presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, revelou que a construtora pagou propina para obter contratos na obra da Ferrovia Norte-Sul. Contou aos investigadores da Operação Lava Jato que, também neste caso, as empresas formaram um cartel. Beneficiaram-se das propinas partidos políticos e agentes públicos.

O depoimento do empresario foi relatado pelo repórter Renato Onofre. Ele conta que, na Norte-Sul, a Camargo obteve contatos de R$ 1 bilhão.

Depois de tornar-se delator, Avancini deixou a cadeia, em Curitiba, e passou a usufruir de prisão domiciliar. Ele terá de prestar novos depoimentos para esmiuçar os delitos que se escondem sob os dormentes da ferrovia.

Uma obra que começou com uma uma licitação de fantasia, denunciada em 1987 pelo repórter Janio de Freitas.

É mais uma prova de que, em matéria de corrupção no Brasil, nada se cria, nada se transforma, tudo se corrompe.

Que diga Josias de Souza

O estilo Bicudo de roubar

RBS, pega na Operação Zelotes, tem Gávea, de Armínio Fraga, como sócia

Autor: Fernando Brito

O grupo RBS, que começou a admitir indiretamente a falcatrua contra a Receita Federal, numa "autuaçãozinha" de R$ 672 milhões (leia no Diário do Centro do Mundo o presidente do grupo Duda Sirotsky dizendo que fez a mutreta foram seus advogados, não ele), tem mais um ingrediente explosivo em sua participação na Operação Zelotes, além da sua condição de associada da Globo em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

É que a RBS tem um sócio, especializado, justamente, em operações financeiras: a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, ex-quase-futuro Ministro da Fazenda de Aécio Neves.

Em 2008, Fraga comprou 12,6% do capital do grupo gaúcho, por valor não revelado.

Passou a ser, portanto, beneficiário direto de anulação de débitos fiscais que, no ano em que comprou parte de RBS.

E não são "debitinhos", não.
R$ 672 milhões é mais que todo o ativo da holding RBS Participações apurado em suas demonstrações contábeis de 2013.

E se o débito refere-se a autuação desta época, ou anterior, certamente não escaparia da due diligence normal neste tipo de compra de capital, porque não se paga por um ativo que tenha passivo fiscal desta ordem.

Antonio Celso Alencar: Eu me lembro do que Serra, FHC e sua turma fizeram com o Brasil nos anos de 1998 a 2002…

Eu criava uma família e me lembro bem do País quebrado, sob ordens do FMI e onde um simples Microondas ou uma moto, era coisa de rico. 38 milhões de pessoas passavam fome e não apareciam nos telejornais.

Alckmin?… Coisa de Paulista que acha que é a própria galáxia e que não consegue ver que seu estado cresce menos da metade que cresce o Norte e Nordeste (e já faz tempo) e sequer tem água de qualidade pra beber (às vezes nem sem qualidade)

Tucanos?
Só pra elite (que não elege presidente).

Ricardo Kotscho: Qual o maior escândalo?

A indústria da sonegação!
receitanova Qual o maior escândalo? A indústria da sonegação
"Vou lhe contar um pequeno segredo: aqui no Brasil empresas não gostam muito de pagar impostos".
Segredo para quem, cara pálida? O autor desta frase é exatamente quem deveria cuidar para que todos paguem seus impostos, o ministro da Fazenda Joaquim Levy. Em palestra que fez na semana passada, em São Paulo, a ex-alunos da Universidade de Chicago, onde também estudou, ele falou de passagem numa antiga prática, a sonegação fiscal, exercida desde sempre por amplos setores do alto empresariado nacional. Preferem pagar bons advogados e lobistas para pagar menos ou não pagar nada do que devem à Receita Federal.
Como de hábito, Levy depois tentou consertar o que disse, substituindo na transcrição oficial do inglês para o português a palavra "empresas" por "pessoas". Claro que ninguém gosta de pagar impostos, nem aqui, nem em Chicago, nem na China, mas o ministro deu azar de tocar neste assunto proibido justamente no momento em que a Polícia Federal deflagrava a Operação Zelotes, que está investigando 74 empresas suspeitas de causar um rombo de até R$ 19 bilhões aos já combalidos cofres públicos que Levy tenta salvar com seu ajuste fiscal.
Este é, de longe, o maior escândalo de corrupção da nossa história, quiçá do mundo, muito maior do que todos os mensalões e petrolões juntos, que há anos fazem a alegria da mídia udenista nativa, como mostram os números, que agora não tem mais jeito de esconder das manchetes e das capas de revista:
* Até o momento, do total do montante investigado, a Polícia Federal já identificou e comprovou prejuízos ao erário de R$ 6 bilhões causados pelo esquema, que envolve grandes grupos econômicos do porte dos bancos Bradesco,  Santander, Boston Negócios, Safra e UBS Pactual, e empresas como Ford, Gerdau, RBS, TIM, BRF, Petrobras, Light, Mitsubishi, Brascan e Marcopolo. Não tem cachorro pequeno nesta história e, até agora, não apareceram nomes de políticos (apenas uma sigla, a do PP, sempre ele, está na lista dos sonegadores investigados).
* Só este valor já corresponde a três vezes mais do que o total desviado no esquema de corrupção na Petrobras descoberto pela Operação Lava Jato e divulgado pelo Ministério Público Federal em janeiro: R$ 2,1 bilhões.
Para se ter uma ideia do que representa esta verdadeira indústria da sonegação, os R$ 19 bilhões e 77 milhões que deixaram de ser recolhidos à Receita Federal, só nos processos investigados até agora, estão próximos dos R$ 18 bilhões que o ministro Joaquim Levy pretende cortar este ano em benefícios trabalhistas e previdenciários, as principais metas do pacote fiscal que está paralisando o país. Ou seja, se o Ministério da Fazenda e a Receita Federal cobrassem dos grandes sonegadores o que devem, o governo nem precisaria fazer ajuste nenhum.
Só agora, com a Operação Zelotes, nós, simples contribuintes, ficamos sabendo da existência de um tal de CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), a sigla que esconde o grande ninho da corrupção numa bilionária parceria público-privada, espécie de segunda instância a que as empresas podem recorrer quando se sentem "prejudicadas" pela fiscalização.
A curiosidade deste tribunal tributário especial é que ele é constituído de forma paritária por servidores do Ministério da Fazenda e representantes das confederações e sindicatos patronais, ou seja, das pessoas jurídicas autuadas pelo Fisco.
A cada dia, aos poucos, novos escândalos vão aparecendo e mostrando como o CARF se tornou um ótimo negócio para as empresas devedoras da Receita Federal. Vamos só pegar alguns exemplos:
* Para não pagar uma dívida relativa a suposta sonegação de impostos da ordem de R$ 793 milhões, o Banco Safra está sendo investigado pelo pagamento de uma propina de R$ 28 milhões negociada com conselheiros do CARF, entre eles um procurador da Fazenda Nacional, Jorge Victor Rodrigues, segundo denúncia do jornal O Globo, com base em gravações de conversas interceptadas pela Polícia Federal, com autorização judicial.
* As investigações da PF no processo da montadora Ford levaram a um ex-presidente do CARF, Edison Pereira Rodrigues, que oferece seus "serviços" em troca de módicos 2% a 3% do valor devido, com garantia de "95% de chances" de reduzir ou anular as multas da Receita Federal. "Caso contrário, perderão com certeza. A bola está com vocês", escreveu Rodrigues em e-mail encaminhado à empresa e apreendido pelos agentes federais, no qual informa já ter trabalhado também para a Mitsubishi, "com sucesso", segundo reportagem da Folha desta quinta-feira.
* A Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, é suspeita de pagar R$ 1 milhão de propina para não pagar multa no valor de R$ 200 milhões, segundo denúncia do Estadão, o primeiro jornal a levantar o assunto, que já relacionou vários outros gigantes citados nas investigações (ver acima), como bancos, montadoras, empresas do setor alimentício, de construção e de telecomunicações. Parece que quase nenhum setor escapa. Todas as empresas, é claro, negam irregularidades e garantem só atuar dentro da lei. Segundo o jornal, dez conselheiros e ex-conselheiros do CARF estão sendo investigados por envolvimento no esquema.
É muito bom que os três principais jornalões brasileiros agora disputem esta gincana para jogar mais luz no escândalo das propinas da sonegação, abrindo ao caso o mesmo espaço e dando-lhe o mesmo tratamento concedido aos casos anteriores que abalaram o país.  Antes tarde do que nunca. E o governo o que faz? A julgar pelas declarações de Levy e do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, parece que ainda não está muito preocupado com isso.
Levy: "Não é uma coisa que se deva fazer com espalhafato, mas todas as ações serão e estão sendo tomadas". Quais? "O fortalecimento do Carf é um dos temas que elegi para a minha administração. É muito importante porque diminui a necessidade de se aumentar impostos". Fortalecimento? Como assim? Não seria melhor fechar de uma vez esta arapuca que só tem servido para sangrar os cofres públicos e encaminhar os reclamantes à Justiça comum, como qualquer um de nós?
Rachid: "Há 74 processos administrativos que estão sob suspeita pelas informações de que nós já dispomos (...) Mas não necessariamente os R$ 19 bilhões serão revertidos a favor da Fazenda Nacional". Por que não? O governo não está desesperadamente precisando de dinheiro para acertar as contas públicas? Não é justo aumentar a arrecadação, cobrando de quem pode e deve mais, em vez de cortar benefícios sociais de quem pode menos?
A crise não é só econômica, meus amigos. É política. O governo Dilma-2 precisa decidir de que lado fica.
E vamos que vamos.
Em tempo (atualizado às 14h):
Só para lembrar um detalhe que esqueci de colocar no texto acima: segundo estudo dos procuradores da Fazenda Nacional, a estimativa de sonegação fiscal para o exercício de 2015 está na ordem de R$ 500 bilhões.

Sobremesa

1-) Conta o francês Maurice Sultan que certa vez, quando ia saindo do açougue, um velhote trajando casaco remendado e de sapatos gastos se aproximou e pediu uns trocados. Depois de rebuscar nos bolsos, tirou uma moeda de 10 francos e deu-lhe. Pouco depois, viu o mesmo homem na padaria, trocando a moeda que ele tinha dado por duas de 5 francos. A seguir enfiou uma delas no bolso e colocou a outra no caixa de coleta para as crianças somalis junto à caixa registradora. "Era um anjo na terra", definiu Maurice.




2-) Aparício Torelly, o Barão de Itararé: "Os inimigos do homem são três:
  • Carne, Vinho e Mulher.

Bem-aventurados, pois:
  • Os vegetarianos, os abstêmios e os celibatários."

Na coluna É de Neno Cavalcante no Diário do Nordeste

A gigante das buscas Google anunciou novos produtos que prometem badalar o mundo tecnológico.

 Dentre as novidades estão novos Chromebooks, com duas versões "baratinhas" voltadas para estudantes, e uma terceira com tela flip e componentes mais potentes. Além disso, a companhia anunciou o Chromebit, uma espécie de "pendrive" que ao ser conectado a um monitor, o transforma em um computador rodando o Chrome OS.
Chromebook Haier tem tela de 11" e carcaça toda em plástico (Foto: Divulgação)Chromebook Haier tem tela de 11" e carcaça toda em plástico (Foto: Divulgação)
Chromebooks Haier e HiSense
Os Chromebooks Haier e HiSense são, sem sombra de dúvida, os modelos mais baratos já lançados pelaGoogle desde que esse tipo de notebook começou a ser comercializado, em 2012. Eles custarão apenas US$ 149 (cerca de R$ 477,90 em conversão direta).
Ambos possuem o processador Rockchip 3288 SoC, que contém uma GPU ARM Mali 760 quad-core. Eles tem 2 GB de memória RAM e contam com apenas 16 GB de espaço interno, utilizando chips de memória eMMC. Porém, eles aceitam cartões MicroSD, além de ter portas USB 2.0, HDMI e conectividade Wi-Fi e Bluetooth 4.0.
novo chromebook (Foto: Divulgação)Chromebook Haier é uma das novidades da Google (Foto: Divulgação)
Além disso, os dois modelos possuem uma tela de 11,6 polegadas com painel IPS e resolução de 720p, ou seja, HD. Entretanto, segundo alguns sites internacionais, a qualidade dessa tela deixa a desejar. Os Chromebooks Haier e HiSense são voltados para estudantes e empresários que querem um computador extremamente portátil, leve (1,5 Kg) e que tenha uma boa autonomia. Segundo a Google, eles aguentam um dia inteiro longe da tomada. Não há informações de disponibilidade dos novos aparelhos no Brasil ainda.
Chromebook Flip
Chromebook Flip é produzido pela ASUS e pode ser usado como notebook ou tablet (Foto: Divulgação)Chromebook Flip é produzido pela ASUS e pode ser usado como notebook ou tablet (Foto: Divulgação)
A grande novidade deste Chromebook Flip é que ele é o primeiro da empresa neste formato. Ele é do tipo híbrido, ou seja, dá pra usá-lo tanto como tablet quanto como notebook. Ele foi desenvolvido em parceria com a taiwanesa ASUS.
A tela usa um painel IPS de 10.1 polegadas com resolução de Full HD, ou seja, 1920 x 1080 pixels. Não precisamos dizer que ela é sensível ao toque. Podemos ainda citar a câmera HD que vem nestes Chromebooks, as conectividades Wi-Fi e Bluetooth 4.0. A bateria, de acordo com a fabricante, aguenta 10 horas de uso contínuo.Debaixo do capô ele possui a mesma configuração que os seus irmãos mais baratos, detalhados acima. Encontramos um processador Rockchip 3288, 2 GB de RAM e 16 GB de armazenamento interno. A diferença maior fica por conta da escolha da GPU, ao invés da Mali 760, foi usado uma Mali T764, que é mais poderosa. Há, ainda, uma variante que contempla 4 GB de memória RAM para aqueles que gostam de abrir muitas abas no navegador.
Infelizmente, o Chromebook Flip ainda não tem data de lançamento, mas já tem preço definido: US$ 249,00 (algo em torno de R$ 798). Ele é mais caro que os outros Chromebooks, mas mais baratos que outros aparelhos conversíveis, tais como o Dell XPS 12, que custa US$ 1 mil (mais de R$ 3 mil).
Chromebit