Recado aos covardes golpistas
The i-piauí Herald
Aécio lançou sua campanha para premiê da GréciaESPARTA - Preocupado com a onda bolivariana que devasta a Grécia, Aécio Neves revelou que pretende oferecer seu carisma, sua beleza apolínea e sua experiência dionisíaca para tirar o país do buraco. "Caso seja do interesse do povo grego, posso substituir Aléxis Tsípras", discursou, em grego antigo. "Mas caso seja requisitado para presidir o Brasil, terei que conciliar", alertou. "Às segundas, quartas e sextas, despacharei nas ilhas helênicas. Às terças e quintas, ficarei entre a Esplanada e o Leblon", explicou o futuro mandatário transcontinental.Como prova de sua boa vontade, Aécio recomendou que a Grécia desfizesse todos os contratos de consultoria firmados com a empresa de José Dirceu. "É preciso se adequar às técnicas contemporâneas de choque de gestão. Temos um plano completo para transformar a Acrópole de Atenas em condomínio de luxo, com academia, garagem ampla e Espaço Dionísio para festas e afins", acrescentou. Em seguida, construiu um aeroporto em Mikonos, ao qual batizou Klaudius.Inconformado, José Serra ameaçou invadir a Grécia com um tucano de Tróia.
Lula: PSDB está fora da realidade

Em resposta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que durante convenção do PSDB, neste domingo, afirmou que "o PT quebrou o Brasil", ex-presidente Lula ressalta que "o discurso dos tucanos não está de acordo com a realidade dos resultados dos seus governos"; em sua página no Facebook, ele publicou gráficos que comparam a criação de empregos nos dois governos, assim como as reservas internacionais, dívida do setor público, investimento e crescimento econômico; "O Brasil antes e depois dos governos Lula e Dilma Rousseff apresenta muitas diferenças, mas são todas positivas", destaca Lula
O povo grego disse "Não"!
A extraordinária vitoria do NÃO na Grécia é o reconhecimento que é impossível a nação Helena fazer um ajuste draconiano e ao mesmo tempo pagar a dívida. Em 2010, o governo da Grécia aceitou cumprir um programa de reformas e de ajuste fiscal em troca de um empréstimo do Banco Central Europeu (BCE), da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e recebeu € 240 bilhões. Cinco anos depois, a situação é insustentável e só uma renegociação da dívida nos moldes do Plano Brady ou da Argentina pode recolocar a Grécia no caminho do crescimento e mantê-la na União Europeia, na Zona do Euro.
Para se ter uma ideia do absurdo do plano de austeridade imposto à Grécia pela Troika, para salvar os bancos alemães e franceses que emprestaram bilhões de euros, mesmo sabendo da situação do pais, basta citar alguns dados: o desemprego era de 8%, hoje é de 25,6%; a pobreza era de -20% e hoje e de +23%; a dívida que era 113% do PIB hoje alcança a cifra de 177%.
Exigir de um país nessas condições que aumente impostos, corte salários e aposentadorias e ao mesmo tempo pague a dívida é cegueira. O resultado e a resposta vieram ontem. 61% dos gregos disseram NÃO à proposta de mais arrocho mas sim ao Euro e a União Europeia, apesar da intensa e vergonhosa campanha de medo e chantagem feita, ameaçando a Grécia de exclusão da UE se votasse NÃO.
Agora é saber quem os governos da França e da Alemanha vão ouvir. Vão ouvir Matteo Renzi, primeiro-ministro da Itália, que diz abertamente que a austeridade não funcionou, que é preciso investir e crescer? Ou aqueles que pretendem dar uma lição nos gregos, que ousaram rejeitar a austeridade, para impedir que o exemplo do Syriza contamine países como a Espanha, onde os partidos pró-austeridade podem perder a maioria no parlamento nas próximas eleições?
No fundo a intransigência alemã é mais política do que econômica. A renegociação da dívida grega era e é inevitável e os alemães sabem disso. Mas têm medo do que o exemplo da resistência grega e da altivez do governo de Alexis Tsipras contamine toda Europa.