Aceite
Mensagem da Vovó Briguilina
Aceite
A exemplar Enquadrada, por Paulo Nogueira
Com monumental atraso, o governo reagiu ao uso político da Justiça por magistrados que se comportam como ativistas da direita.
Foi exemplar, ainda que tardia, a atitude tomada contra Augusto Nardes, que fez do TCU um reduto dedicado a atacar a democracia pela supressão, por motivos ridículos, de 54 milhões de votos.

Nardes vem defendendo publicamente a rejeição das contas de Dilma sem o menor pudor que um magistrado deveria, ao menos, fingir ter.
Anunciou seu voto em favor da reprovação das contas – um capítulo relevante na estratégia dos golpistas – e chegou ao ponto abjeto de vazar seu parecer para o Estadão.
Vazamentos são, hoje, o principal ponto de conexão entre os dois agentes centrais do golpe: a imprensa e a oposição conservadora, incluídos nela políticos, juízes e policiais federais da Lava Jato.
Vazamentos tendensiosos e muitas vezes simplesmente mentirosos se transformam em "furos" que vão dar em capas de revistas e manchetes de jornais.
Este material de conteúdo duvidoso se infiltra na cabeça de brasileiros crédulos – os chamados analfabetos políticos – e vão dar em coisas como passeatas pelo golpe e mensagens de ódio nas redes sociais.
A reação do governo a Nardes teve o barulho que tantas vezes faltou. Foi convocada com estardalhaço uma entrevista coletiva carregada de palavras com a dureza que a ocasião exigia.
Até o ministro da Justiça, habitualmente infenso a confrontações, deixou clara sua reprovação à conduta de Nardes.
Nardes foi obrigado a se defender, e fez isso de uma forma acintosa para quem acompanha suas movimentações.
Conseguiu dizer que não adiantou seu voto. Os advogados do governo juntaram 2 000 páginas de palavrório de Nardes sobre as contas de Dilma, e ainda assim ele invoca seu próprio silêncio.
Uma entrevista meses atrás para a Época é particularmente reveladora. Um trecho, abaixo:
ÉPOCA – O governo argumenta que as pedaladas existiram nas gestões anteriores e que o TCU nunca ligou.
Nardes – O Tribunal alertou o governo várias vezes.
Repare: ele simplesmente não respondeu. E a revista publicou esta não resposta.
A importância em reagir é que você estabelece limites para os outros.
Lula, recentemente, decidiu processar os jornalistas que o acusam sem provas. A mensagem chega ao outro lado: acabou a farra. Querem acusar? Tudo bem. Mas podem procurar advogados para enfrentar um processo.
Faz toda a diferença, ainda que a Justiça brasileira seja esta que conhecemos.
Mantega processou desvairados que o incomodaram num restaurante. Eles foram obrigados a se retratar, além de ter gastado dinheiro com advogados e de se submeterem a um vexame público.
Dificilmente Mantega voltará a ser importunado agora, pois ele marcou limites.
Padilha não fez nada em situação semelhante, e se tornou uma vítima contumaz dos desequilibrados.
Parece que, finalmente, ele decidiu reagir. Cobrado pela inação no Twitter, ele disse já ter acionado advogados.
Ao longo da campanha, policiais federais da Lava Jato simpatizantes de Aécio cansaram de promover vazamentos criminosos sem que o ministro da Justiça, a quem a PF responde, reagisse à altura.
As provocações de Gilmar Mendes também devem ser entendidas à falta de resposta enérgica.
Como um juiz pode segurar um projeto tão vital como o do financiamento de campanhas por mais de um ano sem que ninguém – aí incluído o presidente do STF – deixe claro que é algo intolerável?
A impunidade estimula delinquências, e é assim que Gilmar foi se tornando um político togado dedicado às causas conservadoras.
A sociedade – não estamos falando do PT, do governo, de Dilma, de Lula – ganha quando são devidamente respondidos os abusos de quem não respeita a democracia.
Este o mérito da enquadrada em Nardes
Cadê os coxinhas e paneleiros?
O código binário do jornalismo ordinário, de Marcos Carvalho
"Rio - Rio, 03/10/2015 - Policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói prenderam no fim da tarde de sexta-feira, 3, o vereador Douglas Borges, da Câmara Municipal de Macuco, na região Serrana do Rio, por suspeita na morte do ex-prefeito do município Rogério Bianchini. O crime aconteceu no dia 30 de abril deste ano".
Mesmo com a cumplicidade da imprensa e tucademos, Cunha se desfaz
Rir é o melhor remédio
"É preciso dar um sinal inequívoco para o mercado", defendeu DilmaREPÚBLICA BOLIVARIANA - Comprometida com o sentido mais amplo da palavra "austeridade", Dilma Rousseff cortou o próprio cargo de Presidente da República. "Todo mundo estava vendo que a função não faz mais sentido. Doravante o comando do país está oficialmente nas mãos do PMDB, tendo Lula como ombudsman", declarou a ex-mandatária. Em seguida, comprou passagens para o Balneário Camboriú. "Saio da lida para entrar na piscina", concluiu.Com o corte do cargo majoritário, organizou-se um fisiologismo de coalizão. "Trata-se de uma forma de governo descentralizada em que cada cacique comanda sua tribo na caçada por cargos e verbas", explicou, didaticamente, José Serra. "O sistema, inclusive, já rendeu frutos. Encontramos ministérios até na Suíça", comemorou Kátia Abreu, líder da tribo dos anti-indígenas.Em nome da governabilidade, o fisiologismo de coalizão revelou que está buscando para a Casa Civil um profissional fora do meio político. O nome mais cotado é de MacGyver .