Não voltarão




O PT deve expulsar Delcídio Amaral

1.O Supremo Tribunal Federal determinou a prisão preventiva do Senador Delcídio Amaral (PT-MS), basicamente sob a acusação de tentativa de obstrução da Justiça, configurando flagrante delito.

2.O Supremo Tribunal Federal tomou esta decisão com base em gravações de diálogos mantidos pelo Senador com outras pessoas, algumas das quais também foram presas. Não se conhece ninguém que questione a autenticidade e legalidade das referidas gravações, nem tampouco a gravidade do que ali é dito.

3.O Senado Federal decidiu, em votação realizada depois da prisão, validar a prisão. A maior parte da bancada do PT votou contra, argumentando que não estaria sendo respeitado aquilo que a Constituição prevê como condição para a prisão de um mandatário popular.

4.Não se trata de um tema simples, envolvendo desde interpretações da Constituição até a análise do significado político da prisão do líder do governo Dilma no Senado Federal.

5.Isto posto e por isto mesmo, somos de opinião que a maioria da bancada do PT no Senado Federal errou. Ao Partido dos Trabalhadores e ao Governo Dilma interessa separar o joio do trigo. E o fato é que o Senador Delcídio Amaral traiu a confiança do governo, traiu a confiança do PT, traiu a confiança do eleitorado popular.

6.É verdade que o STF aplica, contra petistas e filiados ao PT, um rigor que não adota quando se trata de filiados a partidos de centro-direita. Exemplo disto é o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), que até este momento segue solto. Entretanto, não é de esquerda a tese segundo a qual enquanto não restaura-se a moralidade, locupletar-se é permitido. Está provado que o Senador usava o cargo para tentar cometer um crime, em benefício próprio e em prejuízo dos interesses do Brasil, do governo e do próprio PT, que seriam inevitavelmente acusados de estarem por trás da eventual fuga do criminoso que Delcídio Amaral queria impedir de colaborar com a Justiça.

7.Por tudo isto, a bancada do PT no Senado deveria ter votado a favor de chancelar a prisão preventiva determinada pelo STF. E com muito mais motivos -- pois neste caso não está em jogo uma interpretação da Constituição, mas sim o estatuto e o código de ética do Partido-- , a Comissão Executiva Nacional do PT deve abrir imediatamente um processo disciplinar contra o senador, reafirmando o caráter pessoal e anti-partidário de suas ações e sinalizando explicitamente a disposição de expulsá-lo do Partido.

8.O presidente nacional do PT, companheiro Rui Falcão, divulgou uma nota na qual declara perplexidade com a atitude do Senador. Apoiamos o presidente do Partido em sua atitude de não prestar solidariedade a Delcídio Amaral, mas não compartilhamos de sua perplexidade.

9.Registre-se que quando Delcídio Amaral pediu filiação ao PT, nós da tendência petista Articulação de Esquerda recorremos contra no seu diretório municipal. Derrotados, impugnamos a filiação no Diretório estadual do PT-MS. Derrotados, questionamos a filiação junto ao Diretório Nacional. Nós sabíamos quem ele era, acompanhamos sua trajetória pública desde então e por isto não estamos perplexos.

10.Não é necessário lembrar agora, quem patrocinou, apoiou, deu os votos necessários ou simplesmente lavou as mãos, permitindo por ação ou omissão a filiação de Delcídio Amaral.




11.Mas aquele erro está na origem do que ocorre agora, quando o conjunto do Partido sofre os efeitos da filiação de alguém que nunca teve qualquer passado de esquerda. E que em diversas oportunidades -- por exemplo na CPI dos Correios, no processo do chamado mensalão, na discussão do regime de partilha do petróleo, nos temas indígenas etc.-- demonstrou ter uma mentalidade empresarial e tucana, traindo inclusive aqueles que estimularam sua filiação ao PT.

12. O caso de Delcídio Amaral, assim como os de André Vargas e Candido Vaccarezza, são sintomáticos da falta de critério, da falta de vigilância, da falta de limites, do oportunismo e do pragmatismo que predominam em certos setores do Partido.

13.Se quiser sobreviver ao cerco da direita, o PT não precisa apenas mudar de política, precisa também mudar de comportamento. O que significa, em casos como este, que precisamos depurar. Por tudo isto, o PT deve expulsar Delcídio Amaral.




(Texto que será apresentado para debate na reunião da direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda, que ocorrerá nos dias 28 e 29/11/2015)
Valter Pomar

Rodrigo Vianna - a crise política não e só do PT

É inaceitável, sob qualquer justificativa, que um líder do governo no Senado Federal trame estratégias de fuga junto à família de um réu. E que se proponha a interferir nas ações do Supremo Tribunal Federal. É de uma arrogância e desfaçatez, a indicar o grau de deterioração da política no Brasil.
Quando um líder do governo ataca a Justiça e a República, estamos às portas de uma crise institucional.
Mas há mais que isso no caso Delcídio. Ele é filiado ao PT, e é preciso lembrar que não existe política de esquerda (ou centro-esquerda, vá lá) quando se perdem todos os princípios de defesa da Justiça. A definição do velho Norberto Bobbio para "esquerda" é: são aqueles que lutam para reduzir desigualdades.
Não se reduz desigualdade atentando contra a Justiça. Acho que não seria preciso lembrar isso. Mas cá estamos num mundo estranho, num momento estranho…
"Ah, mas os tucanos sempre fizeram igual, e jamais foram pegos". Isso é fato. Mas não exime o PT da responsabilidade por aceitar um personagem desse em seus quadros. Delcídio não queria a fuga de Cerveró para a Espanha em nome de um projeto político – o que já seria grave. Agia, usando o cargo de senador e o poder que lhe confere a Constituição, para proteger a si mesmo.
Delcídio Amaral esteve na Petrobrás sob FHC. Delcídio é "parceiro" de altos tucanos em empreitadas políticas e negócios mal explicados. Delcídio é também um símbolo do neopetismo (na mesma linha de André Vargas).
Mas o mais grave: a irresponsabilidade de Delcídio abriu caminho para que se arrebente com o discurso de defesa das garantias constitucionais – criadas para preservar, sim, a democracia e as prerrogativas parlamentares (mas não para proteger bandidos).
Juristas e professores alertam para a interpretação "fora da curva" adotada pelo STF, para mandar prender Delcídio. Mas alguns desses advogados são realistas na avaliação do que se passa agora no país: "o despudor dos homens do poder cuidou de legitimar toda e qualquer exorbitância punitiva. Nem me canso mais de fazer discurso garantista, porque quando o líder do governo vai pra esse despudor, só resta jogar a toalha. Parece até encomenda do Moro."
Com o "presente" oferecido por Delcídio, Nestor Cerveró (em vez de pegar um avião para a Espanha, como sugeriu o arrogante senador neopetista) pode fazer o governo, a oposição e boa parte do mundo político embarcarem numa montanha russa: e, no percurso, muitos podem ser lançados pelos ares.
A delação de Cerveró deve atingir Renan, Temer e talvez chegue a Dilma.
E se Delcídio também falar, aí os tucanos podem perder algumas cabeças coroadas na guilhotina das delações sem prova e do terror midiático.


Ou seja, já não é apenas de impeachment que se trata; mas de uma crise institucional sem precedentes, que pode engolfar os 3 maiores partidos políticos brasileiros: PT, PSDB e PMDB.
O roteiro do juiz Sérgio Moro, traçado lá atrás, previa uma espécie de "refundação" da política, empreendida por homens que "não são politicos". Todos sabemos o perigo desse caminho.
Moro usa camisas pretas em suas aparições fantasmagóricas. Na Itália, onde me encontro nesse momento, as camisas negras não são de bom augúrio. Mas avancemos em outras conjecturas…
Pode-se discutir se a prisão de Delcídio não abre um precedente perigoso, levando a um novo patamar essa espécie de revolução francesa jurídico-midiática. Abre-se o caminho para a exceção punitiva, o que assusta o andar de cima brasileiro, sempre acostumado a acomodações.
Já estavam presos (pela Lava-Jato) alguns dos maiores empreiteiros do país; agora, somam-se à lista um banqueiro (Andre Esteves, suposto parceiro das estripulias delcidianas) e um senador com trânsito no neopetismo e no tucanato.
Isso é bom ou ruim? A princípio, pode indicar sim um sinal de maturidade da democracia. Mas é preciso ver qual o alcance dessa escalada punitiva.
Sabe-se que, em Brasilia e em suas andanças pelo Brasil, Aécio Neves costuma dizer aos empresários e à elite que, quando chegasse ao poder, tudo isso teria fim. Voltaríamos aos velhos tempos em que rico não pagava por crimes. Empresários que ousaram fazer negócios com petistas estão enjaulados. A saída seria uma "restauração" tucana.
Essa é a lógica que faz o PSDB sorrir a cada nova prisão – que põe a economia de joelhos e os empresários em polvorosa. Parte da oposição pensou nessa escalada apenas como ferramenta para desgastar o PT… Mas há sinais de que a estratégia pode estar saindo do controle – o que pode levar a um aprofundamento da democracia, depois de passarmos por uma crise que promete ser profunda e dolorosa.
A prisão de Delcídio fez o mundo político (e não apenas o petismo) tremer nas bases. Ninguém mais está a salvo. Esse é o sinal que vem dessa prisão.
Na revolução francesa, como se sabe, os que começaram cortando cabeças terminaram perdendo as próprias na guilhotina. A política brasileira (mal comparando) parece ter entrado num caminho desse tipo, de autofagia e destruição



Luiz Carlos Azenha - Imaginem por um momento...

O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, recolhido ao seu apartamento na Trump Tower, em Manhattan.

A prisão domiciliar deve ter um impacto devastador para quem estava acostumado à badalação da vida de cartola no "país do futebol".

Porém, aos 83 anos de idade, Marin sabe que poderia ser pior, bem pior. A essa altura, ele não tem nada a perder. Quanto mais contar, quanto mais colaborar com os investigadores, menor a pena.

Vamos combinar que, tirando o dinheiro, não há nenhum cimento ideológico que una Marin a Ricardo Teixeira ou Marcelo Campos Pinto, recentemente defenestrado pela Globo.

Ou seja, Marin vai abrir o bico mirando numa aposentadoria não muito distante no Brasil, preservada parte da fortuna que amealhou.

Para os que serão delatados por Marin, resta a certeza de que não poderão influenciar o FBI ou a promotoria dos Estados Unidos.

No Brasil, é diferente.

Imaginem agora o senador Delcídio do Amaral na cadeia, longe das filhas, da família. Um homem que transitou do PSDB para o PT em 2001, às vésperas de Lula se eleger presidente da República, lhes parece ideologicamente sólido?

Delcídio ocupou uma das diretorias mais importantes da Petrobras, a de Gás e Petróleo, no final do governo FHC. Conheceu então Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, os diretores da estatal agora convertidos em delatores. Todos, portanto, antecedem Lula no Planalto.

Delcídio é pluripartidário. O que o levaria a celebrar em seu gabinete um acordo entre Eduardo Paes (PMDB) e Romário (PSB) de olho nas eleições municipais do Rio em 2016? Seria a manutenção do status quo benéfica a seus próprios interesses pessoais?

Ou ele agia ali como preposto do governo Dilma ou do PT? A ver.

À Polícia Federal, o petista já fez declarações suficientemente comprometedoras para enredar o banqueiro, mas não duvido que Esteves passe alguns dias na carceragem — para efeito didático junto aos eleitores — e seja libertado.

Um banqueiro comendo as quentinhas de Bangu sempre pega bem no Jornal Nacional, vende a ideia de uma Justiça "justa".

Além de não se enquadrar no perfil dos três Ps, Esteves pagou a lua-de-mel do tucano Aécio Neves — informação significativamente omitida por toda a grande mídia.

Independentemente de Esteves, o ex-líder do governo Dilma no Senado tem muito a dizer. Agora, diante da gravação que tem grande impacto junto à opinião pública, tudo indica que Delcídio ficará tempo suficiente na cadeia para ser convencido a "cantar".

O Supremo Tribunal Federal, que atropelou a Constituição para prendê-lo, terá coragem de libertá-lo?

Foi assim, com a dureza da cadeia, que o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, teve a sua resistência "quebrada". Segundo informações do Estadão, ele está pronto para "entregar" dois senadores, além de revelar esquemas na construção de estádios da Copa.

A empreiteira que Otávio dirigia teve uma parceria inusitada, por exemplo, na reforma do Maracanã: além da Odebrecht, associou-se à minúscula Delta, de Fernando Cavendish, o grande amigo do ex-governador Sergio Cabral, que por sua vez é aliado do prefeito Eduardo Paes. Paes quer eleger Pedro Paulo em 2016 e se candidatar ao Planalto em 2018 pelo PMDB. Romário seria o candidato ao governo do Estado.

O PMDB do Rio, lembrem-se, é aquele que emplacou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. É aquele que enriqueceu graças ao pré-sal e a obras bilionárias feitas para a Copa e as Olimpíadas.

A seção carioca do PMDB é a única que pode financiar uma campanha presidencial competitiva, assim como a do PSDB paulista.

A dedução óbvia é que Delcídio provavelmente trabalhava por um futuro glorioso… no PMDB.

Ou, a mando de alguém, subordinava o PT ao PMDB nas eleições de 2018.

A delação do presidente da Andrade Gutierrez, agora acertada, tem potencial explosivo: pode jogar luz, por exemplo, sobre a obra do Maracanã.

A Andrade, registre-se, é parceira da Odebrecht e da Carvalho Hosken na obra do Parque Olímpico.

Como brinquei no Facebook, foi o melhor negócio imobiliário do planeta o fechado pela PPP de Eduardo Paes (cliquem para o vídeo imperdível).

Mais de 500 mil metros quadrados de terreno público, transferidos às empreiteiras, agora contam com toda a infraestrutura. Valor?  720 reais o metro quadrado, multiplicados por 22 — já que as empresas poderão construir neles edifícios de 22 andares.

Foi por isso que Eduardo Paes sacrificou a Vila Autódromo, embora os moradores tivessem recebido títulos de posse provisórios (por 99 anos) do governador Brizola: para fazer, às margens da lagoa de Jacarepaguá, o jardim dos ricos que vão comprar imóveis das três empreiteiras!

Mas, voltando à Lava Jato, temos como um dos últimos resistentes Marcelo Odebrecht. Quanto tempo ele vai resistir? Provavelmente, os advogados da empreiteira já se movimentam nos bastidores para obter um acerto parecido com a da "concorrente".

Odebrecht, lembrem-se, é aquele do "adiantar 15″ para JS, mensagem capturada em um de seus celulares. JS, tudo indica, como brincou um internauta, é Jula da Silva.

Delcídio, Otávio e Marcelo estão em posição para por abaixo o sistema político brasileiro, se resolverem realmente contar tudo.

Porém, se houver uma inclinação de delegados e promotores a ouvir apenas parte da História, por que motivo eles se arriscariam a delatar mais que o necessário?

Portanto, o PT está à mercê desta cascata de delações.

Consequências do 25 de novembro?

Para todos os efeitos, um governo Dilma dono de seu próprio nariz acabou. Um fato novo pode levá-lo ao impeachment, mas considerando as delações por vir é pouco provável que haja alguém mais confiável que Dilma para se arrastar, feito Sarney, até o fim do mandato. Um governo fraco, dominado pelo pensamento econômico neoliberal, vai produzir austeridade via desemprego — eliminando, assim, qualquer chance de sobrevivência eleitoral.

A candidatura de Lula, em consequência, murcha. Para o ex-presidente, escapar da prisão nestas circunstâncias será em si uma vitória.

A direita dispõe, portanto, não só dos instrumentos para recapturar o Planalto em 2018, como da legislação antiterrorista que sobreviverá às Olimpíadas e servirá, como o Patriot Act, para conter qualquer explosão social fora da institucionalidade. Não é pouco, para quem pretende retomar, num quadro de crise econômica mundial, a política do arrocho da ditadura.

Ironicamente, a legislação que permitirá à direita fazer isso foi produzida pelo governo Dilma e "aperfeiçoada" pelos tucanos, com intermediação de… Delcídio do Amaral.

Ah, Woody Allen, não chegou a hora de produzir um filme inspirado no Brasil, tendo o "japonês bonzinho" no papel principal?

PS do Viomundo: Pergunta que não quer calar diz respeito ao filho do Cerveró, Bernardo. Ele gravou por conta própria? Ou foi agente de alguém?




Fernando Brito - Aí está o que o “civismo” da oposição e a “moralidade” do Tribunal de Contas fizeram

O Governo Federal tem dinheiro para pagar suas contas, mas não pode pagá-las, porque não tem Orçamento.
Porque a votação de mudanças orçamentárias, diante de uma crise econômica, que já foi um parto no final de 2014, tornou-se este ano um impasse até agora sem saída.
É evidente que nenhuma administração pode realizar despesa sem Orçamento, isso é basilar no  Código de Contabilidade Pública, aprovado em 1964, ainda antes do golpe militar. Aliás, concordam todos, uma legislação tecnicamente avançada, que até hoje segue em vigor e organiza as finanças públicas.
A tão saudade Lei de Responsabilidade Fiscal, editada no Governo Fernando Henrique o que faz é engessar o administrador, transformando em crime toda a flexibilidade que antes se permitia.
Foi feita dentro do padrão norte-americano (um exemplo, o tal "debt-ceiling" que fez o Obama praticamente paralisar o país  quando o Congresso protelou a elevação do teto da dívida pública e que, antes, em 95/96, provocou o "desligamento" – shutdown – do governo americano) e sob as bênçãos do FMI.
Para ter apoio político, saneou-se o endividamento dos Estados ampliando o da União.
E, claro, sob as bênçãos do capital, a quem não importa um pingo se atrase ou suspenda pagamento de servidores, compra de artigos essenciais para escolas e hospitais, ou que cortem gás, luz, telefone de repartições públicas, pois o seu está bem seguro e nababescamente pago no mercado de títulos e seus juros.
Em condições normais, qualquer mudança no Orçamento, para ser aprovada, exige muito esforço e concessões.
Do jeito em que está o Congresso brasileiro, com uma oposição obstinada pelo golpe, por um Eduardo Cunha (e sua tropa) a quem só resta o pedido de impeachment para negociar não apenas a permanência na Presidência da Câmara como o próprio mandato parlamentar e, agora, com figuras apavoradas com a prisão de Delcídio Amaral – literalmente, um de seus pares, a tarefa hercúlea, praticamente irrealizável sem a força de uma grave crise a empurrar a solução simples, razoável e de todos sabida de emendar o Orçamento.
Se Dilma não deixar o país parar, os austerísssimos integrantes do Tribunal de Contas têm os dentes prontos.
Se fizer parar, como inevitavelmente será obrigada mesmo tendo recursos para mantê-lo funcionando, a culpa será da…Dilma.
Os fiscais do Orçamento, o TCU e o parlamento, lançaram-se à  mais histérica politicagem com as despesas públicas, inclusive as mais necessárias.
A Lei da Responsabilidade Fiscal, em suas mãos, tornou-se a Lei da Irresponsabilidade dos Fiscais, que não hesitam em fazer pararem ou capengarem os serviços públicos.
Afinal, quem precisa deles é esta insignificância, o povo.



Bom dia!

Lembre hoje e sempre

Quem valoriza

Mais 


Embalagem

Que o conteúdo?

Ele não tem valores

Tem preço!













Mensagem da Madrugada

Quando
A
Luta
Está renhida

Vitória 
Está
Próxima

Insista
Persista
E não desista
Você vai vencer!