Michê prende e arrebenta, quando vai prender Cunha?

O Ministro (sic) Moraes foi fazer boca de urna em Ribeirão Preto e prendeu o Palocci num comício.

O ex-ministro Aragão, que desmontou oscastelos teóricos, do Dallagnol, um idiota, classificou o ato de Moraes de irresponsável ou incompetente.

A verdade é que Moraes demonstra inequivocamente que a Polícia Federal voltou a ter chefe.

Não tinha chefe quando o Ministro da Justiça era o  e, ex-advogado de Daniel Dantas, dela era refém.

Tanto que o Daiello, chefe da PF do zé, é o chefe da PF do Moraes.

Precisa desenhar, amigo navegante?

Tanto tem a PF um chefe que nela manda e desmanda que, outro dia, ele foi a Curitiba, saiu numa photo opportunity (êpa! Opportunity!) com a Lava Jato e o Conversa Afiada perguntou singelamente: será que ele foi dizer que a mulher do Cunha não deve ser presa?

Uma dúvida procedente!

O Dr. Moro não achava o endereço da mulher do Cunha.

E até hoje a moça desfila no Rio, entre restaurantes e shopping centers, a comprar bolsas e sapatos.

A detonar a grana da corrupa!

Porque, afinal, seguiria esse irresponsável raciocínio, não se pode atiçar o ódio do Cunha…

Quem sabe ele ele cospe os feijões do Traíra?

Como diz o Ciro Gomes, os dois, Cunha e Traíra, eram sócios na instalação de jabutis em Medidas Provisórias…

Finalmente, temos uma PF com chefe!

Viva a República!

Porque polícia sem chefe era a do Delegado Fleury - e a do zé!

Depois reclama de ter levado um Golpe pelas costas!

Em tempo: Moraes foi advogado do Cunha até ser nomeado Secretário de Segurança Pública do "Governo" Alckmin.

Que coincidência!

PHA


Moraes, ex-advogado de Cunha, ao lado dos lavajateiros (Moro usa capa preta).

Pô Fernando Haddad, assim fica quase impossível votar em você

Da coluna de Gregório Duvivier na Folha:

De tudo o que escrevi por aqui, o que mais gerou revolta foi falar bem de São Paulo. Cariocas ficaram revoltados com um carioca elogiando outra cidade que não o Rio. Paulistanos ficaram revoltados com um carioca elogiando a cidade deles. "Falar bem de São Paulo é fácil!", gritavam. "Quero ver morar aqui!"

Na Redação da Folha me explicaram que quebrei um acordo tácito: aqui não se fala bem de São Paulo. Acho que foi o Juca Kfouri que me ensinou: "O que a imprensa carioca e a paulista têm em comum é que a imprensa carioca odeia São Paulo e a imprensa paulista odeia São Paulo".

Só mesmo essa falta de autoestima explica a maneira como tratam o Haddad. A decepção do paulistano com o prefeito me lembra da tristeza de uma amiga que reclamava do namorado fofo demais. Suspirava: "Se ao menos descobrisse que ele me trai…". Todo dia entrava no Facebook dele e nada. Nem uma cutucada.

Tenho certeza de que todo dia o paulistano abre o jornal ansiando por um escândalo de corrupção envolvendo o prefeito. Algo que fizesse jus à expectativa. Bastava um desviozinho pra paixão voltar com tudo! Mas nada. Enquanto isso, Doria e Russomanno só fazem subir nas pesquisas –na mesma proporção em que pipocam escândalos envolvendo os mesmos.

Tenho a impressão de que os paulistanos votaram em Haddad da primeira vez por causa do sobrenome. Pensaram: "Kassab, Maluf, Temer, Alckmin… Deve ser da turma deles". (Ainda vão explicar a onipresença libanesa na política brasileira).

Ledo engano. Haddad fez corredor de ônibus, levou cinema pra periferia, priorizou a bicicleta, reduziu acidentes, empregou travestis, cuidou dos crackudos, fechou a Paulista pra pedestre, fechou o Minhocão mais cedo aos sábados pras famílias, e nem uma pontezinha superfaturada. Nada. Nem um peculatozinho.

Poxa, Haddad, aí fica difícil te defender.

A Operação Lava Jato entrará para a história como uma praga

(...) como flagelo que afundou um país que ia bem na economia, na democracia e no equacionamento de seus problemas sociais e que mergulhou no caos político, econômico e institucional por moto próprio.

Ainda não é possível enxergar quanto de ruim será dito contra essa iniciativa ditatorial, farsesca, vigarista mesmo, que, para atingir objetivos eminentemente políticos, destruiu a economia, soterrou a democracia e desmoralizou as instituições.

Mas será. Todos enxergarão isso no espaço de alguns poucos anos, após a poeira amainar.

Essa quadrilha formada por agentes públicos, que infringe a lei e o Estado de Direito com fins escancaradamente políticos, antes mesmo de o tempo se assenhorar da razão já está sendo questionada por seus excessos menores.

E as vozes dos questionadores estão longe de ser oriundas da esquerda, alvo prioritário da guerra política em curso no país. Antiesquerdistas hidrófobos como um Reinaldo Azevedo (colunista da Folha de São Paulo e da revista Veja) estremecem com os erros cômicos da Lava Jato.

Na sexta-feira retrasada, Azevedo – mau caráter, mas inteligente – quase teve uma síncope ao ver a pataquada da denúncia do MP contra Lula. Seu artigo na Folha deixava pingar ódio contra a burrice do procurador midiático Deltan Dallagnol.

Azevedo não estava preocupado com o Estado de Direito, mas com o fato de que uma denúncia tão fraca, que só tinha tabelas em power point em lugar de evidências e provas, desmoraliza a campanha para impedir Lula de disputar a Presidência em 2018.

Tucano manda, PF abana o rabo e obedece. Corja!


O ex-ministro Antonio Palocci foi preso durante a 35ª da Operação Lava Jato.

Ontem, em Ribeirão Preto (SP), cidade natal de Palocci, o ministro da Justiça Alexandre de Moraes fez campanha por Duarte Nogueira, do PSDB, e antecipou que haveria "mais Lava Jato" nesta semana.

"Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", disse o tucano ministro.

O governo começa a usar a Polícia Federal com fins eleitoreiros.

PF perde autonomia sob governo Golpista

Descarada ameaça do ministro da Justiça revela seletividade criminosa da lava jato. Golpistas usam PF para #BocaDeUrna contra o PT", tuitou o deputado Paulo Pimenta; "Ministro da Justiça sabe agora com antecedência as operações da PF na Lava Jato? Pode isso? Cadê a autonomia da PF? Só funcionou com Dilma e Lula", completou a senadora Gleisi Hoffmann.

Durante um evento de campanha do PSDB em Ribeirão Preto, ministro Alexandre Moraes disse que Lava Jato vai voltar às ruas na véspera das eleições municipais de 2 de outubro; "Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", discursou.

É pior que o 7x1

Não é possível, e em escala muito mais grave, esconder o sentimento de vergonha ao ver um tribunal referendar, por 13 votos a um, a ação ilegal de um magistrado, como foi a de Sergio Moro ao divulgar as escutas ilegais que recebeu da Polícia Federal, onde não apenas extrapolou aquilo que tinha autorizado , mas coonestou a escuta ilegal do telefone da então Presidenta da república, Dilma Rousseff.

No entanto, foi o que fizeram os desembargadores federais do TRF-4, dando licença para que, a critério de Moro, este possa decidir agir ilegalmente quando achar que isso é para "o bem" da Lava Jato. Ou, melhor dizendo, para o bem dos seus inescondíveis desejos políticos.

Ao menos, embora de pouco consolo sirva, houve o "gol de honra" – honra, mesmo – de um único desembargador, que não se vergou à ditadura linchatória que parece ter se instalado no Judiciário. O desembargador federal Rogério Favreto,  único membro da Corte Especial daquele tribunal  a votar pela abertura de processo disciplinar contra o juiz Sergio Moro, merece, por isso, ter trechos do seu voto solitário transcritos, com grifos meus.

Para que, pelo menos, a gente possa achar que ainda há juízes no Brasil.

O magistrado [Sergio Moro], como se vê, defende posição contrária à proibição em abstrato da divulgação de dados colhidos em investigações. Todavia, essa tese, conquanto possa ser sustentada em sede doutrinária, não encontra respaldo no ordenamento jurídico pátrio no tocante a conversas telefônicas interceptadas, cuja publicização é vedada expressamente pelos arts. 8º e 9º da Lei 9.296/1996

O debate doutrinário é saudável. Todavia, não pode, porém, converter em decisão judicial, com todos os drásticos efeitos que dela decorrem, uma tese que não encontra fundamento na legislação nacional.

Ao assim agir deliberadamente, pode o magistrado ter transgredido o art. 35, I, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

Outrossim, a tentativa de justificar os atos processuais com base na relevância excepcional do tema investigado na comentada operação, para submeter a atuação da Administração Pública e de seus agentes ao escrutínio público,também se afasta do objeto e objetivos da investigação criminal, mormente porque decisão judicial deve obediência aos preceitos legais, e não ao propósito de satisfazer a opinião pública.

Um segundo fator externo ao processo e estranho ao procedimento hermenêutico que pode ter motivado a decisão tem índole política. Mesmo sem juízo definitivo, posto que se está diante de elementos iniciais para abertura de procedimento disciplinar, entendo que seria precipitado descartar de plano a possibilidade de que o magistrado tenha agido instigado pelo contexto socio­político da época em que proferida a decisão de levantamento do sigilo de conversas telefônicas interceptadas.

São conhecidas as participações do magistrado em eventos públicos liderados pelo Sr. João Dória Junior, atual candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB e opositor notável ao governo da ex-­Presidente Dilma Rousseff.

Vale rememorar, ainda, que a decisão foi prolatada no dia 16 de março, três dias após grandes mobilizações populares e no mesmo dia em que o ex­-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi nomeado para o cargo de Ministro da Casa Civil.

Além disso, a decisão, no quadro em que proferida, teve o condão de convulsionar a sociedade brasileira e suas disputas políticas. Aliás, no dia dos protestos contra o Governo da Ex-­Presidente Dilma (13/03/2016), o próprio magistrado enviou carta pessoal à Rede Globo e postou nota no seu blog, manifestando ter ficado "tocado" pelas manifestações da população e destacando ser "importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas".

Ora, esse comportamento denota parcialidade, na medida em que se posiciona politicamente em manifestações contrários ao Governo Federal e, ao mesmo tempo, capta e divulga ilegalmente conversas telefônicas de autoridades estranhas à sua competência jurisdicional.O Poder Judiciário, ao qual é própria a função de pacificar as relações sociais, converteu-­se em catalizador de conflitos.

Não é atributo do Poder Judiciário avaliar o relevo social e político de conversas captadas em interceptação e submetê-­las ao escrutínio popular. Ao fazê-­lo, o Judiciário abdica da imparcialidade, despe-­se da toga e veste-­se de militante político.

Com efeito, o resultado da divulgação dos diálogos ­ possibilitada sobretudo pela retirada do segredo de Justiça dos autos, ­ foi a submissão dos interlocutores a um escrutínio político e a uma indevida exposição da intimidade e privacidade. Mais ainda, quando em curso processo de impedimento da Presidenta da República,gerando efeitos políticos junto ao Legislativo que apreciava o seu afastamento.

Penso que não é esse o papel do Poder Judiciário, que deve, ao contrário, resguardar a intimidade e a dignidade das pessoas, velando pela imprescindível serenidade.

Sérgio Moro, um juiz a serviço da TV Globo e do PSDB

Os principais interessados na Operação Lava Jato são o PSDB e as multinacionais do petróleo. Ambos clientes da esposa de Sérgio Moro.

Emanuel Cancella

A esposa do juiz Sérgio Moro, que está à frente da Operação Lava Jato, advoga para o PSDB do Paraná e para multinacionais de petróleo. A denúncia foi publicada no Wikleaks.

O fato já seria suficiente para inviabilizar a participação do juiz Moro no processo que apura a corrupção na Petrobrás (Operação Lava Jato). O Código de Processo Civil, em seu artigo 134, manda arguir o impedimento e a suspeição do juiz: " IV- Quando nele estiver como advogado da parte o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguínio ou afim, em linha reta: ou na linha colateral até o segundo grau".

Mais claro impossível. Ora, quem são os principais interessados na Operação Lava Jato, que afeta diretamente a Petrobrás? O PSDB e as multinacionais do petróleo, clientes da mulher de Moro! São eles os grandes beneficiados com essa Operação.

Na véspera da eleição presidencial, a Revista Veja estampou uma foto da então candidata Dilma, afirmando: "Dilma e Lula sabiam da corrupção na Petrobras". A TV Globo repercutiu no Jornal Nacional. 




A capa da Veja – um panfleto pró-Aécio – e o noticiário da emissora de maior audiência (ainda que decadente) manipularam até o final e certamente conseguiram arrancar alguns milhões de votos da presidenta, embora não o suficiente para derrotá-la.

Depois do estrago causado, a farsa montada pela Veja e pela Globo foi desmentida. O próprio advogado do doleiro Alberto Youssef (suposto delator) assegurou que "o seu cliente não fez declaração alguma envolvendo os nomes de Lula e Dilma".  Quem provavelmente "sabia" da manipulação montada, era o juiz Sérgio Moro.

Parcialidade e blindagens se revelam como um novo escândalo
A sociedade não deve nenhum respeito a um juiz que extrapola suas funções e, sem nenhuma base jurídica, destrata a autoridade máxima do país. É o que aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais, quando foram veiculadas as acusações – depois desmentidas. Por esse fato, o juiz Sérgio Moro deveria se desculpar publicamente.

Por mais que os brasileiros queiram ver na cadeia corruptos e corruptores -  também me incluo entre os indignados - não é possível aceitar que a Justiça tenha dois pesos e duas medidas. O juiz Sérgio Moro mantém preso o tesoureiro do PT, mas não mandou prender os tesoureiros dos demais partidos citados em delação premiada, dentro da mesma operação, dentre os quais havia políticos do PSDB, PMDB, PP e outros. O tesoureiro do PSDB, Marcio Fortes, que foi tesoureiro de campanha de FHC e de José Serra, além do envolvido com o PSDB na Lava Jato é titular de conta para lavagem de dinheiro no HSBC da Suíça. Mas continua solto.

A parcialidade de muitos juízes se revela como um novo escândalo, tão grande quanto aqueles que apuram. Pior é a blindagem de personagens, como o atual presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha. Será ele refém ou artífice de um projeto conservador em andamento que pratica uma verdadeira devassa, derrubando conquistas históricas da sociedade civil e dos trabalhadores?

Por que não são investigados e punidos os empresários de comunicação que falam e escrevem o que bem entendem, contra tudo e contra todos, sem nenhuma regulamentação? 

Por que esses escândalos não têm a mesma repercussão na mídia? O que se diz é que órgãos de comunicação também estariam envolvidos, em escândalos bilionários, como o Swisslaikes, Zelotes e Trensalão.

A lei determina que todos os envolvidos em corrupção, corruptos e corruptores, depois da ampla defesa e, se condenados, sejam presos e os bens adquiridos por meio da corrupção sejam ressarcidos. Mas a regra deveria valer para todos os partidos!

A TV Globo deu ao juiz Sérgio Moro o título de personalidade do ano. A TV Globo apoiou e cresceu à sombra da ditadura, foi contra as eleições diretas e, no governo de FHC, na década de 1990, fez campanha pela privatização da Petrobrás, comparando a estatal a um paquiderme e chamando os petroleiros de marajás.

A Globo e o PSDB sempre defenderam a privatização da Petrobrás. O seu projeto de país tem sido derrotado nas urnas. Mas, por vias transversas, está sendo retomado. É o que aponta o projeto do senador do José Serra que retira a Petrobrás como operadora única do pré-sal e acaba com o regime de partilha, retornando ao pior modelo, que é o de concessão, instituído em 1997 pelo entreguista FHC.

Como funcionário da Petrobrás e brasileiro não posso aceitar calado essa tramoia contra a empresa que é o maior patrimônio da nação e a única que pode pagar a dívida social que temos com nosso povo. A sociedade não pode permitir que a Globo e o PSDB destruam a Petrobrás.
___________

Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP