Rir é o melhor remédio *

Um coxinha, turistando na Bolívia, viu uma placa bem grande num prédio público:
Ministério da Marinha. Querendo zombar ele perguntou boliviano:

- Pra que isso aí, se aqui não tem mar?

O boliviano respondeu:

Eu sei que no Brasil tem Ministério da Justiça e o da Transparência.

Mensagem da noite

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O penúltimo surto psicótico do Dr. Mesóclise por Carlos Motta

Seja pela pessoa ética e moral que é, ou pelo fato de, em apenas um ano ter destruído a economia brasileira e provocado o caos político, o minúsculo Temer precisa ser interditado de suas funções o mais rapidamente possível, sob o risco de o país simplesmente ser arruinado.

Talvez por causa das pressões que vem sofrendo para que deixe a presidência e se enfie na mais próxima lata de lixo da história que encontrar, devido às recentes revelações de suas, lembrando o poeta, "tenebrosas transações", o usurpador tem dado demonstrações públicas da mais aguda esquizofrenia - outro motivo para que sofra o tratamento que o prefeito paulistano, mais um da sua laia, oferece aos dependentes químicos que zanzam pelas ruas da metrópole.  

Hoje mesmo, terça-feira, 30 de maio de 2017, o Dr. Mesóclise teve um desses surtos de dissociação da realidade - e, pior, sofreu o ataque diante de uma plateia de investidores internacionais, na capital paulista.

Um vexame!

Segundo testemunhas idôneas, o insignificante pretendeu se elevar à condição de um estadista, algo que não conseguirá nem em cem mil  anos, e afirmou, para o espanto dos presentes que o seu governo fez “muito em pouco tempo”, além de garantir que os estrangeiros encontram no país “uma economia que se recupera e que se moderniza”. 

Incorporada a idiotia, foi além: segundo ele, os investidores encontram no Brasil um governo determinado em completar as reformas “que estão transformando o país e abrindo novas oportunidade para todos”.

E, como um Napoleão de hospício, completou: “Eu quero transmitir uma mensagem clara, o nosso governo devolveu ao Brasil o caminho do desenvolvimento, e desse caminho não nos afastaremos. Não permitiremos que voltem a colocar em risco o presente e o futuro dos brasileiros.”

Para completar o quadro de absoluta loucura presenciado pelos ilustres convidados, o pequeno golpista foi acompanhado por outros internos nos hospícios brasilienses, como o seu "ministro" de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que em outra vida usava o codinome "Matheus" para assaltar bancos e trens como maneira de financiar a luta contra a ditadura militar.

Aloysio arriscou-se em águas que hoje lhes são completamente turvas, já que nesta sua nova vida ele é simplesmente um bom burguês. De acordo o ex-Matheus, a Previdência Social é deficitária e socialmente injusta, assim como a legislação trabalhista: “Quem se conforma com essa situação são apenas alguns setores mais reacionários”, disse no alto de sua proverbial ignorância.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, outro a quem deveriam ser administradas altas doses de haloperidol, pelo menos equilibrou frases desconexas com lampejos de honestidade, ao afirmar que a agenda da instituição que representa tem como foco o setor privado - o trabalhador que se lasque!

Não se sabe ao certo o efeito de tantos disparates sobre a ilustre plateia. Mas certamente os pacientes ouvintes, encerrada a apresentação desse universo paralelo, devem ter refletido, à luz do sol da realidade, que o Brasil não é um país para fracos.

Ou para gente séria.

Frase para vida inteira

Os ricos e poderosos sempre se reconciliam, porque comem a mesma ração, na mesma gamela (dinheiro do Estado).

Parafraseando Diderot

Eleição 2018

*Disputa presidencial seria disputa entre Lula e Bolsonaro
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O levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, que apontou que 90,6% dos brasileiros querem a saída de Michel Temer e a realização de eleições diretas, revela ainda que, neste cenário, o segundo turno seria disputado entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado de extrema direita Jair Bolsonaro (PSC-RJ); Lula teria 25,8% contra 16,1% do deputado fluminense; ou seja: o PSDB, que se associou a Eduardo Cunha e Michel Temer para golpear a democracia brasileira ficaria de fora; é por isso mesmo que a oligarquia política luta para emplacar o "golpe dentro do golpe", que seria a substituição de Temer por um presidente biônico, por meio de eleições indiretas.

*Segundo o Instituto Paraná Pesquisas

Nílson Lage: réquiem por um sonho

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Hoje (escrevo às 10h do dia 25 de maio, 69º aniversário da morte de Roberto Simonsen, 40ºda estreia de “Uma nova esperança”, da série Star Trek), quando o Brasil caminha para pendurar-se no cabide do Império do Ocidente como extenso e desfrutável espaço do domínio, acho por bem lembrar a história do sonho de um país soberano e independente, grande e próspero.
Começou com os Andrada – José Bonifácio, o naturalista, que sonhava com uma reforma agrária para dar terra a escravos libertados – e ganhou concretude com Irineu, nossa primeira ferrovia, nossa primeira aciaria, nosso primeiro estaleiro e nossa primeira presença financeira do mundo.
O Visconde de Mauá faliu em 1878, espremido por bancos ingleses, mas deixou de herança uma geração de engenheiros brilhantes e militares insubordinados que se formaram na escola militar com a ideologia do cálculo integral e a rigidez do pensamento positivista.
Dessa ninhada vieram Rebouças, que varou a Serra do Mar numa ferrovia incrível que ainda lá existe, e Euclides, que viajou como repórter aos sertões do Brasil e descobriu, com assombro, quão forte é, ainda assim, nosso mestiço pobre e inculto. Da mesma cepa descende o índio Cândido, soldado bravo que ordenava morrer, sendo preciso, mas jamais matar quem luta por sua terra.
Descendente mais remoto ainda é o promotor Getúlio, que governou na recessão com mão de ferro, criou a mística do trabalho e, depois, ungido pelo povo em votação direta, buscou a energia dos rios e escavou o óleo que diziam não haver por essas terras, pagando por isso com a vida.
Foi então que o projeto ganhou forma, no tumulto dos anos 50, tempo de Juscelino: ocupação do Oeste e da Amazônia, indústria mecânica, construção naval e aeronáutica, pesquisa nuclear – Álvaro Alberto – implantação da tecnologia no campo e reforma agrária, relações com todos os países. Este o norte do breve governo de Jânio, que condecorou Guevara e criou a Eletrobrás sonhada por Getúlio, e de Jango, em cerco permanente.