Anti lula

Em 1978 e 1980 você odiava Lula porque ele era baderneiro, grevista e provocador da Ordem Constituída.
Em 1989 você odiava Lula porque era um sapo barbudo, comunista e vagabundo.
Em 1994 você odiava Lula porque era um torneiro mecânico achando que merecia ser presidente mais do que o professor da Sorbonne que com ele concorria.
Em 1998 você odiava Lula porque era um urubu agourento contra o Plano Real e o Brasil que dá certo.
Em 2002 você tinha medo de Lula porque ele "tinha mudado muito" e porque, com ele, a inflação iria voltar.
Em 2006 você odiava Lula porque era um analfabeto, apedeuta e cachaceiro que recebia um monte de títulos de doutor honoris causae de Universidades cujo nome você nem sequer conseguia pronunciar.
Em 2010 você odiava Lula porque ele havia hipnotizado multidões de desdentados, nordestinos e habitantes de grotões (desculpe a redundância) ao ponto de conseguir eleger um poste para o seu lugar.
Em 2014 você odiava Lula porque ele era uma enganação, uma farsa, ainda aclamado e respeitado no Brasil e no mundo, enquanto você tinha certeza de que ele não valia nada.
Em 2017 você odeia o Lula porque ele é corrupto, chefe de quadrilha, além de baderneiro, comunista, analfabeto, enganador e falso.
Meu amigo, há mais de 40 anos o ódio que você professa a Lula se mantém idêntico. A única coisa que mudou, nesses anos todos, foram os argumentos que se usou para a autorização social do ódio. Bem sei que alguém poderá alegar que é mais jovem, que começou a odiar Lula mesmo apenas em 1998 ou em 2010, que um dia chegou até a gostar dele. Mas, meu amigo, se você entrou no vagão na 1ª estação ou na 8ª não faz a menor diferença em se tratando do mesmo trem. Você pode ser ser novo, mas este ódio que você professa é muito velho, vem de longe e vem dos mesmos.
O desprezo a Lula é uma velha e consolidada tradição de certos grupos brasileiros e, se você tiver o cuidado de examinar que gente é esta que cultiva com esmero ódio tão arraigado, talvez você não vá se sentir muito comfortável com a companhia que lhe cerca. Não, não creio nem digo que Lula é um coitadinho perseguido, inocente, pela elite.
O que digo é que o rancor contra Lula, nunca, nunquinha mesmo, precisou realmente de razão ou motivo: um bom pretexto sempre lhe foi o bastante.

Meu amigo, eu acompanho há muito este ódio arcaico e sei bem qual é a fonte sombria de onde ele brota.

Texto do prof. Wilson Gomes, da Universidade Federal da Bahia.
PS - Eu que sempre fui um mero trabalhador fui ameaçado e perseguido por não ter vergonha de defender Lula desde Palavras de Baixo Calão, até Ameaças Físicas, isso desde os anos 80.... 

- Em certos momentos diziam que eu era "Estudado" e que não podia Votar em um Analfabeto e em outras - Eu era o Burro e Analfabeto....
- INCOERÊNCIA OU ÓDIO???....
APOIO AO TEXTO DE JAIR NA LATA! - JAIR DE SANTA LÚZIA.

Tucano já era

Por Helena Chagas, em Os Divergentes
 
PSDB e PMDB: cada um por si e o centro dividido
 
As cartas ainda não estão todas na mesa, mas o jogo de 2018 se acelerou bastante no feriadão. Num dos  movimentos mais importantes, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso advertiu seu partido, em artigo publicado no domingo, que chegou a hora de decidir: “ou o PSDB desembarca do governo em dezembro ou se embaralha com o PMDB e assume de vez o posto de coadjuvante na disputa de 2018”.
 
Tudo indica que o partido seguirá o conselho de FH na convenção de dezembro – se Temer não ceder antes às pressões do Centrão e tirar os ministros tucanos da Esplanada. E aí o símbolo do PSDB teria que deixar de ser o tucano para, quem sabe, ser substituído pelo mico…
 
Mas o que se destaca nesse movimento do ex-presidente é que vão ficando remotas as possibilidades de uma chapa PSDB-PMDB para a presidência, ou mesmo uma aliança prioritária entre os dois partidos em 2018.
 
Essa hipótese parecia viável antes da votação da segunda denúncia contra Temer no plenário da Câmara, quando interlocutores dos dois lados apostavam mais fortemente numa união do centro, traduzida no apoio do presidente peemedebista ao governador Geraldo Alckmin, hoje o mais forte pré-candidato tucano.
 
Mas a aproximação não rolou onde se esperava – nos votos da bancada do PSDB de São Paulo –  e o clima esfriou.  Pode ser que, no futuro, o PMDB de Michel Temer venha a apoiar a candidatura Alckmin, mas tudo indica que não terá protagonismo nessa aliança. Impopular demais, figura tóxica num palanque.
 
O auto-lançamento de Henrique Meirelles em entrevista à Veja também ajudou a complicar tudo. Ainda que seja um movimento para marcar posição e abrir negociações em torno de uma vice, por exemplo, não pegou bem entre os tucanos e reforça a divisão centrista, além de dificultar a votação de reformas e projetos do governo a partir de agora.
 
A reforçar o bate-cabeças e a dificuldade de aglutinar as forças que apoiaram o impeachment em torno de uma única candidatura, está ainda a divisão histórica do próprio PMDB, o mais macunaímico dos partidos – no sentido de ser sem caráter mesmo. Mais uma vez, o PMDB repete a velha tática de botar um pé em cada canoa e ensaia alianças com o PT de Lula em seis estados, com a pragmática concordância e o perdão do ex-presidente aos grupos que apoiaram o impeachment.
 
E voltamos à velha moral de sempre: amigos, amigos; negócios à parte. Em política, lamentavelmente, não existem lealdades profundas. Rei morto, rei posto. Só que o PMDB pode fazer com Michel Temer o mesmo que o PT faz com Dilma.

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