A política de ódio de Ciro Gomes

Ciro Gomes tem dedicado quase toda sua atividade política a atacar o PT e o Lula, de maneira incessante, raivosa. Culpa o PT e Lula por todos os males que se abatem sobre o País, parece querer fazer crer que “comem criancinhas”, como se dizia dos comunistas antigamente. Lamentável.

Ciro tem levantado questões interessantes sobre economia e política, mas desencanta em seguida. Agrada nacionalistas ao falar em soberania e ao criticar o sistema financeiro, desagrada em seguida ao ser favorável à privatização da água e ao atacar as estatais. Diz combater políticas fisiológicas e em seguida acena ao DEM e outros. Encantou Brizola em um momento e o desagradou em seguida.

Este estilo político de ataques e de ódio foi inaugurado pelo Senador americano Joseph McArthy, que via comunistas em tudo na vida americana, nas artes, na cultura, na política, no governo. Cassava comunistas até em Hollywood. Perseguiu muitos, processou, infernizou muitas vidas, até na prisão muitos foram parar. Foi o início da ação da direita extremada em período de vida democrática, após o fascismo. Seu movimento ficou conhecido como macarthismo. Voltou a ganhar expressão agora com Trump e sua montagem de redes sociais, estendeu-se por alguns países, veio parar no Brasil, tendo em Bolsonaro sua principal figura.

Ciro Gomes tem usado esses mesmos métodos. Usa a expressão “lulo-petismo” como xingamento, refere-se a lulo-petistas bandidos, enfatiza que são corruptos, diz que são responsáveis pela eleição de Bolsonaro (ele que foi descansar em Paris após o primeiro turno e voltou na véspera do segundo turno para xingar o PT e o Haddad na hora da decisão). Quer pegar a esquerda em cheio: ataca até o PSOL. Entrou de corpo e alma na política do ódio.

Até agora, na privatização da água, quando acuado por terem ele e seu partido, o PDT,  aprovado a lei que levará à privatização, diz que a culpa é do PT, do lulo-petismo. Até Bolsonaro, que procurou tirar proveito eleitoral dessa onda incensada pela mídia, não mais repete esta aleivosia com a mesma ênfase.

Na eleição de 2002, Brizola, procurando levar o PDT a apoiar Ciro, preocupado que Lula ainda enfrentava muita rejeição (o que já havia se dissipado), encontrou resistência em mim, pela orientação política do Ciro não condizente com o trabalhismo, e no Senador Jeferson Peres, que alertava por sua personalidade autoritária. Brizola não aceitou, mas certamente tomou a devida nota.

Na campanha, confirmou os descaminhos do Ciro, chocou-se com muita coisa, especialmente pela aproximação do Ciro com Paulinho, então Vice, com Roberto Jeferson, com Roberto Freire, procurando alijar Brizola e afogar sua candidatura ao Senado.

Reuniu o partido para sair da campanha do Ciro e pedir a retirada da sua candidatura para procurar assegurar a vitória de Lula no primeiro turno e evitar os riscos do poder econômico e da mídia em segundo turno. Não conseguiu dobrar o partido por manobras do Carlos Lupi, também candidato a Senador (duas vagas), interessado em minimizar Brizola e ficar com mais chances como praticamente candidato único ao lado de Ciro, então com boa margem no Rio, alegando falta de prazo para convocar Convenção. 

Ciro não aceitou e até menosprezou Brizola. Quando diversos de nós comunicamos nosso engajamento na campanha do Lula, Brizola deixou claro que iria também votar no Lula. Brizola e Ciro nunca mais se falaram. Só se encontraram no dia do anúncio do Ministério do Lula, Ciro nomeado Ministro, quando se cumprimentaram. Nunca mais.

Ciro pode dar contribuição importante à política brasileira, como já deu em algumas questões e em alguns momentos. Tem de abandonar a prática do ódio e entrar no campo da razoabilidade. Senão, mistura-se com manifestações direitistas, conservadoras, reacionárias, cujo objetivo é destruir a esquerda e impedir o avanço das forças populares. 

O colonialismo que ainda nos assola e a escravidão que ainda nos martiriza sempre tiveram seus porta-vozes, vociferantes alguns. Até com certo talento, como Carlos Lacerda.
Vivaldo Barbosa 

A elite ultra liberal que tem Guedes como porta-voz não cansa de vender terrenos na lua

Nos anos 80, Paulo Guedes ganhou o apelido de Beato Salu. O economista era conhecido pelo hábito de fazer previsões apocalípticas. Lembrava o personagem da novela "Roque Santeiro" que vivia anunciando o fim do mundo. A serviço do bolsonarismo, o pessimista crônico se converteu num mercador de ilusões. Faz profecias que não se confirmam e divulga planos que não saem do papel. Na semana passada, ele garantiu que 'lá para setembro, outubro, novembro, nós já estamos num novo país'. Faltou dizer de que ano", escreve Bernardo Mello Franco em sua coluna no Globo desta quinta-feira 25/VI.

Como lembra o colunista, "antes da pandemia, Guedes já era especialista em anunciar terrenos na Lua. Na campanha, ele prometeu arrecadar um trilhão de reais com a venda de imóveis da União. Depois prometeu outro trilhão com a privatização de estatais. Há poucos dias, requentou a promessa de vender a Eletrobras até dezembro (...) Após a chegada do coronavírus, o discurso ultraliberal de Guedes virou conversa de alienígena. A contragosto, ele tem sido obrigado a abrir os cofres para socorrer os mais pobres. Mesmo assim, insiste em fazer previsões sem lastro na realidade".

E as previsões sobre o PIB? "Na semana em que o Brasil entrou em quarentena, o ministro assegurou que o impacto da pandemia seria mínimo. No cenário que chamou de 'mais grave', o PIB cresceria 1%. O Banco Mundial ignorou o blefe e projetou um tombo de 8%. Agora o governo retaliou a entidade com o envio de Abraham Weintraub a Washington. Ontem o Fundo Monetário Internacional anunciou uma previsão ainda mais lúgubre: a economia brasileira pode encolher 9,1%".

O milagre da hora é a privatização do saneamento básico. 

#Forabolsonaro, Ciro Paris Gomes & Cia são a favor...

Quero saber é quem está a favor do trabalhador. Nem vou perder meu tempo exigindo fora Guedes  (ele não passa de mais um). 

Quem é contra a banca?

Cadê o Guedes?

Bolsonaro foi boi de piranha igual a temer, Fhc, Sarney etc e tal.
Coitado do Ciro Paris Gomes vendeu-se , na ilusão que ira para o segundo turno.
Faz tempo escrevi:
Ciro é jogador de segunda divisão. 

Passado e futuro do bolsomion

Quem votou em Jair Bolsonaro para presidente em 2018 votou em:
Collor em 89
Fhc em 94 e 98
José Serra em 2002
Geraldo Alckmin em 2006
José Serra em 2010
Aécio Neves em 2014.

Em 2022 votarão em Ciro Paris Gomes!

Anotem.