O texto, já aprovado na Câmara, determina que 50% das vagas nas universidades sejam reservadas a alunos de escolas públicas.
Metade dessas vagas deverá ser distribuída de acordo com critérios raciais e a outra metade será distribuída conforme a renda familiar per capita, menor que um salário mínimo e meio.
Sou a favor da cota social.
Aprovar cota por "raça” é institucionalizar o racismo no Brasil. Uma aberração.
Nada de cota, e sim, investimento na educação, para que todo aluno tenha condição de competir em termos de igualdade.É propiciar uma educação de qualidade
ResponderExcluirnas escolas públicas, assim sendo, alunos tenham condições de ingressar numa universidade sem necessidade de preencher requisitos de cota. Entrar pelo conhecimento, por mérito.
É na escola que deve ser afastado do aluno tudo aquilo que iniba seu crescimento e os possibilite de serem felizes. Deve contribuir para que o educando descubra seu lugar no mundo,tenha um projeto pessoal de vida e acredite poder conquistá-lo, alem de de ajudá-lo a desenvilver sua capacidade de dialogicidade.Cota é rotular
Cota Social SIM. O Brasil ainda necessita deste instrumento de inclusão.
ResponderExcluirMas eu concordo com ele em um ponto: a cota tem que ser mesmo social. Por mais que digam o contrário, não acho justo criar uma classe de “privilegiados” dentre os desprivilegiados. Se é pobre – não importa a cor – faz jus à cota.
ResponderExcluirOutra coisa: como saber, em um país como o nosso, quem é o negro que faz jus à cota?
Na cidade onde moro, uma nissei (de pele bem clara), pobre, se declarou negra para disputar uma vaga no vestibular pela cota. Ela alegava ser filha de uma negra, casada com um japonês. Na triagem, acabou sendo excluída (o que a levou a ingressar, posteriormente, com um mandado de segurança contra o ato do Reitor). Pergunto: quem tinha razão nesse caso? Como determinar, de forma justa, quem estava com a razão? Se a cota fosse social, aquele problema jamais teria ocorrido, penso eu.
Usar a história para legitimar ou deslegitimar lutas políticas e ideológicas que são do presente é entrar por um caminho que só vai nos conduzir diretamente ao inferno, apesar das boas intenções.
ResponderExcluirMesmo a auto-declaração da condição dita racial é problemática. Num país miscigenado como o nosso é quase impossível discernir. Aliás, essa história de raça é uma bobagem cientificista do século XIX e hoje completamente abandonada por cientistas sérios. Vai se obrigar o aluno que reivindica a cota a proceder um teste de DNA? E quem irá ocupar no Estado a função divina de estabelecer proceder a justa graduação genética para distinguir negros de brancos. E os cafuzos? E as as cotas para os cafuzos?
Essas políticas compensatórias apenas introduzem um debate racista completamente deslocado da realidade brasileira e, PRINCIPALMENTE, justificam escoamento de rios de dinheiro público pelo ESGOTO do financiamento de teses acadêmicas e cabides estatais para intelectuais vagabundos. No fundamental, servem apenas de biombo intelectual “estético/ideológico” para encobrir o essencial: a completa falência do sistema público de ensino fundamental e médio, como você não se cansa de denunciar aqui.
Há perguntas que antecedem essa questão pelo sistema de cotas. Que tipo de profissional interessa-se hoje pela carreira de professor na rede pública? O que atrai ou afasta um profissional para a carreira?
Sou radicalmente favorável que o Estado implante na rede pública as mesmas formas de gestão e qualidade de ensino das escolas de elite. Traduzindo, gostaria, por exemplo, de ver na rede pública mil colégios Santa Cruz (SP) desabrocharem.
Que eu saiba, apenas um dos meus amigos dos que foram lecionar na rede pública de ensino médio se aposentaram nela. Este único amigo ainda teve o desprazer de observar o seu trabalho de anos em sua escola ser literalmente destroçado por incompetentes no espaço de tempo de uns poucos anos que antecederam a aposentadoria. Hoje meu amigo depende de um bico para complementar o que recebe como aposentado e assim conseguir pagar o plano de saúde.
Resumindo, no mercado de trabalho os elementos salário e condição de trabalho são decisivos para seleção dos profissionais, salvo as honrosas exceções de sempre. O que temos hoje na rede é resultado dessa terrível seleção dos ruins entre os piores.
Então, se querem de verdade melhorar o ensino, e consequentemente ampliar as chances de acesso dos pobres ao ensino superior, é preciso que o Estado invista prioritariamente no ensino fundamental e médio, seja no salário e preparação continuada dos professores, seja na dotação de infraestrutura semelhante às da escolas de elite. Isso é o básico. O resto é conversa mole. E isso feito, aplique-se então os mecanismos de controle e, quando for o caso, demita-se os vagabundos e incompetentes.
Do jeito em que está, a rede pública hoje atrai para a profissão a escória: professores incompetentes ou vagabundos apenas interessados na estabilidade e na merrequinha garantida ao final de 30 ou 35 anos de trabalho.
Desculpe o desabafo, mas eu escuto essa conversa há quase 40 anos. Entra governo e sai governo e nada muda, ou melhor, só piora.