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Pra dizer que não falei dos podres

A partir de hoje quando eu fizer referência ao presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e demais bolsonaristas, será da seguinte forma:

  • O coiso
  • coisa Zero 1
  • coisa Zero 2
  • coisa Zero 3
  • zero zero 
Tem mais: não acredito em zero zero arrependido. Portanto não me venha com xurumelas.


do internauta

(...) 
Estava pensando...
Eu tenho alguns conhecidos e até familiares que poderiam ser ministros de Jair Bolsonaro. Não entendem nada de educação, de justiça, economia, politica...
Não entendem porra nenhuma de nada. 
Mas, odeiam o PT, morrem de medo de um ataque comunista e publicam e compartilham muita merda nas redes sociais.

Vida que segue

A soltura de Dirceu, por DjalmaSP

         A soltura de Dirceu, independente de merecida, só foi possível em função de a Lava Jato ter atingido um estágio aonde não haverá como fugir a prisões do tucanato e seus próceres.

Em função disso Gilmar não se incomoda em nenhum instante em ir para o sacrifício na mídia e opinião pública e, portanto, aciona o gatilho de sua metralhadora verborrágica contra as prisões descabidas do sinhôzinho Moro.
É uma ação calculada de quem no fundo quer proteger seus amigos, pois se as prisões continuassem a ser apenas em relação a petistas e próceres, com certeza tudo ficaria como dantes com o enjaulamento sem fim, a menos de uma delaçãozinha contra Lula e PT.
Simplesmente isso.
Esse senhor e seu comparsa Toffoli não me enganam, e Lewandovsk...ah Lewandovsk viu uma brecha para fazer o que não tem coragem sozinho.



"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

Opinião do internauta

Dois palpites curtos e grossos

1º) Para substituto do Ministro Joaquim Barbosa no STF a Presidente Dilma bem que poderia olhar com atenção para o jurista Pedro Serrano. Nas suas manifestações e análises públicas se mostra muito ponderado. Se não for uma camuflagem premeditada, como fez aquele juiz que matava no peito e proferiu algumas sentenças em favor de movimentos sociais para, tudo indica, chamar a atenção de um governo com simpatia pela esquerda e, assim, pavimentar a sua escolha...

2º) O Presidente Lula viu ruir, dizem, seu plano de preparar o Governador Eduardo Campos para ser um futuro presidente nordestino do Brasil. O delfim, que bom, mostrou sua verdadeira face prematuramente e queimou a largada, para nossa sorte e gaudio. Persiste, porém, a necessidade de descentralizar o Brasil. Os mais virtuosos não entram na política, como pede o Presidente Lula, para serem aquele político com quem tanto sonham, honesto e competente. Temem expor a face à ingratidão e ao insulto público. Diante da escassez de políticos confiáveis, o Presidente talvez pudesse volver seu olhar para Ciro Gomes, como substituto do delfim traidor. É voluntarioso, é verdade, e imprevisível, às vezes, mas possui virtudes que persistem nesse seu já longo tempo de exposição à vida pública.           

As coisas, lógico, não são assim tão simplórias. Um presidente nordestino não vai automaticamente trazer o desenvolvimento para o Nordeste e Norte. Mas pode facilitar. O olhar pode ser outro que não aquele Sãopaulocentrista. O Brasil necessita disso. São Paulo necessita disso. Ceder plantas industriais para outras regiões do país. Ceder empregos para outras regiões do país. Dessa forma os paulistas não precisarão mais dizer que só eles trabalham e pagam impostos. Poderão descansar mais, reduzir a fadiga e o stress. São Paulo necessita desconcentrar, desinchar, para ganhar qualidade de vida. Desconcentrando, até esses milhares de migrantes do norte, cabecinhas chatas e comedores de beiju, vão escassear. Sua feiura não poluirá tanto a beleza italiana, europeia, comedora de pizza, que é o pretenso rosto da pauliceia. Tchau...  
   
por Zegomes

Reacionários, medíocres e fracos

[...] o nordestino é antes de tudo um forte. Um reacionário é antes de tudo um fraco.

[...]  Um fraco que conserva ideias como quem coleciona tampinhas de refrigerante ou maços de cigarro – tudo o que consegue juntar mas só têm utilidade para ele. Nasce e cresce em extremos: ou da falta de atenção ou do excesso de cuidados. E vive com a certeza de que o mundo fora da bolha onde lacrou seu refúgio é um mundo de perigos, pronto para tirar dele o que acumulou em suposta dignidade.
Para ele, tudo o que é diferente tem potencial de destruição
Como tem medo de tudo, vive amargurado, lamentando que jamais estenderam um tapete à sua passagem. Conserva uma vida medíocre, ele e suas concepções e nojos do mundo que o cerca. Como tem medo, não anda na rua com receio de alguém levar muito do pouco que tem (nem sempre o reacionário é um quatrocentão). Por isso, só frequenta lugares em que se sente seguro, onde ninguém vai ameaçar, desobedecer ou contradizer suas verdades. Nem dizer que precisa relaxar, levar as coisas menos a sério ou ver graça na leveza das coisas. O reacionário leva a sério a ideia de que é um vencedor.
A maioria passou a vida toda tendo tudo aos alcance – da empregada que esquentava o leite no copo favorito aos pais que viam uma obra de arte em cada rabisco em folha de sulfite que ele fazia – e cultivou uma dificuldade doentia em se ver num mundo de aptidões diversas. Outros cresceram em meios menos abastados – e bastou angariar postos na escala social para cuspir nos hábitos de colegas de velhos andares. Quem não chegou aonde chegaram – sozinho, frise-se – não merece respeito.
Rico, ex-pobre ou falidos, não importa: o reacionário clássico enxerga em tudo o que é diferente um potencial de destruição. Por isso se tranca e pede para não ser perturbado no próprio mundo. Porque tudo perturba: o presidente da República quer seu voto e seus impostos; os parlamentares querem fazê-lo de otário; os juízes estão doidos para tirar seus direitos acumulados; a universidade é financiada (por ele, lógico) para propagar ideias absurdas sobre ideais que despreza; o vizinho está sempre de olho na sua esposa, em seu carro, em sua piscina. Mesmo os cadeados, portões de aço, sistemas de monitoramento, paredes e vidros anti-bala não angariam de todo a sua confiança. O mundo está cheio de presidiários com indulto debaixo do braço para visitar familiares e ameaçar os seus (porque os seus nunca vão presos, mesmo quando botam fogo em índios, mendigos, prostitutas e ciclistas; índios, mendigos, prostitutas e ciclistas estão aí para isso).
Como não conhece o mundo afora, a não ser pelas viagens programadas em pacotes que garantem o translado até o hotel, e despreza as ideias que não são suas (aquelas que recebeu de pronto dos pais e o ensinaram a trabalhar, vencer e selecionar o que é útil e o que é supérfluo), tudo o que é novo soa ameaçador. O mundo muda, mas ele não: ele não sabe que é infeliz porque para ele só o que não é ele, e os seus, são lamentáveis.
Muitas vezes o reacionário se torna pai e aprende, na marra, o conceito de família. Às vezes vai à igreja e pede paz, amor, saúde aos seus. Aos seus. Vê nos filhos a extensão das próprias virtudes, e por isso os protege: não permite que brinquem com os meninos da rua nem que tenham contato com ideias que os retirem da sua órbita. O índice de infarto entre os reacionários é maior quando o filho traz uma camisa do Che Guevara para casa ou a filha começa a ouvir axé e namorar o vocalista da banda (se ele for negro o infarto é fulminante).
Mas a vida é repleta de frestas, e o tempo todo estamos testando as mais firmes das convicções. Mas ele não quer testá-las: quer mantê-las. Por isso as mudanças lhe causam urticárias.
Nos anos 70, vivia com medo dos hippies que ousavam dizer que o amor não precisava de amarras. Eram vagabundos e irresponsáveis, pensava ele, em sua sobriedade.
Depois vieram os punks, os excluídos de aglomerações urbanas desajeitadas, os militantes a pedir o alargamento das liberdades civis e sociais. Para o reacionário, nada daquilo fazia sentido, porque ninguém estudou como ele, ninguém acumulou bens e verdades como ele e, portanto, seria muito injusto que ele e o garçom (que ele adora chamar de incompetente) tivessem o mesmo peso numa urna, o mesmo direito num guichê de aeroporto, o mesmo lugar na fila do fast food.
O reacionário vive com medo. Mas não é inofensivo. Foto: Galeria de GorillaSushi/Flickr
Para não dividir espaços cativos, frutos de séculos de exclusão que ele não reconhece, eleva o tom sobre tudo o que está errado. Sabendo de seus medos e planos de papel, revistas, rádios, televisão, padres, pastores e professores fazem a festa: basta colocar uma chamada alarmista (“Por que você trabalha tanto e o País cresce tão pouco?”) ou música de suspense nas cenas de violência (“descontrolada!”) na tevê para que ele se trema todo e se prepare para o Armagedoon. Como bicho assustado, volta para a caixinha e fica mirabolando planos para garantir mais segurança aos seus. Tudo o que vê, lê e ouve o convence de que tudo é um perigo, tudo é decadente, tudo é importante, tudo é indigno. Por isso não se deve medir esforços para defender suas conquistas morais e materiais.
E ele só se sente seguro quando imagina que pode eliminar o outro.
Primeiro, pelo discurso. No começo, diz que não gosta desse povinho que veio ao seu estado rico tirar espaço dos seus. Vive lembrando que trabalha mais e paga mais impostos que a massa que agora agora quer construir casas em seu bairro, frequentar os clubes e shoppings antes só repletos de suas réplicas. Para ele, qualquer barberagem no trânsito é coisa da maldita inclusão, aqueles bárbaros que hoje tiram carta de habilitação e ainda penduram diplomas universitários nas paredes. No tempo dele, sim, é que era bom: a escola pública funcionava (para ele), o policial não se corrompia (sobre ele), o político não loteava a administração (não com pessoas que não eram ele).
Há que se entender a dor do sujeito. Ele recebeu um mundo pronto, mas que não estava acabado. E as coisas mudaram, apesar de seu esforço e sua indignação.
Ele não sabe, mas basta ter dois neurônios para rebater com um sopro qualquer ideia que ele tenha sobre os problemas e soluções para o mundo – que está, mas ele não vê, muito além de um simples umbigo. Mas o reacionário não ouve: os ignorantes são os outros: os gays que colocam em risco a continuidade da espécie, as vagabundas que já não respeitam a ordem dos pais e maridos, os estudantes que pedem a extensão de direitos (e não sabem como é duro pegar na enxada), os maconheiros que não estão necessariamente a fim de contribuir para o progresso da nação, os sem-terra que não querem trabalhar, o governante que agora vem com esse papo de distribuir esmola e combater preconceitos inexistentes (“nada contra, mas eles que se livrem da própria herança”), os países vizinhos que mandam rebas para emporcalhar suas ruas.
Muitas vezes o reacionário se torna pai e aprende o conceito de família. Vê nos filhos a extensão das próprias virtudes, e por isso os protege: não permite que brinquem com os meninos da rua nem que tenham contato com ideias que os retirem da sua órbita
O mundo ideal, para o reacionário, é um mundo estático: no fundo, ele não se importa em pagar impostos, desde que não o incomodem.
Como muitos não o levam a sério, os reacionários se agrupam. Lotam restaurantes, condomínios e associações de bairro com seus pares, e passam a praguejar contra tudo.
Quando as queixas não são mais suficientes, eles juntam as suas solidões e ódio à coletividade (ironia) e passam a se interessar por política. Juntos, eles identificam e escolhem os porta-vozes de suas paúras em debates nacionais. Seus representantes, sabendo como agradar à plateia, são eleitos como guardiões da moralidade. Sobem a tribunas para condenar a devassidão, o aborto, a bebida alcoolica, a vida ao ar livre, as roupas nas escolas. Às vezes são hilários, às vezes incomodam.
Mas, quando o reacionário se vê como uma voz inexpressiva entre os grupos que deveriam representá-lo, bota para fora sua paranóia e pragueja contra o sistema democrático (às vezes com o argumento de que o sistema é antidemocrático). E se arma. Como o caldo cultural legitima seu discurso e sua paranoia, ele passa a defender crimes para evitar outros crimes – nos Estados Unidos, alvejam imigrantes na fronteira, na Europa, arrebentam árabes e latinos, na Candelária, encomendam chacinas e, em QGs anônimos, planejam ataques contra universitários de Brasília que propagam imoralidades (leia mais AQUI).
O reacionário, no fim, não é patrimônio nacional: é um cidadão do mundo. Seu nome é legião porque são muitos. Pode até ser fraco e viver com medo de tudo. Mas nunca foi inofensivo.

Desmitificando o Herói


Quem nunca sonhou em ser herói? Ter super poderes, bancar o mocinho guerreiro contra as forças do mal e tornar-se ídolo de toda uma geração? Basta ver o sucesso das consagradas histórias em quadrinhos - mesmo entre adultos - e, as suas adaptações para filmes e seriados, nem sempre aclamados pela crítica, porém; e quase certo, sucesso de público. Contudo, seria realmente necessário ter super poderes para bancar o herói? Sinceramente, diria que não. Digo, diria, porque costuma-se mistificar demasiado o conceito de herói; como alguém extremamente mítico e divino, repleto de poderes e, sobretudo; acima do bem e do mal. 

Talvez a etimologia da palavra tenha contribuído para tal. Herói, do grego Heros, é nome dado aos grandes homens "divinizados". Todavia, prefiro uma visão mais verossímel do que seja um herói. Como bem diz a letra da música do cantor e compositor, Jorge Vercilo, "Hoje o herói aguenta o peso das compras do mês; no telhado ajeitando a antena da TV; acordado a noite inteira para ninar bebê..." Logo, herói é o homem comum que luta no dia a dia, contra obstáculos e adversidades. É o trabalhador que sustenta a sua família; ainda que ganhe pouco. É o policial que se mantém honesto, íntegro e honrado, ainda que lhe ofereçam suborno, e ainda que enfrente os piores bandidos e não tenha seu trabalho reconhecido. É o bombeiro que faz de tudo para ajudar a quem precisa. É o gari - lixeiro - que cotidianamente convive e trabalha em meio à toneladas de lixo despejadas, para deixar a cidade mais limpa e bela e, é preterido, porque, em regra, só a advocacia, ou o título de doutor, que detêem status quo.
Nada contra os míticos personagens de HQ's, ao contrário, sempre fui fã do superman; e nada contra os protagonistas - os heróis - da literatura e do cinema. Porém, ressalte-se, há de se engrandecer o lado humano que constitui o herói. Aquele que prescinde do uso de poderes, para ter noção de moral e valores; buscar o que é certo, zelar pela justiça, buscar a verdade... Ora, nada e ninguém me convence que os poderes fazem a nobreza do superman... Ora bolas, são os valores morais e éticos, os quais Clark Kent apreendeu de seus pais, que moldaram seu caráter e vontade de agir como herói, os poderes são apenas facilitadores, porque claro; lhe permitem atuar de forma heróica, de maneira que meros "mortais" não agiriam. Apesar disso, se a personalidade e caráter de Clark não fossem herdadas dos valores morais apreendidos, e se ele fosse um ser vil e mesquinho, acaso seus poderes não teriam sido usados para o mal? Discordo de quem vê o personagem Clark como frágil e incapaz e, valorizando somente seu alter-ego. Tudo isso, é apenas para demonstrar que dentro de cada um de nós, há um quê de herói; basta sabermos lidar, tanto com nossas qualidades, quanto com nossos defeitos, e agir conforme os ideais nobres de um verdadeiro herói. Aliás, aquele que cai, erra... no entanto; se reergue e permanece lutando, dia a dia, contra as adversidades, contra uma inversão de valores - visivelmente imperante e crescente em nossa sociedade - e contra uma "maré" que prega um individualismo exacerbado e um "dane-se" aos demais seres humanos, desde que se seja feliz; este sim, deveria ser considerado herói. Infelizmente, as pessoas se acomodam, não fazem sua parte para ajudar a construir um mundo melhor, justo porque permanecem esperando que surjam "grandes e míticos" heróis, assim como os da ficção.


Por Lílian Soares
Crédito da Imagem: Google
Publicado anteriormente em: http://lilly-espacodapalavra.blogspot.com/2008/12/quem-nunca-sonhou-em-ser-heri-ter-super.html

por Luis Nassif

[...] Pelo debate civilizado das ideias

As últimas eleições foram históricas, por enterrar por bom tempo a pior intolerância que se abateu sobre o país, desde os tempos fatídicos da Guerra Fria. Mas deixou sequelas, dentre as quais a pior foi a radicalização de parte a parte.
Este blog sempre buscou a diversidade civilizada de opiniões, o debate de idéias. As posições fechadas aqui sempre foram em torno de princípios claros de civilização, defesa dos direitos individuais e coletivos, da tolerância, defesa da inclusão social e do aprofundamento da democracia, principalmente a de fazer o contraponto e dar voz aos excluídos da velha mídia.
Em torno desses princípios, montou-se a melhor comunidade de discussão da Internet brasileira: vocês.
Só que a radicalização acabou contaminando também o ambiente aqui, criando um espírito de torcida organizada e de intolerância, que, se não é majoritário, incomoda.
O fim das eleições acalmou ânimos, mas ainda persistem os cruzados. Quando a radicalização se dá em termos de argumentos, ganhamos todos. Temos aqui excelentes comentaristas conservadores e de esquerda radical. Quando se dá em termos de ofensa e torcida, desmerece o espaço.
A opção editorial do Blog foi a de transformar-se - e ao Brasilianas e ao Portal - em um processo de construção do conhecimento.
Vamos retornar à proposta original.
Peço que me auxiliem nessa empreitada, usando o botão "denunciar" sempre que um comentário extrapolar as regras da civilidade e da tolerância. Como lembrou o Gunter - em email recente ao grupo do Portal - não se trata de afastar ninguém, mas de definir mais claramente a cultura interna do Blog, para que todos possam se enquadrar e voltarmos a ter o alto nível de sempre, sem a poluição das ofensas e das torcidas organizadas.
O "denunciar" não deve ser utilizado para rebater divergências ideológicas, mas ofensas. Por isso mesmo, três denúncias suspendem o comentário até que possamos analisá-lo e decidir se será liberado ou vetado de vez.

O papel e as chances do PSDB

Opinião do André  LB

Acredito ser muito "otimista" a visão da maioria dos comentaristas a respeito do papel do PSDB. Estão todos acreditando que o PT já errou o que tinha para errar e que o PSDB não vai mais dar uma dentro. Acredito ser importante lembrar do seguinte:

1) Cenário econômico externo. Apesar do importantíssimo e recente-antes-tarde-do-que-nunca desenvolvimento de um mercado interno mais forte no Brasil e da pequena inserção no mercado externo, estamos sujeitos a uma nova rodada de problemas econômicos mundo afora. Na Europa a crise ameaça se alastrar ainda mais, os EUA passarão alguns anos sem absorver mais do que estão fazendo agora e o FED já sinalizou que pretende insistir no aumento da base monetária do dólar e a China, nosso grande mercado de commodities, emite alguns sinais de bolhas internas. o biênio 2012-2013 pode trazer um crescimento econômico bem menor ao Brasil, com reflexos eleitorais em 2014.
2) Cenário econômico interno. Ampliando o dito acima, uma pequena diminuição do valor das commodities aliada ao esgotamento do modelo de ampliação do crédito - que em breve pode ser mais controlado, como o próximo presidente do BC já sinalizou - podem não só diminuir o crescimento econômico como também criar entre a população a sensação de "esgotamento do modelo": em, digamos, 2013 já terão se passado cerca de 6-7 anos de melhora econômica quase contínua, e uma maior dificuldade em financiar um carro novo causa descontentamento.
 4J6D4-M3 CL1C4ND0 N0 4N6NC10 Q63 T3 4GR4D4R. 4GR4D3Ç0!

LULA, o meu presidente!

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores;
E que também não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos;
Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas particulares].
Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não quebrou a previdência como queria FHC.
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG-Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta].
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].
Lula, que não entende de política externa nem deconciliação, pois foi sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.

Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos) e
uma mulher no cargo de primeira ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora.

Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC. antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora do Estado investir. hoje o PAC é um amortecedor da crise.
Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde atrás de recorde 
[como também na linha branca de eletrodomésticos].
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais. É respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...].
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com George Bush – notada até pela imprensa americana – e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO - American Federation Labor-Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados Unidos, que lá sim, é única...] e entra na Casa Branca com credencial de negociador e fala direto com o Tio Sam lá, nos “States”.
Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa é autor da maior mudança geopolítica das Américas na história.
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, foi cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.
Lula, que não entende nada de nada, é bem melhor que todos os outros!

Pedro Lima *
Economista e professor de economia da UFRJ


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Estatística pura

Quando chegam as eleições escuto sempre o mesmo, que pesquisas não refletem o pensamento geral pois a amostra é muito pequena, eu nunca fui entrevistado etc. 
Bom, para início de conversa vamos a um exemplo simples: quando sua mãe faz aquela feijoada para o almoço, ela não come todo o feijão para saber se ela está salgada ou não, basta um pouquinho na palma da mão e ela tem noção do que acontece no restante da panela. Você quando faz exame de sangue, no laboratório, não retiram todo o seu sangue para verificar como anda a sua saúde, um pequeno vidrinho já é o bastante. Com pesquisa é a mesma coisa. Estatística pura.
Muitas vezes, durante a aplicação dos questionários, o pessoal de campo recebe um não, algumas pessoas viram as costas e, muitas correm pensando que irão lhes vender ou pedir algo. Esses são, possivelmente, aqueles que dizem nunca terem sido entrevistados.
Trabalho com isso há vinte anos e, posso lhe garantir que o trabalho é feito, com critério e muito suor. Os resultados, pelo menos os meus, nunca me deixaram na mão. 

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Qual sua avaliação da grande mídia na cobertura da campanha eleitoral?

"A tentativa de dilapidação da candidata Dilma revela que a grande mídia nacional, de maneira selvagem, perdeu totalmente a sobriedade e as noções de limites. Confundem liberdade de imprensa com liberdade de forjar fatos escabrosos que desestabilizem o processo eleitoral ora em andamento. Supõem que, assim agindo, favorecerão a candidatura com a qual se identificam. Amargarão, no entanto, uma desmoralizante derrota, pois o povo brasileiro não quer, de modo algum, ver no próximo ano o Zé Sinistro sentando na cadeira de Presidente da República do Brasil." 
Denis Dias Ferreira 


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Aborto - Opinião de uma leitora

Legal, Briguilino.

Agora vamos voltar à vida real: o aborto já é feito. E muitas mulheres (da periferia, claro) morrem por conta disso. E a saúde pública já tem muitos gastos com isso.

Além disso, é muito fácil falar... mas ter um filho é uma super responsabilidade. E se podemos interromper a gravidez ainda quando "a criança" é um embrião, essa é a maior sensatez de uma mulher. 

Claro que não concordo que o aborto seja usado como método preventivo. mas, você sabe que camisinha estoura, que pilula anticoncepcional MUITAS VEZES não funciona... Não podemos jogar esse peso nas costas de uma mulher que sabe que não está na hora de ser mãe. Que não quer trazer uma criança para sofrer, para ser abortada pela vida. 

Sei que é um tema difícil porque a religião entra para dar sua opinião... Mas precisamos pensar sobre.

Até mais! 

Isabella
Comentário:
para quem não se comove com a imagem acima, tem estômago forte e consegue, suporta ver imagens fortes, chocantes sugiro que pesquise vídeos no You Tube. Eu não consigo assistir e continuo contra o aborto. 
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O fato relevante

Nestas eleições um fato novo está acontecendo. Fato verdadeiramente relevante. Mas que não precisa ser publicado na grande imprensa. Aliás, o fato relevante consiste exatamente nisto: o povo já não se guia pelos “fatos relevantes” publicados pela mídia. A grande imprensa perdeu o poder de criar a “opinião pública”. A “opinião pública” não coincide mais com a “opinião publicada”.
O povo encontrou outros caminhos para chegar às suas próprias opiniões, e traduzi-las em suas opções eleitorais. Já houve eleições que mudaram de rumo por causa do impacto produzido pela divulgação de “fatos relevantes”, tidos assim porque assim divulgados pela grande imprensa. Agora, a grande imprensa fica falando sozinha, enquanto o povo vai tomando suas decisões. Bem que ela insiste em lançar fatos novos, na evidente tentativa de influenciar os eleitores, e mudar o rumo das eleições. Mas não encontram mais eco. São como foguetes pífios, que explodem sem produzir ruído.
A reiterada publicação de fatos, que ainda continua, já não encontra sua justificativa nas reações suscitadas, que inexistem. Assim, as publicações necessitam se apoiar mutuamente, uma confirmando o que divulga a outra, mostrando-se interdependentes mais que duas irmãs siamesas, tal a impressão que deixam, por exemplo, determinado jornal e determinada revista. Esta autonomia frente à grande imprensa, se traduz também em liberdade diante das recomendações de ordem autoritária.
Elas também já não influenciam. Ao contrário, parecem produzir efeito contrário. Quando mais o bispo insiste, mais o povo vota contra a opinião do bispo. Este também é um “fato relevante”, às avessas. Não pela intervenção da Igreja no processo eleitoral. Mas pela constatação de que o povo dispensa suas recomendações, e faz questão de usar sua liberdade. Este “fato relevante” antecede o próprio resultado eleitoral, e pode se tornar ponto de partida para um processo político muito promissor. O povo brasileiro mostra que já aprendeu a formar sua opinião a partir de “fatos concretos”, que ele experimenta no dia a dia, dos quais ele próprio é sujeito.
Já passou o tempo das falácias divulgadas pela imprensa, onde o povo era reduzido a mero espectador. Em tempos de eleições, como agora, fica mais fácil o povo identificar em determinadas candidaturas a concretização da nova situação que passou a viver nos últimos anos. Mas para consolidar esta mudança, e atingir um patamar de maior responsabilidade política, certamente será necessário trabalhar estes espaços novos de autonomia e de participação, que o povo começou a experimentar.
Temos aí o ponto de partida para engatar bem a proposta de uma urgente reforma política, e também de outras reformas estruturais, indispensáveis para superar os gargalos que impedem a implementação de um processo democrático amplo e eficaz. O fato novo, a boa notícia, não consiste só em saber quem estará na Presidência da República, nos Governos Estaduais, e nos parlamentos nacionais e estaduais. A boa notícia é que o povo se mostra disposto a tomar posição e assumir o seu destino de maneira soberana e responsável.
por D. Demétrio Valentini, bispo de Jales


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Velhos Preconceitos

dMarcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Domingo, um de nossos melhores cartunistas publicou uma charge que merece ser discutida. Nem é preciso lembrar a importância que elas têm na política. Uma boa charge vale mil palavras.
Néo Correia divulgou em seu site uma alegoria a respeito do momento político pelo qual passamos. Nela, estão Dilma e Lula imersos em uma água escura – um “mar de lama” (ele com olhar carregado e a barba típica do Lula de antigamente, ela levantando acima da cabeça e tentando proteger um par de sapatos vermelhos de salto alto). Para os dois, o risco de afundar é grande, pois a lama já os alcança na altura do pescoço. Vemos, ainda, duas mãos femininas se debatendo, de alguém cujo rosto não se identifica, pois já foi engolida. Qualquer um imaginaria que são as mãos de Erenice.
Bóiam, na superfície, a logomarca da Receita Federal e uma placa dizendo “Casa Civil”.
Dentre as várias coisas que se podem comentar sobre a charge, a mais relevante é sobre seu terceiro elemento: vinda de cima, aparece uma bolsa escura (uma mala preta?), à qual Lula se agarra para não ser sugado. Nela, está escrito “Bolsa Família”.
O recado é claro: Dilma e Lula estão sendo tragados pelo lodaçal dos escândalos da Receita e da Casa Civil. O que os salva é o Bolsa Família.
Antes de discutir a conclusão do raciocínio implícito na ilustração, vale considerar os elementos empregados para caracterizar os personagens: a barba e o salto alto vermelho. O Lula “barbudinho” e com olhos esbugalhados repete os traços que os cartunistas usavam para representá-lo quando apareceu na vida política brasileira há mais de 30 anos (e não apenas a ele, individualmente, mas a todos seus companheiros, os “barbudos”, com sua referência aos revolucionários cubanos). Utilizá-los hoje equivale a dizer que Lula e seus amigos petistas não mudaram.
Quanto a Dilma, a mensagem subliminar é mais crítica. Seus sapatos vermelhos significam o quê? A “falsidade” de uma líder de esquerda que “finge” ser uma mulher bem vestida? A futilidade da candidata, agora que passou a se preocupar com a imagem, cuidando de seus saltos altos enquanto é devorada pela lama?
Na charge, são esse Lula e essa Dilma que o Bolsa Família socorre para que não soçobrem no lamaçal. Sem ele, parece dizer o desenhista, não sobreviveriam.
Se a avaliação de ambos é uma questão de foro íntimo, a tese a respeito do programa é factual. Ou seja, todos são livres para gostar ou não de Dilma e Lula, mas dizer que são “salvos” pelo Bolsa Família não é matéria de opinião. Ou há elementos para sustentar a hipótese ou não há.
E nada indica que a tese seja verdadeira. Ao contrário, a evidência disponível mostra que as relações entre a candidatura Dilma e o programa são bem diferentes do que imagina muita gente.
Pouco mais que 20% da intenção de voto em Dilma vem de pessoas que residem em domicílios onde alguém recebe o benefício. Isso quer dizer que 80% de seus possíveis eleitores não está nesse grupo. Em outras palavras: se todos os que se beneficiam diretamente do programa fossem proibidos de votar, ela continuaria com (grandes) chances de vencer as eleições no primeiro turno.
Pode soar estranha a ideia de impedir que clientes de programas sociais tenham o direito de voto, mas já foi regra. Na Inglaterra do século XIX, por exemplo, era assim que as coisas funcionavam. Quem recebia alguma ajuda pública, através das Leis dos Pobres, era obrigado a abdicar da cidadania política.
Hoje, ninguém apoiaria, às claras, uma restrição desse tipo. Mas há quem, no fundo, pense de forma parecida. São os que acham que Lula e Dilma existem por que existe o programa.
Resta o quarto elemento da charge. Mergulhado no mar de lama, junto a sua candidata, sendo içado para a salvação pelo Bolsa Família, Lula brada: “Calma! Não existe escândalo. É tudo invenção da imprensa!”. É certo que não é tudo. Tão certo quanto que boa parte é.
Mas o que importa é que é uma boa charge. Ela condensa um modo de pensar o momento que vivemos e nos leva a refletir sobre ele. O que mais se pode querer de uma?

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Qual tua avaliação da mídia na cobertura da campanha eleitoral?

A tentativa de dilapidação da candidata Dilma revela que a grande mídia nacional, de maneira selvagem, perdeu totalmente a sobriedade e as noções de limites. Confundem liberdade de imprensa com liberdade de forjar fatos escabrosos que desestabilizem o processo eleitoral ora em andamento. Supõem que, assim agindo, favorecerão a candidatura com a qual se identificam. Amargarão, no entanto, uma desmoralizante derrota, pois o povo brasileiro não quer, de modo algum, ver no próximo ano o Zé Sinistro sentando na cadeira de Presidente da República do Brasil." 
Denis Dias Ferreira 
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