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Economia

Os analistas econômicos acabam de ganhar uma importante ferramenta de avaliação da economia. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou hoje a primeira edição do Sensor Econômico, um boletim mensal onde 30 entidades do setor empresarial registram suas expectativa de indicadores econômicos e sociais. Até agora, o que havia de previsão eram apenas os boletins Focus, do Banco Central, que captava as expectativas do mercado financeiro. E o mercado financeiro, vocês sabem, não prega prego sem estopa.

Os dados mais importantes revelados na primeira pesquisa são todos mais positivos que as previsões dos agentes financeiros registradas no Focus: a inflação ficaria em 5,9% 5, o PIB cresceria 4,5% (no Focus, a previsão é 4%) e a geração de novos empregos alcançaria 2 milhões de novos postos de trabalho, contra 2,4 milhões no ano passado, o melhor ano desde que a criação de novos empregos passou a ser medida.
Com o emprego “bombando”, o país tem que dar cada vez mais atenção à educação, pois as próprias empresas estão apontando a falta de profissionais qualificados para ocupar as vagas abertas. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada hoje mostra que 94% das empresas consultadas aponta a contração de operadores e técnicos como sua maior dificuldade.
Além da qualidade da educação geral – e hoje o STJ julga o pedido de inconstitucionalidade da lei do piso salarial dos professores, um absurdo! – é preciso atacar a questão do ensino profissional, imediatamente. Se algumas empresas – especialmente a Petrobras, com o Prominp – estão fazendo a sua parte, o setor empresarial como um todo tem de engajar o Senai e o Senac numa cruzada de qualificação  de mão de obra, e já. Os cursos – muito bons – de ambas as instituições têm, em geral, um custo proibitivo para os trabalhadores mais pobres.