Ventos da democracia

por Laguardia

Espero que os ventos que sobram na Tunísia, no Egito e agora no Iêmen sejam realmente os da democracia e não uma simples troca de um ditador por outro que segue outra cartilha radical.

Aqui no Brasil estamos também precisando de ventos da democracia. O povo precisa sair às ruas em busca de mais ética, honestidade, caráter e moral de nossos governantes.

Uma democracia não se constroi com desrespeito às leis e a constituição. Uma democracia não se constroi com alianças feitas com velhos coronéis da política como José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor, Paulo Maluff, Jader Barbalho e outros.

Enquanto estivermos acomodados e coniventes com a corrupção e a falta de ética, pessoas continuarão morrendo vítimas do descaso, incompetência e irresponsabilidade de nossos governantes.

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, anunciou que o Governo se demitir e nomear um novo governo

 Após um dia de manifestações maciças contra o regime foi forçado a enviar o exército para conter os protestos.

"Pedi ao Governo a demitir-se hoje e amanhã haverá um novo governo", disse ele em seu primeiro discurso à nação, transmitido, após a eclosão da revolta. Mubarak lamentou "as vítimas inocentes de ambos os lados" e garantiu que as manifestações "não deveria ter ocorrido."

Ele também afirma que "a soberania é devolvido ao povo" e sublinhou que "os objetivos não podem ser alcançados com a violência," mas com "diálogo nacional ". Depois de reconhecer que ele está "preocupada" com os protestos dos últimos quatro dias, disse que "sempre" foi "ao lado do povo". "E eu vou continuar fazendo isso", acrescentou.

Mubarak prometeu reduzir o desemprego e melhorar os sistemas de educação e saúde, além de tomar "todas as medidas para manter a segurança ea liberdade" no país.

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As duas boas novas, crescimento da indústria e aumento do emprego formal e da renda em 2010

Conforme divulgaram a FIESP e o IBGE, são evidentemente sinais claros de que estamos no caminho certo e não devemos mudar de rumo.

Mesmo as questões do câmbio apreciado e da concorrência externa com nossa indústria, que angustiam e preocupam nosso governo, autoridades econômicas e empresários, devem ser enfrentadas com medidas de redução de nosso Custo Brasil e aumento de nossa produtividade.

Mas, só chegaremos a isso, repito, com investimento massivos em educação e inovação, na infra-estrutura e em tecnologia, e com a integração su-lamericana. Além, evidentemente, se prosseguirmos com as medidas para defender nossa economia e evitar a valorização artificial do real.

Óbvio, dar prosseguimento às medidas acertadas e não as que levam à alta dos juros, a elevação da taxa Selic à 12,25% até o final do ano, como querem mercado, rentistas e especuladores em geral.

Os bons dados da FIESP e do IBGE

A atividade na indústria paulista, carro chefe da nacional, superou no fim de 2010 os níveis pré-crise registrados em setembro de 2008, mês que marcou o agravamento da turbulência econômica. Dados divulgados pela FIESP mostram que o patamar foi superado em novembro passado.

No total, a atividade da indústria paulista, de acordo com o INA  (Indicador de Nível de Atividade), o índice de  acompanhamento da FIESP, cresceu 9,9% em 2010 na comparação com o ano anterior. É o maior aumento registrado na atividade industrial de São Paulo desde 2004 (13,2%). A entidade prevê crescimento de nossa economia entre 4% e 4,5% neste ano.

O IBGE, por sua vez, divulgou que o rendimento médio do trabalhador atingiu em 2010 o seu maior patamar dos últimos sete anos - chegou a R$ 1.490,61 -  o que representa um ganho de 3,8% em relação a 2009 e de 19% desde 2003. A massa de rendimento real dos trabalhadores ocupados atingiu R$ 34,5 bi em dezembro/2010, quase 10% acima do registrado no mesmo mês do ano anterior.

Um dos principais destaques do mercado de trabalho em 2010, de acordo com o IBGE, foi o crescimento da formalização (emprego com carteira assinada). De 2009 para 2010, o total de trabalhadores formais subiu 7,2%. A expansão acumulada entre 2003, início do governo Lula, e 2010, totaliza 38,7%.


Blog do Charles Bakalarczyk: Davos: pobres são "barrados no baile"...

Blog do Charles Bakalarczyk: Davos: pobres são "barrados no baile"...: " Esse casal não poderá ir para Davos, na Suíça. Os cônjuges terão de acompanhar pelos jornais! Como cantou Eduardo do Dussek: - ..."

Aposentadorias

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Consulta sobre a construção da usina de Belo Monte

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Egito - Dia de orações ou dia de ira?

Acerto de contas...

Todo o Egito está à espera do sabbath muçulmano hoje – para nem falar dos assustados aliados do Egito –, enquanto o envelhecido presidente do país agarra-se ao poder depois de noites de violência que já fazem os EUA duvidarem da estabilidade do regime de Mubarak.

Até agora, há cinco mortos e mais de 1.000 presos, a polícia bateu em mulheres e, pela primeira vez uma das sedes do Partido Nacional Democrático reinante foi incendiada. Aqui, os boatos são perigosos como granadas de gás lacrimogêneo. Um diário do Cairo publicou que um dos principais conselheiros do presidente Hosni Mubarak fugiu para Londres com 97 malas de dinheiro; outros falam de um presidente enfurecido, que grita com os comandantes da polícia, exigindo mais força na repressão das manifestações.

Mohamed ElBaradei, líder da oposição, Prêmio Nobel e ex-funcionário da ONU retornou ao Egito ontem à noite, mas ninguém acredita – exceto talvez os norte-americanos – que venha a converter-se em ímã que dê foco aos movimentos de protesto que se alastram por todo o país.

Já aparecem sinais de que muitos, cansados do governo corrupto e antidemocrático de Mubarak, tentam persuadir os policiais que patrulham as ruas do Cairo a unir-se a eles. "Irmãos! Irmãos! Quanto eles pagam a vocês?" um grupo de manifestantes pôs-se a gritar para os policiais no Cairo. Mas ninguém negocia coisa alguma – não há o que negociar, exceto a partida de Mubarak, e o governo egípcio nada diz e nada faz, mais ou menos exatamente como nos últimos trinta anos.

Há quem fale de revolução, mas não há ninguém para ocupar os lugares dos homens de Mubarak – jamais houve sequer um vice-presidente – e um jornalista egípcio disse-me ontem que conversou com amigos de Mubarak, preocupados com ele, presidente, isolado, solitário. Mubarak está com 82 anos e deu sinais de que se candidatará novamente à presidência – o que é ultraje para milhões de egípcios.

A dura verdade, porém, é que, exceto pela força policial brutal e um exército escandalosamente dócil – o qual, aliás, não apoia a indicação de Gamal, filho de Mubarak – o governo está impotente. Essa é revolução pelo Twitter e revolução pelo Facebook, e a tecnologia, já há muito, derrubou as regras da censura.

Os homens de Mubarak parecem ter perdido toda a noção de iniciativa. Os jornais do partido governista vêm carregados de falsas ilusões autoimpingidas, empurrando as vastas manifestações de rua para os rodapés, como se bastasse a diagramação para esvaziar as ruas – e como se, de tanto esconder os fatos, conseguissem convencer-se de que as manifestações não existiram.

Mas ninguém precisa dos jornais, para ver o que não deu certo. A sujeira das ruas e das favelas, os esgotos a céu aberto e a corrupção de todos os funcionários do estado, as prisões sobrecarregadas, as eleições risíveis, o vasto, esclerosado edifício do poder, tudo isso, afinal, arrastou ou egípcios para as ruas das cidades.

Amr Moussa, presidente da Liga Árabe, observou ponto interessante, na recente reunião de cúpula dos líderes árabes no resort de Sharm el-Sheikh, no Egito. "A Tunísia não está longe de nós", disse ele. "Os árabes estão quebrados". Mas… será que estão? Um meu velho amigo contou-me história assustadora sobre um egípcio pobre, que lhe disse que não tinha interesse algum em arrancar os líderes corruptos das fortalezas superprotegidas onde vivem no deserto. "Hoje, pelo menos, sabemos onde eles moram" – disse o homem. O Egito tem hoje mais de 80 milhões de habitantes, 30% dos quais com menos de 20 anos. E perderam o medo.

Nas manifestações, observa-se uma espécie de nacionalismo egípcio – mais do que algum islamismo. 25 de janeiro é Dia Nacional da Polícia – dia em que se homenageia a força policial que morreu em combate contra o exército britânico em Ishmaelia – e o governo não poupou discursos, para dizer à multidão que estariam traindo os próprios mártires. A multidão gritou "Não. Os policiais que morreram em Ishmaelia eram valentes, nada a ver com os policiais de hoje."

Mas o governo não é completamente cego. Há uma espécie de inteligência na gradual liberação da imprensa e das televisões, nessa pseudodemocracia em cacos. Os egípcios ganharam uma lufada de ar fresco, o suficiente para respirarem, para que se acalmem e calem-se, e voltem à docilidade de sempre, nessa terra de pastores. Pastores e agricultores não fazem revoluções, mas quando são amontoados aos milhões nas grandes cidades, nas favelas, nas casas e nas universidades em ruínas, que lhes dão diplomas, mas não dão trabalho, alguma coisa pode ter acontecido.

"Os tunisianos ensinaram aos egípcios o que é poder orgulhar-se do que se faz" – disse-me ontem outro jornalista egípcio. "São inspiração para nós, mas o regime egípcio é mais esperto que o de Ben Ali na Tunísia. Lá foi preservada uma semente de oposição, ao não meterem na cadeia a Fraternidade Muçulmana, mas, ao mesmo tempo, dizerem aos EUA que o grande inimigo seria o Islã, e que Mubarak ali estava para proteger os EUA do "terror" – mensagem que os EUA sempre gostam de ouvir já há dez anos".

Há vários indícios de que o poder no Cairo percebeu que algo estaria para acontecer. Ouvi de vários egípcios que dia 24 de janeiro já havia soldados arrancando cartazes de Gamal Mubarak dos muros das favelas – para evitar mais provocações. Mas o alto número de prisões, a violência policial – que espancou homens e mulheres pelas ruas – e o virtual colapso da Bolsa de Valores no Cairo mais sugerem pânico, que astúcia política.

Um dos problemas foi criado pelo próprio regime; foram sistematicamente afastados do poder todos que tivessem algum carisma, mandados para o interior, castrando politicamente qualquer possível oposição verdadeira, muitos, diretamente para a prisão. Hoje, EUA e União Europeia dizem ao regime que ouçam o povo – mas que povo? Onde estão as vozes de liderança?

O levante no Egito não é – embora possa vir a converter-se em – levante islâmico, mas, além do grito em massa de milhões de egípcios que despertam de décadas de humilhação e fracassos, só se ouve nas manifestações o discurso de rotina da Fraternidade Muçulmana.

Quanto aos EUA, a única coisa que parecem capazes de oferecer a Mubarak é uma sugestão de reformas – conversa que os egípcios ouvem há muito tempo. Não é a primeira vez que a violência toma conta das ruas do Cairo, é claro. Em 1977, ouve manifestações imensas de gente que pedia comida – eu estava no Cairo, e vi multidões famintas, de mortos de fome –, mas o governo de Sadat conseguiu controlar a revolta mediante preços mais baixos e muitas prisões e tortura. Também houve motins nas forças policiais – um deles reprimido a ferro e fogo pelo próprio Mubarak. Mas, agora, está acontecendo algo de diferente.

Interessante de observar, não há nenhuma animosidade contra estrangeiros. Várias vezes aconteceu de a multidão proteger jornalistas e – apesar do vergonhoso apoio que os EUA garantem aos ditadores no Oriente Médio – nenhuma bandeira dos EUA foi queimada. Já se vê que há aí alguma novidade. Talvez a multidão que amadurece – e descobre que vive sob um governo que é, ao mesmo tempo, senil e imaturo.

Ontem à noite as autoridades egípcias cortaram todos os serviços de internet e de transmissão de texto por celulares, na tentativa de impedir que os manifestantes se organizassem através de redes sociais. A medida foi tomada no mesmo momento em que uma unidade policial de elite, de forças antiterrorismo, recebeu ordem para tomar posição em pontos estratégicos em toda a capital, preparando-se para o que se estima que sejam as maiores manifestações até agora, previstas para hoje.

Dentre os pontos estratégicos selecionados pelas forças antiterrorismo está a Praça Tahrir, cenário das maiores manifestações até agora. Facebook, Twitter, YouTube e outros sites de contato social tiveram papel vital nos protestos no Egito, exatamente como na Tunísia, para manter os manifestantes em contato e planejar a movimentação dos grupos.

A Presidente Dilma terá escritorios em RS e MG

 A presidente Dilma Rousseff confirmou hoje, sexta (28), que abrirá escritórios da Presidência da República em Porto Alegre e em Belo Horizonte, sua cidade natal.  Mas, não informou quando os escritórios passarão a funcionar. É comum a Presidência ter escritórios fora de Brasília.

Recordar é viver

Revendo algumas maquinas de escrever


Há muito tempo (põe tempo nisso) era comum às mães e pais se gabarem de sua prole, dizendo:

"Meu filho..." ou "Minha filha até já fez curso de datilografia".

Pronto. Isso já era motivo pra admiração e destaque entre as moiçolas e rapazes da turma.

Comum, então, ver placas pelas ruas, oferecendo curso de datilografia (lasqueira era no dia de prova, onde o instrutor colocava um anteparo sobre o teclado, justamente pro aluno não olhar o bendito), na máquina manual, e posteriormente na elétrica.
Oficinas de manutenção, então, aos montes.
Os professores de datilografia eram metódicos e tinham que ter uma "Paciência de Jó".
Tinha aluno que conseguia ser reprovado em datilografia, gerando maior "zum-zum-zum" e comentários depreciativos. Haja bronca.
Os cursos se preocupavam até em promover a "formatura" do aluno no Curso de Datilografia, com direito a diploma e tudo.
Certamente isso iria compor as qualidades de qualquer candidato no seu "curriculun vitae".


A turma mais antiga que o diga. Decorar um teclado sempre foi coisa de "maluco", ou pra quem estava a fim mesmo de arrumar um emprego e um futuro financeiro promissor.
Toda e qualquer empresa sempre tinha sua máquina de datilografia (popularmente conhecida como "máquina de escrever").
Mesmo nos dias atuais ainda podemos encontrar alguns locais (principalmente em cartórios) mais tradicionais, que resistem à informática veemente.
Haja calos nos dedos.
Modelos, tamanhos e cores, haviam variados.
Alguns fabricantes mais tradicionais monopolizavam o mercado, criando modelos adequados para cada estilo de usuário, em acirrada competitividade funcional.
No Brasil era comum a marca Remington e a Olivetti.















































Havia máquinas que eram verdadeiro fardo e pesadas.
Seu teclado parecia a cabeça de um prego quando recebe marteladas, pra darem conta de imprimir alguma coisa no papel.
Outras costumavam engasgar as folhas, travando justamente no meio da guia e lá chegavam até mesmo a rasgar o papel, para desespero do digitador, sendo tudo "emporcalhado", digitando no mesmo lugar (obviamente furando o papel), ou amassando o mesmo.

Máquinas que, conforme a marca, mais intimidavam o usuário, deixando-o literalmente desesperado quando a chefia cobrava rapidez na conclusão de algum relatório, documento importante.

VIVA A MODERNIDADE!!!!