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Porque (guardei os fogos) e não comemorei a prisão de Temer

(...) Bater palma (não digo panela, que é franquia dos coxinhas) para a prisão do ex-presidente Michel “Golpista” Temer e para a de Moreira “Gato Angorá” Franco, entre outras peças do esquema que parece ter faturado com as obras de Angra 3, é fácil. Não só fácil, prazeroso. Quem gritou “Fora Temer” desde que o postiço – como diria Fernando Morais – conspirou para derrubar Dilma Rousseff e assumir uma transição catastrófica até a prisão de Lula e a ascensão do governo Bolsonaro, como eu, quer mais é ver Temer em cana. Ele, Moreira, Geddel, Padilha, Jucá, Leonardo Picciani, Henrique Eduardo Alves, a turma toda. Não vou nem falar dos tucanos – o partido impermeável a prisões, exceto de Betos Richas da vida. O caminho fácil é ir na janela e gritar: “Eu avisei”. Mas Temer, que logo estará solto, não deveria estar preso. Nem Moreira. Suas prisões, como foi a de Lula e outros dirigentes petistas, obedeceu à lógica da República da Lava Jato, convertida, no lugar da imprensa, em quarto poder. Provas circunstanciais, delatores encagaçados, ilações irresponsáveis, e a caneta pra assinar as prisões e buscas e apreensões. A Lava Jato, que já foi de Moro e Dellagnol em Curitiba, não renasceu com Bretas, nem hoje, nem nunca. A prisão de Temer e Moreira é o troco da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, que melou a tentativa dos procuradores de garfar R$ 2,5 bilhões da Petrobras para criar o Comitê Sérgio Moro 2022, grana oriunda da estatal a título de penalidades aplicadas pelas autoridades americanas por danos a investidores nos Estados Unidos, e transferiu os crimes de caixa 2 para a Justiça Eleitoral.

Prisão de Temer, abuso de autoridade?

A prisão do ex-presidente Michel Temer nesta quinta-feira (21) no âmbito da Operação Lava Jato irritou o Senado que deverá voltar a discutir o projeto que trata de punições para os casos de abuso de autoridade. A proposta, que já foi aprovada pela Casa, está paralisada na Câmara desde 2017.

"Está na hora (de votar), está passando de todos os limites, ao meu ver. E falo isso com isenção, porque fui oposição ao Temer dentro do Psdb",  Tasso Jereisatti (Psdb/Ce) 
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Thomas de Toledo: sobre a prisão de Temer


Sobre a prisão de Temer: quando ele atendia aos interesses do capital financeiro internacional, ficou intocável, mesmo com tantas provas de seus esquemas de corrupção. Com Bolsonaro também: enquanto ele continuar mantendo a submissão do Brasil aos Estados Unidos e aos bancos, podem comprovar que ele é miliciano, que usou caixa 2 e laranjas para desviar dinheiro, que ficará aonde está. Quando perder a utilidade após a reforma da previdência, entrega da Embraer, petróleo e base de Alcântara, será jogado à privada e a descarga será puxada, levando-o ao esgoto da História. Mas pra quem acha que a Lava Jato faz justiça, lembrem-se de que nesta semana Moro visitou a sede da CIA e seu celular já tinha a senha do wi-fi... 
Thomas de Toledo
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Os canalhas que apoiaram o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff tratam Michel Temer como ex-presidente, não sujo minha boca usando esse termo para se referir a este canalha e seus cúmplices. E, para não passar em branco: Cadê Queiroz e os 2,5 bi que a Lava Jato queria embolsar?
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Nota do PT sobre a prisão de Temer


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O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT.
Temer assumiu a presidência em um golpe deplorável. Sua agenda no governo levou ao aumento da desigualdade e da miséria, no entanto é somente dentro da lei que se poderá fazer a verdadeira Justiça e punir quem cometeu crimes contra a população. Caso contrário, estaremos diante de mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos.

O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora. Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR.

Gleisi Hoffmann - presidente do PT
Humberto Costa - líder do PT no Senado
Paulo Pimenta - líder do PT na Câmara Federal

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Prisão de Temer: retaliação da Lava Jato?

Temer: resposta da Lava Jato?
Circula nos bastidores que o juiz Marcelo Bretas pode ser candidato à prefeitura do Rio em 2020. Após Moro abandonar a carreira, o magistrado carioca parece estar com sede de assumir a liderança da operação pelo judiciário.
Claro que isso não tem nenhuma relação com a espetacular prisão preventiva de Temer, sem condenação ou trânsito em julgado, nem mesmo em segunda instância.
Vamos reconstituir os fatos.
A Lava Jato sofre uma grande derrota no STF, que decide tirar das mãos da “Operação” e enviar para a justiça eleitoral os inquéritos relacionados aos fatos envolvendo a prática de caixa dois.
Enlouquecido, Deltan”Torquemada” Dallagnol desfere ataques virtuais contra membros da corte, estimulando uma onda de milícias digitais que atuam no submundo da internet difamando e destruindo reputações. Alguns chegam a fazer ameaças físicas.
Como o STF reage? Sob protesto da ala “neoiluminista” e “neopositivista da corte, aliada da “República de Curitiba”, o presidente Dias Toffoli abre inquérito para apurar as origens do ataque. Quem estimula? Quem financia? Quem está por trás da desestabilização das instituições? Serão encontradas “pegadas” de Curitiba?
A Ordem dos Advogados do Brasil se pronuncia na defesa do inquérito e das instituições.
O “ex-todo-poderoso” Sérgio Moro vê o presidente da Câmara criar uma comissão com sete membros para avaliar seu projeto de combate ao crime organizado por 90 dias. Na prática, joga sua apreciação para o segundo semestre.
O Ministro da Justiça reage indignado e passa a provocar Maia, que responde chamando-o de “funcionário de Bolsonaro”, “que ele está trocando as bolas”, e fazendo pouco caso de seu projeto dizendo que ele é “um copia e cola” dos projetos apresentados pelo ex-ministro da justiça Alexandre de Moraes.
Qualquer recém-nascido com mais de cinco quilos filho de um esquimó da Antártida consegue perceber que é o pior momento vivido pela Lava Jato. Some a isso que Bolsonaro enfrenta uma queda de 15 pontos percentuais de popularidade em apenas 60 dias, um recorde histórico.
Está clara a necessidade de reagir? E a reação veio. Por coincidência, claro, sai da manga a prisão de Temer e de Moreira, por outra coincidência, sogro do “Botafogo”.

Moro x Maia

Na grande maioria dos jornalistas e políticos a percepção é que a prisão de Michel Temer e Moreira Franco é jogada da Lava Jato para desviar o foco do acordo entre a força-tarefa/EUA e Petrobras para embolsarem 1,250 bilhão da empresa e também o troco da humilhação que Rodrigo Maia (Sogro de Moreira Franco) fez ao ministro Sérgio Moro. 

É dado como certo que Rodrigo Maia exigirá a demissão de Sérgio Moro.

A chantagem terá como barganha a reforma da previdência.

Hoje, logo depois que soube das prisões Maia suspendeu a tramitação da proposta de reforma enviada por Bolsonaro.

A guerra está declarada.

Agora veremos quem realmente tem bala na agulha.

Troco de Moro a Rodrigo Maia?

Ontem Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, humilhou o ministro da justiça, Sérgio Moro, disse Maia: "
"Eu sou presidente da Câmara, ele é ministro funcionário do presidente Bolsonaro. O presidente Bolsonaro é quem tem que dialogar comigo. Ele está confundindo as bolas, ele não é presidente da República, ele não foi eleito para isso. Está ficando uma situação ruim para ele. Ele está passando daquilo que é a responsabilidade dele. Ele nunca me convidou para perguntar se eu achava que a estrutura do ministério estava correta, se os nomes que ele estava indicando estavam corretos."
Hoje, sem nenhum vazamento o amigo de Moro, o juiz Marcelo Bretas, manda prender o golpista Michel Temer e o cunhado de Rodrigo Maia, Moreira Franco. Tem cheiro de retaliação sim.

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