Miséria - % da População - Brasil

Finalmente consegui postar o gráfico. Vamos ver se fica bom.

Miséria - % da População - Brasil

Chico Hugo disse hoje que as minhas posições anti-Lula vem do fígado e não do coração ou da mente, e que gosta de argumentações bem calçadas. Eu também. Mas talvez eu tenha exagerado. Portanto vamos argumentar com base.

O que mais me incomoda do lulismo é a atitude do " nunca na história deste país" ou pela primeira vez nestes 500 anos, como se o Brasil só passasse a existir pós Lula.

Pesquisando trabalhos publicados pela Fundação Getúlio Vargas sobre a situação de miséria no Brasil, publico abaixo estatísticas sobre a redução da miséria no Brasil de 1993 até hoje.

Como se pode ver, o governo Lula tem o mérito de ter reduzido significativamente o percentual de famílias brasileira que vivem abaixo da linha de miséria. No entanto este esforço vem de longa data e não é mérito só dele. E é isto que eu gostaria que os lulista admitissem.

Como se pode ver, em 1993 35,16% da população brasileira vivia na miséria

1993

35,16

1994

35,31

1995

32,05

1996

28,79

1997

28,99

1998

28,5

1999

27,18

2000

28,38

2001

27,63

2002

26,72

2003

28,17

2004

25,38

2005

22,77

2006

19,31


 

No ano seguinte ao Plano Real, este índice caiu para 28,79%, isto é o número de brasileiros abaixo da linha de miséria caiu 7 pontos. No fim do governo FHC este índice já era de 26,72%. O que foi ruim é que no período FHC este índice se estabilizou, quando deveria ter caído a um ritmo bem mais acentuado.

Lula conseguiu acelerar esta queda, passando de 28,17% em 2003 para 19,31% em 2006 (não tenho ainda os dados de 2007). Realmente é mérito e um grande feito do governo Lula. Mas como quero demonstrar, a luta contra a miséria não começou com Lula e os lulistas deveriam ter a humildade de admitir isto.

Isto foi conseguido com os programas sociais e o bolsa família. No entanto, como estava previsto no Projeto Fome Zero, o bolsa família seria um programa emergencial e logo deveria ser substituído por um amplo programa de Inclusão Social, que traga uma redução permanente da miséria com dignidade.

Estes dados foram obtidos no site da FGV de um trabalho intitulado Miséria, Desigualdade e Política de Renda – O Real de Lula, de 19 de setembro de 2007, coordenado por Marcelo Cortes Neri.

Acho que todos deveriam ler este trabalho. Quando não se lê e não se procura informações, o risco é ficarmos só nas superficialidades e interpretarmos erroneamente os fatos.

Teste da tolerância

Por weden

Um bom teste para avaliar o comedimento das paixões políticas, é se perguntar: eu consigo ver alguma coisa de bom no meu "adversário político"?
Um critério, apenas para divertir, seria este:
1. É impossível que algo de bom venha do outro lado. (você é intolerante politicamente)
2. É possível, mas é pouco provável. (você é tolerante, mas tende para o radicalismo)
3. Lógico que há, e até sei citar suas virtudes (você é um tolerante de carteirinha)
4. O outro lado é muito bom (você é tolerante, mas cuidado: você está virando casaca!)
5. Todos são ótimos (pronto, você é a própria miss simpatia)
6. Tudo é a mesma porcaria (você ganhará o título Prozac do ano)

Pacote para compensar CPMF

O ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou agora à tarde medidas para compensar o fim da CPMF, que arrecadava R$ 40 bilhões por ano.
As ações garantem um montante de R$ 30 bilhões.
O governo decidiu reduzir as despesas de custeio e investimento dos três poderes em R$ 20 bilhões.
Outra mudança é o acréscimo de 0,38 ponto percentual na alíquota do IOF (Imposto sobre Operação Financeira) nas operações de crédito.
Já a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) do setor financeiro vai aumentar de 9% a 15%.
As ampliações das alíquotas do IOF e da CSLL vão garantir arrecadação de R$ 10 bilhões neste ano.
O aumento do IOF deve ser publicado ainda nessa semana no Diário Oficial da União.
A CSLL será implementada por medida provisória e, portanto, só vai poder ser cobrada após um prazo de 90 dias.
Ainda faltam R$ 10 bilhões para compensar a perda da CPMF. O governo acredita que conseguira através do aumento da arrecadação.

Amor de Adolescente

Chico Hugo

Há duas formas de levar no fiofó. Uma é por paixão e gosto - É o caso dos apaixonados pelo Lula como você.

O outro é o estrupo, meu caso e do povo brasileiro.

Quanto ás minhas opiniões - Não tenho cabeça só para separar as orelhas e usar boné do MST. Portanto penso e reajo.

Quem quizer ouvir ouça. Quem não quizer continue relaxando e gozando por amor ao Lula.

Nem por hum milhão

Nestes tempos que as pessoas estão a fazer quase tudo por dinheiro gostaria de saber o que você não faria nem por hum milhão.
Deixe sua colaboração em comentários ai embaixo.
Obrigado.

Amor adolescente

Briguilino gostou de uma observação que particularmente lhe fiz – "Lula está o próprio pênis de adolescente: quanto mais se mexe com ele, mais ele cresce" – e a colocou no Blog porque, brincadeira à parte, é a mais pura verdade se se imaginar um adolescente no auge da característica maior desta fase transitório-definitiva: a virilidade.
Laguardia comentou: "Realmente, tem razão e depois enfia no fiofó do povo."
Não costumo perder meu tempo lendo as inserções fundamentalistas do laguardia porque elas provêm do fígado, jamais de coração&mente. Curto demais esgrimir idéias e estou sempre aberto ao convencimento de uma boa e bem calçada argumentação.
Mas, como o comentário não tem mais que 10 palavras, reli e entendi: Laguardia sustenta que povo não é só quem fecha com Lula. Ele, Laguardia, também é povo. "... enfia no fiofó do povo" é a confissão de laguardia: ele está apaixonado pelo Lula.


Chico Hugo

Governo refém do mercado

Por Luciano Martins em 2/1/2008

A maioria dos jornalistas de economia trata o vice-presidente José Alencar como "aquele chato que vive falando de juros".

Alencar, que é empresário bem-sucedido na indústria têxtil, é tratado como um amador entre profissionais.
Pois no domingo (30/12), o vice-presidente disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que os juros não caem porque agentes do mercado financeiro chantageiam o governo através dos jornais [ver "
Juros não caem porque Lula teme o mercado, diz Alencar". Trata-se de uma denúncia grave. Que se perdeu no vazio do desinteresse da imprensa. Passou-se metade de uma semana e nenhum jornal, nem mesmo a Folha, se dignou a oferecer ao leitor uma informação adicional. Apenas o colunista Clóvis Rossi fez referência à questão, citando Alencar, mas para acusar o presidente Lula de haver "terceirizado" a política econômica para o mercado.
Nem uma palavra sobre a denúncia explícita do vice-presidente contra os jornais.
Segundo a transcrição da entrevista, diante da pergunta sobre por que os juros não caem no Brasil, José Alencar respondeu, literalmente:
"Porque há uma ameaça de articulistas, que são economistas ligados ao sistema financeiro, que é muito organizado, e que colocam quase que como alternativa: ou nós mantemos esses juros ou mais uma vez vamos ter uma inflação violenta no país."
Ou seja, o vice-presidente da República afirma que o presidente da República é refém de profissionais e investidores do mercado financeiro, que usam a imprensa para ameaçar com a volta da inflação. E a imprensa faz de conta que não é com ela.


Chantagem
Agora, faça o leitor um exercício de observação. Pegue os jornais da semana ou assista atentamente os noticiários da mídia especializada em economia.

O leitor vai constatar que um número significativo de "colaboradores" e "consultores" citados pelo jornalismo econômico tem como atividade principal um cargo importante no mercado financeiro.
O fato não é exatamente uma novidade, nem mesmo uma curiosidade, pois se trata de especialistas. O problema é a predominância deles.
Em muitas ocasiões o Observatório da Imprensa tem publicado artigos apontando esse viés unilateral da imprensa.
A novidade é o vice-presidente da República vir a público dizer que a mídia funciona como intermediária de uma chantagem contra o poder público.
E a imprensa se cala.

2 turno são outros quinhentos

O PT e demais partidos da base aliada deveriam fazer um acordo, no primeiro turno das eleições deste ano só fazer aliança com partidos que componham a mesma. No segundo turno... ai são outros quinhentos!