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Sete regras para viver bem

  1. Coluna ereta, ombros para trás
  2. Tratar as pessoas com educação e respeito
  3. Cuide de si como cuida de quem você ama
  4. Não crie expectativa sobre o que outra pessoa pode te oferecer
  5. Faça comparações apenas sobre quem foi você foi ontem, é hoje e será amanhã
  6. Faça tudo que gosta e possa fazer sem prejudicar propositalmente a outra pessoa
  7. Se possível não deixe as coisas acontecerem, trabalhe, batalhe para fazer acontecer
Acima estão alguns conselhos meus, faça os teus.

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Mensagem do dia

Pra que tanto orgulho se o destino é a morte? Um dia seremos apenas uma foto numa estante ou na parede, quiçá isso...

Conselhos da Therezinha Wild

♛1. Evite fazer observações sarcásticas.

2. Se entrar em uma briga, bata primeiro e bata com força.

3. Nunca dê um aperto de mão sentado.

4. A inveja de um amigo é pior que o ódio de um inimigo.

5. Escute o que as pessoas têm a dizer.
Não interrompa; deixe-as falar.

6. Guarde segredos.

7. Não cultive medo por ninguém. Todo homem pode morrer.

8. Seja corajoso. Mesmo se não for, ao menos finja ser. Ninguém consegue perceber a diferença.

9. Cuidado com as pessoas que não tem nada a perder.

10. Escolha a companheira da sua vida com cuidado. A partir dessa decisão, virão 80% de toda a sua felicidade ou miséria.

11. Se a casa do seu vizinho está em chamas, a sua também está em perigo.

12. Nunca elogie a si mesmo; se houver elogios, que venham dos outros.

13. Seja um bom perdedor.

14. Não deseje colher frutos daquilo que nunca plantou.

15. Quando aflito: respire fundo e distancie-se.

16. Dê às pessoas uma segunda chance, mas nunca uma terceira.

17. Cuidado ao queimar pontes. Você nunca sabe quantas vezes precisará atravessar o mesmo rio.

18. Lembre-se de que 70% do sucesso em qualquer área se baseia na capacidade de lidar com pessoas.

19. Defenda os menores. Proteja os indefesos.

20. Assuma o controle da sua vida. Não deixe que outra pessoa faça escolhas por você.

21. Visite amigos e parentes quando estiverem no hospital; você só precisa ficar alguns minutos.

22. A maior riqueza é a saúde.

23. Pense duas vezes antes de sobrecarregar um amigo com um segredo.

24. Mantenha um bloco de anotações e um lápis em sua mesa de cabeceira. Ideias que valem milhões de reais surgem de madrugada.

25. Mostre respeito por todos que trabalham para viver. Não importa o quão simples seja a profissão.

26. Vista-se adequadamente aos padrões da época.

27. Elogie a refeição quando for hóspede na casa de alguém.

28. Não permita que o telefone interrompa momentos importantes. 

29. A menos que ela seja da sua família, sempre cumprimente uma mulher comprometida com um leve aperto de mão.

30. Não demore onde não é bem recebido.

31. Todo mundo “gosta” de ver você crescer profissionalmente, até começar a superá-los.

32. Ouça os mais velhos.

➡️ (Se leu até o final deixe seu UP!)🤝
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Toque da Vovó Briguilina


Amigo não é somente aquele que dispõe o ombro para você descansar ou chorar, há momentos que o amigo tem de dar um chute na bunda para você reagir. Acorda bolsominion!!!

"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo."

Vida que segue...

Mensagem da Vovó Briguilina


- Mestre, como eu faço para aprender e praticar a sabedoria?
- Pegue uma colher, encha de perfume e vá conhecer o bairro. Quando voltar não é para ter derramado uma gota sequer.
O jovem então sai com a colher na mão, andando muito cuidadosamente, com toda a sua atenção na colher, segurando-a firmemente. Ao concluir o desafio, ele volta muito orgulhoso de si ao sábio e mostra a colher. Imediatamente o sábio pergunta:
- Você conseguiu ver as lindas árvores que havia pelo caminho? Sentiu o cheiro das flores do jardim pelas quais passou? Prestou atenção ao canto dos pássaros?
Confuso por não entender o motivo daquelas perguntas, o jovem nega todas elas. Então o ancião diz:
- Se você viver apenas para concluir os desafios e tarefas da vida sem desfrutar das coisas boas que este mundo tem a oferecer, nunca encontrará sabedoria na vida, nunca será sábio de verdade.
Logo em seguida, o sábio propõe que o jovem repita todo o desafio, mas, desta vez, contemplando tudo que houvesse pelo caminho. E novamente, o moço vai com a colher na mão, mas desta vez admirando e se maravilhando com as coisas que via. Com isso, acabou esquecendo-se da colher e ficou observando as árvores, sentindo o aroma das flores e dando ouvidos ao canto dos pássaros. 
Ao chegar na casa do sábio, o mesmo perguntou se o moço havia visto tudo. Muito empolgado, o jovem diz que sim. Por fim, o velho sábio pergunta ao jovem pela colher e só então ele percebe que havia derramado tudo pelo caminho.
"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo" 
Vida que segue...

Sábio conselho



Use a porta do lado
Tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada. Um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente…
É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.

Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de algumas pessoas melhor, e de outras, pior. Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos, mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes.
Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença. O que não falta neste mundo é gente que se acha o último biscoito do pacote.
Que “audácia” contrariá-los!
São aqueles que nunca ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga e não deixam barato. Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente. O mundo versus eles.
Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também. É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser resolvidos assim, rapidinho.
Basta um telefonema, um e-mail, um pedido de desculpas, um deixar barato. Eu ando deixando de graça… Pra ser sincero, vinte e quatro horas têm sido pouco pra tudo o que eu tenho que fazer, então não vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.
Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a “porta do lado” e vou tratar do que é importante de fato. “Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do bom-humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros dá errado”.
Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não estrague o seu dia, use a porta do lado e mantenha a sua harmonia.
Lembre-se, o humor é contagiante – para o bem e para o mal  – portanto, sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria. A “Porta do lado” pode ser uma boa entrada ou uma boa saída… Experimente!
Texto atribuído, em várias fontes na internet, ao doutor Drauzio Varella. Mas neste link ele nega a autoria de “A porta do lado”.  Não encontramos nenhuma fonte segura de quem seja o verdadeiro autor. Se você souber, por favor, nos informe. Obrigada.
Não conheço a autoria do texto. Quem souber, por favor me informe e darei o devido crédito.
Vou marca-lo no (AD).
Vida que segue...
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Ensinamentos de São Camilo de Léllis - Padroeiro dos enfermos

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1 – Os enfermos são as pupilas do Coração de Jesus, e o que fizermos por eles faremos ao próprio Deus.
2 – Que cegueira a minha, a de não Vos ter conhecido antes e mais cedo, Senhor! Porque não empreguei toda a minha vida em Vos servir? Perdoai, Senhor, a este pecador!..
3 – Assistam aos enfermos com carinho de uma mãe para com seu único filho doente.
4 – O pobre é Jesus Cristo! Somos servos e escravos dos enfermos.
5 – Servir ao doente é servir a Jesus Cristo e não merecemos tanta honra.

Conselho da vovó Briguilina

Não espere perder quem ama para reconhecer o valor dela
Demonstre que a valoriza para evitar de perde-la.
Pense nisso.

Também leia: 

  • -  Em virtude dos termos cachaceiro, pingunço, pau-d'água serem pejorativos e ofensivos para algumas pessoas, não...

Conselho da hora

Na vida você deve evitar três acidentes geométricos:

- Círculos viciosos
- Bestas quadradas
- Triângulos amorosos

Conselho da Vovó Briguilina

Quem fala mal dos outros para você, fala mal de você para os outros.
Portanto, além de lembrar disso é muito importante se perguntar, eu dei cabimento a esse sujeito (a) para vim aqui falar mal de fulano, sicrano ou beltrano?...
Pense nisso.
Boa tarde!
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Conselho de um Velho marinheiro


Se algo te incomoda, não desanime, nunca desanime, pois até um pé na bunda te empurra pra frente.
Bom dia!

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Conselho da Vovô Briguilina

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Tudo que é novo, envelhece
Tudo que sobe, desce
A riqueza um dia acaba e a piada um dia perde a graça.

Portanto, tente conquistar as pessoas pelo seu caráter, sua essência e não com sua aparência.


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Tem uma ideia que vai mudar o mundo?

Participe da Google Science Fair.

Mudar o mundo é pretensão de quem vive fazendo fita na Marquês de Sapucaí, porque na verdade ninguém muda o mundo.
Ninguém muda nada - quanto muito mudamos a si -.
Portanto faça o Bem sem olhar a quem como São Briguilino aconselha.
Viva bem, com ou sem bens, oraiti?





Conselho da Vovó Briguilina

Uma colega pediu que eu a indicasse para uma vaga de emprego onde trabalho, porém acho que ela não tem as qualificações que eles exigem e não pretendo me queimar na empresa nem com minha vizinha. Que eu faço?



- A verdade é sempre o melhor. Seja sincera e diga que ela não preenche as exigências que a empresa exige. E se ponha a disposição para ajuda-la no quê puder.





Cinco conselhos da Vovó Briguilina

Conselhos para quem tem 20 anos

  • Aproveite seu tempo para aprender, seja o que for
  • Não se cobre tanto, aceite seu jeito de ser
  • Busque o equilíbrio entre a vida profissional e a diversão
  • Mantenha-se atenta e confie na sua intuição
  • Faça o bem a alguém sempre que puder




Oito tipos de pessoas para quem você não deve pedir conselhos amorosos

Ele não retornou a ligação porque esqueceu mesmo? Será que estou sendo dura de mais? Devo ou não terminar a relação? Em todo o relacionamento é natural ter dúvidas, e nada melhor do que a opinião de uma pessoa próxima, que forneça um ponto de vista diferente, de quem não está emocionalmente envolvido com a situação, certo? Nem sempre.

“Na verdade, quando pedimos conselhos queremos ouvir algo que confirme o que já estávamos pensando em fazer. Queremos alguém que apoie nossa opinião, para acabarmos de vez com a dúvida”, explica a psicóloga Rafaela Langaro Figueiró.

O problema dos conselhos amorosos, salienta o neuropsicólogo Fábio Riosler, é que esse pretenso distanciamento emocional raramente é isento, o que pode acabar prejudicando a relação de quem pediu o conselho. A verdade é que, mesmo que sem qualquer maldade, algumas pessoas simplesmente não deveriam aconselhar. Seja por estarem passando por um momento ruim ou simplesmente por terem uma visão da vida distorcida por experiências negativas com a vida amorosa.

“O desejo opinar na vida dos outros se encontra enraizado no complexo de onipotência de cada um de nós carrega dentro de si. Isto nos faz pensar que sabemos exatamente como nós e os outros devem se comportar”, aponta Riosler.




É importante lembrar que não existe um perfil fechado de quem pode e de quem não deve dar conselhos amorosos. É preciso bom-senso para identificar se o conselheiro amoroso pode realmente contribuir para a solução do dilema. Aspectos como grau de intimidade, idade e até mesmo visão de mundo, influenciam diretamente nisso. Para quem busca uma opinião sobre relacionamentos amorosos, a principal orientação dos especialistas é jamais esquecer que a decisão final de como lidar com a situação não é de quem dá o conselho, mas sim de quem pede.

Veja a seguir alguns perfis que devem ser evitados na hora de pedir conselhos amorosos e entenda por que essas pessoas provavelmente não vão conseguir ajudar muito: Aqui

Já dizia Vovó Briguilina

Elegante é...ser grato!
Sábio é...ser solidário!
Bonito é...ser honesto!
Mas, o essencial é...ser feliz!

O mais é inversão de valores, corrupção de prioridades!

Conselho

Como não morrer engasgado com o próprio "imbigo"

Para que habitarmos na superfície das coisas, se o essencial está no interior?
À noite, na Praça Roosvelt, em São Paulo. Encontro um garoto de 12 anos que me diz: “Larguei as drogas”. Um garoto de 12 anos que já foi viciado e já largou as drogas e já está em outra vida. 12 anos. Ele vê a escola como o antro do marasmo, um adjetivo resume tudo: “chata”. Ama a igreja e o funk ostentação. O pai é traficante, mora longe. Sua irmã? É uma garota “do mundo”. Aproxima-se um morador de rua que me conta: “Minha vida é frenética. Não adianta eu sair da rua, porque a rua não vai sair de mim”.
Passando perto de uma manifestação do #NãoVaiTerCopa, falo com um policial militar e ele me confessa, pesaroso: “Todo mundo pensa que sou um bicho, estou cansado de pensarem que sou um bicho”. Encontro uma prostituta na Praça da Luz, perto da Estação da Luz. Ela, uma senhora, com uns 60 anos, um sorriso amarrotado no rosto. “Posso escrever um poema para a senhora?”, pergunto. Ela ri alto, me chama de “safadinho”, aceita que eu escreva o poema, e comenta que o que mais gosta é de viajar, que o mundo é o lugar onde a gente aprende, e dou um poema para ela. “Vou colocar esse presente em uma moldura”, afirma. Quanto ela cobra por programa? 30 reais.
Passo numa rua que fica a algumas quadras de onde estou morando hoje em dia e encontro um cortiço que vai ser derrubado para dar lugar a uma padaria, que vai servir às mais de quinhentas famílias que estão chegando na região e vão morar nos prédios que estão sendo erguidos. Erguidos num espaço que antes também era ocupado por outros cortiços. Cortiços apinhados de pessoas que ganham pouco e que trabalham muito construindo prédios onde nunca poderiam morar. E as pessoas que vão morar nos novos prédios vão ter luxo, ah, vão. Não precisarão nem se levantar para apagar a luz. Vão fazer isso por meio do celular, usando um aplicativo que permite até abrir a porta de longe. E quando chegarem em casa, cansadas de um dia atribulado, vão poder descansar numa piscina rasinha, com uns dois palmos de água para esfriar os pés, ou mesmo nadando na piscina semi-olímpica. Falo com o vendedor de apartamentos de um dos prédios e ele me conta que mora em São Miguel Paulista, na periferia de SP. Me diz também que apartamentos de 19m2 vendem como água. Que já existem apartamentos de 6m2 na China ou Japão, não se lembra bem. Me mostra, no iPad, o apartamento decorado. O aplicativo possibilita que eu veja inclusive o chão dos cômodos. Vejo o lustre também, uma parafernália enorme, de “alto nível”.
Ando um pouco mais nessa mesma rua e me arrepio por inteiro. Estou ao lado de um amigo. Olho para ele, ele olha para mim, não falamos uma palavra. À nossa frente, um prédio enorme e com aparência precária, gigante de imenso, com tantas janelas, uau, quantas janelas, e lixo sendo jogado por algumas delas. Ao lado, outro prédio imenso de gigante, inacabado, sem reboco, como se tivessem parado de construir de repente, como se os pedreiros tivessem sido demitidos de surpresa, saído correndo e esquecido metade das ferramentas e andaimes. Uns jovens nos chamam, oferecem drogas. Uma mulher com roupas curtas me olha como se me comesse com as pupilas fatigadas.
Entro no supermercado, passam uns jovens ao meu lado. Eles não têm mais do que 12, 13 anos. “O que vão comprar?”, pergunta o cara no caixa. “Cigarros”, respondem.
Noutra ocasião, saio de uma reunião em um shopping super requintado. Me sento na praça de alimentação com um prato de comida. À minha frente, um homem pede: “Posso me sentar aqui também?”. Ele se senta à minha frente, na mesma mesa, e passa todo o almoço sem falar nada. Eu passo o almoço sem falar nada. Um momento vazio de presente. Estamos na mesma mesa e não conversamos, como se estivéssemos apenas cumprindo mais uma burocracia da vida, como se não houvesse outro ser humano à nossa frente.
Saio de uma outra reunião e resolvo ler um poema para uma pessoa na rua. Pergunto: “Moça, posso ler um poema para você?”. “Não, tô com pressa”. “Então vou ler mesmo assim, ok?”. Sigo ao lado dela, correndo um pouco e lendo um poema do Carlos Drummond de Andrade que anuncia: “O presente é tão grande, não nos afastemos”. Quando termino o poema, ela olha para trás e comenta: “Agora estou mais animada, obrigado”.
Encontro um morador de rua sentado no chão. Ele me mostra algumas folhas: “Não consigo resolver nada da minha vida com esses papéis. Papel é coisa de gente estudada”. Visito uma escola, procuro a diretora. A porta dela está fechada, lá dentro uma mãe grita para a filha de 13 anos: “Não queria que você fosse minha filha, você não devia ter nascido. Nem adianta querer voltar para casa, não volte mais!”. A menina corre pela escola, se esconde. A mãe vai embora sem se preocupar com o paradeiro da garota. Antes de uma reunião numa ONG lá no centro de SP, para mostrar um projeto, uma frase se esgueira pelos corredores da instituição. Alguém lá dentro dizia: “Aquela anta não fez o café?”.
* * *
Todas essas situações são reais, foram vivenciadas nos últimos dias. Todas essas situações e muitas outras (muitas mesmo) que nem gostaria de compartilhar me viram pelo avesso a cada minuto.
Basta abrirmos os olhos (de verdade) para percebermos o absurdo do mundo. E em nós. Sou sempre a pessoa que aponta o lado da abundância, acredito na mudança e estou rodeado por pessoas que têm se esforçado para agir no campo da afirmação de novas possibilidades, mas desta vez quero aprofundar um pouco de um lado obscuro que há em nós.
Esse lado obscuro é a ilusão que vejo por aí e em mim, bem compartilhada, de que a mudança superficial das coisas é suficiente. E não estou dizendo que acreditamos nisso conscientemente, claro. Mas parece sim que passamos tempo demais na superfície e nos aproximamos pouco dos limites da nossa ação. Certos modos de nos acomodarmos ao mundo são muito sutis…
Adianta fazer um cafuné numa pessoa atropelada, que está sangrando na estrada, e achar que isso é suficiente? Nosso mundo foi atropelado. Atropelado por uma série de interesses que tem mais a ver com a morte do entusiasmo do que com a pulsação da vida.
Como fazer com que cada instante em que estou vivo seja uma manifestação potente do que há de mais genuíno em mim?
Como fazer com que cada instante em que estou vivo seja uma manifestação potente do que há de mais genuíno em mim?
Entre tantas situações que me reviram tanto, uma questão me pega cada vez mais: nossa ação no mundo ainda não é covarde demais? Não temos sido covardes para lidar com esse turbilhão caótico, despotencializador e ceifador de sonhos?
Numa viagem para a Inglaterra, visitei uma faculdade com um curso que tinha a seguinte pergunta:até que ponto as inovações representam apenas falsos sinais de mudança, mantendo viva no coração do capitalismo a forma intrinsecamente destrutiva das corporações? Pergunto a mim mesmo e a você: até que ponto nós achamos que estamos inovando e na verdade estamos apenas sedimentando e fortalecendo mais ainda esse mundo de máscaras e imagens falsas e selvagens? Não podemos tentar ir mais fundo?
Mais fundo, mais fundo?
O poeta Leminski já sabia que a profundidade das coisas está na cara, mas a gente desaprendeu a ver
O poeta Leminski já sabia que a profundidade das coisas está na cara, mas a gente desaprendeu a ver
No livro “Perto do Coração Selvagem”, Clarice Lispector diz:
“Um dia virá em que todo meu movimento será criação, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer”.
Hoje, meu maior esforço está direcionado para lapidar meus movimentos, para que eles sejam mais e mais criação e profundidade, para que eu caia menos em erros antigos, como lembrar do coletivo e esquecer de cuidar do meu microcosmo mais íntimo, não dando atenção para as pessoas que tanto me amam.
Sinto que essa lapidação demanda essencialmente de uma coisa: atenção. Preciso seguir mais atento. Inundando-me com o que há de belo e feio, abrindo meus poros até que eles explodam como fogos de artifício e me provoquem movimentos que vão além do que acho que é o suficiente.
Como diria Brecht, as derrotas de quem está se esforçando por um mundo diferente só provam que ainda há poucos que se esforçam por inteiros nesse caminho. Quanto mais sensíveis ao mundo que nos rodeia e ocupa cada centímetro da nossa pele, mais ativos estaremos nessa realidade que, sim, precisa de mais gente porosa.
Se as coisas estão do jeito que estão, não é só por causa dos outros, mas por causa de mim também, que faço vista grossa a tantos absurdos, que considero normal o abominável. Se há tantos problemas e violência, não somos também cúmplices de tudo isso? Ou percebemos que a responsabilidade pelo que está aí não é só de partidos, bandidos e loucos, mas sim de cada um de nós, ou vamos todos morrer engasgados com nosso próprio umbigo.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
André Gravatá

É membro do coletivo Educ-ação e coautor do livro Volta ao mundo em 13 escolas. É doutorando informal, colabora para revistas como Superinteressante e Vida Simples. Também é cofundador do Movimento Entusiasmo, uma iniciativa que hoje sonha provocar transformações do centro de São Paulo por meio da educação.

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Humildade e tolerância não faz mal a ninguém.