Mostrando postagens com marcador Rui Falcão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rui Falcão. Mostrar todas as postagens

Lula e a nova Constituinte




"Ninguém mais aguenta essa sujeira. A direita não tem candidato. A política brasileira está apodrecendo. A solução no meu governo vai ser convocar uma Constituinte", disse o ex-presidente Lula para João Pedro Stédile [Líder do MST] e Rui Falcão [ex-presidente do PT]. ontem durante a visita.
***

É isso mesmo





O presidente do PT, Rui Falcão definiu muito bem nossa posição e disposição numa post que publicou no Facebook:
"Vamos lutar e vamos defender o Estado Democrático de Direito. As manifestações mostram o seguinte: queremos a paz, mas não tememos a guerra. Se eles acham que haverá estabilidade derrubando a Dilma, estão muito enganados"

Resposta do PT a mais um factoide do Psdb

pt
As contas de 2006 a que o PSDB se refere na ação foram aprovadas pelo TSE. Assim, o que o jurídico dos tucanos faz agora é mais um factoide. Mais uma atitude antidemocrática daqueles que não aceitam as sucessivas derrotas eleitorais. 
O Partido dos Trabalhadores é maior do que tudo isso. 
Seguiremos em frente. Eles não passarão!
Rui Goethe  Falcão -  Presidente do PT

GGN: A reformulação do PT e o antipetismo latente

O placar apertado contra Aécio Neves (PSDB) na eleição presidencial de 2014 é mais do que um sinal de certa insatisfação com o primeiro mandato de Dilma Rousseff ou de forte desejo de mudança na política por grande parte da população. É, para o PT, um aviso de que não há mais como protelar as reformulações necessárias para sobreviver ao antipetismo que hoje se prolifera Brasil afora, tendo no estado paulista suas raízes mais profundas.
Em entrevista exclusiva à equipe do GGN, o presidente nacional do PT Rui Falcão disse que a legenda vem introduzindo alterações em suas estruturas há um tempo, mas que o processo de reformulação deve chegar ao ápice em junho de 2015, quando o 5º Congresso petista se encerra. Os resultados das eleições, inevitavelmente, serão debatidos, pois as inúmeras derrotas em cidades onde o PT administra é alarmante. O "chiclete da corrupção" colado ao PT após a AP 470 motivou um estudo de imagem. 
Rui Falcão ainda projetou uma presença mais constante de Lula no segundo mandato de Dilma. Segundo ele, isso será necessário porque agora a conjuntura é outra. O dirigente citou que as forças de oposição ainda não digeriram bem o resultado da corrida presidencial e fomenta constantemente um sentimento golpista contra a presidente.
A reforma política e a regulamentação da mídia foram citadas pelo presidente nacional petista como as principais demandas do PT junto ao governo Dilma. Nos dois casos, Rui Falcão falou em mobilizar a sociedade para forjar um “contra-poder” às instituições resistentes, pois é evidente que os dois projetos mexem com interesses de setores que não querem perder privilégios.
Confirma os principais trechos e assista à entrevista cedida em 21 de novembro:
Da reformulação do PT
Nós iniciamos nessa mudança com o início do 5º Congresso do PT, quando alteramos o estatuto para introduzir duas mudanças importantes. Primeiro, que todas as nossas direções têm metade mulher e metade homem, ou seja, paridade de gênero. E introduzimos uma cota obrigatória de pelo menos 20% para jovens de até 29 anos.
Nós iniciamos também uma trajetória de muito rigor, seja na questão da fidelidade [partidária] ou na questão ética. Há dois casos recentes para demonstrar nossa intenção. O primeiro deles foi o caso do deputado André Vargas, que pedimos para se desfiliar sob ameaça de expulsão, e ele saiu do PT. O segundo caso, um deputado aqui de São Paulo [Luiz Moura] que também já foi expulso. 
Nós teremos em junho [de 2015, em Salvador] a última etapa do 5º Congresso, com duas linhas de atuação: um balanço dos 12 anos de governo petista [no plano federal] e projeções para o [segundo] governo [Dilma]. A outra linha são as reformulações organizativas que o PT precisa fazer – fortalecendo diretórios, fazendo com que as prefeituras tenham mais projetos em termos de participação popular.
Sobre a dificuldade de assimilar os movimentos de junho de 2013
Primeiro, o governo precisa ampliar o diálogo – como a presidente colocou como ponto inicial em seu discurso da vitória. O PT procura acolher esses movimentos, principalmente a juventude, com participação nas redes sociais. Precisamos também ter uma bandeira ecológica e ambiental, que é uma lacuna nos programas do nosso partido e nas políticas das nossas prefeituras, mas é uma demanda muito justa da juventude. Temos que adequar o partido aos novos temas.
Quero fazer um recadastramento dos filiados, porque o PT não tem, na verdade, dois milhões de filiados ativos [estima-se que tenha metade]. Precisamos atualizar isso, ter mais programas de formação política, atualizar a Fundação Perseu Abramo – que produz diariamente notas de conjuntura, edita livros, faz seminários, tem cursos de formação de gestores.
O último debate que tive com Marcio Pochmann, presidente da Fundação, foi sobre como integrar melhor a produção e conhecimentos da Fundação com a formação política do PT. Inclusive propus que os dirigentes da executiva nacional tenham um curso especial de formação política, até porque tem jovens participando que não têm tradição política firmada, que não participaram de greves ou da ditadura, então essa formação pode ser muito útil.
As dificuldades no diálogo do governo com outros poderes
[É difícil mensurar essa dificuldade porque] Você ganha a eleição e toma conta legalmente de uma parte do poder do Estado, e tem outros poderes correlatos – o Judiciário, as Forças Armadas, a mídia monopolizada. São todos focos de poder que não passam pela eleição. Há uma necessidade de interlocução, mas há necessidade de saber que esses poderes têm estatuto próprio e rejeitam muito as mudanças que nós temos feitos. Então, precisa de diálogo mas também de um contra-poder. E o contra-poder para realizar mudanças e democratizar esses modelos paralelos é o movimento social. (...) O Brasil mudou muito nos últimos 12 anos. Os avanços que conseguimos também colocam resistência ao aprofundamento dessas mudanças.
O antipetismo latente em São Paulo
Nós encomendamos um estudo nacional com a Mirassol para pesquisar a imagem do PT e buscar sinais para justificar por que nos colocaram esse chiclete da corrupção. É gozado, porque na pesquisa aparece assim: qual é o partido que mais combate a corrupção? O PT. Mas o PT é diferente dos outros partidos? Não. Todos corruptos. Isso [a pecha de partido corrupto] nos prejudicou muito, e tem raízes na AP 470, o chamado mensalão, e também nessas denúncias recentes da Petrobras.
O núcleo do antipetismo – não que seja o único lugar – é São Paulo. É um setor poderoso do grande capital, que tem uma mídia monopolizada que opera permanentemente contra nós, como um verdadeiro partido político, e tem muita gente que discorda do que nós fizemos [em termos de políticas públicas]. Há aqui um partido que tem 20 anos de hegemonia [PSDB].
Há um clima muito grande de intolerância, provocação, agressividade. (...) Há um conservadorismo entranhado, e quando você amplia cidadania e cria novos direitos, cria resistência. Acho que isso precisa ser examinado pelos nossos governos: como você, ao garantir novos direitos para quem não tinha nenhum, não sacrifica setores que em função da distribuição de renda ou da mudança na economia também se sentem prejudicados. Isso não justifica a intolerância. 
O papel de Lula no segundo governo Dilma
Lula é um articulador político nato, muito ouvido pela presidente. Acho que no primeiro mandato ele teve papel retraído, até para que não passasse a impressão de que ele queria mandar. Nesse segundo mandato, acho que ele estará mais presente, até porque a conjuntura agora está muito quente. Tem ameaças e um setor que se sente muito fortalecido pelo resultado eleitoral, e que questiona, indevidamente, o resultado das urnas, criando critério de que a diferença foi pequena, como se na democracia você é menos legítimo dependendo do resultado da eleição. Acho que isso vai exigir presença mais ativa de Lula.
A derrota do PT em “cidades petistas”
Um deputado falando sobre Minas dizia que, a grosso modo, é o seguinte: em 2016, se a gente não tomar providência, vamos perder as cidades que hoje o PT governa, e vamos governar aquelas onde o PSDB governa hoje [risos].
[Sobre a derrota do PT em cidades administradas por petistas] Tem o problema da questão federativa. O conjunto das prefeituras brasileiras enfrenta dificuldades orçamentárias e de demandas por serviços públicos. E nós não somos exceção. É preciso que, nesse período que vai de agora até 2016, a gente faça diagnóstico das prefeituras e tomemos providências para fazer o sucessor – no caso de alguém que está completando oito anos de governo, como é com [Luiz Marinho] em São Bernardo [do Campo] – ou garantir a reeleição em governos que se  iniciaram agora, caso de Santo André [com Carlos Grana] e Mauá [Donisete Braga] – todos no ABC paulista.


Da reforma política 
Nossa proposta coincide com o que a presidente Dilma propôs: realização de plebiscito para que a população opine se deseja fazer uma reforma no sistema político e eleitoral através de uma constituinte exclusiva. Mas temos dito que aprovaremos todas as propostas de reforma política que alterem o sistema atual. Tem a da OAB, da CNBB, a nossa que é mais particular e prevê paridade de gênero, consulta popular, voto em lista. A base principal da mudança é o fim do financiamento empresarial. Boa parte da corrupção existente no Brasil há décadas se deve ao financiamento privado das eleições.
Da regulação da mídia
Essa é uma questão que tem marcado bastante o que é o partido e o que é o governo. O PT, há muito tempo, coloca na ordem do dia a necessidade de ampliar a liberdade de expressão no país. E a melhor maneira de fazer isso é regular democraticamente a mídia. Trata-se de fazer cumprir os artigos da Constituição que versam sobre comunicação social, que proíbe a existência de oligopólio e monopólio, bem como prioriza a produção regional diferenciada. É isso que queremos, e isso se volta muito para a radiodifusão.
Quanto à mídia impressa, tem o projeto do senador Requião que regulamenta o direito de resposta, para evitar essas arbitrariedades que nós vimos durante o processo eleitoral – como com o episódio da revista Veja, a quem estamos processando por danos morais e crime eleitoral.
Dilma e Lula em seus mandatos entenderam que não havia correlação de forças no Congresso para iniciar a reforma, mas nós continuamos insistindo. Há uma coleta de assinaturas. E há um projeto deixado por Franklin Martins [ex-ministro das Comunicações] que é mais detalhado sobre a criação de uma agência reguladora.
Entrevista: Luis Nassif e Cíntia Alves
Imagens e edição: Pedro Garbellini

Aécio deve se preocupar mais com as ‘ilegalidades que comete’

O presidente nacional do PT e coordenador-geral da campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff, Rui Falcão, em entrevista ao Estado de São Paulo, disse que o candidato tucano Aécio Neves deveria se preocupar mais com as ilegalidades que comete do que em tecer críticas a condução da política econômica do governo.

“O Aécio tem que se preocupar mais com as ilegalidades que ele comete, por exemplo de ter construído um aeroporto que representou uma extensão de suas propriedades, confundido o público com o privado”, disse. Rui, sobre as pistas dos aeroportos de Cláudio e Montezuma.

A crítica de Falcão ao adversário do PSDB foi feita após questionamento sobre o episódio Santander, no qual Aécio afirmou que teriam que demitir todos os analistas do país que, na sua avaliação, trabalham com um cenário pessimista para a economia brasileira caso a presidente Dilma seja reeleita. Para falcão, o episódio Santander está superado.

“Protocolamos duas ações públicas alegando que ele (Aécio) violou o código brasileiro de aeronáutica, incidindo em uma irregularidade que é colocar em risco a segurança dos voos”, disse Rui. “Entramos com as ações com base na entrevista que ele deu admitindo que usou a pista em dois aeroportos, em Montezuma e em Cláudio. Foi a confissão de uma irregularidade”, afirmou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

Rui Falcão - mídia golpeia, falseia, manipula e distorce para derrotar o PT

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, primeiro a discursar na convenção nacional do PT, enfatizou neste sábado (21) críticas à imprensa, defendeu a regulação da mídia e atacou opositores da “direita”, a quem chamou de “neoliberais da herança maldita”.

Disse que enfrentaram um “ataque feroz dos que desejam o retorno ao passado” e que a ofensiva agora aumentou. “Juntaram-se em bloco à direita de sempre, hostil e truculenta, os neoliberais da herança maldita (…) e no papel de porta-voz o oligopólio da mídia, que golpeia, falseia, manipula, distorce, censura e suprime fatos no intento de nos derrotar”.

Ceará - PROS e PT unidos

Conversa entre o governador Cid Gomes (PROS) e Rui Falcão presidente nacional do PT selou o acordo. 
PT e PROS estarão no mesmo palanque na eleição deste ano.
Falta definir alguns detalhes:

  • Candidato a vice governador do PT e ao senado do PMDB?
  • Candidato ao senado do PT e vice governador do PMDB?
  • Ou candidato a vice do PCdoB e candidato ao senado do PT
Tudo caminha para que o (PMDB) tenha candidato a governador no Ceará
PT, PCdoB e PROS não acreditam que Eunicio Oliveira desista da candidatura.
Na verdade até torcem para que ele seja candidato. 
Derrotado, perderá muito do poder de barganha 2015.

Nota do PT

A determinação do STF para a execução imediata das penas de companheiros condenados na Ação Penal 470, antes mesmo que seus recursos (embargos infringentes) tenham sido julgados, constitui casuísmo jurídico e fere o princípio da ampla defesa. 

Embora caiba aos companheiros acatar a decisão, o PT reafirma a posição anteriormente manifestada em nota da Comissão Executiva Nacional, em novembro de 2012, que considerou o julgamento injusto, nitidamente político, e alheio a provas dos autos. Com a mesma postura equilibrada e serena do momento do início do julgamento, o PT reitera sua convicção de que nenhum de nossos filiados comprou votos no Congresso Nacional, nem tampouco houve pagamento de mesada a parlamentares. Reafirmamos, também, que não houve da parte dos petistas condenados, utilização de recursos públicos, nem apropriação privada e pessoal para enriquecimento. 

Expressamos novamente nossa solidariedade aos companheiros injustiçados e conclamamos nossa militância a mobilizar-se contra as tentativas de criminalização do PT. 

Rui Falcão 
Presidente Nacional do PT 

Rui Falcão: Temos muitos aliados, mas também inimigos poderosos


São tantos os desafios que o Partido dos Trabalhadores enfrentará em 2013 que corremos o risco de não celebrar com a merecida importância a chegada dos nossos 33 anos, que aconteceu no domingo, dia 10 de fevereiro.


Se, por um lado, ainda estamos eufóricos com uma vitória maiúscula nas urnas no último pleito, não podemos sucumbir à tentação da euforia e subestimar os imensos obstáculos a transpor.
A luta para transformar o Brasil num país a cada dia mais justo, fraterno e plenamente desenvolvido nunca foi fácil, e não temos a ilusão de que vá assim se tornar. Temos muitos aliados, mas também inimigos poderosos.
Em 2013, comemoramos os dez anos de governo democrático e popular na Presidência da República. Trata-se da coroação de uma política que construímos desde 1979, implementada com estrondoso sucesso pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora, a presidenta Dilma Rousseff, com o apoio da nossa base aliada. Honra-nos o fato de que até nossos críticos reconhecem os avanços que nossos governos trouxeram para o país.
Mantemos desde o início o foco em combater as desigualdades sociais. Desde que chegamos ao poder, demonstramos que é possível colocar na prática o propósito que sempre nos norteou. Milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza. A autoestima do povo brasileiro foi recuperada. Hoje, ele é protagonista de um novo tempo e de uma nova história.

Não há dicotomia no PT

Recomendo a leitura da entrevista que Rui Falcão, presidente do PT, deu neste domingo ao jornal O Globo.

Image
Rui Falcão
Em sua análise sobre a conjuntura, após a saída do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ele pontuou que, no partido, não há essa dicotomia de “dilmista” ou “lulista”. Rui avalia que, com a nomeação da ministra Gleisi Hoffmann para suceder Palocci, uma nova fase se inicia na pasta, mesmo porque ela assumirá tarefas diferentes das que teve Palocci.

O presidente do PT disse ao jornal, com todas as letras, que o partido não foi o responsável pela saída do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. “O PT tem muitos líderes, figuras públicas que se manifestaram (a respeito). Mas não houve manifestação do PT, como partido, pedindo a saída do ministro”.

E, aproveito para acrescentar: nem a crise na bancada na Câmara dos Deputados é de responsabilidade do partido. Ainda assim, tudo indica que o PT precisa - respeitada a sua autonomia - unificar a bancada e superar as divergências que vêm paralisando sua atuação e impedindo que seja a bancada do governo.

Busca do entendimento

Esse passo é importante para que a bancada possa coordenar, com o líder do governo, a ação, os acordos e os consensos com a base governista. A situação atual de desentendimentos na bancada é grave e precisa ser superada, cabendo à direção nacional do PT, no caso de impasse, buscar o entendimento entre os deputados e consolidar uma direção que trabalhe de comum acordo com o líder do governo. A propósito, recomendo a leitura da entrevista de Ideli Salvatti, também em O Globo, na edição de hoje. Segundo ela, seu trabalho imediato é tentar concretizar os acordos resultantes das conversas do governo com os vários partidos.
Mas, voltando ao tema da entrevista de Rui Falcão, no domingo, ele também frisou o papel de Lula em relação à saída do ministro e outras questões de sustentação do governo Dilma Rousseff. “O presidente Lula tem reiterado que só participará das decisões de Dilma quando chamado. Ele já afirmou que, quando houver divergência entre ela e ele a presidenta Dilma terá sempre razão”.

Rui advertiu que o presidente Lula, com relação aos governadores ou ao PT, sempre teve um tratamento muito respeitoso, procurando ouvir, dialogando, nunca impôs nada. Por que agiria diferente com a presidenta?

Importância de Lula

Já disse aqui neste blog e volto a afirmar. A importância política do ex-presidente Lula não vai, nem deverá constranger a administração de Dilma Rousseff. Ele não vai participar do governo ou do dia a dia do Congresso, como fazem os ex-presidentes senadores José Sarney (PMDB/AP), Itamar Franco (PPS/MG) e Fernando Collor de Mello (PTB/AL).

O ex-presidente Lula, ao contrário, vai continuar a atuar na vida política do país e continuar exercendo sua liderança e autoridade política. Mas ele, mais do que ninguém, tem consciência de que o país tem uma presidenta que dirige, comanda e decide, lidera e tem apoio popular e na sociedade, como a pesquisa do Datafolha comprova. Ou seja, a presidenta Dilma Roussef, para tanto, tem apoio de seu partido e da base aliada.
por Zé Dirceu

Rui Falcão

[...] "Agora é tudo pelo PT "

Image
Rui Falcão
A estratégia do PT para os próximos dois anos é resumida pelo novo presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão (SP), em entrevista publicada hoje pelo jornal O Globo sob o título "Em 2010, foi tudo pela Dilma. Agora, é tudo pelo PT". Com esta frase-síntese, Rui aponta nossos rumos e faz alerta aos militantes e lideranças do nosso partido quanto aos desafios desenhados no horizonte, o principal deles, as eleições municipais de 2012.

"O quanto antes o PT definir a tática e arregimentar alianças - defende Rui - maiores as chances de sucesso em 2012. E o sucesso em 2012 é precondição para, em 2014, tentar quebrar a supremacia tucana no governo estadual (de São Paulo e de Minas). Na definição da tática, os companheiros vão avaliar que, em 2010, foi tudo pela eleição da Dilma. Era a tática correta, também para aumentar nossa força no Senado e dar maior sustentação a ela."

"Agora, é tudo pelo PT, (para) fortalecer o PT. O que não significa desprezar aliados. A orientação geral deverá ser a de fortalecer o PT nas eleições de 2012, para criar condições de reeleger a Dilma em 2014 e conquistar novos espaços", explica Rui nesta entrevista a O Globo.

Apoio ao governo
O presidente nacional do PT analisa, também, o surgimento do PSD, hoje o aglutinador de quadros descontentes do DEM e do PSDB. Para ele, muitos que passaram a integrar o partido do prefeito paulistano Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB) querem compor com a base da presidenta Dilma nacionalmente. Rui observa, no entanto, que em São Paulo o partido surge na oposição, uma vez que seu fundador, o prefeito Kassab não se cansa de reiterar seu apoio incondicional a José Serra (PSDB).

Nesta entrevista, o dirigente petista reitera o apoio do partido à política econômica conduzida pelo governo Dilma Rousseff - apoio expresso, inclusive, na resolução do partido aprovada neste fim de semana (leia). Já sobre o combate à inflação, Rui pede "tranquillidade" neste momento e faz questão de reforçar que ele "não implica em arrochar salários, promover desemprego ou recessão."

Rui, também, bota por terra divergências inexistentes criadas pela mídia entre ele e a presidenta Dilma Rousseff. "Minha relação com ela é muito boa. Não há afastamento nem atrito. Eu a conheci nos anos 70, militamos juntos. Eu participei de toda a campanha, não é verdade que tenha sido alijado. Fiquei até o último dia, participei da posse e recebi um abraço afetuoso dela, celebrando a vitória. E aquela versão da campanha de que eu havia tirado dados de um computador é fantasiosa, não existiu. Estou processando o autor da calúnia, civil e criminalmente".

Não deixem de ver a entrevista de Rui Falcão .

por Zé Dirceu

Eleição de Rui Falcão é uma solução natural e mostra unidade do PT
Image
A eleição, por unanimidade, pelo Diretório Nacional do PT do deputado Rui Falcão para a presidência do PT não é apenas uma prova da unidade do partido neste momento, mas uma solução natural. Rui era o primeiro vice-presidente, foi eleito na chapa majoritária e já exerceu a presidência do PT na década de 90; foi presidente do Diretório Municipal de São Paulo, deputado estadual por vários mandatos, líder da bancada, hoje é o primeiro secretário da Assembléia de São Paulo. Na gestão de Marta Suplicy, não assumiu o mandato de deputado federal para continuar ajudando a então prefeita, no cargo de secretário de Governo.

Rui militou na política desde a juventude. Estivemos juntos no PCB, depois na dissidência estudantil. Quando fui preso em Ibiúna, Rui já militava na Var Palmares, preso, torturado, foi condenado há vários anos de prisão e cumpriu pena no Rio Grande do Sul. O conheci logo depois do golpe militar de 64, já era jornalista, trabalhava no Notícias Populares. Durante 10 anos foi diretor de redação da Exame, diretor do Sindicato de Jornalistas de São Paulo, como eu é advogado, sempre trabalhou além de estudar e militar.

Tenho com ele uma longa militância e amizade. Começamos juntos no PT e dirigimos com Devanir Ribeiro, José Cicoti e Djalma Bom, Alípio Freire, José Machado, Janete Pieta, Eder Sader, José Álvaro Moises, entre outros, a primeira Executiva do PT de São Paulo. Apesar de anos de militância em tendências diferentes no PT, sempre tivemos uma amizade, que me orgulha, nunca foi afetada. Ao contrário do que dizem, não tive participação na sua indicação, mas como todos, votei com prazer e sentimento de alegria no seu nome para substituir ao nosso Zé Eduardo Dutra, que renunciou ao mandato pelas razões que expôs na reunião. 

Rui sabe que não será tarefa fácil substituir Dutra, que foi eleito e exercia a presidência com total apoio do partido e da nossa presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, mas também sabe que pode contar conosco e com nosso apoio, começando pelo do Lula e da nossa Presidenta.