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Ironia do destino: enquanto Lula registra candidatura Veja pede recuperação judicial

" A Abril pediu recuperação judicial.
O grupo dará entrada hoje na Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
O valor total da dívida da Abril é de R$ R$ 1,6 bilhão. A maior parte está na mão dos bancos.
A decisão ocorre quase um mês após a contratação da empresa de reestruturação Alvarez & Marsal ter sido anunciada pela família Civita, controladora da empresa.

Desde então, a Abril passou a ser presidida pelo executivo Marcos Haaland, da A&M."
(Segundo o colunista Lauro Jardim, no O Globo)
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P.S: Recuperação judicial, quase igual a Falência!

Resultado de imagem para charge Editora Abril
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Agradeço clik na propaganda dos patrocinadores

Fake news

"Até agora não sei se esta capa da Veja (abaixo) é uma denúncia ou um anúncio sobre o conteúdo e política editorial da revista"
Renata Ventura
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Editora Abril?...Faliu



A famiglia Civita, tão competente para criticar tudo e todos nas páginas do seu panfletinho, mostrou toda sua competência e quebrou a empresa deles. A Editora Abril, de fato está quebrada. O mais é boato nas páginas amareladas da envergonhada revistinha Veja.

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Carta ao internauta

O site da Veja no desktop, no tablet, no smartphone tem visualização adaptada ao formato de cada aparelho. Porém fora essa maquiagem, nenhuma novidade:

A qualidade do porcalismo é a mesma!


Veja a "competência" de quem mais critica a incompetência dos governos petistas

- Os *porcos também não olham para o rabo -





247 - Ontem segunda-feira (05/01/2015) teve uma surpresa. O busto do fundador do império, Victor Civita, não está mais na recepção do prédio, na Marginal Pinheiros.
O motivo: em crise financeira, a Abril devolveu metade do espaço para a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que é dona do empreendimento.
A Previ, agora, irá alugar o espaço para outros clientes corporativos e decidiu retirar o busto porque, aos poucos, a Abril se torna minoritária no local.
A crise financeira da Abril tem raízes tecnológicas (a migração do leitor para plataformas digitais) e econômicas (a disseminação de conteúdos gratuitos de qualidade), mas também editoriais.
Ao se engajar politicamente de forma inédita, tendo rodado milhares de exemplares da famosa capa de Veja 'Eles sabiam de tudo' para que a mesma fosse distribuída como um panfleto político, às vésperas de uma eleição presidencial, a Abril perdeu credibilidade e leitores – e ainda se viu forçada a publicar um direito de resposta no dia da eleição.
Recentemente, a Abril anunciou o fechamento de revistas como a Info, que migrou para a plataforma digital. Cerca de 10 publicações foram transferidas para a Editora Caras. E os carros-chefe da editora, Veja e Exame, também vêm sofrendo cortes nas áreas editorial e comercial.
*Pig



Paulo Nogueira: a Info é a Veja amanhã

A Veja terá o mesmo destino da Info

Não é uma frase de efeito. É uma realidade doída. Quer dizer: doída para os leitores da Veja.
O que aconteceu com a Info – desativar a edição regular e manter-se na internet — é o caminho inevitável para as revistas impressas.
Chega uma hora em que o custo – papel, mais gráfica, distribuição etc – supera a receita.
Isso se deve a duas coisas. A primeira é a perda de receita publicitária. Os anunciantes estão debandando das demais mídias para se ajustar à Era Digital.
Seus consumidores não lêem jornais e revistas de papel. Eles se informam em sites de notícias e redes sociais.
É virtualmente impossível encontrar algum jovem com um jornal ou uma revista. Antes símbolo de status intelectual, agora ler revistas ou jornais é sinal de atraso.
Pouco tempo atrás, a L’Oreal, um dos maiores anunciantes por muitos anos do mundo em publicações femininas, comunicou que estava deixando a mídia revista.
Não foi um caso isolado. Foi um episódio a mais numa tendência inexorável.
No exterior, casos como o da Info são muitos. A Newsweek, por décadas a segunda maior revista do mundo depois da Time, hoje existe apenas como site.
Também a Business Week, um colosso entre as publicações de negócios na era do ouro do papel, sobrevive na internet.
Não é o que as editoras de revistas gostariam, mas é a vida como ela é. A internet é disruptora. Ela não se acomoda entre outras mídias, conforme aconteceu sempre. Ela vai matando-as.
Mesmo a televisão, que se imaginava até recentemente a salvo da internet, já está sob ataque.
É a próxima vítima.
Revistas tradicionais podem sobreviver como sites, uma vez que as despesas são infinitamente menores que as habituais.
Esta é a boa notícia.
A má notícia é que a pujança que tiveram no papel não se reproduz na internet.
A experiência já demonstrou que os casos de sucesso no jornalismo digital são de nativos da internet, e não de imigrantes.
Nos Estados Unidos, o fenômeno jornalístico dos últimos anos é o Huff Post, o site de Ariana Huffington.
Nativos se movimentam com muito mais facilidade. Já surgem com custos menores, adequados ao novo meio, e têm uma vantagem competitiva adicional: todo o conhecimento relativo ao papel não vale nada na internet.
A Abril acumulou, em meio século, um extraordinário expertise em fazer revistas de papel. Como fazê-las, como conseguir publicidade, como montar uma carteira de assinantes e renová-la, como conseguir o melhor lugar numa banca etc.
Tudo isso vale nada na Era Digital.




Fora isso, há um vasto contingente de internautas que não acreditam nos bons propósitos do jornalismo das grandes empresas de mídia, seja em que plataforma for.
À medida que o jornalismo digital vai-se tornando dominante, as revistas de papel vão enfrentar uma escolha complicada.
Uma saída é simplesmente fechar. A Abril fez isso com vários títulos. A outra é sobreviver na internet, mas em bases inteiramente diversas.
No longo prazo, é difícil imaginar que qualquer uma das grandes companhias jornalísticas brasileiras – Globo incluída – seja parecida com o que foram até recentemente.
A melhor imagem é a das carroças quando surgiram os carros. Passado algum tempo, não sobrou nenhum fabricante de carroça.

Eu disse longo prazo. Mas longo prazo, na era da internet, costuma ser muito mais rápido do que o habitual.
no Diário do Centro do Mundo

Veja, perderam a noção do ridículo

Em sua primeira edição após o maior vexame da história do jornalismo brasileiro, de uma revista condenada a publicar direito de resposta em pleno dia das eleições por tentar golpear a democracia, Veja publica "um manual de sobrevivência no segundo mandato"; de quebra, a revista comparou a presidente Dilma a nomes como Hitler e Mussolini; sobre a acusação falsa da semana passada, nenhuma explicação; sócios da editora, da família Civita, assim como o executivo Fábio Barbosa, seu presidente, e o jornalista Eurípedes Alcântara, continuam devendo explicações; detalhe: a primeira semana pós-eleições registrou queda acentuada do dólar e disparada da Bovespa; pelo andar da carruagem, a Abril, que zera seu estoque de credibilidade, terá que se preocupar com sua própria sobrevivência, enquanto os brasileiros prosperam

247 - Protagonista do maior vexame editorial da história do jornalismo brasileiro, ao ser condenada a publicar direito de resposta em pleno dia das eleições por tentar golpear a democracia, Veja dobrou sua aposta na infâmia. Sua edição deste fim de semana demonstra que seus acionistas, executivos e editores perderam de vez a noção do ridículo.

O exemplo maior é a reportagem chamada "Manual de sobrevivência no segundo mandato". Segundo o texto de Mariana Barros e Marcelo Sakate, o Brasil estaria vivendo uma grande ameaça. A "imprensa livre" desaparecerá, o Supremo Tribunal Federal será aparelhado, o Brasil financiará mais e mais ditaduras e até os investimentos pessoais estarão sob risco. Detalhe: a primeira semana pós-eleições foi marcada pela queda acentuada do dólar e disparada da Bovespa. Ou seja: quem leu Veja e apostou contra o Brasil perdeu dinheiro.

Em seguida, no texto "A arte de iludir", Dilma é comparada a personagens como Mussolini e Hitler por defender o plebiscito sobre a reforma política. A qualidade da argumentação de Veja pode ser medida pela última frase da reportagem. "Então, à luz da experiência histórica, fica combinado o seguinte: plebiscito com o PT no poder, não, não e não!".

A piada da edição, no entanto, mais uma vez coube a Eurípedes Alcântara, o diretor de Redação da publicação. "Veja não procurou criar efeitos eleitorais contra ou favor de nenhum candidato ao publicar a capa da semana passada com a revelação de que o doleiro Alberto Youssef disse aos policiais e procuradores federais que Lula e Dilma sabiam do funcionamento do esquema de corrupção na Petrobras", afirma ele, em sua Carta ao Leitor. Como diria o célebre jornalista Paulo Nogueira, editor do Diário do Centro do Mundo e ex-diretor da Abril, pausa para gargalhar.

Aliás, na reportagem sobre a Operação Lava Jato, Veja reafirma as acusações da semana passada, mas não as comprova. O tal "depoimento" de Youssef, mais uma vez, não aparece. Continua a ser o que aparentemente é: uma peça de ficção.

Honestidade intelectual só se encontra na coluna de José Roberto Guzzo, membro do conselho editorial da Abril. Diz ele que a eleição trouxe uma boa e uma má notícia, pela ótica da Abril. Começando pela má: Dilma venceu. A boa: "agora está garantido, sem margem de erro, que ela ficará no cargo só mais quatro anos". O que seria, segundo Guzzo, "um alívio". Para os brasileiros, o alívio parece ser o fato de que, pelo menos Guzzo, não irá abraçar teses golpistas, respeitando os quatro anos de mandato de Dilma.

Pelo que se lê na edição, a família Civita, o executivo Fábio Barbosa, que preside a Abril, e o jornalista Eurípedes Alcântara, que dirige Veja, fizeram uma escolha. Optaram pela irrelevância. Em vez de se adaptar à realidade e tentar compreendê-la, dobraram a aposta na infâmia. Ao que tudo indica, terão que se preocupar com a própria sobrevivência da Abril, enquanto o Brasil e os brasileiros avançam.




Taliwaker - como detectar a mentira


  • Vá às bancas de jornais
  • Olhe a capa da última edição da Veja
  • Pronto
  • Repita o procedimento nas semanas seguintes

P.S: Para combater a dita suja, faço o seguinte:
Vejo um anúncio dela ou de qualquer outra publicação da Editora Abril, cliko na hora. Assim gasto um pouco do dinheiro deles. Ingênuo sei. 
Mas, imagina se todo mundo fizesse Isso!

Agora a Veja admite que "mensalão" foi caixa 2

Após passar os últimos oito anos pregando que o chamado escândalo do mensalão foi um esquema de compra de parlamentares no Congresso com dinheiro público, a revista Veja admitiu finalmente que o esquema se referia, na verdade, ao caixa dois.
A admissão está no editorial da mais recente edição da revista, a seção chamada Carta ao Leitor.
Os réus sempre disseram que nunca houve compra de venda de votos na Câmara – e, sim, o caixa dois. A Veja sempre atacou essa versão.
Mas, em seu editorial defendo as doações de empresas para as campanhas eleitorais, a revista é explícita ao concordar com a defesa dos réus: “A reportagem de Veja mostra que a prioridade mais óbvia nesse campo em que a iniciativa privada se encontra com as eleições é a repressão intensa às doações ilegais, pois elas, sim, estão na origem dos grandes escândalos de corrupção. É o dinheiro do caixa dois que azeita as engrenagens mais perversas da corrupção. Está aí o escândalo do mensalão como prova candente desse fato”.
Ou seja, a revista admite que o dinheiro envolvido no mensalão tem origem em caixa dois. Durante o julgamento, Veja endossou a tese que condenou os réus, acusados de desviar dinheiro público para financiar o mensalão. Mas, agora, na hora de defender as doações privadas, a verdade sobre o caixa dois vem à tona na Veja.

A fábula do Briguilino

O Briguilino não pode ver um anúncio do GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão - na internet que vai logo clikando. Um amigo dele percebeu e perguntou:

- Briguilino, tu critica tanto a GAFE e não pode ver um anúncio dele e vai logo clikando?..
- Por isso mesmo. Como não compartilho das ideias e práticas dele, combato-os como posso.
- Como assim? Não entendi.
- Muito simples. Clikando nos anúncios que eles pagam, estou fazendo eles gastarem um pouco do dinheiro que eles assaltam "legalmente" dos cofres públicos - via isenção -.
- E tu acha que fazendo eles gastarem uns poucos centavos vai adiantar alguma coisa?
- Sozinho, sei que não. Mas estou fazendo minha parte.

O amigo chamou outros amigos, e todos começaram a fazer a mesma coisa. Veem uma propaganda do pig e clikam imediatamente. 

Que tal você fazer a mesma coisa?

Leia também: Ingenuidade

Eu processava a Editora Abril

Meu Deus...
A editora Abril fechou a revista Bravo e agora está enviando carta aos ex-assinantes que ainda não tinham acabado o período de assinatura oferecendo em troca algumas edições da Veja. Eu processava por danos morais.

Plebiscito da inveja

Veja:
Você concorda que quem recebe dinheiro do governo federal poderia ter o direito de se declarar impedido de votar por óbvio conflito de interesses?

Viomundo:
Pelos critérios da revista, Os Civita, os acionistas e todos os trabalhadores da empresa deveriam se julgar impedidos de votar no plebiscito que propõe, já que recebe milhões de reais anuais em dinheiro público, seja em propaganda do governo federal, seja do governo tucano em São Paulo — para não dizer de vários outros negócios que a Abril faz com as tetas governamentais.


Estourou a guera Google x *GAFE

* Globo, Abril, Folha, Estadão
Autor: Luis Nassiff
Antes de entrar nos detalhes, vamos entender melhor o que ocorreu no universo midiático nos últimos anos.
Desde meados dos anos 2000 estava claro, para os grandes grupos de mídia, que o grande adversário seriam as redes sociais.
Rupert Murdoch, o precursor, deu a fórmula inicial na qual se espelharam grupos de mídia em países periféricos.
Compra de redes sociais.
Acesso ao mercado de capitais para alavancar o crescimento.
Adquiriu jornais em vários países e fez a aposta maior adquirindo uma rede social bem colocada na época. Falhou. A rede foi derrotada pelos puros-sangues Google e Facebook.
Percebendo a derrota, Murdoch decidiu levar a guerra para o campo da política. Explorou alguns recursos ancestrais de manipulação da informação para estimular um clima de intolerância exacerbada, apelando para os piores sentimentos de manada, especialmente na eleição em que Barack Obama saiu vitorioso.
Não é por outro motivo que uma das primeiras reuniões de Obama, depois de eleito, foi com os capitães das redes sociais - Apple, Google e Facebook.
O caso brasileiro
No Brasil, sem condições de terçar armas com as grandes redes sociais, os quatro grandes grupos de mídia - Globo, Abril, Folha e Estado - montaram o pacto de 2005, seguindo a receita política de Murdoch.
Exploração da intolerância. Nos EUA, contra imigrantes; aqui, contra tudo o que não cheirasse classe média. Nos EUA, contra a ascendência de Obama; no Brasil, contra a falta de pedigree de Lula.

Veja a patifaria da Abril


A posteridade terá num simples gibi um exemplo perfeito dos dias mentalmente turbulentos e desgovernados que vivemos. O gibi, da Abril, é uma compilação de histórias dos Irmãos Metralhas.

É um triunfo da raiva, do recalque e do jogo sujo. Não há nada que desculpe, que atenue, que explique o absurdo que este gibi representa.

É um insulto mesmo a não petistas como eu.

Estranhamente, uma vez que será lido por crianças que não atinarão com a brutalidade boçal e reacionária da revista, tudo ali foi feito para agredir os petistas. Há tantas formas inteligentes de criticar o PT, e eis que aparece um gibi transformado num panfleto inútil e obtuso em sua agressividade delirante.

O título remete a um livro em que o blogueiro Reinaldo Azevedo compila parte de sua verborreia ultradireitista, o País dos Petralhas.

Dentro, “nasty” foi traduzido por “petralha”. Nasty é repulsivo. O termo “petralha” é, em si, outro símbolo destes dias intelectualmente tenebrosos no campo da direita.

Pausa. Fui - rapidamente - ver o que Azevedo dizia sobre isso. Acabei topando com uma sucessão de agressões dele a Flavio Moura por ter cometido o crime de escrever um artigo no Valor em que critica alguns colunistas reacionários. Moura é tratado como “empregadinho” de Luiz Scharcz porque é editor da Companhia de Livros. Me lembrou o caso de um conservador inglês que recentemente foi estraçalhado pela mídia por ter chamado policiais de “plebeus”. Para encerrar: Moura não escreveu, mas o declínio daquele tipo de colunista se manifesta, mais que tudo, nas sistemáticas surras eleitorais que tomam. Não estão convencendo ninguém, ou porque são simplesmente ineptos, ou porque a causa é ruim, ou por uma mistura de ambos os pontos.

Governo Federal dá recado ao Piguista Civita


Dilma cancela ida e Mantega se retira de evento da Editora Abril
Do Brasil 247

Dilma cancela ida e Mantega se retira de evento da Editora Abril

PRESIDENTE CANCELA, À ÚLTIMA HORA, ALMOÇO COM ROBERTO CIVITA; MINISTRO DA FAZENDA SE RETIRA, SEM PRÉVIO AVISO, DE MESA DE DEBATES COM O DONO DO GRUPO ABRIL: REPRESÁLIAS CONTRA CAPA DA REVISTA VEJA "OS SEGREDOS DE VALÉRIO"

Marco Damiani _247 - O constrangimento foi geral, a ponto de o presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, no melhor estilo dos jogadores de futebol que reprovam o técnico ao serem preteridos, sair do salão de eventos do hotel Unique, em São Paulo, na sexta-feira 15, meneando a cabeça. Pela manhã, por volta das 10h00, sob a elegante justificativa de não ter um membro de sua família para acompanhá-la, a presidente Dilma Rousseff cancelou compromisso pré-agendado com Civita para o almoço. Pouco mais tarde, durante o evento Maiores e Melhores, da revista Exame do mesmo Civita, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, levatou-se sem prévio aviso da mesa de debates da qual participava, ao lado do prêmio Nobel de Economia Paul Krugman e, outra vez, do próprio Civita, para se retirar em definitivo do recinto, diante de dezenas de empresários.
Os dois gestos foram imediatamente compreendidos como um protesto do governo pela matéria de capa da revista Veja Os Segredos de Valério, que iria circular no dia seguinte (este sábado 15). A informação do conteúdo em tudo agressivo contra o ex-presidente Lula e o PT circulou para o governo, que, com a batida em retirada, deu o tom de como serão, doravante, as relações institucionais com o Grupo Abril de Civita.

Assinatura da Veja

Veja: o triste fim


Por Leandro Fortes

Na CartaCapital dessa semana há uma história dentro de uma história. A história da capa é o desfecho de uma tragédia jornalística anunciada desde que a Editora Abril decidiu, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, que a revista Veja seria transformada num panfleto ideológico da extrema-direita brasileira. Abandonado o jornalismo, sobreveio a dedicação quase que exclusiva ao banditismo e ao exercício semanal de desonestidade intelectual. O resultado é o que se lê, agora, em CartaCapital: Veja era um dos pilares do esquema criminoso de Carlinhos Cachoeira. O outro era o ex-senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Sem a semanal da Abril, não haveria Cachoeira. Sem Cachoeira, não haveria essa formidável máquina de assassinar reputações recheada de publicidade, inclusive oficial.

A outra história é a de um jornalista, Policarpo Jr., que abandonou uma carreira de bom repórter para se subordinar ao que talvez tenha imaginado ser uma carreira brilhante na empresa onde foi praticamente criado. Ao se subordinar a Carlinhos Cachoeira, muitas vezes de forma incompreensível para um profissional de larga experiência, Policarpo criou na sucursal da Veja, em Brasília, um núcleo experimental do que pior se pode fazer no jornalismo. Em certo momento, instigou um jovem repórter, um garoto de apenas 23 anos, a invadir o quarto do ex-ministro José Dirceu, no Hotel Nahoum, na capital federal. Esse ato de irresponsabilidade e vandalismo, ainda obscuro no campo das intenções, foi a primeira exalação de mau cheiro desse esgoto transformado em rotina, perceptível até mesmo para quem, em nome das próprias convicções políticas, mantém-se fiel à Veja, como quem se agarra a um tronco podre na esperança de não naufragar.

A compilação e análise dos dados produzidos pela Polícia Federal em duas operações – Vegas, em 2009, e Monte Carlos, em 2012 – demonstram, agora, a seriedade dessa autodesconstrução midiática centrada na Veja, mas seguida em muitos níveis pelo resto da chamada “grande” imprensa brasileira, notadamente as Organizações Globo, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e alguns substratos regionais de menor monta. Ao se colocar, veladamente, como grupo de ação partidária de oposição, esse setor da mídia contaminou a própria estrutura de produção de notícias, gerou uma miríade de colunistas-papagaios, a repetir as frases que lhes são sopradas dos aquários das redações, e talvez tenha provocado um dano geracional de longo prazo, a consequência mais triste: o péssimo exemplo aos novos repórteres de que jornalismo é um vale tudo, a arte da bajulação calculada, um ofício servil e de remuneração vinculada aos interesses do patrão.

A Operação Vegas, vale lembrar, foi escondida pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel, este mesmo que por ora acusa mensaleiros no STF com base em uma denúncia basicamente moldada sobre os clichês da mídia, em especial, desta Veja sobre a qual sabemos, agora, que tipo de fontes frequentava. Na Vegas, a PF havia detecdado não somente a participação de Demóstenes Torres na quadrilha, mas também de Policarpo Jr. e da Veja. Essa informação abre uma nova perspectiva a ser explorada pela CPI do Cachoeira, resta saber se vai haver coragem para tal.

Há três meses, representantes das Organizações Globo e da Editora Abril fecharam um sórdido armistício com Michel Temer, vice-presidente da República e cacique-mor do PMDB. Pelo acordo, o noticiário daria um descanso para Dilma Rousseff em troca de jamais, em hipótese alguma, a CPI do Cachoeira convocar Policarpo Jr., ou gente maior, como Roberto Civita, dono  da Abril. A fachada para essa negociata foi, como de costume, as bandeiras das liberdades de imprensa e de expressão, dois conceitos deliberadamente manipulados pela mídia para que não se compreenda nem um nem outro.

No dia 14 de agosto, terça-feira que vem, o deputado Dr. Rosinha irá ao plenário da CPI apresentar um requerimento de convocação do jornalista Policarpo Jr.. É possível, no mundo irrreal criado pela mídia e onde vivem nossos piores parlamentares, que o requerimento caia, justamente, por conta do bloqueio do PMDB e dos votos dessa oposição undenista sem qualquer compromisso com a moral nem o interesse público.

Será uma chance de ouro de todos nós percebermos, enfim, quem é quem naquela comissão.

No mais, CartaCapital, já nas bancas. E, definitivamente, nem veja as outras.