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Nó em pingo de lama

Paes anuncia desapropriação do pântano de Guaratiba. Foi tudo que o amigo Jacob Barata pediu a Deus
Enquanto o prefeito Eduardo da Costa Paes insistir em dizer que não sabe de quem é  o terreno pantanoso que virou o mico mais suspeito da temporada do Papa no Rio de Janeiro é impossível levar a sério qualquer coisa que ele diga sobre o crime urbano que estava apadrinhando.

Ou melhor, é aconselhável pensar muito sério sobre todo e qualquer ato de sua lavra,  por que nunca incompetência e má fé se deram tão bem como em sua administração, páreo duro com a de Sérgio Cabral, numa macabra competição sobre quem é mais capaz de fazer mal no afã de PRIVATIZAR O ESTADO numa ação entre amigos.
Depois que algumas chuvas finas (que não produziram um só desabrigado na beira do rio Piraquê, nem provocaram qualquer AVISO DE ALERTA DA DEFESA CIVIL)   expuseram as vísceras do chamado Campus Fidei, uma área que seria "abençoada" pelo simpático chefe da Igreja Católica como passaporte para um irresponsável empreendimento imobiliário, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro tenta literalmente DAR NÓ EM PINGO DE LAMA para salvar as aparências e, mais grave, a miragem que envolveu o seu dileto amigo Jacob Barata, uma espécie de Eike Batista mais sambado, mais grotesco e menos ladino.
  
Falso pulo do gato
A última do prefeito é o falso pulo do gato que está mais para pulo da ratazana. Anunciou a desapropriação do latifúndio para a construção de um enorme conjunto habitacional na área que, segundo disse em sua semântica de botequim, só serviu para beneficiar os seus "generosos" donos, que o receberam de volta com uma boa guaribada, depois de  "emprestado" à Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro, onde também transitam personagens com a mesma volúpia dos sabidinhos do Banco do Vaticano.
 
Eduardo da Costa Paes insiste em sinalizar uma incompetência cavalar, essa de desconhecer quem são os proprietários desse latifúndio urbano quase sacro, para escamotear seu envolvimento no forçado direcionamento do ato maior da jornada papal para tal área, que teve de ser aterrada, que invadiu manguezais de preservação permanente, e, mesmo assim, não tinha a menor condição de garantir um copo d'água para os peregrinos que podiam ser jovens, mas não haviam feito treinamento de guerrilha na selva.

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