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Fhc espuma ódio

“Como eles não andam no meio do povo, como eles não dão importância para o povo brasileiro, eles querem desqualificar o povo brasileiro”, disse a Presidenta.
  Dilma Roussef

A imagem confirma a fala da presidente



Pegadinha política-eleitoral

Ontem numa roda de amigos, um conhecido "Mais Preparado" - do José Serra -, "Mais Qualificado" - do Aécio Neves - e "Mais informado" - de Fhc -, arrotava seu Preparo, suas Qualificações e Informações valorosas. Além, claro de destilar seu ódio, seu desprezo pelos despreparados, desqualificados e ignorantes que votaram, votam e votarão em candidatos do PT. Essencialmente ele condenava todos os programas sociais implementados nos governos Lula/Dilma. Resumindo:
Quem recebe Bolsa Família é... vagabundo que recebe Bolsa Esmola.
Ser beneficiado pelo subsídio do Minha Casa, Minha Vida?...mais um esmoleu sustentado pelos impostos pagos pela sociedade.
Quem é beneficiado pelo Enem, Prouni, Pronatec, Ciência Sem Fronteiras é... um incompetente que vai baixar o nível das escolas e universidades que frequentarem.

E por aí vai..

Um instante que ele foi tomar folego, eu aproveitei e afirmei:

Pois eu vou votar no candidato que assumiu o compromisso de " ser o presidente de todos os brasileiros, e principalmente daqueles que mais precisam da ação do Estado. Serei o presidente dos brasileiros mais pobres. Serei o presidente de todos"...

Ele não deixou eu falar mais nada. Soltou sua verborragia espumada de discriminação, desprezo, nojo mesmo. Ignorante, burro, esmoleu, vagabundo etcetera e disso para pior.

Fulano, fulano, apelei até ele silenciar e deixar eu falar. Então disse-lhe:

Amigo, sabe de uma coisa? Você me convenceu. Vou mudar meu voto. Não votarei mais em Aécio Neves.

- Que? Pelo que você falou você ia votar era na Dilma, no PT. E eu:

- Afirmei que votaria no candidato que fosse "o presidente de todos os brasileiros, e principalmente daqueles que mais precisam da ação do Estado. Serei o presidente dos brasileiros mais pobres. Serei o presidente de todos". Quem afirmou isso hoje, foi Aécio Neves. Mas, depois de escutar e avaliar a consistência dos teus argumentos, resolvi votar na Dilma.

Foi uma gargalhada geral dos demais amigos que conversavam. Ele desconversou, enfiou o rabinho entre as pernas e saiu de fininho.




Fhc, o Psdb e a demofobia


O filósofo Jaques Rancière em seu livro “O ódio à democracia”, recém-lançado no Brasil, lança luz sobre a resistência das elites às aspirações de poder da população. Segundo ele, as oligarquias, seus ideólogos e especialistas julgam conhecer os mecanismos adequados para a condução de um governo democrático. Quando a legitimidade popular colide com o consenso oligárquico...Continua>>>



Nordestino sim! Nordestinado não!

Nunca diga nordestinu, qui Deus lhi deu um destinu, causadô du padêcer
Nunca diga qui é u pecado, qui lhi dexa fracassado, sem condição di viver.

Num guardi nu pensamentu, qui istamus nu sofrimento, pagando u qui devemus
A providênça divina, não nus deu a triste sina di sofrê u qui sofremos.

Deus u autô da criação, nus dotô cum a razão, bem livre di preconceitos
Mas, uns ingratos da terra, cum opressão e cum guerra, negam us nossus direitus.

Num é Deus quem nus castiga, nem é a seca qui obriga sofrermus dura sentença
Num somus nordestinadus, somus injustiçados, tratadus cum indiferença.

Sofremus im nossa vida, uma bataia renhida, du irmão contra u irmão
Nós somus injustiçadus, nordestinus explorados, mas nordestinadus não.

Há muita genti qui chora, vagando distrada afora, sem lar, sem pão
Crianças isfarrapadas, famintas, escaveradas, morrendu di inanição.

Sofre o netu, o fio i u pai, pra ondi o pobri vai sempri incontra o mermu mal
Esta miséra campeia, desdi a cidadi a aldêa, du sertão a capitá.

Aquelis pobris mendigus, vão a procura di abrigo, cheius de necessidadi
Nessa miséra tamanha, si acabam na terra estranha, sofrendu fomi e saudadi.

Mas num é u Pai Celeste, qui fais sair do nordesti, legiões de retirantis
Us grandis mártirios seus, num é permissão di Deus, é culpa dos guvernantis.

Já sabemus muito bem, di onde nasci e di ondi vem, a raiz du grandi mal
Vem da situação crítica, desigualdadi política, econômica e social.

Somenti a fratenidadi nus trais a felicidadi, precisamus dá as mãus
Pra qui vaidadi e orgulhiu, guerra, questão e barulhu, dus irmãus contra us irmãus.

Jesuis Cristu, u Salvadô, pregou a paiz i u amô, na santa dotrina sua
U direitu do banqueiru é u direitu du trapeiro qui apanha os trapos na rua.

Uma veiz qui u conformismu, faiz crescê u egoísmu i a injustiça aumentá
Em favô du bem comum, é devê di cada um, pelus direitus lutá.

Porissu vamu lutá, nós vamus reinvidicá o direitu i a liberdadi
Procurando im cada irmãu, justiça, paiz i uniãu, amor e fraternidadi.

Somenti u amor é capaiz, i dentro di um país faiz, um só povu bem unidu
Um povu qui gozará, porqui assim já nãu há opressor nem oprimido.

Patativa do Assaré




Alimentando o grão-troll Fhc


Aponta-se como combater os trolls, e então... alimenta-se o maior e mais gorduroso dos trolls da direita, ele, FHC, o troll de todos os trolls, não por acaso, o capo de tutti capi da privataria, do apagão, do desemprego, do arrocho e da compra do Congresso para a própria reeleição.
E cujo objetivo agora, ao desqualificar os nordestinos e nortistas, eleitores de Dilma, atua abjetamente como um criminoso xenófobo, racista e secessionista. Que a presidente Dilma, e não a candidata, denuncie esta tentativa criminosa de divisão dos brasileiros, sabe-se muito bem com que propósitos, e não caia na provocação deste energúmeno, que se diz tão bem informado, tão crente na Globo e na Veja, que chegou a acreditar durante 18 anos numa jornalista da Globo que lhe dera, na cocheira, a informação de que seria pai biológico de novo (Quá, quá, quá).
Não seria preferível destacar "umas conversinhas" com Aécio Neves, como por exemplo:

- Toda vez que falar em educação, lembrar ao Arrocho sua Lei 100, a sua lei dos 100 mil profissionais da educação desempregados, enganados para que ele fosse reeleito em Minas em 2006.

- Toda vez que falar em saúde, lembrar ao Arrocho os 4 bilhões desviados para a COPASA, o antro e o cofre da corrupção tucana em Minas. E os 400 bilhões que o PSDB tirou da saúde nacional, derrubando a CPMF.

- E tantas otras cositas más, como se ilustra na matéria abaixo.

PERFIL DO ARROCHO: MAU E MACHISTA
Ele “bate” em mulher e fala fino com o Eduardo Jorge e o Pastor Everaldo.

Publicado em 07/10/2014, no Conversa Afiada,
em http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/10/07/perfil-do-arrocho-mau-e-machista/

 De um amigo navegante:

Acho que seria importante bater na tese de que o Arrocho tem um duplo discurso (como sofistas antigos): diz que vai fazer campanha de alto nível e enfia o dedo machista no nariz de Luciana Genro quando ela menciona um fato conhecido: ELE CONSTRUIU UM AEROPORTO ILEGAL em terras de parentes e lhes deu a administração.

A CHAVE ficou com o Titio.

Ele é machista.

Traço de mineiros que conservam um mandonismo curtido em séculos de uma Escravidão feroz.

(Muita gente esquece que o regime servil nas minas das Gerais foi tão cruel e perverso quanto nas plantações de cana. Só que é um mandonismo, dissimulado entre os morros, que não ganhou a Literatura.)

Arrocho é da aristocracia mineira, da região das minas – e o pai foi da Arena.

E Arrocho é mau.

Perverso.

E “bate” em mulher (metaforicamente, claro).

Agrediu a Dilma, a Luciana e a Bláblá.

E falou fino com o Pastor Everaldo e o Eduardo Jorge…

Aquela lorota de que a perversa é a irmã dele, que controla o PiG de Minas como os tucanos o de São Paulo, é leréia, como se diz em Minas.

Os dois são igualmente perversos e vingativos.

Na frente, bela viola, o Anastasia, calmo, elegante, sereno, pontual.

Por trás, o caldeirão ferve.

Imprensa livre ?

Quá, quá, quá !

Repare bem, amigo navegante, como o semblante dele se fecha, o sorrisinho de aeromoço se esvai, os olhos faiscam, os lábios se apertam quando ele parte pra cima sem escrúpulos.

(Ele mente com a mais completa desfaçatez: quando disse à Bláblá de que não provas da compra da reeleição … Estão todas lá no PRÍNCIPE DA PRIVATARIA, do Palmério Dória: quem comprou, quem se vendeu, por quanto, como recebeu a grana do Serjão !)

O Cerra consegue ser mau com a mesma cara – um Apolo !

O Arrocho, não: ele muda de cara.

O Médico e o Monstro estão um dentro do outro e a parte que se sobressai predomina com a rapidez com que o William Bonner interrompe a Dilma: no ato !

Você quase não percebe a transição, de tão súbita.

A Dilma já deve ter sacado isso: poucos políticos carregam a maldade tão à superfície quanto Arrocho.

Aquela roupa de playboy da Zona Sul do Rio, hedonista, que não quer nada, é leréia.

Ele nunca trabalhou na vida – cadê a Carteira do Trabalho, senador ? -, mas ele quer.

E vai lutar pelo poder com as armas do Cerra: todas.

Os dois tucanos se odeiam porque sabem que são iguais.

E servem aos mesmos patrões.

Não se pode deixar esquecer como o PiG o protege e o PT engole.

Toda vez que o Aécio falar a palavra “corrupção”, genérica, lembrar o aeroporto de Claudio, acusação concreta.

Fala em aperfeiçoar os programas sociais, mas reduzir a participação do Estado: quem vai financiar os programas?

O João Dória? O FHC? O Merval?

Agressivo e deselegante, machista, diz que a Dilma é teleguiada do marqueteiro e agradece o apoio do Bornhausen.

Os pés do Arrrocho tem mais barro do que os da Bláblá, que lhe IMPÔS RIDÍCULAS CONDIÇÕES.

Só que a Bláblá é frágil, usa umas calças “o defunto era maior”, se vitimiza num teatro manjado.

Ele, não.

Terno azul-marinho, camisa branca, gravata Hermès, como um banqueiro.

Ele é um mineiro elegante – e verdadeiramente macho.

Muito diferente do Diadorim…

Paulo Henrique Amorim, na companhia de leitor de Guimarães Rosa



Fhc, Psdb e o ódio a democracia

Nota do Brasil Debate

O filósofo Jaques Rancière em seu livro “O ódio à democracia”, recém-lançado no Brasil, lança luz sobre a resistência das elites às aspirações de poder da população. Segundo ele, as oligarquias, seus ideólogos e especialistas julgam conhecer os mecanismos adequados para a condução de um governo democrático. Quando a legitimidade popular colide com o consenso oligárquico, trata-se da ignorância. “Se a ciência não consegue impor sua legitimidade é por causa da ignorância. Se o progresso não progride é por causa dos retardatários.”

No fundo, a grande aspiração da oligarquia é “governar sem povo, isto é, sem divisão do povo: governar sem política. E permite ao ‘governo científico’ exorcizar a velha aporia: como a ciência pode governar aqueles que não a entendem?”.

Em entrevista concedida ao Portal UOL, Fernando Henrique Cardoso afirmou que o PT cresceu nos grotões porque tem voto dos “desinformados”.

Como sociólogo ou como ex-presidente da República, tal declaração é lamentável. FHC deveria ter mais respeito pela democracia e pelos 41,6% de eleitores brasileiros que votaram em Dilma no primeiro turno.

Ao chamar algumas regiões brasileiras de “grotões” e dizer que sua população é “desinformada”, FHC parece considerar o voto dessas pessoas como ilegítimo. Ao fazê-lo, ignora que muitas dessas pessoas decidem seu voto com base naquilo que existe de mais concreto: suas vidas. Seria isso desinformação do povo? Ou elitismo e regionalismo por parte de FHC?

Como mostra André Singer (em “Os sentidos do lulismo. Reforma gradual e pacto conservador”, Companhia das Letras, 2012), ao longo de muitos anos, esse eleitor pobre, desqualificado por FHC, foi uma das importantes bases eleitorais de partidos conservadores, como o PSDB.

Entretanto, o grande avanço das políticas sociais levou o Estado às camadas mais simples da população. Isso ofereceu a este grupo social uma melhora substancial no padrão de vida, naturalmente criando um senso de identificação com um projeto que pela primeira vez os olhava e os beneficiava.

A dimensão regional também assume papel importante. O PIB per capita tem crescido mais nas regiões Norte e Nordeste, que são as regiões mais pobres no Brasil. Ao contrário de desinformadas, pode-se dizer o contrário: as pessoas dessa região estão muito bem-informadas sobre a melhora objetiva de suas condições de vida.

Portanto, chamar o voto do pobre de desinformação é negar a identificação do povo com um projeto, ou seja, negar sua capacidade de identificar seus interesses, além de ser incompatível com uma sociedade republicana e democrática.


FHC, os pobres, o voto e a falta de informação, por Kiko Nogueira

A vantagem de Dilma sobre Aécio no Nordeste tirou do armário a velha conversa do separatismo no Brasil e o melhor do nosso racismo maroto, nosso racismo moleque.

As manifestações são as mais desprezíveis possíveis, mas podem ser resumidas no seguinte: o bolsa família é para miserável burro morto de fome vagabundo vão viver às próprias custas e não encham nosso saco senão não daremos mais nosso dinheiro de impostos para vocês meritocracia.

Fulano escreveu, por exemplo, que “esses nordestinos desgraçados parecem que não sabe [sic] que a culpa da falta de água é da lazarenta da Dilma”. Outro, que “nordestino safado vota em Dilma vamos fazer outro país”.

Quando a coisa parecia não poder piorar, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu sua valiosa contribuição ao debate da, digamos, “qualificação” do voto.

Numa entrevista a Josias de Souza e Mario Magalhães, do Uol, FHC conseguiu classificar os eleitores petistas (43,3 milhões de almas) como uma imensa massa desprovida de discernimento.

“O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados”, afirmou.

O PT está “apoiado em setores da sociedade que são, sobretudo, menos informados [...]. Geralmente é uma coincidência entre os mais pobres e os menos qualificados.” Se há uma falha do PSDB, considera o ex-presidente, é de não conseguir dialogar com esse pessoal.

Foi-lhe recordado que aquela abordagem ecoava a do brigadeiro Eduardo Gomes e da UDN na campanha para a presidência de 1950. O brigadeiro xingou de “marmiteiros” os eleitores do rival Getúlio Vargas.

Essa eleição foi pródiga em trazer à luz questões prementes. Levy Fidelix, por exemplo, prestou um enorme serviço ao combate à homofobia — embora involuntário — com sua diatribe homofóbica muito louca num debate.

FHC ganha o status de guru do que o jornalista Elio Gaspari chama de “demofobia”, medo do povo. Além da generalização estúpida sobre os adversários, passa a ideia de que o pessedebista é o oposto: um tipo bem informado e, por coincidência, mais rico.

Provavelmente, também por coincidência, de São Paulo, já que os desfavorecidos de Minas e Rio deixaram Aécio Neves em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Já no Nordeste é aquela lama moral e intelectual.

Bastaria um papo com um taxista nos Jardins para Fernando Henrique mudar de ideia sobre esse personagem que votou em seu partido. Ou dar uma boa olhada no Facebook para ver a quantidade de aecistas despejando clichês higienistas num idioma remotamente parecido com o português, que beleza.

Aécio teve uma sacada interessante — ele ou seu marqueteiro — ao reabilitar FHC e desfilar com ele por aí. Puxou aplausos para o homem na Globo. Em 2010, Serra fez questão de escondê-lo. Em circunstâncias normais, alguém com um discurso fora de órbita como esse seria novamente posto na geladeira. Como não vivemos em circunstâncias normais, FHC passa a ser mais mais atual do que nunca.