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Os homens e mulheres de bem


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"Os fascistas de hoje não tem o estereótipo de Hitler ou Mussolini. Não tem aquele jeito de militar durão. São homens e mulheres que falam exatamente o que uma grande parcela da população quer ouvir. Os fascistas modernos falarão de bondade, honestidade, família, bons costumes, religião e ética. Nesse instante o novo demônio já surgiu, e poucos percebem que a história se repete", José Saramago

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Saramago - plágio escancarado

Poema à boca fechada escancarada

Direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado não fico, calado não ficarei,
Pois que a língua que falo é humana

Não acumulo palavras, não as represo,

cisternas, águas mortas?

Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
verdes frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

José Saramago

Playboy e o “O evangelho segundo Jesus Cristo”

Playboy rescinde contrato com a edição portuguesa da revista por causa desta capa abaixo em homenagem ao escritor José Saramago. Leia mais Aqui
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Saramago entre nós

O fim de Saramago foi como o fim de qualquer homem, inerte, abatido pelo tempo, um entre muitos de todos os dias. Em grande parte, o que o diferenciava dos outros não eram suas formas, mas o caráter imperativo de sua alma. 

Saramago decodificava o mundo em histórias incríveis, adoráveis parábolas sobre os vícios e as virtudes dos homens e das mulheres, porque sabia, em sua obra eterna, diferenciar os gêneros com a mesmíssima régua da crítica. 

Saramago era, antes de tudo, um homem íntegro a nos levar em fantasias intelectuais. 

Um leitor simples, como somos quase todos nós, pode deslizar feliz por seus longos parágrafos de diálogos nus, sem aspas nem travessões, só frases anunciadas por uma letra em caixa alta, como se os interlocutores nunca respirassem para retrucar. 

Saramago inseriu, de fato, a língua portuguesa na literatura universal, uma mente irresistível e dono de livros amados e cultuados em todos os cantos do mundo. 

Era um comunista apaixonado, divinamente ateu, era, por si só, um estrondoso arroubo de alegria, embora optasse sempre por uma certa melancolia, tão lusa, não raro pessimista, sobre os destinos do mundo. Generoso, nos deixou duas jóias terminais, “A viagem do elefante” e “Caim”, o primeiro, sobre o tempo dos homens e o amor dos bichos, o outro, das contradições e da precariedade da fé. Vieram como últimas ondas de um mar vigoroso, mas de águas suaves.

A alma de Saramago partiu-se em mil fragmentos para mim antes de ele virar pó. 

Sabê-lo morto me deixou eternamente mais triste.

inVeja inaugura era do grunhido impresso



por Flávio Gomes

O Brasil tem uma revista semanal, “Veja”, que se considera a maior do país. Deve até ser mesmo, sei lá quais são os critérios, não sei quantos leitores tem, quanto fatura, não me interessa. Deixei de assinar essa porcaria anos atrás, já não me lembro se por algum motivo específico, ou se foi, apenas, porque um dia peguei na porta de casa e me espantei: eu ainda gasto dinheiro com esta merda? Continua>>>

Não me peçam razões

Saramago morreu

Morreu hoje, sexta-feira (18) em Lanzarote, aos 87 anos, o escritor português José Saramago. 
O escritor nasceu em 1922, em Azinhaga, aldeia ao sul de Portugal, numa família de camponeses.
Antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora.
Começou a atividade literária em 1947, com o romance Terra do Pecado. 
Atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no Diário de Lisboa. 
Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. Acuado pela ditadura de Salazar, a partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.
Em 1980, alcança notoriedade com o livro Levantado do Chão, visto hoje como seu primeiro grande romance. Memorial do Convento confirmaria esse sucesso dois anos depois.
Em 1991, publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro censurado pelo governo português - o que leva Saramago a exilar-se em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde vive até hoje. Foi ele o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998.
Entre seus outros livros estão os romances:
O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984)
 A Jangada de Pedra (1986)
Ensaio sobre a Cegueira (1995)
Todos os Nomes (1997)
O Homem Duplicado (2002)
a peça teatral In Nomine Dei (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos Cadernos de Lanzarote (1994-7).