Mostrando postagens com marcador agricultura familiar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador agricultura familiar. Mostrar todas as postagens

Dilma: Agricultura familiar baseada em assentamentos é um alto negócio

A presidenta Dilma Rousseff afirmou que o modelo ideal de reforma agrária é baseado na agricultura familiar dos assentamentos de reforma agrária e que se trata de um alto negócio. A declaração foi feita na inauguração da unidade de secagem e armazenagem de arroz da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), em Eldorado do Sul (RS).
“É muito importante provar, até para a América Latina, que é possível, sim, ter desenvolvimento sustentável, de alta qualidade, baseada em assentamentos da reforma agrária”, afirma a presidenta. No caso da Cootap, são 471 famílias produzindo 20 mil toneladas de arroz ecológico em uma área de 4 mil hectares. “Este é o Brasil que nós queremos”, enalteceu.
Dilma listou três características que estruturam uma reforma agrária de qualidade para o País: o uso da cooperativa, a cadeia produtiva e a produção agroecológica. “Primeiro, a existência de trabalhadores e de famílias que se organizaram em cooperativas; segundo, os que não ficaram só na produção e que estão apostando em algo muito importante que é a produção agroecológica. E portanto, criaram não só a produção, mas o beneficiamento, armazenagem, o ensacamento e a indústria”.
A presidenta também destacou o compromisso do governo de investir na agroindustrialização como forma de aumentar a renda das famílias assentadas. “A agroindustrialização vai dar condições aos agricultores familiares do nosso país. Dar condições a eles de agregar valor à sua produção e de produzir industrializando aquilo que eles plantam e colhem, ou aquilo que eles criam, e os produtos daí derivados”, avaliou.
Dilma Rousseff destacou ainda a chamada pública do governo para compra de arroz orgânico por meio Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Segundo ela, o governo dá exemplo quando o faz.“Nós iremos comprar arroz ecológico para distribuir para onde sempre o PAA distribui”, disse. E acrescentou que uma das demandas que a compra destes alimentos atende é da população em estado de vulnerabilidade ou de carência alimentar.
Economia

Agricultura Familiar bate record de produção

O governo federal, por meio de programa de crédito à agricultura familiar, disponibilizará R$ 24,1 bilhões a operações de custeio e investimento para o período de 2014/2015. Trata-se do maior volume de recursos da história do programa, que financia projetos individuais ou coletivos que gerem renda a agricultores familiares e assentados da reforma agrária. As taxas de juros são as mais baixas dos financiamentos rurais e o índice de inadimplência é dos menores entre os sistemas de crédito do País.
A agricultura familiar é responsável por 75% dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros. Foto: Eduardo Aigner/MDA.
Na safra de 2013/2014 foram anunciados R$ 21 bilhões, mas o valor acessado pelos agricultores familiares superou o montante, atingindo volume de R$ 22,3 bilhões em créditos. Mais de 57% (R$ 12,7 bilhões) desses recursos foram destinados à recuperação de infraestrutura rural para aumento da produção de alimentos.
Para David Wylkerson, secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a diminuição da burocratização a cada ano tem permitido que um maior número de agricultores e agricultoras habilitados acessem recursos do programa, garantindo maior produção.
“Tal programa se traduz na garantia de inserção de políticas públicas para o campo brasileiro, a exemplo do crédito, da assistência técnica, sendo que a cada ano tem se buscado aprimorá-la, tendo como consequência o incremento de políticas que garantem a melhoria da qualidade de vida dos agricultores e agricultoras”, declarou.
Estima-se que no Brasil a agricultura familiar é responsável por 75% dos alimentos que vai para mesa do brasileiro. Pelo menos, cinco milhões de famílias vivem da agricultura familiar e produzem a maioria dos alimentos consumidos no País, como mandioca (83%), feijão (70%) e leite (58%). Esse modelo de produção está em 84% dos estabelecimentos agropecuários e responde por aproximadamente 38% de participação no valor bruto da produção do meio rural, segundo o último levantamento agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 14 milhões de pessoas ocupadas, algo em torno de 74% do total das ocupações distribuídas em cerca de 80 milhões de hectares (25% da área total).
Estes dados revelam a participação efetiva da agricultura familiar no resultado da produção agrícola do Brasil, que tem batido recordes nos últimos anos. No ano passado, o Valor Bruto da Produção (VBP) das lavouras e da pecuária no país alcançaram cerca de R$ 438 bilhões, um recorde. Estudo elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), indica que neste ano o VPB deve ter alta de 1,8%, superando R$ 445,75 bilhões, novo recorde.
ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, conversou com o Blog do Planalto e disse avaliar muito positivamente o acesso ao crédito pelas famílias. De acordo com ele, o programa de crédito ajuda a criar a base econômica para estimular e apoiar a produção agropecuária em todo o nosso País.
“Cada vez mais o crédito é nacionalizado e universalizado. (…) Nós estamos muito felizes com o desempenho e cada dia um número maior de agricultores e agricultoras, jovens, mulheres, acessam esse crédito e investem de uma forma adequada em suas propriedades. Isto significa que o país se prepara para ter maior produção de alimentos, alimentos com mais qualidade. Isso significa que há um maior dinamismo econômico nos nossos municípios, nas nossas regiões, o que é muito bom para o nosso País”, afirmou.
Acesso ao crédito
O acesso às linhas de financiamento se inicia na discussão da família sobre a necessidade do crédito, seja ele para custeio da safra ou atividade agroindustrial, seja para investimento em máquinas, equipamentos ou infraestrutura de produção e serviços agropecuários ou não-agropecuários.
Após a decisão do que financiar, a família deve procurar sindicato rural ou empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), como a Emater, para obtenção da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), emitida segundo renda anual e atividades exploradas, direcionando o agricultor para linhas específicas de crédito. Para beneficiários da reforma agrária e do crédito fundiário, o agricultor deve procurar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou a Unidade Técnica Estadual (UTE).
Agricultor familiar
A Lei 11.326 de 24 de julho de 2006 considera agricultor familiar aquele que pratica atividades no meio rural em área de até quatro módulos fiscais (que variam de acordo com região) e utiliza nas atividades econômicas do estabelecimento mão-de-obra predominantemente da própria família. Silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores e quilombolas, que se enquadram nesses critérios, também são considerados agricultores familiares.
Ano Internacional da Agricultura Familiar
A agricultura familiar foi escolhida pela Organização das Nações Unidas como temática central para 2014. OAno Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (AIAF) é fruto da iniciativa de movimentos sociais do campo com apoio de vários governos, inclusive do Brasil, que iniciaram uma campanha em 2008 para que as Nações Unidas adotassem a proposta de um Ano Internacional da Agricultura Familiar. O objetivo do marco é reconhecer a importância da agricultura familiar na produção sustentável de alimentos; na segurança alimentar e na erradicação da pobreza.
Posted: 28 Aug 2014 06:50 AM PDT
Decreto publicado no último dia 13 de agosto beneficiará agricultores familiares de todo o Brasil. As mudanças no programa que permite compra de alimentos da agricultura familiar com isenção de licitação aquecem o setor e pretendem aumentar relação dos grandes consumidores com pequenos produtores do Brasil.
Uma das novidades é a criação da modalidade Aquisição de Sementes. Com ela, agricultores poderão vender sementes para governos federal, estadual e municipal. A criação da modalidade pretende organizar o segmento para atender demandas de consumo de sementes que acontece todo ano, principalmente no Nordeste. O limite anual por agricultor será de R$ 16 mil na venda de sementes. As associações e cooperativas também poderão vender, com limite de R$ 6 milhões.
Outra mudança substancial é a possibilidade de cada agricultor participar de cada modalidade e usar limite de cada uma delas. Antes, o teto de venda de cada produtor era de R$ 24 mil. Agora, o limite chega a R$ 66,5 mil.
“O novo decreto permite que o agricultor familiar acesse mais de uma modalidade e com limites independentes entre si. O resultado disso é o aumento na renda das famílias”, explica o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor, da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Onaur Ruano.
Agricultura_familiar_PAA
De acordo com o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Arnoldo de Campos, as mudanças aperfeiçoam o programa e incentivam a organização dos pequenos produtores. “O maior reajuste no limite de operação se refere às operações coletivas, o que demonstra que o MDS aposta no cooperativismo e na organização dos agricultores familiares”, destacou.
Para Onaur, o programa incentiva a cooperação. “Além de inserir as cooperativas no mercado, estimula a formação de novas organizações de agricultores familiares em pessoa jurídica na busca pelo aumento da renda de seus associados. Quando organizado, o agricultor tem maior potencial para acessar mercados e programas voltados a ele. Por isso, estimulamos cada vez mais o cooperativismo”, afirmou.
A resolução que trará detalhamento de como serão vendidas as sementes deve sair no próximo mês.
Compra Institucional
Além de criar a modalidade Aquisição de Sementes, o texto que regulamenta o programa ampliou limites de venda para a Compra Institucional. Anualmente o produtor pode vender R$ 20 mil para o órgão comprador. Antes do decreto, o limite era de R$ 8 mil. As cooperativas permanecem com limite de até R$ 6 milhões, por ano, para vender a cada órgão comprador.
Essa medida amplia oportunidades de mercado para agricultura familiar, permitindo que órgãos de administração direta ou indireta da União, estados, Distrito Federal e municípios comprem, com recursos próprios, alimentos para atender as demandas regulares de restaurantes universitários, presídios, hospitais, academias de polícia, entre outros.
Como a demanda desses órgãos é de escala muito grande, o aumento no limite torna mais atrativo a compra de um pequeno produtor. Com isso, a expectativa é que ocorram mais vendas de agricultor familiar para a administração pública.



Assistência técnica rural atenderá a mais de três mil agricultoras

Agricultoras familiares, extrativistas, quilombolas, pescadoras artesanais e mulheres indígenas serão beneficiadas

O MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário - vai abrir duas chamadas públicas visando o atendimento de três mil produtoras rurais. 
A primeira chamada pública será voltada à contratação de serviço técnico de atendimento às mulheres do campo em situação de extrema pobreza ou pobreza. A segunda visa contratar entidades para a prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em agroecologia.

Semiárido – A Chamada Pública nº 02/2014 vai atender mais de 1,8 mil trabalhadoras rurais do Semiárido, que vão contar com serviços de assistência técnica e extensão rural. Para receber as orientações, as beneficiárias deverão dispor de água para produção agropecuária e ter capacidade produtiva mínima para implementação de técnicas de convivência com a região, entre outros critérios previstos no edital.

A Chamada vai atender os seguintes territórios da cidadania de Curimataú (PB); Cocais (PI); Serra da Capivara (PI); Agreste Meridional (PE); Seridó (RN); e Mato Grande (RN).

Agroecologia – Já a Chamada Pública nº 01/2014 visa atender 1,2 mil trabalhadoras, preferencialmente organizadas em grupos produtivos. O valor total de recursos investidos será superior a R$ 3,5 milhões. Serão contempladas com a chamada, mulheres rurais que vivem no Vale do Ribeira (SP), Médio Jequitinhonha (MG), Médio Alto Uruguai (RS), Planalto Norte (SC) e Baixada Cuiabana (MT).



Pronaf

BB - Banco do Brasil - e a agropecuária familiar, uma parceria que dá bons frutos, frutas, leite e carnes

Por que o Pronaf - Programa Nacional de Apoio a Agricultura Familiar - é bom para todos?


A agricultura familiar é um importante segmento do agronegócio do País, responsável por 4,3 milhões de unidades produtivas - representando 84% dos estabelecimentos rurais do país. Equivale a 33% do PIB agropecuário e emprega 74% de toda a mão de obra do campo.

É um setor essencial para a nação: o conjunto de políticas públicas para a agricultura familiar  contribui para a estabilidade econômica e social brasileira e coloca o setor como um dos pilares do desenvolvimento nacional.

Reconhecendo o seu valor e importância para toda a sociedade, o Banco do Brasil apoia os agricultores familiares para que os alimentos cheguem com mais qualidade à mesa de todos os brasileiros.

Vargas estará hoje em Cambé para inauguração da UPA




O vice-presidente da Câmara, deputado federal André Vargas, participa nesta sexta-feira, 16/08, às 16h, da inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do Jardim Tupi, em Cambé. 

A unidade teve investimento de R$ 1.648.211,73 do governo federal e repasse mensal de R$ 175.000,00 mensal, podendo subir para R$ 300,0.0,00 após avaliação do Ministério da Saúde no mês de setembro.

Lei a matéria na íntegra em www.andrevargas.com.br

Brasil ganha reconhecimento internacional na promoção da agricultura familiar
Dados recentes divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontam que quase 870 milhões de pessoas no mundo passam fome. O número equivale a 12,5% da população do planeta. No Brasil, até 2011, ano de criação do Plano Brasil Sem Miséria, 16 milhões de pessoas estavam em situação de extrema pobreza. Desse total, quase a metade (47%) encontrava-se no campo. Cenário que começou a mudar. Em março deste ano, famílias nessas condições receberam complementação de renda do Bolsa Família para alcançar renda mensal de até R$ 70 por pessoa – condição socioeconômica para ser considerado extremamente pobre. Contudo, estima-se que 700 mil brasileiros ainda estejam em situação de miséria.

O 25º artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) há quase 65 anos, afirma que toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar saúde e bem estar a si e a sua família. Nesse quesito, a diretriz mundial inclui a alimentação como um dos pilares fundamentais resguardados. Não por menos, o desafio da erradicação da miséria e a segurança alimentar são assuntos presentes e constantes na agenda dos líderes mundiais. No Brasil, a preocupação não é diferente. Por aqui, o enfrentamento à fome segue alinhado às ações que priorizam a inclusão produtiva no meio rural, estratégia estabelecida pelo Plano Brasil Sem Miséria, ação interministerial do Governo Federal para erradicar a fome e a extrema pobreza. Entre as iniciativas que se destacam nessa área, está o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), articulado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Com dez anos de existência, o PAA já comercializou mais de quatro milhões de toneladas de alimentos oriundos de empreendimentos da agricultura familiar. O montante deve movimentar, até o fim de 2013, quase R$ 5 bilhões. Na avaliação do representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, a agricultura familiar já é percebida no País como uma solução para desenvolver e manter a segurança alimentar e a erradicação da pobreza. "A agricultura familiar é um setor muito estratégico para o governo brasileiro. O Brasil, no contexto da América Latina, é o país que mais apresenta tecnologia social e instrumentos econômicos para fortalecer e, assim, sobreviver [dessa área]."

A operacionalização do programa consiste em comprar alimentos diretamente dos agricultores familiares, sem processo licitatório e com preços compatíveis aos praticados nos mercados regionais. Os produtos adquiridos com recursos do Governo Federal são encaminhados para entidades pertencentes às redes socioassistenciais – restaurantes populares, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos – e para famílias em situação de vulnerabilidade social. Além disso, o PAA funciona como um instrumento garantidor de maior estabilidade financeira às organizações de agricultores familiares por meio da modalidade de Apoio à Formação de Estoques. Essa modalidade permite que cooperativas e associações comprem alimentos dos seus agricultores, agreguem valor a esses produtos e os comercializem no momento mais propício em termos de preço, para mercados públicos ou privados. O programa é executado com recursos do MDA e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com estados, municípios e com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A mudança na concepção do conceito de agricultura familiar e a construção de políticas estruturantes específicas para o desenvolvimento sustentável do setor no Brasil despertaram o interesse de países vizinhos. "A agricultura familiar precisa ser preservada, precisa ter sustentabilidade, não somente ecológica, mas, também, social. Por isso, as políticas desenvolvidas no Brasil servem de modelo para outros países da América Latina e para a África. O PAA e o Pnae [Programa Nacional de Alimentação Escolar], por exemplo, também estão sendo aplicados na África baseados nas políticas desenvolvidas no Brasil", pontua Bojanic.

Incentivo à agricultura familiar

Além dos mercados de compras institucionais, o Brasil lança, a cada ano, um conjunto de políticas públicas simultâneas e permanentes para fomentar a organização econômica e a sustentabilidade no meio agrícola. Essa divulgação é conhecida como Plano Safra da Agricultura Familiar. Somente no último Plano, com vigência entre junho de 2012 a maio de 2013, a agricultura familiar contratou mais de R$ 19,2 bilhões em crédito rural por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do MDA. O valor ultrapassou, pela primeira vez na história do programa, o montante disponibilizado inicialmente pelo Governo Federal para financiar as operações de custeio e investimento, que na safra 2012/2013 foi de R$ 18 bilhões.

As medidas do Plano incluem, ainda, recursos para apoiar o cumprimento dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), do Garantia-Safra e, em especial, das atividades produtivas rurais das famílias incluídas no Plano Brasil Sem Miséria.

O esforço do governo brasileiro para desenvolver a produção familiar rural foi reconhecido internacionalmente. Em dezembro passado, a FAO afirmou, em seu boletim, que o Brasil se destaca por ser um dos países da América Latina e Caribe que mais apoiam a agricultura familiar por meio de programas públicos. Para Alan Bojanic, as políticas públicas implementadas no País caminham para desenvolver e manter a segurança alimentar. "Esse objetivo, sem dúvida, é o coração dessas propostas. O fortalecimento da agricultura familiar também tem uma conotação social muito importante, ele está associado a um tema cultural. Logo, fortalecer a agricultura também é uma forma de preservar a cultura, tem uma dimensão além da econômica. O dinheiro está sendo canalizado para proteger, também socialmente, os cidadãos das áreas rurais, que estão vulneráveis. E os exemplos do Nordeste brasileiro são muito visíveis desses círculos virtuosos quando se tem políticas sociais", finaliza.

Aliança latina

Em fevereiro de 2013, a FAO anunciou a parceria com os países do Mercosul para promover a agricultura familiar. A cooperação foi firmada durante a Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf), em Santiago, no Chile. A união das organizações vai apoiar agricultores familiares da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai e Venezuela – responsáveis por gerar mais de 70% do emprego na área agrícola na América Latina e Caribe.

"Os processos de integração no Mercosul estão ocorrendo cada vez com mais força. A aliança vai estruturar, justamente, como ter políticas harmonizadas e conjuntas para atender os agricultores familiares de todo o Mercosul. Serão iniciativas com repercussão nas economias nacionais, como nos processos de integração na área agrícola, facilitação do comércio e o controle das doenças, em uma perspectiva regional", explica Alan Bojanic.

A cooperação será realizada no âmbito do Fundo de Agricultura Familiar do Mercosul, uma ferramenta criada pelos países do bloco.

PAA e a alimentação animal
O lançamento do Plano Safra Semiárido, anunciado em julho deste ano, trouxe mais um novidade para os agricultores familiares que acessam o PAA. A partir de agora, as modalidades de compras do programa incluem a aquisição de forrageiras, mudas e sementes – uma alternativa para preparar os agricultores para enfrentar os efeitos da estiagem no Semiárido brasileiro. Com isso, os produtores que tenham excedente de forragem (como a palma forrageira) poderão vendê-lo por meio do PAA. O limite de venda por agricultor é de R$ 8 mil por ano.


Fonte: MDA

Exposição marca os dez anos do Plano Safra da Agricultura Familiar

Exposição que retrata o sucesso dos programas federais de incentivo à agricultura familiar foi montada hoje quinta-feira (6), no Palácio do Planalto, especialmente para a cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/14. Painéis exibiram agricultores que tiveram acesso a crédito do Plano Safra, através das diversas modalidades do PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - e puderam melhorar e ampliar a produção.
Adelmo e Maria Salete Escher, de Campo Magro – PR, têm uma produção de hortaliças, geleias, pães e laticínios. 
O Plano Safra é de suma importância para a agricultura familiar, porque sem os recursos do Pronaf não conseguiríamos investir para produzir mais e processar os produtos da forma que a gente está fazendo“, garante Adelmo.
Para o produtor, outro aspecto importante é o da comercialização. Ele espera que o Plano Safra deste ano abra ainda mais espaço na linha de venda de produtos, sejam processados ou em natura. Adelmo destaca que o grande desafio é ter mais produção para atender à demanda que já existe e aumenta a cada ano. 
Para mais produção é necessário maior incentivo, esperamos que o Plano Safra atinja esse novo objetivo“.

Agricultura Familiar

Joaquina Pedrosa de Souza, 42 anos, agricultora familiar de Cascavel (PR) - Sou agricultora familiar do interior do Paraná e gostaria de saber como o governo pode me ajudar para poder incrementar minhas plantações.

Presidente Dilma - Joaquina, nós temos boas notícias para você. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) está disponibilizando R$ 16 bilhões para o financiamento da safra 2011-2012, a partir de julho, com custo menor que o da safra passada. As taxas de juros variam de 0,5% a 4,5% anuais. Os financiamentos podem ser para despesas correntes da atividade, para investimentos em máquinas, equipamentos ou infraestrutura. O Pronaf tem o objetivo de financiar projetos individuais ou coletivos que gerem renda para os agricultores familiares e para assentados da reforma agrária. Para conseguir o financiamento, procure o sindicato rural ou a Emater e peça informações sobre os próximos passos. Quem é beneficiário da reforma agrária ou do crédito fundiário, deve procurar o Incra ou a Unidade Técnica Estadual (UTE) do crédito fundiário. Há outras iniciativas de estímulo à produção, como os seguros, que já estão incluídos no Pronaf. Em caso de perdas decorrentes de clima ou queda de preços no momento da comercialização, o seguro é acionado, garantindo tranquilidade ao produtor. Hoje, nós temos a satisfação de constatar que 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros provêm da agricultura familiar.

Querem produzir fome

Como todo produto orgânico, os gastos são mais elevados, mas a procura é intensa. Praticamente toda a produção é exportada, principalmente para a Europa e para os Estados Unidos, onde os consumidores podem pagar mais caro por um gênero de qualidade, internacionalmente certificado. Desde 1994, a demanda tem aumentado 20% ao ano, o que mantém o mercado aquecido.
O Brasil ainda não tem tradição de consumir a soja orgânica (e nem mesmo a soja convencional). O consumidor típico é aquele de poder aquisitivo médio e alto, que se preocupa com a saúde e com o meio ambiente." Idem
"A soja orgânica ainda não é uma commodity, pois não segue as normas de comercialização da Bolsa de Chicago. Por se tratar de um produto com valor agregado e possuir uma boa demanda, seu preço tem se mantido em uma média de até 50% maior que o da soja convencional, o que gera bons resultados aos produtores, apesar do custo de produção ser cerca de 10% maior quando comparado ao cultivo tradicional." Cisoja 
A feroz oposição do verdismo ao novo Código Florestal brasileiro é apenas parte do problema. As mesmas estratégias e táticas utilizadas neste caso são reproduzidas em todo o mundo quando abordam o conservacionismo em oposição à produção agrícola. Portanto, a situação é muito mais grave. Caso eles obtenham êxito, o que não é totalmente impossível visto a cumplicidade dos políticos, somente os economicamente favorecidos sobreviverão. 
A solução "greenpeaceana" para o que eles chamam de problema é inviável. Imaginem uma produção agrícola que não utilize máquinas, irrigação, defensivos, sementes e adubos industrializados. Que conte apenas com a força do agricultor e de sua família, além dos recursos naturais ao seu dispor. Reservando uma parte dos grãos para o plantio da nova safra. Quem pensou em Idade Média acertou. Porém se levarmos em consideração que atualmente um produtor rural não pode legalmente ser auxiliado pelos filhos menores, pois qualquer tipo de trabalho é vedado a eles, e muito menos cuidarem de si próprios, o que caracteriza o abandono de incapaz. Cada pequena gleba contará com um único indivíduo para nela produzir. Além da subsistência da própria família quantas pessoas a mais ele poderá atender? A pequena escala de produção torna inviável a contratação de empregados, a não ser que o seu custo seja ainda menor que o atual, ou seja, ínfimo.

Explorar uma pequena propriedade rural é um dos trabalhos mais pesados que existem. Todos os dias e de sol a sol. Um trabalhador urbano acostumados aos direitos sociais dificilmente se adaptará a esta quase escravidão à terra. Apenas os que nasceram sob este sistema são capazes de suportá-lo, e mesmo assim não todos, o êxodo rural das décadas passadas basta como prova. Então quando eles dizem que 2,6 bilhões de pequenos fazendeiros são responsáveis pela maior parte da produção mundial de alimentos devemos perguntar onde encontrarão 1 bilhão ou mais de pessoas aptas e dispostas a ocuparem estes lugares em substituição ao sistema agrícola atual. Sem esquecer que a grande maioria destes small scale farmers utilizam meios produtivos que minimizam o esforço e aos quais eles também são contrários, pois causam as temidas mudanças climáticas de al gore et caeterva. 

Os mitos difundidos nas últimas décadas pelo verdismo estão cada vez mais fortes no imaginário das pessoas, principalmente as urbanas das classes sociais mais altas. A mãe natureza que pune os que dela abusam e premia os seus defensores como se fosse um ser consciente é uma construção ideológica que atualmente serve a estes interesses. É uma religião animista. Capaz de determinar dogmas que vão contra toda a lógica econômica, em sentido amplo e não apenas capitalista.

O modelo agrícola que preconizam não garantirá a produção necessária, encarecerá enormemente os seus preços e pelo visto nem mesmo a qualidade dos alimentos estará assegurada. O equilíbrio entre a conservação e a utilização jamais será encontrado se as mentiras e deturpações das organizações ecológicas continuarem a se impor.

ExpoeCe - Exposição Agropecuária e Industrial do Ceará

Com a expectativa de reunir cerca de 300 mil pessoas e movimentar R$ 10 milhões em negócios, foi aberta, ontem, a 56ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial do Ceará - Expoece -.
 
O evento ocorre até o próximo dia 26 de setembro, no Parque de Exposições Governador César Cals, anexo à SDA - Secretaria de Desenvolvimento Agrário -. O espaço conta com atrações diversas não só aos interessados em negócios, mas para os que querem se divertir, com shows de várias bandas de forró.

Apesar da grande expectativa para a feira, agricultores e pecuaristas não estão tão otimistas neste ano, já que, diante da estiagem (
em todo em todo o Estado, a produção de mel e castanha e a criação de aves, caprinos e bovinos foi prejudicada. É o que afirma o apicultor e empresário Clerton Anacleto Diogo, de Uruoca, município da região Norte. Segundo ele, dos quatro anos que participa da Expoece, este certamente será o mais fraco. "No ano passado, vendi 700 litros de mel, mas, em 2010, a expectativa é de vender só a metade".

Queda nas vendas
Na mesma situação está a produtora e revendedora de castanhas Cleoneide de Lima Silva, 42 anos. Conforme ela, as vendas devem cair pelo menos 50% na feira deste ano.

Para reverter essa realidade - segundo o coordenador geral da Expoece e presidente da Associação dos Criadores do Ceará, Paulo Helder de Alencar -, a feira traz uma novidade nesta edição, o financiamento de projetos para a agricultura familiar, uma parceria do Banco do Nordeste com a Ematerce - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará -. Segundo ele, o banco estará à disposição dos agricultores no evento.

Outra novidade, conforme o secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado, Antônio Amorim, será a assinatura da ordem de serviço para a reforma do Parque de Exposições. Com início previsto para 15 de outubro e duração de 120 dias, a obra custará R$ 1,5 milhão.
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

De acordo no essencial

As ruidosas diferenças entre PT e PSDB sobre o tratamento a dar ao MST e outras organizações da luta rural encobrem uma concordância básica: para ambos, a reforma agrária deixou de fazer sentido no atual estágio de desenvolvimento capitalista brasileiro.

O diagnóstico comum não surpreende quem acompanhou a formação das duas correntes políticas. Já nos anos 1970 era a posição dos teóricos e militantes dos grupos que estão nas raízes do peessedebismo e do petismo. Que aliás remetem à antiga Ação Popular, organização da esquerda católica nos anos 1960. 

A derrota do PC do B na guerrilha do Araguaia talvez reste para a História como o marco simbólico dessa transição de conceitos. Saía silenciosamente de cena a luta pela distribuição de terra, entrava o combate dos trabalhadores rurais pela carteira assinada, condições dignas de trabalho, etc.

Nas últimas décadas, a reforma agrária persistiu no noticiário, e mesmo em políticas compensatórias de governos. Alguma terra foi distribuída, algum dinheiro foi dado. Os movimentos sociais passaram a ser recebidos em palácio. E só. 

Qualquer um que conversa a sério com Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto pode informar sobre a opinião dele: a reforma agrária deveria ter sido feita lá atrás; como não foi, agora o quadro é outro. 

Aos movimentos sociais, recursos e discursos em doses suficientes para aplacar as tensões. Já a política agrária para valer é feita com os grandes parceiros empresariais.

Dos transgênicos ao álcool combustível, passando pela luta em defesa do boi e da soja na fronteira agrícola, nenhum presidente conseguiria ser mais “ruralista” que Lula foi.

A oposição que Lula sofre no assim chamado agronegócio é fundamentalmente ideológica, consequência das dúvidas ainda existentes sobre a transformação radical nos compromissos estratégicos do PT. 

O business rural preferiria um câmbio menos apreciado? Sim, desde que o governo também desse um jeito de impedir o encarecimento dos insumos e maquinaria importados. 

E se Lula é o campeão do real valorizado, o vice-campeão foi Fernando Henrique Cardoso. Antes e agora a agricultura tem sido vista como mecanismo eficaz de controle inflacionário, numa transferência maciça de renda do campo para a cidade. 

O que não chegaria a ser problema, se essa renda estivesse sendo usada para promover um crescimento industrial acelerado. Em vez de um pedaço de terra, um bom emprego. Talvez menos seguro, mas ainda assim atraente. Especialmente porque a tendência dos jovens rurais — irrefreável — é ir para cidade. Por razões óbvias. 

Onde está a encrenca? No fato de a sociedade brasileira carregar com ela um viés anti-industrialista, que vem desde a colonização portuguesa. Sorte que dos três principais candidatos, pelos menos dois, Dilma Rousseff e José Serra, são em teoria “desenvolvimentistas”. 

Digo em teoria porque nenhum dos líderes da corrida pelo Palácio do Planalto disse até agora como vai fazer para criar os milhões e milhões de empregos industriais necessários para absorver a mão de obra nacional, especialmente a jovem. 

Enquanto José Serra enfatiza a dureza de tratamento a quem atenta contra o direito de propriedade, Dilma procura o contraponto relativo, ressaltando que prefere o diálogo. Sim, mas e o que fazer com a reforma agrária? Onde estão as diferenças? 

E tem mais. Quais as medidas práticas que cada candidato vai adotar, se for eleito, para desde o primeiro dia de governo reverter a tendência recente de perda de participação da indústria nas exportações? Como fazer para desconcentrar o crescimento industrial, sem prejudicar as regiões já desenvolvidas? Quais os investimentos previstos para a formação maciça de mão de obra exigida por uma nação que escolhe o rumo da industrialização acelerada? 

E, se é possível fazer, por que ainda não foi feito?

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !