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Depois da desigualdade, a hipocrisia é nosso mal maior


\o/ Sem discutir questões legais, ilegais, políticas e nomes de quem falou.
Mas, em tudo isso divulgado pela mídia o que acontece em comum, sem exceção?
Sabe não?
Presta atenção, pensa de novo.
Continua sem saber?
Vou dar dicas:
Pipipi...
!#%&(
)*@"
Coxinha realmente você não tem jeito...
Em comum, nenhum, sem exceção publica:

  • Vá tomar no cu 
  • Filho da puta
  • Fi de rapariga
Para eles isso é inadmissível.
Hipocrisia a gente tem na Globo!




Economia


\o/
Bovespa tem maior alta em sete anos e dólar cai 2,65%.
Isso é reflexo da nomeação de Lula como ministro da Casa Civil.
O mercado financeiro e econômico aposta que o ex-presidente conseguirá ajudar a presidente Dilma a superar a crise atual (política e econômica).
Pelos números, dá pra ver que ele tem credibilidade.
Ficou complicado para os golpistas.
Melhor para oposição é construir um discurso e escolher um bom candidato a presidente em 2018.
Essa tese e prática de quanto pior melhor não ganha eleição. E no tapetão, também ganha não.
A coisa tá bicuda para os emplumados.
Se a eleição presidencial fosse hoje, eles não iriam nem para o segundo turno.

O problema dos Marinhos é a farofada


\o/ "
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Por que a Globo se tornou vítima da própria loucura?
Por que os filhos do Roberto Marinho soltaram a matilha do Gilberto Freire com "i" ?
E embarcaram na aventura Golpista do Moro - ou eu mato o Lula ou o Lula me mata.  Matar ou morrer ! E que o Brasil se exploda.
Por quê?
Soube o ansioso blogueiro que é tudo culpa desses blogueiros sujerrimos, o Fernando Brito, o Azenha, o Paulo Nogueira que mostraram inequivocamente a relação entre aquele triplex ao lado do triplex que não é do Lula, na praia do Guarujá, e a Rede Globo.
Na fúria tresloucada de prender o Lula, Moro lançou o manto da irremediável suspeita sobre TODOS os moradores do prédio .
E, como Deus escreve certo por linhas tortas - disse o Lula depois do sequestro em Congonhas-, ao lado estava a Mossack, uma central global, isso: GLOBAL, de lavagem de dinheiro.
E, ao seguir a trilha da Mossack, os blogueiros sujos desembarcaram na Praia da Jararaca, hoje cenário de homéricas farofadas.
Contaram ao ansioso blogueiro que o problema de um dos filhos do Roberto Marinho - eles não têm nome próprio - é a Praia da Jararaca, que, supostamente, hipoteticamente pertence à sua filha dileta.
O resto, hoje, é secundário !
O que explica a alucinação do William Bonner, esse jornal nacional que solta a baba bovina e viscosa do Nelson Rodrigues, a de cor roxa !
Por aí se explicaria essa paixão louca, adolescente da Globo pelo Cauã Reymond de Curitiba !
Para o Moro passar longe da Praia da Jararaca.
Mata o Lula, derruba a Dilma e o Ali Kamel retoma a Praia da Jararaca à  frente dos Navy Seals que mataram o Bin Laden no Afeganistão !
É uma loucura, amigo navegante ?
É !
A loucura que possuiu o filho Roberto Marinho. Que, do pai, só herdou a fortuna.
PHA"

Ilegalmente Moro também grampeou telefones dos advogados de Lula


:

Além de interceptar e vazar as comunicações entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o advogado Roberto Teixeira, o que é proibido por lei, o juiz Sergio Moro também grampeou os telefones centrais do escritório Teixeira, Martins e Advogados; para isso, o número foi incluído no despacho de forma sorrateira como se pertencesse à LILS, empresa de palestras de Lula; em nota, os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Martins bateram duro em Moro: "Isso significa que a intenção do juiz e dos membros do Ministério Púbico foi a de monitorar os atos e a estratégia de defesa do ex-Presidente, configurando um grave atentado às garantias constitucionais da inviolabilidade das comunicações telefônicas e da ampla defesa e, ainda, clara afronta à inviolabilidade telefônica garantida pelo artigo 7º, inciso II, do Estatuto do Advogado (Lei nº 8.906/1994)".


Também leia: Juiz deu liminar contra posse de Lula em 28 segundos

Juiz deu liminar contra posse de Lula em 28 segundos!

POR  

flash

Adverte-me um leitor e eu vou conferir.

O juiz Itagiba Catta Pretta Neto, que deu a liminar suspendendo a posse de Lula na Casa Civil do Governo Dilma, gastou exatos 28 segundos desde que recebeu os autos conclusos para decidir.

Mesmo que ele tenha se antecipado e pego o processo no momento em que este chegou à secretaria de 4a. Vara Criminal, como você pode ver no extrato oficial do Tribunal Federal do DF, Itagiba teve 50 segundos para refletir e redigir seu despacho de duas páginas!

Se fosse um "cite-se", vá lá.

Mas um deferimento de liminar com esta repercussão e sobre um assunto absolutamente subjetivo – o de conter eventual desvio de finalidade no ato presidencial – em menos de um minuto?

Não só é o julgador mais rápido do planeta como também é o mais veloz digitador do planeta.

A menos que…

Briguilinks


  • Ontem mesmo todas as formalidades legais foram realizadas. A partir de hoje o ex-presidente prestará explicações exclusivamente ao ...
  • \o/ Habib's é investigado por suposto esquema de sonegação Habib's é investigado por fraude fiscal em São Paulo e Minas Habib's ...
  • \o/ O governo sai das cordas Desde que o TSE proclamou o resultado da eleição presidencial em 2014 o Psdb, Judiciário e mídia iniciara...
  • \o/ Um rato se proclama "profeta do caos", um Coringa para trazer um Batman, por Fernando Brito -  Tijolaço A entrevista de D...
  • Ao blog o promotor Cássio Conserino voltou a criticar a preferência da Globo na divulgação e endeusamento da PF, MPF e um juiz de Cur...
  • por Paulo Nogueira 1) O governo Dilma sai da defesa. Desde o primeiro dia de seu segundo mandato, Dilma vive sob ataques incessantes ...
  • - Até líder do Psdb critica pedido de prisão de Lula "Ao requerer a prisão de Lula, os promotores estão banalizando uma providência judicial...
  • - Lembro ao jornalista que Fhc também foi citado em delações premiadas. Acredito que tenha sido apenas eum pequeno lapso de memória não é me...
  • \o/ Os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo (tinha de ter um Fernando Henrique no meio), b...

  • Dilma Invocada - pra desopilar


    \o/

    Eu sei que é difícil coxinha entender. Mas sou paciente, vou explicar mais uma vez. Quem nomeia ministro de Estado é presidente ou presidenta da República. E para ser presidente tem que ganhar democraticamente a eleição. Entenderam agora coxinhas ou preciso desenhar?

    Tucano togado que vetou posse de Lula excluiu página no facebook


    \o/ :

    O tucano togado, Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara de Brasília, que liminarmente suspendeu a posse de Lula como ministro da Casa Civil, se manifestou nas redes sociais pedindo a derrubada da presidente Dilma Rousseff com um argumento inusitado: Se ela caísse, o dólar também cairia e ficaria mais barato ir a Miami ou Orlando (mais coxinha impossível). Em outra postagem no Facebook, ele publica foto com familiares em manifestação contra o governo federal e escreveu "Fora Dilma".

    Em quem terá votado esse magistrado (?)...

    Na eleição presidencial de 2014 ele declarou ter votado, tchan, tchan, tchan...

    Aécio Neves da Cunha (Psdb-MG).

    Derrotados nas urnas tentam assaltar o poder


    \o/por Paulo Moreira Leite
    ":
    "Só o desespero diante da possibilidade do governo Dilma recuperar oxigênio com a posse de Lula na Casa Civil explica a organização de um protesto de natureza tipicamente fascista em frente ao Palácio do Planalto. O objetivo é impedir uma presidente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros de exercer o direito de escolher livremente seus auxiliares. Um dos instrumentos usados para estimular o protesto foi a divulgação, pela TV, de um grampo contendo conversas de Lula com a presidente da República, iniciativa que escandaliza autoridades ouvidas pelo 247", aponta Paulo Moreira Leite; o normal, quando se descobre uma prova fortuita, envolvendo autoridade de foro privilegiado, é levar o material para cima – o que o juiz Sergio Moro não fez."
    Brasil 247
    Leia também: Dilma vai à luta

    Dilma vai à luta


    \o/ 

    posse
    No mais forte, duro e corajoso pronunciamento que já fez como presidente, Dilma Rousseff partiu para a ofensiva  contra o golpismo.
    Exibiu a prova de que o “termo de posse” de Lula não era e não é qualquer tentativa de obstrução da Justiça, porque sequer continha sua assinatura, mas a dele. Portanto, nem mesmo poderia servir para prevenir um gesto desesperado de Sérgio Moro de mandar prendê-lo antes da posse.
    Bateu duro na violação das leis e dos direitos constitucionais.
    Demoliu, a golpes de legalidade, a farsa de Moro de produzir vazamentos e detratações.
    Denunciou a ilegalidade do grampo e disse que as circunstâncias estão sendo investigadas.
    Atacou o golpismo de frente.
    Porque ele precisa ser atacado e já.
    Grupos reduzidos, mas violentos substituíram imediatamente, na Globo, a imagem da Presidenta, logo que ela terminou de falar.
    Ódio, porque a Globo teve de transmitir o que ela própria construiu: o coro de “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” dentro do próprio Palácio do Planalto.
    Espero, em instantes, trazer trechos desta fala.
    Onde ela deixou claríssimo que a ida de Lula para o Governo, longe de ser uma imoralidade, é uma necessidade para enfrentar a crise.
    E fazer o que todo o brasileiro quer: ter aqui ordem e progresso.

    O golpe está em pleno curso. Deve ser esmagado com a lei, e já. Sem prevaricação


    \o/ POR  
    camiceneri
    Não é um detalhe, é a lei e com a lei não se pode tergiversar.
    Mesmo que haja uma turba babujante exigindo sangue. Mesmo que haja uma imprensa que é escandalosamente cúmplice de ilegalidades e de suas violações.
    É irrelevante a discussão sobre o conteúdo das gravações, sua obtenção foi ilegal. Não há espaço na Justiça para “fins que justifiquem meios”.
    Há uma cadeia de crimes, evidente e documentada.
    A  cronologia descrita no site jurídico Conjur, com todos os links que a comprovam,  não deixa qualquer dúvida de que não apenas foi ilegal a gravação como foram a sua oitiva, degravação, anexação ao processo e, finalmente, sua divulgação.
    (…)ao que tudo indica, as gravações das conversas foram ilegais, e Moro as divulgou sabendo disso. Pelo menos é o que mostram os horários em que os eventos foram publicados no site da Justiça Federal do Paraná.
    Às 11h13 desta quarta-feira (16/3), Moro despachou que, como já haviam sido feitas “diligências ostensivas de busca e apreensão”, “não vislumbro mais razão para a continuidade da interceptação”. Por isso, ele determinou a interrupção das gravações.
    Ato contínuo, informou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal sobre o despacho. Às 11h44, Moro publicou uma certidão de que havia intimado por telefone o delegado da PF Luciano Flores de Lima a respeito da suspensão das gravações. (Nota do Tijolaço: a decisão de Moro é tão cavilosa que justifica a não-efetuada cessação da escuta pelo fato de terem já sido feitas as diligências de busca e apreensão, efetuadas no dia 4 de março, duas semanas atrás)
    Entre 12h17 e 12h18, Moro enviou comunicados às operadoras de telecomunicações sobre a suspensão dos grampos. As interceptações são feitas, na verdade, pelas operadoras, a pedido da polícia, com autorização judicial. Portanto, uma hora depois da suspensão dos grampos, elas já estavam sabendo que não deveriam atender a nenhum pedido nesse sentido. (Nota do Tijolaço:o horário refere-se ao documentado no fax referido na certidão, posteriormente emitida)
    Só que a conversa em que Dilma avisa a Lula que ele vai receber o termo de posse como ministro da Casa Civil aconteceu às 13h32. A própria Polícia Federal foi quem contou isso ao juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, onde corre a “lava jato” e as investigações sobre Lula.  Em comunicado enviado à vara às 15h34, o delegado Luciano Flores conta a Moro sobre o conteúdo.
    Por volta de uma hora depois, às 16h21, Moro determina o levantamento do sigilo do processo inteiro, dando ao público acesso a tudo o que está nos autos, inclusive a gravação da conversa entre Dilma e Lula.
    A Polícia Federal não poderia manter a interceptação telefônica após a ordem de sua cessação, às 11 h e 22 minutos de ontem. Muito menos ouvi-las, degravá-las e enviá-las a Moro.
    As companhias telefônicas não poderiam tê-la feito após receberem o comunicado.
    Moro, finalmente, não poderia acolhê-las e, menos ainda, difundir publicamente seu conteúdo.
    Por sabê-las feitas depois de sua própria ordem de cessação da escuta e, ainda que isso não bastasse, por envolver duas pessoas que só podem ser objeto de investigação pelo Supremo Tribunal Federal E não se alegue que Lula não era Ministro por não haver tomado posse: refiro-me a Dilma Rousseff e Jaques Wagner, a menos que o Dr. Moro não os reconheça como Presidenta e Ministro.
    Existe uma lei, a Nº 9.296, de 24 de julho de 1996:
    Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
    Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

    Existem indícios mais que evidentes e suficientes de materialidade e autoria de sua transgressão.
    Se a lei não se aplica a Sérgio Moro e ao Delegado Luciano Flores de Lima, não se aplica a ninguém, estamos na selva.
    Quem deixar de aplicá-la é prevaricador.
    Quem deixar de denunciá-lo, covarde e cúmplice.

    Ciro ensina como tratar coxinhas facistas


    \o/

    A reviravolta

    \o/ por Janio de Freitas
    "Com a contribuição não pedida e involuntária da Lava Jato e de Delcídio do Amaral, pode ser que comece, com Lula como ministro regente da parte decisiva do governo, o que em teoria é o segundo mandato de Dilma Rousseff. O empresariado, os políticos e jornalistas oposicionistas passaram, em minutos, da euforia com que já se consideravam virtuais donos do poder, à espera só do último empurrão, para um misto de surpresa raivosa e aturdimento com seu próprio futuro. Lula ministro já era ideia admitida, mas imaginado em pasta só para protegê-lo de caçadores paranaenses. O poder que terá muda muita coisa.

    Há 15 meses, Dilma Rousseff mantém o governo imóvel diante da hipotética condição, para movê-lo, de reformas que, no entanto, o Congresso sequer se incomodou em negar, como a da Previdência e a de redução de direitos trabalhistas. O núcleo da Presidência tornou-se um mundo fechado até para a sua visão. A marcha do país para a recessão, com os efeitos sociais e de opinião por toda parte, parecem imperceptíveis pela presidente e seus auxiliares. Nem ao menos notaram a importância dessa situação para sua própria sobrevivência no poder.

    Lula chegará como um exaltado contra esse estado de coisas. Se levará sua opinião a atos efetivos de governo, é assunto do futuro. Hoje, a possibilidade de que o faça é suficiente para transtornar tudo o que o PSDB e o PMDB anteviam nas respectivas táticas para a sucessão presidencial, quaisquer que fossem sua ocasião e modalidade. Incluída no transtorno a possível recuperação dos governistas, e de Lula mesmo, para a disputa sucessória. E ainda há o inesperado para os que, no Congresso e fora dele, têm engajamentos com negócios, entre outros setores, no pré-sal e contra a Petrobras, aos quais Lula se opõe.

    De outra parte, é esperável que a Lava Jato adote, em resposta à transferência do assunto Lula para o Supremo, mais divulgações e atos que acelerem o assédio a ele. Nesse sentido, a contribuição trazida por Delcídio do Amaral não trouxe maior gravidade do que menções anteriores. Delcídio Amaral, que intercalou um "do" no nome para sorte e foi parar na cadeia, fez o mesmo show, pelo mesmo motivo, para o filho de Nestor Cerveró e para a Lava Jato. O jovem inexperiente não caiu na encenação e denunciou a mentirada infantil.

    A "delação" de Delcídio sugere, em tudo, o modelo que escolheu seguir: Roberto Jefferson. A banca de valente ("Eu sou o homem-caos", "Edinho não sairá vivo deste processo"), as ameaças, as acusações distribuídas a granel, a mesma pose desafiante e intimidatória. Para Roberto Jefferson funcionou. Mas Jefferson não decepcionou ninguém, ao passo que Delcídio faz perguntarem, entre os que o conheciam: quem é o Delcídio verdadeiro, o senador bom de trabalho, de negociação, de convívio; ou o criador de bazófias, articulador de manobras para encobrir delinquências, o usuário de acusações para beneficiar-se? Só ele tem a resposta. Mas a dúvida o isola. A propósito, o seu modelo atual, Roberto Jefferson, foi denunciado há pouco em outro processo criminal.

    Iras motivadas pela decisão de Lula e Dilma ficaram demonstradas com ênfase incomum já minutos depois de divulgada. Um noticiário radiofônico de linha neoliberal emitia, logo depois das 12h, a seguinte paráfrase: "O investigado volta aos lugares onde foram feitos atos pelos quais é investigado".

    *
    Encerrado este texto, começam a circular estranhas notícias. Como a de uma gravação clandestina da Presidente da República pela Polícia Federal. Não se poderá mais dizer que, maculada embora, a Constituição ainda exista."
    na Folha de São Paulo

    O Estado policial no Brasil, por Uriano Mota


    \o/ - Estado policial,midiático e judiciário -
    As mais recentes notícias de quebra do sigilo telefônico da presidência da república, feitas a partir da direita em Curitiba, Sérgio Moro e polícia federal, causam espanto e indignação. Não bem pelo teor divulgado em primeiríssimo lugar pela Globo, a mídia de preferência da República de Curitiba. Ou seja:

    “- Dilma: Alô
    - Lula: Alô
    - Dilma: Lula, deixa eu te falar uma coisa.
    - Lula: Fala, querida. Ahn
    - Dilma: Seguinte, eu tô mandando o 'Bessias' junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!
    - Lula: Uhum. Tá bom, tá bom.
    - Dilma: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.
    - Lula: Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando.
    - Dilma: Tá?!
    - Lula: Tá bom.
    - Dilma: Tchau.
    - Lula: Tchau, querida. “

    Não por isso. O escândalo, que os comentaristas da mídia passam por cima, escondem e sequer mencionam, é a maior ilegalidade: a quebra de sigilo de um presidente da república, a exposição pública de telefonemas da presidenta Dilma Rousseff. O que é isso?

    Já antes, quando houve a quebra ilegal do sigilo de José Dirceu, já se havia visto. A partir da análise geográfica da longitude e latitude das áreas abrangidas pela quebra de sigilo, constatou-se que numa das coordenadas estava o Palácio do Planalto – o que representou violação ao direito de privacidade da sede do Poder Executivo. Na ocasião, o cientista político Luís Cláudio Guimarães alertou:

    “O caso grave é que em função de uma investigação se pediu, de forma atabalhoada e sem critério, a quebra de sigilo de telefones que estavam funcionando dentro do Palácio do Planalto e isso representa uma invasão dentro do Poder Executivo”.

    Já ali, penetrava-se na sede do governo brasileiro, da mais alta autoridade do país. E não houve a grita e clamor necessários, na quebra do sigilo das comunicações do governo. Hoje, diante do escândalo abusado, pornográfico, que os comentaristas da chamada grade mídia não veem, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República destaca em nota:

    • “4 – Assim, em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República.
    • 5 – Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento. “
    Ao que acrescento: a polícia federal, auxiliar do ditador de Curitiba, tudo pode. Espionar, prender, coagir, chantagear, iludir e escarnecer. Mas ganhou, além da ilegalidade de um Estado Policial, o papel de novo oráculo da imprensa. Além de espionar qualquer um, inclusive a presidência, a polícia interpreta à sua maneira o que grava. Isto é, conforme o objetivo de derrubar Dilma, cercar e prender o ex-presidente Lula.

    Onde chegaremos? Pior, onde foi que chegamos? É hora de um vigoroso movimento da opinião democrática e civilizada, de todos os cidadãos, povo, intelectuais e artistas, para que não se caia de vez no fascismo, que deixou de ser uma ameaça no Brasil. O fascismo é presente nos despachos e decisões do juiz Sérgio Moro, ações da polícia federal, avanço da direita no congresso e na grande imprensa. Ou nos movemos agora ou não teremos quem nos lamente ou proteste quando chegar a nossa hora. Se espionam a presidência da república e ninguém se escandaliza, ninguém mais está a salvo. Todos democratas somos ou seremos criminosos, se o juiz Sérgio Moro achar. Aguardaremos passivos a nossa prisão?

    Luís Nassif - voltou a ter jogo em Brasília



    As últimas jogadas indicam o seguinte:
    Fator 1 – O grampo da presidente.
    É o ápice da escalada da Lava Jato, que começou há cerca de um mês. Agora é o divisor de águas definitivo. A Lava Jato se despe de vez da estratégia de aparentar legalidade e exigirá uma tomada de decisão drástica não apenas do governo, mas dos órgãos superiores da magistratura e do Ministério Público.
    No final do dia, o juiz Sérgio Moro tentou se isentar, informando que foi realizado duas horas após ele ter determinado a suspensão dos grampos (http://migre.me/tfzlu). Por outro lado, as informações da Globonews dão conta que o próprio Moro liberou as gravações.
    A alegação da Polícia Federal foi que
    "Até o cumprimento da decisão judicial pela companhia telefônica, foram interceptadas algumas ligações
    4 – Encerrado efetivamente o sinal pela companhia, foi elaborado o respectivo relatório e encaminhado ao juízo competente, a quem cabe decidir sobre a sua utilização no processo. (http://migre.me/tfAnH)
    Pela primeira vez tem-se um racha explícito na Lava Jato.
    Pelas explicações, conclui-se que policiais federais agiram ilegalmente (porque sem autorização do juiz) e Moro agiu ilegalmente (porque difundiu uma gravação ilegal). A versão de que a empresa de telefonia fez algumas interceptações "até o cumprimento da decisão judicial" não resiste a um teste de lógica. Se foi após a suspensão da escuta, o grampo tinha que ser destruído. Em vez disso, foi divulgado.
    Abre-se espaço, portanto, para uma medida drástica do novo Ministro da Justiça Eugênio Aragão, à altura do crime cometido, detendo os policiais que cometeram o crime – e com estardalhaço para que não pairem dúvidas sobre a autoridade. Contra Moro terão que ser tomadas as medidas judiciais cabíveis.
    Além disso, a informação de que a Lava Jato mandou grampear também conversas de advogados é indício veemente de que se constituiu uma organização em Curitiba montada para atos criminosos.
    A Lei 9.296 de 24 de julho de 1996, sobre interceptação telefônica, diz o seguinte (http://migre.me/tfAs1):
    Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
    Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
    Será um bom teste para medir o legalismo e a coragem dos Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Procurador Geral da República. Ou enquadra-se definitivamente Moro e a Lava Jato, ou será melhor todos voltarem para casa, gozando de uma aposentadoria sem riscos, e entregar as chaves para o Moro e as ruas para as Forças Armadas. E respondendo perante a história pelo acirramento do clima de violência que chacoalha o país.

    Fator 2 – a escalada da violência.
    Provavelmente em nenhum outro período da história do país teve-se uma imprensa tão leviana, induzindo a conflitos de rua, colocando em risco vidas, estimulando o ódio, ao melhor exemplo das milícias fascistas.
    Na sexta-feira haverá a passeata pró-Lula. Independentemente das comparações com a passeata de domingo, mostrará que há polarização e que a tentativa de impeachment não passará sem reação.

    Ontem foi o ápice da violência, que poderá prosseguir por mais alguns dias. Mas, a não ser que irrompa uma revolução, não há como manter a mobilização permanente dos manifestantes. A não ser que outras forças entrem na parada.
    Especial atenção com o Secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes. Poderá utilizar a Polícia Militar para incursões provocadoras, já que a cidade é o epicentro da radicalização. Nos últimos tempos, Moraes se revelou um Secretário de Segurança ambicioso e sem escrúpulos em relação ao uso da violência da PM.
    Fator 3 – Aécio perde por WO.
    Como já havíamos alertado dias atrás, Aécio Neves tornou-se disfuncional. Além de não ter envergadura para articulações políticas mais complexas, ainda tem um enorme rabo preso que comprometeria qualquer jogada política fundada no moralismo e na luta contra a corrupção.
    Conforme alertamos no dia 5 de março passado, no post "A Lava Jato atravessou o Rubicão" (http://migre.me/tfn4Z) a operação precisava de algum episódio que lhe devolvesse a presunção da isenção. No dia 17 de fevereiro, no post "Quem é quem no xadrez do impeachment" (http://migre.me/tfo9Z)
    "Aécio se tornou peça disfuncional no jogo. É imaturo, desinformado, voluntarioso, deixou passar a intenção de até demolir a economia, em busca do impeachment, e seria um desastre na presidência. É o álibi ideal para o PGR (Procuradoria Geral da República) resgatar um pouco da imagem de isenção.
    Aparentemente a implosão se deu ao largo do trabalho da PGR. Mas, de qualquer modo era previsível.
    Lá atrás, se o PGR tivesse levado adiante a ação penal contra Aécio, provavelmente o quadro política não teria se radicalizado tanto quanto agora. Com Aécio fora, o jogo fica apenas entre profissionais: José Serra, Gilmar Mendes e os pontos de contato com o mercado norte-americano, como Armínio Fraga.
    Fator 4 – Renan, o fiel da balança.
     O presidente do Senado Renan Calheiros continua sendo o fiel da balança. Sem Lula no governo, terminaria por fechar com José Serra no semiparlamentarismo. Agora, equilibra-se o jogo e poderá haver acordo com Lula, mas ainda dependendo de um conjunto de circunstâncias. E das ações imprevistas do Procurador Geral da República.
    Fator 5 – O Procurador Geral da República.
    Ontem a imprensa se esmerou na fabricação de factoides valendo-se da jogada manjada do "se". Perguntam para Rodrigo Janot: "Se a delação de Delcídio contiver dados contra a presidente ela será investigada". E Janot respondeu o óbvio: "Havendo provas, todos serão investigados". Ai o jornal solta a manchete de que Janot poderá investigar a presidente.
    Janot ainda é uma incógnita. Nos próximos dias se saberá definitivamente qual é a sua: se o compromisso com a legalidade e a responsabilidade institucional, ou com o confronto.
    Do mesmo modo, há dúvidas de monta sobre como se comportará o STF.
    Não podem ser afastados outros factoides, como os que explodiram no Jornal Nacional no dia de ontem.
    Fator 6 – a reorganização política com Lula.
    Não se espere de Lula medidas econômicas heroicas. Para Lula, a economia é uma engrenagem complexa que tem que ser mexida com todo cuidado. Daí sua predileção por Henrique Meirelles, um dos mais medíocres presidentes de Banco Central da história, mas bom articulador político com o mercado.
    Por outro lado, terá que criar fatos de impacto com toda a mídia jogando contra ele. Poderá ser a indicação de um Ministério que infunda confiança na opinião pública e, ao mesmo tempo, atenda às demandas do Congresso.
    Nos seus dois governos, Lula contou com a bonança econômica para distribuir recursos por políticas sociais e atender o mercado. Agora, o jogo é mais restrito.
    Enfim, um desafio à altura dos melhores estrategistas, que mostrará se Lula continua o político sagaz de antes.