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Patriotismo


Marco Antonio Leite

Patriotismo é o sentimento de amor e devoção à pátria, aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão). Através de atitudes de devoção para com a sua pátria, pode-se identificar um patriota.

Muitas vezes, o nacionalismo é utilizado como seu sinônimo. Porém, podemos dizer que o nacionalismo é considerado uma ideologia, que leva as pessoas a serem patriotas.

Ser um nacionalista não implica algum ponto de vista político particular, à exceção de uma opinião da nação como um princípio organizado fundamentalmente na política. Agora, ser um patriota implica fazer algo de bom pelo seu país, ou nação.

Há diferentes tipos de patriotismo, e diferentes pessoas que são patriotas, diferentes maneiras de mostrar como são devotos ao seu lugar de origem:

  • Patriotismo nos desportos: há grande parte da população que tem orgulho de sua pátria quando ela está representada por atletas em competição;
  • Patriotismo na Cultura: cantores, compositores e poetas, que são famosos no mundo inteiro, espalham o encanto do país em que vivem. E não negam suas raízes;
  • Patriotismo na Guerra: pessoas que se oferecem ou são rigorosamente selecionadas para defenderem seu país em uma guerra. 
Vale lembrar, que o rico não sente devoção e não tem bandeira, hino e brasão, rico tem muito dinheiro. Pois, patriota é coisa para pobre curto de inteligência, isto porque ser patriótica é ter dignidade, ou seja, casa, comida, emprego, escola entre outras necessidades básicas, isso a maioria do povo não tem. Patriotismo é mais uma das muitas contradições do sistema capitalismo. Não seja BRONCO!

Classe média frívola


Marco Antonio Leite

Quanto à "selvageria" dos protestos, queria dizer o seguinte:
Quando um professor da USP faz um protesto, ao fazer seu cartaz com as reivindicações, ele se preocupa em colocar acento nas paroxítonas terminadas em ditongo crescente. E a polícia do Serra parte pra pancadaria.

Quando um morador da periferia se revolta, amigo, é a revolta de um povo oprimido por, no mínimo, cinco gerações. É uma revolta que não é "civilizada", "ordeira", ou "pacífica". Eles sabem que a polícia, em se tratando de pobres, vai sair atirando para todos os lados, e não só com bala de borracha.

Uma jovem de 17 anos foi morta com um tiro na nuca, ao estilo das execuções da ditadura na década de 70. Imagine-se o estado d'alma dessas pessoas. Eles vão queimar ônibus, sim, vão jogar pedras, sim. E se o Brasil não melhorar muito nos próximos anos, essa gente sofrida vai é pegar em armas e produzir uma gigantesca convulsão social. A única forma de evitar isso é melhorando muito à condição de vida da população pobre. 

Onde esta a Globo que fomentou a gritaria dizendo que bandidos estavam envolvidos na revolta popular, inclusive inventaram tal bilhete que dizia para a população participar do evento que receberia um cesta-básica, quanto sofisma.

O Tombo

Furor legiferante!

Trechos da coluna de Cesar Maia na Folha de SP

1. Uma regra que cabe bem na cultura política brasileira: Governar é fazer leis. O furor legiferante produz quatro efeitos: a sensação de solução dos problemas; as relações de clientela com parlamentares; parques de diversões para os escritórios de advocacia; e riscos de uso de resíduos legais, em outro tempo.

2. Em relação a esse último efeito, há um caso clássico: a Teoria dos Resquícios Legais do jurista chileno –Eduardo Novoa- ao analisar a estatização de Allende. Novoa foi seu constitucionalista. Eram tantas as leis aprovadas por anos, e tantos dispositivos de leis esquecidos, que Novoa fez uma busca neste emaranhado residual. Viu que poderiam ser agrupados de forma a lhes dar consistência. E então, aplicados administrativamente como regulação especial e com garantia de constitucionalidade. Ele partiu dos dispositivos esquecidos pelos governos seguintes, dos decretos-leis que o Coronel Marmaduke Grove, em sua revolução socialista de 1932, aplicou nos dias que governou.

3. O primeiro efeito é exemplificado pelo entusiasmo na constituinte de 88, onde cada dispositivo aprovado era aclamado com a certeza de um problema resolvido. A cada crise –na segurança, na saúde, na economia,etc; - criam-se leis como solução, ou como esperteza, para ganhar tempo e criar expectativa. O segundo efeito é o envolvimento dos governos na aprovação de novas leis. Esse festival vira um jogo de barganhas para formar maiorias. Essa é a razão maior dos "mensalões", descobertos ou não. O terceiro efeito é a teia de aranha de leis, abrindo espaços para a diversão e os ganhos dos escritórios de advocacia. Na maior, parte as fontes pagadoras são os governos. E com eles o engarrafamento de ações no judiciário, acúmulos no STF, e o encilhamento de precatórios.

4. A quantidade de leis aprovadas pelos legislativos, sem ocorrer sistematizações periódicas, com limpeza de resíduos inócuos, contraditórios ou superados, produz no Brasil uma rede de possibilidades exóticas, para os governos, para as pessoas e advogados, e dificulta a dinâmica judiciária. Uma revisão dessa cultura legiferante traria naturalmente muito mais governabilidade: sem custo. A atual crise econômica vem sendo superada sem a necessidade de lei nova. Mas durou pouco. Para que lei do pré-sal? As que existem, servem. -É da minha natureza, diria o escorpião, na velha história.