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A Lava-Jato e a ANPR contra a procuradora-geral da República: mais um desserviço ao País

- Mais um desserviço que procuradores deslumbrados fazem ao Brasil -

O ministério público federal (mpf, com iniciais minúsculas mesmo) chegou ao fundo do poço. Entre tapas, arranhões e puxadas de cabelo, a instituição parece mostrar, de público, que não está à altura de sua missão constitucional. Nunca se viu tamanha degradação. Alguns membros lá da província do sul, embevecidos com a reputação que ilicitamente construíram na famigerada “operação Lava-Jato”, perderam todas as estribeiras e passaram a ignorar a lei, a chefia e até os princípios que regem o funcionamento de sua casa. Pretendem que sua “independência funcional” tudo pode, como se soberanos fossem.

Bem a calhar, lembro-me de certo episódio da alvorada de minha carreira no mpf, quando o então Procurador-geral da República, Ministro José Paulo Sepúlveda Pertence, foi indagado por sua nova assessora de imprensa, Memélia Moreira, sobre como se devesse dirigir aos procuradores da república. Perguntou-lhe a novata: é com “excelência”…? Respondeu o Ministro Pertence sem titubear, na fina ironia que lhe é própria: de “excelência”, chame a mim! Aos procuradores, reporte-se por “majestade”!

De lá para cá, as coisas só pioraram. Fui corregedor, pude constatar como uma parte nem tão numerosa, mas bem barulhenta deles tem dificuldade, no extremo de seu narcisismo, de lidar com frustrações. Não são deuses, são professores de Deus! Ninguém com eles pode e, em tempos mais recentes, a diretoria de sua associação (Associação Nacional dos Procuradores da República – (ANPR) passou a ser seu sаnto ofício, escolhendo lado em brigas entre associados, para canonizar sobre o que é certo e errado pensar e dizer dentro da instituição. Ai daquele que ousar ter ideias próprias. Pesa-lhe a eterna danação na carreira, como se tivesse violado a regra de “omertà” de uma organização mafiosa.

Artigo do dia










O que Tito Lívio pode ensinar a ANPR - Associação Nacional dos Procuradores da República -, por Fábio de Oliveira Ribeiro

Quando escreveu sobre alguns conflitos romanos na  II Guerra Púnica o historiador Tito Lívio afirmou que:
A salvaguarda do bem público assegura ao mesmo tempo a salvação dos bens privados; mas quem trai o interesse da coletividade busca em vão preservar o que é seu.” (Ab Urbe Condita Libri, Tito Lívio, 3° volume, Editora Paumape, São Paulo, 1990, p. 336)
Após sofrer críticas intensas, o acordo bilionário firmado pelos procuradores da Lava Jato será questionado no STF pela Procuradora Geral da República. Deltan Dellagnol usou o Twitter para defender seu ato. A Associação Nacional dos Procuradores da República soltou uma nota em favor dele e dizendo que a União não é confiável.

Procuradores e juízes julgam-se acima das leis


Jornal GGN - O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) convidará, na próxima semana, os procuradores Deltan Dallagnol e Carlos Fernando, coordenadores da Lava Jato em Curitiba, à CPMI da JBS. A informação é do Painel da Folha desta quarta (1º).
Na semana passada, Damous esteve na Espanha com o deputado Paulo Pimenta (PT) para entrevistar o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran. Segundo publicação do Viomundo, Duran confirmou a história de que Carlos Zucolotto, amigo pessoal de Sergio Moro, cobrou propina para intermediar um acordo de cooperação com os procuradores da Lava Jato.
Na terça (31), o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima atacou o deputado Paulo Pimenta nas redes sociais. Ele insinuou que a eleição de 2018 vai limpar o Congresso de políticos que são contra a operação Lava Jato e o instituto da delação premiada. O comentário foi disparado em função de uma opinião emitida por Pimenta contra delações irregulares.

Além dos procuradores de Curitiba, CPMI da JBS já convocou o procurador regional da República Eduardo Pelella, ex-chefe de gabinete de Rodrigo Janot. Ele estaria envolvido no escândalo que virou a delação da JBS após a suspeita de que os procuradores orientaram os empresários a agir sem autorização judicial.
Em nota, a ANPR, Associação Nacional dos Procuradores da República, repudiou o convite a Pellela. "É um atentado à atuação independente do Ministério Público e um desvirtuamento do nobre instrumento que é uma CPI a convocação de um membro do MPF para prestar depoimento sobre fatos relacionados à sua função, principalmente em uma apuração ainda em andamento perante o Supremo Tribunal Federal, que pode implicar membros de Poderes do Estado e levar a revelação de documentos e provas ainda sob sigilo", disse.
"A atuação da CPMI está desvirtuada, infelizmente, desde o seu início, e foge dos parâmetros constitucionais. Não é cabível o constrangimento imposto a um membro do MPF, quando se pretende obrigá-lo a prestar declarações sobre fatos protegidos por sigilo", acrescentou.
 
Ainda segundo o Painel da Folha, a CPMI está tentando atingir o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da Lava Jato, que avisou que não se deixará intimidar.
 
"Edson Fachin, do STF, não está alheio ao movimento da CPMI para vinculá-lo a Joesley Batista e Ricardo Saud. Aliados avisam: se o objetivo é intimidá-lo, não vai dar certo", publicou.
 
Ontem, durante sessão da comissão parlamentar, o empresário Ricardo Saud foi questionado sobre a relação da JBS com Fachin, mas preferiu ficar em silêncio por causa do imbróglio envolvendo seu acordo de delação.
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Sobre a reação da ANPR - Associação Nacional dos Procuradores da República -, digo apenas o seguinte: 
Quem não deve não teme.
Pimenta nos olhos dos outros é colírio nos meus e vocês tem o direito de permanecerem calados. Oraite?