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Mensagem Briguilina

Tão importante quanto (ou ainda mais) entender que os outros erram, é aceitar que também cometemos erros. Porém algumas pessoas são completas de razão, perfeitas é a palavra correta. Pois é, eu sou absolutamente imperfeito (inda bem). Que os deuses continuem senhores e senhoras da pureza ( sou mistura pura).

És água? Sou cachaça de alambique!
É santa? Sou michê!

Quem sabe, um dia consiga me entender (um pouquinho que seja), visto que Eu sou caçador de mim.



Que seja para sempre


A lava jato é comandada por bandidos

No evento do Barão de Itararé em que Paulo Moreira Leite - "Bláblárina quer o Golpe de boutique" -  lançou seu livro sobre a Lava Jato, e o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) observou que o Ministro (sic) Gilmar (PSDB-MT) não faria parte de nenhuma Corte Constitucional do mundo e, por isso, merece um impeachment, nesse mesmo evento o advogado Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC de São Paulo, e Pós-Doutor pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa fez brilhante exposição.
(Em tempo: Serrano é advogado da Odebrecht na Lava Jato e já sabe que  vai perder na Vara do juiz mais poderoso que um ministro do Supremo.)
Eis algumas observações não literais de Serrano:

- A lógica da notícia substitui a lógica do Direito e quando isso acontece não há Democracia.
- Uma coisa é o processo. Outra, o que a notícia produz.
- No mundo civilizado há leis para garantir que o julgamento não seja linchamento – porque a turba não julga: seria a volta ao medievo.
- Sempre houve espetáculo: a guilhotina funcionava na frente de todo mundo.
- O objetivo era produzir espetáculo.
- O problema é quando do isso acontece de forma intencional.
- O "Mãos Limpas" na Itália usou a mídia.
- Quando estava na Oposição, o PT foi primeiro a usar isso - abriu a caixa de Pandora.
- No interior da corrupção do sistema, o agente do Direito passou a agente da exceção
- É o que no Direito se chama de "fraude": o ilícito com aparência de licitude.
- Essa fraude é um novo autoritarismo: usar a ditadura no interior da Democracia.
- Nos EUA, quem praticou a fraude é o Legislativo, quando aprovou o Patriotic Act, depois do Onze de Setembro.
- Em nome do combate ao terrorismo, o inimigo é desprovido da característica de ser humano.
- Nos EUA, o muçulmano é desprovido do direito de defesa.
- O Judiciário também é agente da fraude: foi o que se viu em Honduras e no Paraguai.
- A fraude, na América Latina, é para interromper a manifestação da vontade popular.
- O Judiciário frauda para cumprir Constituição e para fazê-lo a descumpre.
- No Brasil, quando o réu tem alguma relação com este Governo, é desprovido da condição humana.
- É assim desde o mensalão.
- Dirceu não podia ser julgado no STF e foi.
- O uso da doutrina do "domínio do fato" foi uma fraude.
- Os direitos mínimos do ser humano não foram observados
- Na Lava Jato os réus não tem condição humana.
- A Carta Aberta dos Advogados, que critica Moro: só assinei porque sei qual será o resultado do julgamento.
- Do contrário, não iria prejudicar meu cliente.
(O Procurador da República que conseguiu acessar o wi-fi de Deus, o Dalton Dallagnol, anuncia neste sábado 23/01, no Estadão, que "Pena de (Marcelo) Odebrecht somaria dois mil anos". Mas, como a legislação brasileira é muito boazinha, é mais provável "que condenação de empreiteiro fique abaixo de cem anos"!!! - PHA)
- A situação no Brasil ainda é  "amena", em relação ao que fizeram em Honduras e no Paraguai.
-  Mas pode ficar mais grave.
- Por enquanto, a fraude está limitada a pessoas, mas pode vir a ser sistêmica.
- Democracia significa soberania popular e a defesa dos direitos do cidadão.

Desemprego no Brasil e no mundo

A OIT – Organização Internacional do Trabalho – divulgou recentemente um relatório sobre as perspectivas do desemprego global para os anos de 2016 e 2017. Esse relatório parte da premissa de que o mercado de trabalho mundial apresenta dois graves e persistentes problemas: altas taxas de desemprego e vulnerabilidade crônica do emprego, […]

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A deputada federal pelo PCdoB de Minas Gerais, Jô Moraes, lembrou que existe uma ofensiva conservadora para desconstruir as conquistas, alimentar a intolerância e levar à perda de perspectiva. Ela foi convidada do Fórum Social Mundial Temático de Porto Alegre para debater o tema Democracia, Direitos e Diversidade - luta e resistência.. […]

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Dilma sobe o tom

Parece que teremos, mais tarde ou amanhã, um entrevista mais longa da Folha com Dilma Roussef, pelo que está sendo publicado aos poucos pela Natuza Nery, do Painel.

Primeiro, ela ridiculariza as versões de que teria sido a mão oculta em todo da última decisão do Banco Central – deus meu, a quarta do mesmo teor e com os mesmos votos a favor e contra no Copom! – de não aumentar (ainda mais) os juros públicos:

"De maneira alguma [teve pressão]. Agora, eu acho fantástico. O Copom aumenta os juros sistematicamente e ninguém nunca perguntou para mim, nunca, durante todo esse período de aumento, se eu tinha pressionado o Tombini para aumentar os juros", afirmou.

Depois, ao comentar a Lava Jato, ficou no limite do que poderia ir como chefe de Estado – tem gente que acha que chefe de Estado não tem de segurar a língua, e como tem e como dói – ao ir ao ponto central do que tem sido o abandono da legalidade e da seriedade no mar de acusações sem provas e vazamentos seletivos e desconexos e com base no "diz que diz":

" Isso é o mínimo que a gente espera, que quando falarem uma coisa que forem perguntar para uma pessoa, que provem."

É verdade que não falou da abulia de seu Ministério da Justiça diante dos abusos policiais, da quebra de sigilolos confiados à guarda de seus agentes, da indisciplina que grassa na Polícia Federal e na absoluta inapetência de seus dirigentes em apurar os atropelos que ali ocorrem. Se falasse, claro, teria de explicar porque mantém José Eduardo Cardozo à frente (ou a reboque, talvez melhor dito assim) do Ministério da Justiça.

Por último, sua fala na reunião do Diretório do PDT, onde retomou o discurso antigolpista:

"O impeachment que tentaram impor a Getúlio Vargas foi um prenúncio do que está acontecendo agora no Brasil. Um governo federal pode e deve ser julgado e criticado. Mas um governo federal não pode ser objeto de um golpe por razões que eles chamam de política, que não são. Não há nenhuma base para um impeachment. Eles sabem disso e não ligam. Não gostam de ser chamados de golpistas, mas são".

Dispensem-me, por favor, de comentar o esdrúxulo do título da matéria – "Dilma se compara a Vargas e diz que defender o impeachment é golpismo" –  porque é de uma estupidez atroz.

Mas parece, dos três episódios, uma preparação para uma subida de tom do discurso presidencial, antecipando a volta do recesso parlamentar e as votações decisivas para a Comissão Especial que analisará o pedido de impeachment.

Subida de tom que ficará mais evidente, na quinta-feira, quando o governo anunciar um conjunto de medidas anti-recessivas para a economia.

Antes tarde do que nunca.

Fernando Brito

Nas entrelinhas da imprensa

por Luciano Martins Costa

Você assiste ao Jornal Nacional e se impressiona com as caras e bocas dos apresentadores quando falam da economia brasileira? Fica assombrado com as manchetes catastrofistas dos principais diários do País? Repete por aí o que dizem os comentaristas das emissoras de maior audiência? Acha realmente que o Brasil foi para o ralo, e que a causa é o modelo econômico que desperdiça recursos com programas sociais?

Esses são sintomas muito claros de midiotice, que impede de ver distorções entre a realidade e o retrato pintado pela mídia hegemônica.

Por exemplo, você entendeu o que significou a manutenção da taxa oficial de juro, quando todos os especialistas apostavam num novo aumento de 0,5 ponto porcentual?

Nem se pergunta o que os especialistas vão fazer com as apostas que deram errado?

Bem, o autêntico midiota realmente não se propõe esses questionamentos e absorve como verdadeiro tudo que encontra no chamado ecossistema da imprensa tradicional.

Mas, não seria o caso de fazer uma pequena reflexão? Por exemplo, se o Brasil realmente está no fundo do poço, por que você precisa esperar uma hora ou mais para conseguir uma mesa naquele restaurante?

Vou dar aqui uma lista de livros interessantes que ajudam a entender de que lado está a mídia tradicional: A Armadilha da Globalização, de Hans-Peter Martin e Harald Schumann, O Horror Econômico, de Viviane Forrester, A Economia da Desigualdade, de Thomas Piketti.


Christian Bale em cena do filme "A Grande Aposta". Foto: Reprodução/IMDb

O que você vai concluir dessas leituras: uma aliança tácita entre o poder econômico e a imprensa dá corpo e voz ao discurso da unanimidade contrária a qualquer tentativa de esclarecimento das muitas e profundas contradições do sistema financeiro mundial.

Se fica difícil ler até o fim um livro que ameaça tirar você dessa condição, vá ao cinema. Está em cartaz o filme A Grande Aposta, baseado no livro do ex-corretor de valores Michael Lewis, que escreve para a agência Bloomberg News. Ali está desenhada, de forma didática, a origem da crise que o Brasil enfrenta. Você vai entender como aconteceu a crise financeira de 2008 e de como ainda pagamos os prejuízos causados pela grande fraude de Wall Street.

Mark Spitznagel, que na ocasião ganhou um bilhão de dólares ao apostar  contra as especulações com a securitização de financiamentos imobiliários, vem anunciando uma nova quebra no mercado mundial de ações. Boletins de analistas americanos, como os da Newsmax Finance, alertam que grandes fundos de investimento estão com excesso de liquidez e que o sistema produziu uma gigantesca bolha, como a que explodiu em setembro de 2008.

Eles precisam encontrar ativos mais sólidos para aplicar seu dinheiro virtual. Não é difícil adivinhar quanto interesse teriam em governos favoráveis a uma massiva privatização de bens públicos, certo?

Quando você acha que vai ler isso na imprensa hegemônica ou ouvir um comentário daquele seu colunista tão apreciado?

O que isso tem a ver com o noticiário demonizando o governo, a política econômica brasileira e pregando a conveniência de entregar o País aos caprichos do mercado?

Você repete o discurso hegemônico da imprensa. Você é um midiota.

Então, por que ficar macaqueando que o Brasil foi à falência por culpa dos políticos se, no final, é você quem vai pagar a conta?

Para ler: "George Soros alerta para novo crash", em Business Insider.

*Jornalista, mestre em Comunicação, com formação em gestão de qualidade e liderança e especialização em sustentabilidade. Autor dos livros "O Mal-Estar na Globalização","Satie", "As Razões do Lobo", "Escrever com Criatividade", "O Diabo na Mídia" e "Histórias sem Sa