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Tempo e sentimento


A vida é feita de tempo e sentimento.
A infância é a inocência.
A adolecência é a curiosidade.
A maturidade é a consciência.
A velhice é a caduquice... Então é apenas tempo.
Sem sentimento é aguardar a hora de morrer.
Joel Neto

Recriminar os outros

Tem gente, a propósito, que recrimina com veemência os que não resistiram à tortura, e meio século depois, garantem que seriam heróis da resistência, mesmo amordaçados, no silêncio e no escuro dos cárceres, entregues à bestialidade dos carrascos. 

É muito fácil ser bravo e ser resistente hoje em dia quando já não há o menor risco de ser empalado pelo carcereiro ou sofrer choques elétricos, até morrer como o jornalista Wladimir Herzog. 

Uma vez, depondo para o Nudoc, para livro que o Sindicato dos Jornalistas editou, registrei o quanto de medo senti naqueles tempos sómbrios. 

Medo, pavor de ser alvo da tortura e de humilhações menores, nem por isso menos doloridas, nas enxovias do Estado. 

Por isso, tenho respeito aos que, de armas na mão, exerceram o legítimo direito de reação à violência e ao arbítrio.

Tenho vergonha dos que, hoje em dia, passado o perigo, posam de heróis. De combatentes a posteriori. São destemidos, muito destemidos na reescritura do passado. Reveem a história, a seu favor. Assim é facil.
Lustosa da Costa

Copo de Leite

Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de

porta em porta para pagar seus estudos,

viu que só lhe restava uma simples moeda de

dez centavos e tinha fome.

Decidiu que pediria comida na próxima casa.

Porém, seus nervos o traíram quando uma encantadora

mulher jovem lhe abriu a porta. Em vez de comida,

pediu um copo de água.

Ela achou que o jovem parecia faminto e assim lhe

 deu um grande copo de leite. Ele bebeu

 devagar e depois lhe perguntou:

Quanto lhe devo?

Não me deves nada -respondeu ela. E continuou:

Minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar

pagamento por uma oferta caridosa.

Ele disse:

Pois te agradeço de todo coração.

Quando Howard Kelly saiu daquela casa,

não só se sentiu

mais forte fisicamente, mas também sua

fé em Deus ficou mais forte.

Ele já estava resignado a se render e deixar tudo. 

Anos depois, essa jovem mulher ficou

gravemente doente.

Os médicos locais estavam confusos.

Finalmente a enviaram à cidade grande,

onde chamaram um especialista para estudar

sua rara enfermidade.

Chamaram o Dr.Howard Kelly.

Quando escutou o nome do povoado de onde ela viera,

uma estranha luz encheu seus olhos.

Imediatamente, vestido com a sua bata de médico,

foi ver a paciente.

Reconheceu imediatamente aquela mulher e

determinou-se a fazer o melhor para salvar aquela vida.

Passou a dedicar atenção especial aquela paciente.

Depois de uma demorada luta pela vida da enferma,

ganhou a batalha.

O Dr. Kelly pediu a administração do hospital

que lhe enviasse a fatura total dos gastos.

Ele conferiu, depois escreveu algo e mandou

entrega-la no quarto da paciente. 

Ela tinha medo de abri-la, porque sabia que

levaria o resto da sua vida para pagar todos os gastos.

Finalmente abriu a fatura e algo lhe chamou a atenção,

pois estava escrito o seguinte:

Totalmente pago há muitos anos com um

copo de leite

(assinado). Dr. Howard Kelly. 

Lágrimas de alegria correram de seus olhos e

seu coração feliz orou assim:

Graças meu Deus porque teu amor se manifestou

nas mãos e nos corações humanos.

Saudade

Quando bate a saudade é que sentimos quanto falta nos faz um carinho.

Um abração Minha Princezinha, aquele que só você sabe e pode dar.

Te AMOOOOOO!!!

Governo só aplicou 22,5% da verba prevista no Orçamento

Do Globo Online:

O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa de investimentos públicos para enfrentar a crise econômica internacional destoa do desempenho de sua equipe. No ano passado, o governo só gastou 22,5% dos recursos para investimento previstos no Orçamento. De um total de R$ 47,6 bilhões aprovados na lei orçamentária, apenas R$ 10,7 bilhões efetivamente saíram do papel. No orçamento de investimentos estão reunidas todas as obras de infraestrutura, habitação e saneamento de responsabilidade federal, inclusive as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O baixo nível de investimento atingiu inclusive a área social. No Ministério da Saúde, apenas 7% dos investimentos foram executados. De um total de R$ 3,9 bilhões incluídos no Orçamento, foram gastos R$ 276 milhões. O programa de Atenção Hospital e Ambulatorial no SUS, por exemplo, tinha verba aprovada de R$ 1,7 bilhão, mas foram desembolsados R$ 163 milhões (9,5%). E de uma dotação de R$ 324 milhões para ações de saneamento rural, foram aplicados apenas R$ 3,9 milhões (1,3%). No Ministério da Educação, a execução chegou a 27,5% dos investimentos previstos. De uma dotação de R$ 3,7 bilhões, foi gasto R$ 1,031 bilhão

Lula, a Mídia e como evitar Azia

O articulista da matéria acima mencionada tem razão na maior parte do que escreveu.

No entanto subestima grandemente a inteligência até mesmo de Lula.

Como somos seres racionais, qualquer um de nós, ao ler uma notícia, ouvir um noticiário, ler um post em blog ou um livro, sabe analisar e aceitar ou recusar as idéias ali expostas.

Dizer que se Lula tivesse lido os noticiários não teria aumentado o salário mínimo ou implantado o bolsa família, é mesmo que dizer que o presidente não tem idéias próprias e não sabe distinguir o que é certo ou o que é errado.

O articulista chamou o presidente de Maria vai com as outras.

É impressionante a capacidade que os lulopetistas tem de inventar todo o tipo de argumento, até este ridículo argumento de que o presidente Lula não teria dado aumento real ao salário mínimo se estivesse lendo jornais, para tentar calar a imprensa e impor uma ditadura no Brasil.

A inverdade é tanta que o articulista se esquece de que aumentos reais do salário mínimo vinham sendo concedidos mesmo antes do governo Lula. Se o articulista lesse as notícias e fizesse uma pesquisa mesmo que superficial, saberia disto e não falaria a bobagem que falou.

Quando é que vamos aprender a questionar o que lemos? Afinal a nossa cabeça foi feita para pensar e não para separar as orelhas e usar boné do PT.

Lula, a mídia e como evitar azia

Está causando grande repercussão na imprensa a informação de que o presidente Lula não lê a imprensa. A informação foi fornecida pelo próprio Lula, em entrevista ao jornalista Mario Sergio Conti, diretor da revista Piauí. Lula revelou evitar ler notícias em jornais, sites e revistas porque tem “problema de azia”.
 

É mais do que óbvio que fechar os olhos aos que é publicado pela imprensa não é o melhor método de aliviar crises de azia. Mais adequado seria um bicarbonato na queimação aguda e, antes disso, um esforço para manter hábitos alimentares saudáveis.

Lamentável mesmo que o presidente se recuse a ler as notícias publicadas por veículos de comunicação - ele confessa nem se interessar pelo clipping oficial, distribuído, todas as manhãs, aos escalões superiores do governo. Mesmo sabendo que a visão transmitida é sintonizada, como não poderia deixar de ser, com interesses e anseios de parcelas bem definidas da população, um presidente não deveria dispensar o contato com a visão, ainda que parcial, com a qual se identifica parte politicamente influente de seus governados.

Daí a concluir, como fizeram alguns analistas, que, ao não ler os jornais, Lula se mantém desinformado, vai uma distância. O exemplo usado para afirmar o argumento não foi dos mais felizes. Para esses analistas, por  não ler os jornais, Lula demorou a perceber que a encarnação no Brasil da crise econômica global não se daria sob a forma de uma marolinha.

Beleza. Mas, diante do pensamento único neoliberal que domina as páginas de economia dos jornais e revistas que Lula não lê, é possível encontrar vantagens no, com todo o respeito, deslize do presidente. Como não lê a imprensa, Lula, por exemplo, não ficou sabendo, do mesmo modo que não soube a tempo da gravidade da crise, que dar aumentos reais ao salário mínimo quebraria, inapelavelmente, as finanças federais, estaduais e, principalmente, municipais.

Se tivesse lido os jornais, não teria insistindo nos aumentos reais de mais de 50% para o mínimo. Sem falar que, diante dos ataques incessantes, teria abandonado o bolsa-família no nascedouro e detonado a Previdência Social, evitando elevar os gastos públicos, para garantir o maior superávit primário possível.

Mas, como não leu, sem quebrar finança pública alguma, ajudou a reduzir o contingente de pobres, distendeu um tanto da concentração de renda e reforçou o mercado interno que, agora, é o pilar de sustentação da economia em meio à crise. 

José Paulo Kupfer