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Humorístas midiáticos, por Mino Carta

Há momentos de puro humorismo propiciados pela mídia nativa. No momento a Folha de S.Paulo celebra a instituição do ombudsman há 25 anos, de sorte a estabelecer a autocrítica dentro do próprio jornal. O Folhão se apressa a esclarecer, pomposo, que o exemplo não foi acompanhado pelas demais publicações brasileiras enquanto em vários países do mundo a prática salutar é adotada. O nome ombudsman, admito, me soa desagradável. De todo modo, tivesse funcionado sempre para valer, viveria física e moralmente esgotado.



A leitura e a audiência que parcimoniosamente dedico à mídia nativa me revelam o autêntico responsável por todos os males no momento padecidos pelo Brasil. Ou melhor, a responsável, Dilma Rousseff, a começar, pasmem, pela crise econômica mundial, que ninguém poupa, até a inflação e o desemprego. Mas os porcentuais não são bastante baixos em relação aos números globais? Segundo o Cérbero da família Marinho, o cão de três cabeças à porta do Hades, a presidenta maquia os dados. Ou finge ignorá-los?

Tudo é culpa da Dilma, até, quem sabe, o 7 a 1 imposto pela seleção alemã aos canarinhos, ou o tráfego congestionado, ou falta de luz em casa. Só mesmo a crescente, inexorável escassez de água em São Paulo não pode ser atribuída à presidenta. No caso, entretanto, o culpado, o governador, Alckmin, é prontamente perdoado e se prepara ao passeio eleitoral.

20 anos sem Mussum

Abaixo sete bordões do humorista que fizeram e ainda continua a fazer sucesso:


  1. Kacildes
  2. Criôlis é tua véia
  3. Paisis, filhis, ispiritis santis
  4. Suco de cevadis deixa as pessoas mais interessantis
  5. Não sou faixa preta cumpadi, sou preto interis, enteris
  6. Mais vale um bebadis conhecidis que um alcolatris anônimis
  7. Tá deprimidis? Eu conheço uma cachacis que podis alegrar tua vidis

Nos palcos da vida

Três humoristas desempregados tentam buscar uma forma de voltar aos palcos. Um deles sugere que façam um número de teatro de revista. 

- Ouçam - diz ele. - O pano sobe, eu apareço e conto algumas anedotas. A seguir, o pano desce. Depois, o pano sobe e eu canto umas músicas. Em seguida, o pano desce. Então, o pano sobe e eu... Um dos outros dois o interrompe: 

- Peraí! E nós, o que fazemos? 

- Ora, ora... E por acaso acham que o pano sobe e desce sozinho? 

Morre Millôr Fernandes

Aos 88 anos de idade morre o escritor, dramaturgo, jornalista, desenhista, tradutor, humorista, chargista e cidadão Millôr Fernandes. Abaixo alguma frases do artista:
  • A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas nossas qualidades.
  • Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.
  • As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.
  • Viver é desenhar sem borracha.
  • Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim. 
  • Esnobar é: Exigir café fervendo e deixar esfriar.
  • Não devemos resisitir às tentações: elas podem não voltar.
  • Chato...Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.
  • Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.
  • O dinheiro não dá felicidade. Mas paga tudo o que ela gasta.

Chico Anísio

[...] O Nosso maior gênio do humor completa, amanhã, 80 anos de idade. E não é que Francisco Anysio de Oliveira Paiva Filho, que o Brasil, e diversos países do mundo, aprenderam amar e chamar de Chico Anysio, continua sua saga de surpreender o público e superar os próprios limites!


Já em casa, depois de longos três meses de internação no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, quase sempre apresentando quadros de hemorragia digestiva, complicações cardíacas ou pulmonares, Chico Anysio, aos poucos, volta às suas atividades normais.



A começar pelo lançamento de mais um livro, "O fim do mundo é ali", da Editora Prumo, que traz mais de trinta novos contos com a pegada arguta e engraçada que só Chico sabe empregar à prosaicas situações do cotidiano.



Outra novidade que corre à boca miúda é que, nos próximos dias, Chico receberá em sua casa, na Barra da Tijuca, uma equipe da Rede Globo para gravar um quadro para o programa Zorra Total. Na ocasião, Chico Anysio deve interpretar uma de suas mais emblemáticas personagens: a super-íntima do presidente João Figueiredo, Salomé Maria da Anunciação, mais conhecida como, Salomé de Passo Fundo.



Aliás, falando em interpretar personagens e/ou personalidades, talento que consagrou Chico desde o início da carreiraganhou homenagem em forma de livro. Organizado por Ziraldo, "É mentira, Chico?" (Editora Resultado) reune 200 criaturas criadas, roteirizadas, caracterizadas e interpretadas pelo garoto que partiu para o Rio aos 8 anos de idade e, aos 16, já chamava atenção do grande público do rádio pela desenvoltura, e incomodava a concorrência pelo talento arrasador.



Origens



"Sou artista porque esqueci o tênis", disse, cheio de graça, ao Caderno 3, durante sua curta passagem pelo II Festival de Humor de Maranguape, realizado ano passado, em sua cidade natal, ocasião em que visitou o museu local que, hoje, abriga 15 bonecos, de cerca de um metro de altura, com articulações e figurinos perfeitos, todos feitos em formato de marionetes, pelo artista plástico cearense, Gandhy Piorski Aires.



"Eu voltei para casa porque tinha ido jogar bola, mas o campinho tinha mudado de local, e precisava jogar calçado. Encontrei minha irmã Lupe (Gigliotti, falecida em dezembro de 2010) e um amigo dela saindo para fazer um teste na Rádio Guanabara. Fui, me empolguei e logo estava imitando trinta e duas vozes de artistas da época. Depois disparei a ganhar os programas de calouros no Rio e em São Paulo. Com pouco tempo não aceitavam mais, nem a mim, nem ao Manoel da Conceição, o Mão de Vaca, grande violonista", recorda Chico.



Ainda bem jovem, os ares de mestre deram os primeiros sinais, e, com pouquíssimo tempo, Chico acumulava funções de rádio-ator, locutor, redator, comentarista esportivo e passaria, com louvor pelo casting das três maiores emissoras da época, TV Rio, TV Tupi e TV Excelsior, todas extintas. Aliás, trabalhar muito, também é outra marca registrada do nosso cearense ilustre. Tanto que, não raro, nos últimos anos, vimos nosso eterno Professor Raimundo, discretamente lamentando não estar no ar com seus impagáveis personagens. 



NATERCIA ROCHA
REPÓRTER