Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Blog do Charles Bakalarczyk: Justa homenagem a Lula, nosso eterno presidente

Blog do Charles Bakalarczyk: Justa homenagem a Lula, nosso eterno presidente: "Com Lula, o Brasil mudou de rumo!"

Blog do Charles Bakalarczyk: Justa homenagem a Lula, nosso eterno presidente

Blog do Charles Bakalarczyk: Justa homenagem a Lula, nosso eterno presidente: "Com Lula, o Brasil mudou de rumo!"

Blog do Charles Bakalarczyk: Globo, futebol e o Jardim das Delícias

Blog do Charles Bakalarczyk: Globo, futebol e o Jardim das Delícias: "Personagens: a serpente (Globo), Eva (clubes que romperam com o C-13), Adão (o C-13), o fruto proibido (direitos de transmissão do campeonat..."

A real extensão dos cortes orçamentários

Os cortes orçamentários deste ano, detalhados nesta 2ª feira pelo governo, são até maiores do que os R$ 50 bi inicialmente anunciados e tão cobrados pela mídia e conservadores - chegam a R$ 53,6 bi. Mas, não atingiram programas sociais e nem mesmo o PAC. A parte referente ao Programa "Minha Casa, Minha Vida" - a mais explorada pela imprensa hoje -  não é exatamente como ela a retrata. Conforme explica a ministra Miriam Belchior, não pode ser considerado corte o enxugamento de R$ 5,1 bi do programa porque sua 2ª etapa ainda depende de aprovação do Congresso.
Image


Ela espera que isto ocorra até 20 de março quando o governo, conforme o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), encaminha documento ao Legislativo com a reestimativa das receitas e despesas orçamentárias deste ano.

Crítica da oposição a cortes é risível

A crítica da oposição aos cortes, portanto, é risível. Nos últimos 9 anos cresceram, e substancialmente, os investimentos e os gastos sociais. É só comparar os orçamentos do 2º governo Lula (2007-2010) com o último do governo FHC (2002). Os oposicionistas concentram seus ataques, também, nos gastos e investimentos feitos em 2009, quando estes foram mais do que necessários e justificados.

Ao contrário da exploração feita, estes cortes não tiveram exatamente a ver com campanha ou eleição (de 2010), mas com o fato de que precisávamos evitar que a crise mundial chegasse ao Brasil com efeitos ainda mais devastadores como recessão, quebras empresariais e falências, desemprego e queda da arrecadação, aumento da dívida e do déficit públicos como aconteceu nos Estados Unidos e na Europa.

Cumpre notar que a maior parte do ajuste é representada pela supressão de emendas parlamentares incluídas pelo Legislativo sem acordo com o Executivo e sem constar de programas prioritários do governo como o PAC e todos os projetos sociais poupados. Daí este corte ser quase natural.

Feitas as contas - ou acompanhando-as - constata-se que com o aumento previsto de R$ 15 bi a R$ 20 bi na arrecadação deste ano, mais os cerca de R$ 20 bi congelados das emendas parlamentares, mais outras previsões orçamentárias suprimidas, o corte de R$ 53,6 ontem detalhado - ou o de R$ 50 bi inicialmente anunciado - resume-se, na realidade, a cerca de R$ 13 bi a R$ 15 bi. Sem atingir o PAC e os programas sociais.


por Cesar Maia

Leitura obrigatória para a oposição

Ex-Blog do Cesar Maia

Cesar Maia

linha

                          
Trecho do quarto capítulo da biografia de Fouché, de Stefan Zweig.
            
1. Porque só conhece a vida quem já mergulhou nas profundezas. Só um revés confere ao homem sua força impetuosa integral. Principalmente o gênio criador precisa desta solidão temporária forçada para medir, das profundezas do desespero, do exílio distante, o horizonte e a extensão de sua verdadeira missão.
        
2. Também na esfera inferior, terrestre, do mundo político, uma retirada temporária confere ao estadista uma nova percepção, uma reflexão mais aguda e uma forma melhor de calcular o jogo das forças em ação. Por isso, nada de melhor pode acontecer a uma carreira do que a sua interrupção temporária, pois quem sempre vê o  mundo do alto de uma nuvem, do alto da torre de marfim e do poder, só conhece o sorriso dos submissos e a sua perigosa solicitude: quem tem sempre nas mãos o poder esquece o seu verdadeiro valor.
      
3. Nada enfraquece mais o artista, o general, o estadista do que o sucesso permanente de acordo com a vontade e o desejo. Só no fracasso o artista conhece a sua verdadeira relação com a obra, só na derrota o general reconhece seus erros e só na desgraça o  estadista adquire verdadeira clarividência política.
      
4. Uma riqueza constante torna o homem frouxo, aplausos constantes entorpecem, só a interrupção confere nova tensão e elasticidade criadora ao ritmo que se desenrola no vácuo. Só a desgraça abre uma perspectiva profunda e larga da realidade do mundo.
      
5. O exílio, por exemplo, é uma dura lição, mas todo exílio significa ensinar e aprender: ele forma a vontade do fraco, torna decidido o indeciso e torna mais rígido ainda quem já é severo. Para o homem verdadeiramente forte, o exílio não reduz, antes aumenta sua força.

                                                * * *
                                           
PIB (PPP) DO BRASIL COMO % DO PIB DO G7, QUASE ESTAGNADO DE 1990 A 2008!
                                                        
(FMI - Abimac - deee) Ano a ano de 1990 a 2008.
                
1. Brasil: 6,62% \ 6,62% \ 6,45% \ 6,69% \ 6,86% \ 6,99% \ 6,95% \ 6,96% \ 6,79% \ 6,61% \ 6,65% \ 6,67% \ 6,77% \ 6,73% \ 6,91% \ 6,96% \ 7,03% \ 7,19% \ 7,34%
                
2. China 11,52% \ 12,45%\ 13,92% \  15,68% \  17,20% \  18,63% \ 19,96% \  21,14% \  22,22% \  23,19% \  24,28% \  26,02% \  28,06% \ 30,33% \ 32,44% \ 35,03% \  37,92% \  41,42% \  44,71%
                
3. Estados Unidos 43,72% \  43,19% \ 43,71% \  44,32% \ 44,71% \ 44,77% \  45,22% \  45,79% \  46,52% \  47,13% \  47,18% \  47,04% \  47,24% \ 47,58% \  47,91% \  48,29% \  48,41% \ 48,33% \  48,35%

                                                * * *
                                    
TAXA DE INVESTIMENTOS DO BRASIL MENOR QUE AMÉRICA LATINA E MUNDO!
                
(IBGE - Abimaq - deee) A média da Taxa de Investimentos como % do PIB no Brasil, alcançou nos 10 anos (1998-2007), 16,8%. Nesse período na América Latina 18,7%. E no Mundo 23,7%.
                
Entre 2000 e 2010 a Taxa de Investimentos no Brasil foi, ano a ano: 16,8% \ 17,0% \ 16,4% \ 15,3% \ 16,1% \ 15,9% \ 16,4% \ 17,4% \ 18,7% \ 16,9% \ 19,0%

No período Lula, entre 2003 e 2010, a média foi de 16,9%.

                                                * * *

TWITTER NÃO É UMA REDE SOCIAL, MAS UMA REDE DE INFORMAÇÃO ABERTA!
                        
El Mundo (26). Trechos da entrevista com Laura Gómez, gerente de internacionalização de Twitter.
            
Twitter no es una red social, es una red de información abierta, ya que para ser una red social tienes que tener una relación mutua. Tú aceptas mi petición de amistad y vamos a ser amigos y vamos a consumir contenido personal. Twitter es una plataforma cuya información, que son los 115 millones de 'tweets' diarios, se envía a través de aplicaciones que los desarrolladores externos han creado, así como internamente y a través de mensajes de texto. Es importante señalar que por no ser una red social se tiene acceso a esta información desde cualquier dispositivo.

                                                * * *

ARGENTINA E O TRÁFICO DE DROGAS!

(Eugenio Burzaco - Clarín, 28)  1. No que diz respeito ao tráfico e consumo de drogas ilícitas, o clichê é que "a Argentina é só um país de passagem". Isso é uma falácia pois se é verdade que muitas organizações criminosas utilizam a Argentina como um trampolim para enviar drogas à Europa, o mercado interno aumenta com o crescente número de laboratórios confiscados, encarregados da elaboração/refino da cocaína no país. A cada ano são apreendidas quantidades cada vez maiores da pasta de coca, matéria-prima da cocaína. E assim se verifica o aumento do consumo do crack, que é feito com a pasta base ou com o que resta no fundo do caldeirão "misturado" com todos os tipos de resíduos tóxicos.

2. Outra falácia que quer mascarar com o conceito da Argentina como um país de passagem, é que se assim fosse, a penetração das redes de negócios seria baixa. Isso é falso. Como pode ser observado com a presença de líderes de cartéis regionais, como Hector Duque "Monoteto" Ceballos, segundo em comando no Cartel de la Cordillera e assassinado por sicários em plena luz do dia no Unicenter. A permeabilidade das nossas fronteiras aéreas com mais de 90% sem fiscalização por radar, pistas de pouso clandestinas que se multiplicam no norte, fronteiras legais e ilegais enfraquecidas pela transferência de soldados para as grandes cidades e as advertências internacionais pela falta de ação em relação à lavagem de dinheiro, são exemplos da inoperância por parte do Estado.

3. Finalmente, a terceira falácia é pensar que, pelo fato da maioria das drogas só passar pelo nosso território, isso pouco afetaria os argentinos. Mentira. O trânsito para outro país, geralmente é pago com as mesmas drogas que vão sendo deixadas no mercado local para serem consumidas pelos argentinos que as conseguem facilmente. Os dados de crescimento do consumo de drogas na Argentina são alarmantes e mostram claramente que o negócio encontrou um terreno fértil: falta de controle, facilidade de movimentação e escassa ação concreta contra o consumo. O relatório da ONU de 2010 (UNODC) sobre tendências de consumo, estabelece que a Argentina é principal consumidor de cocaína per capita em toda a América.

4. Também somos o maior consumidor per capita de maconha, com 7,2% da população adulta consumidora, dos quais 27,5% são dependentes. Além disso, o consumo do crack entre jovens em idade escolar cresceu em dez anos de quase zero para pouco mais de 1% e o ecstasy, de 0,2% a 2,2% com mais de 1.000% de aumento. As drogas ilegais, seja em relação ao crime organizado ou ao consumo, só deixam um legado de morte e destruição. Olhar para o outro lado, desqualificar o problema ou desvalorizar a sua importância, só vai fazer aprofundar a dimensão da crise e aumentar os custos sociais, econômicos e institucionais para resolvê-lo.

                                                * * *

RIO 446 ANOS!
                        
Cidade Maravilhosa com Caetano Veloso.














Aceita

...Uma pela amizade

 
002501cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528

Uma pelo Amor

002601cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528

Uma pela Saúde

002701cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528

Uma pela Sorte

002801cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528

Uma pelas novas Amizades

002901cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528

Uma pela Felicidade

002a01cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528

Uma pela Família

002b01cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528

Uma pela Paz

002c01cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528

Uma pela Sinceridade

002d01cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528

E a última para uma Vida Longa
002e01cb5f57$04508390$0401a8c0@acerd466e6a528 Espero que goste!!!
O mais importante, reenvia a todas as pessoas que são importantes para ti.

É muito bonito oferecer flores a um amigo...

por Lustosa da Costa

Sonho imperialista

O americano queria fazer guerra ao Irã que sempre governou, através do xá da Pérsia e que humilhou a grande potência no governo Jimmy Carter, o que os ianques nunca perdoaram. Depois do meio fracasso no Iraque, cuja população quase destruíram para fazer bons negócios, e não apenas na área do petróleo, e do receio de serem expulsos do Afeganistão, não se atrevem às antigas ousadias do imperialismo.

Sonham os americanos que os novos governos, nascidos com a revolta da população contra os antigos que o apoiam e obedeciam cegamente a Washington, mantenham a tradição de obediência e submissão. Não parece fácil. Ou será que eles vão querer uma nova guerra que incendiaria o mundo e não lhes garante vitória?

Conversa com a Presidente

Luiz Cezar, 44 anos, porteiro de Salvador (BA)
- Como será sua política de empregos para pessoas que têm mais de 40 anos? Hoje em dia elas não conseguem se encaixar no mercado de trabalho devido à idade alta.
Presidenta Dilma
- Luiz, de uns tempos para cá esta situação vem mudando bastante. Veja você que em 2003, segundo o IBGE, os empregados com mais de 40 anos representavam 39,9% do total de pessoas ocupadas e, em 2010, esse índice chegou a 44,4%. Isto significa que as empresas estão aos poucos descobrindo o valor da vivência, da experiência. Para facilitar mais a colocação, os que ainda estão à margem do mercado de trabalho devem procurar o Sistema Nacional de Emprego (Sine), que encaminha aos cursos do Plano Nacional de Qualificação, implementados pelo Ministério do Trabalho. As chances aumentam muito, porque os cursos levam em conta as necessidades do mercado local. Outra opção é procurar as escolas técnicas. No seu estado, a Bahia, havia 9 escolas técnicas até 2002 e, no governo passado, nós criamos mais 12. Destaco também que a geração recorde de postos de trabalho, nos últimos oito anos, está beneficiando todas as faixas etárias. Em janeiro, a taxa de desemprego medido pelo IBGE ficou em 6,1%, que é o menor índice para este mês desde o início da série histórica do IBGE.

Gabriela F. Feldkircher, 18 anos, estudante universitária do Rio de Janeiro (RJ)
- Quais as medidas práticas que a senhora pretende adotar para melhorar o ensino básico nos próximos meses?

Presidenta Dilma - Para melhorar a educação, não basta planejar medidas para o curto prazo. Nós temos investido muito na melhoria da Educação Básica desde o governo Lula, mas sabemos que ainda há uma longa estrada a ser percorrida. Temos várias iniciativas em andamento. Certamente o programa mais eficaz para a melhoria da qualidade do ensino é o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), criado em 2005. O Sistema é integrado por universidades públicas que oferecem cursos de nível superior, por educação a distância, para a população em geral, com prioridade para professores. Pelo Sistema UAB, estamos qualificando docentes de todo o país, incluindo os das localidades mais isoladas. Em 2009, estavam cadastrados 190 mil alunos, dos quais 51 mil eram professores da Educação Básica. Outra iniciativa, o Programa Banda Larga nas Escolas, já chegou à grande maioria das escolas públicas urbanas - nossa meta é completar o atendimento de todas as escolas públicas do país até dezembro. Para facilitar o deslocamento dos alunos e reduzir a evasão escolar, viabilizamos no governo anterior a compra, pelos municípios, de 5 mil ônibus padronizados. E agora, estamos permitindo a compra de bicicletas escolares para zonas rurais e periferias. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) vem crescendo bastante nos últimos anos. Nossa meta é chegar ao mesmo índice dos países desenvolvidos em 2022.

Meire Alves, 28 anos, autônoma de Cuiabá (MT)
- O que a senhora pretende fazer para diminuir os problemas da saúde pública no Brasil?

Presidenta Dilma 
- Em meu discurso de posse, eu disse, e reafirmo, que uma das prioridades do meu governo é consolidar o Sistema Único de Saúde (SUS). Vamos investir fortemente na rede de urgência e emergência, que será reformada, reequipada e ampliada. A busca pelo atendimento humanizado e de qualidade será constante. Para isso, vamos prosseguir com investimentos na expansão da rede hospitalar, das Unidades de Pronto Atendimento (UPA´s 24h) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). Outro compromisso meu é a instalação da Rede Cegonha, que vai tratar de forma integrada a saúde materna e infantil, reduzindo a mortalidade. Quero implantar o Cartão Nacional de Saúde, que facilita a marcação de exames e consultas e permite a obtenção gratuita de medicamentos. Temos no SUS um elenco enorme de serviços, que vão da atenção básica a procedimentos complexos. O cartão permitirá a consulta ao histórico clínico dos pacientes usuários desses serviços. Em menos de dois meses de governo, já podemos mostrar o cumprimento de compromissos assumidos com a sociedade. É o caso da ampliação da oferta de medicamentos gratuitos. Desde 14 de fevereiro, remédios para hipertensão e diabetes podem ser retirados gratuitamente das mais de 15 mil farmácias conveniadas que integram o programa Aqui Tem Farmácia Popular. Cerca de 33 milhões de hipertensos e 9 milhões de diabéticos estão sendo beneficiados.

por Alon Feuerwerker

 Reforma virada pelo avesso

Os operadores da reforma política são como cirurgiões obcecados por operar. Mas falta convencer o paciente. Até porque os próprios médicos não se entendem. Uns dizem que é preciso abrir o tórax. Outros, o abdômen. Já outros preferem começar pelo crânio.

“Vamos operar”, berram os cirurgiões, sem que a família esteja informada das reais necessidades ou, muito menos, dos riscos. Sabe-se apenas que o paciente não vai bem.

Mas será que operar é mesmo a melhor saída? Para contornar a dúvida, bem razoável, os operadores valem-se da força da autoridade. “Nós somos do ramo, então sabemos o que será melhor para vocês.”

Tanto não sabem que cada um chuta para um lado diferente.

O PT deseja o sistema de lista fechada com financiamento exclusivamente público das campanhas, pois confia que a força da legenda e as raízes no poder oferecerão ao PT uma vantagem decisiva.

Já o PMDB quer o distrital no âmbito dos estados. Na teoria, seria bom para agrupamentos mais alicerçados em nomes do que na força da sigla.

Chegamos então ao núcleo.

Na reforma política, cada político ou agrupamento político defende uma modalidade que, acredita, dará a ele vantagem decisiva sobre os demais.

Como para a sociedade, e para a democracia, interessa exatamente o contrário, que nenhum grupo consiga a supremacia estratégica na preliminar, a prioridade estes dias é ficar de olho nos gatos que são vendidos embalados em pele de coelho.

O debate da reforma política começou virado do avesso. Qualquer sistema eleitoral pode ficar melhor ou pior. Pode funcionar ou não. Depende menos de si mesmo e mais do poder que a sociedade e os eleitores têm para interferir democraticamente nos partidos e no governo.

O voto distrital é ótimo em democracias avançadas, e é também uma beleza em ditaduras. O mesmo acontece com o voto em lista fechada, preordenada, que pode ser democrático ou ditatorial conforme a taxa de interferência obrigatória do público na vida interna dos partidos.

Para desvirar o debate, e conduzi-lo ao porto seguro, talvez fosse o caso de começar pela possibilidade de impor regras democráticas aos partidos.

Que tal o partido não poder lançar candidato onde só tem comissão provisória, ou não fez convenção democrática? Que tal as direções partidárias e as chapas eleitorais serem obrigatoriamente eleitas pelo voto direto dos filiados, em eleições organizadas pela Justiça Eleitoral? Que tal só permitir a dissolução de diretórios com o devido processo legal? Que tal proibir o partido de carregar com ele o tempo de rádio e televisão quando não lançar candidato próprio?

São ideias. Deve haver outras bem melhores. Uma boa ideia é calcular a proporção de cadeiras no Legislativo não a partir da votação da chapa de parlamentares, mas da votação do candidato a prefeito (para os vereadores), governador (para os deputados estaduais) e presidente, dentro do estado (para os deputados federais).

Quem quiser ter bancada, que lance candidato ao Executivo. Com essa medida simples, prefeitos, governadores e presidente seriam eleitos com a respectiva maioria parlamentar, ou bem perto de consegui-la. E a seleção natural dos partidos seria promovida pelo único método sabidamente democrático: o voto.

Ideias não faltam. Falta vontade para atacar o único problema real do sistema político brasileiro: o monopólio do poder dos — e nos — cartórios de caciques vitalícios, abastecidos com dinheiro público e dispensados de praticar democracia interna ou prestar contas ao eleitor-contribuinte.

Ambiente Energia

MDL: No lugar do lixo, um monte de dinheiro
Meio ambiente, sustentabilidade e inovação

Workshop Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa - 26/3

Primeira Página

MDL: no lugar do lixo, um monte de dinheiro 
Pesquisa do Ipea aponta que pelo menos 100 municípios brasileiros poderiam usar os resíduos para gerar créditos de carbono, o que daria uma receita bruta de 2,7 bilhões de euros

GEE: inventário de SP fica em consulta até março
Primeiro inventário do estado, que abrange o período 1990-2008, envolve os setores de agropecuária, energia, indústria, resíduos e uso da terra, com os seus vários subsetores

Nuclear: mais presença, menos emissões
Estudo encomendado pela Eletronuclear mostra que entrada de 7,3 GWh de energia nuclear na matriz, entre 2005 e 2030, evitará lançamento de 437 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera

Matriz Limpa Em Tese

Tutorial de Energia Solar

Guia produzido pelo Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito (Cresesb) mostra principios e aplicações da energia solar

Vale a pena "ser" verde?

Ser "verde" se tornou valor esperado em vez de valor agregado. Quem não se tornar "verde" (perda de sustentabilidade) pode ficar no "vermelho" (perda de competitividade)

Canal de vídeos

Vídeo da Semana

Etanol de 2ª geração: o futuro dos biocombustíveis

Vídeo produzido pela Embrapa Agroenergia mostra como funciona o processo para fabricação desta alternativa energética que vem sendo pesquisada em vários países do mundo

Economia Verde Alternativas

Na trilha de uma nova economia

Relatório do Pnuma lista 10 setores fundamentais para tornar economia global mais verde. Investimentos anuais estão projetados em US$ 1,3 trilhão, dos quais mais de US$ 360 bilhões para abastecimento de energia

Veículo Elétrico: uma das oportunidades

A alternativa é uma das oportunidades estratégicas apontadas por livro coordenado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso. Lançada pela J.Olympio, publicação também destaca economia verde

 

Pós em Economia e Meio Ambiente com ênfase em negócios ambientais

 

Blog do Charles Bakalarczyk: A Doutrina do Choque, made USA

Blog do Charles Bakalarczyk: A Doutrina do Choque, made USA: "Os EUA sempre fizeram mais mal do quem bem ao Brasil. No entanto, cópiamos tudo de lá, até a ideologia... Doutrina do Choque, Estados Unidos..."

Reforma política

Chega de casuísmos e soluções mágicas

Comissões constituídas - no Senado - e em fase de montagem - na Câmara - entramos na 2ª semana de debates sobre a reforma política. 

A essa altura, portanto, o mínimo que se pode cobrar é que já chega de casuísmos e de soluções mágicas. Vamos focar as discussões no que conta e interessa ao país, nas medidas que fortaleçam os partidos e valorizem o voto proporcional misto e em lista. 

O distritão, fidelidade partidária de 3,5 anos, voto facultativo e candidato avulso, pontos que polarizaram as discussões até agora estão fora do eixo central da reforma necessária.
Image
Congresso Nacional
 

Entramos na 2ª semana de funcionamento da Comissão da Reforma Política constituída no Senado e, esta semana, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) instala as comissões da Casa para tratar do assunto. A essa altura, portanto, o mínimo que se pode encarecer é que já chega de casuísmos e de soluções mágicas, que são, na prática, a negação da reforma política.

Comissões oficiais instaladas e em funcionamento (o PSDB instituiu, também, uma especial para acompanhar a reforma), vamos focar as discussões no que realmente conta e interessa ao país, nas medidas que fortaleçam os partidos e valorizem o voto proporcional misto e em lista.

O distritão, uma fidelidade partidária de 3,5 anos - que na verdade é a negação da fidelidade partidária e sua liquidação -  voto facultativo e candidato avulso, pontos que polarizaram as discussões até agora, estão fora do foco, do eixo central da reforma necessária. Sem contar que alguns destes pontos dependem de mudança constitucional.

Reforma não é para atender um partido, político, ou candidato

O que o Brasil precisa, e já, é do financiamento público das campanhas eleitorais, da fidelidade partidária e da valorização do voto proporcional seja em lista, seja pelo sistema distrital misto (aí, o eleitor vota na lista e em um candidato).

Estas são as três medidas que vão no rumo certo do fortalecimento dos partidos e do voto proporcional sem a influência do poder econômico, seja o voto em lista, seja o voto distrital misto.

O que não podemos, nem devemos aceitar é o fim do voto proporcional e a liquidação dos partidos para atender aos interesses deste ou daquele partido, político ou candidatura em 2012 ou 2014 (e em todas as eleições futuras), num verdadeiro leilão de vagas nos partidos atrás de candidatos e lideranças, não importando sua posição política, doutrinária ou mesmo ideológica.

Isto seria um desserviço à democracia. 

por Cesar Maia

O Congresso se agacha


Ex-Blog do Cesar Maia

Cesar Maia

linha

1. O Brasil é um país democrático. Bem..., mais ou menos. As imperfeições são esperadas para uma democracia de apenas 20 anos. E o tempo vai aperfeiçoando o regime. Mas há vetores institucionais que vêm regredindo. O mais importante deles é a independência entre os Poderes. Há uma crescente invasão de competência entre eles. A começar pelo hiperpresidencialismo, a cada dia mais presente na América Latina. Invasões de competência tornaram-se uma rotina no Brasil.

2. Legislar por medida provisória é quase tão grave quanto os decretos-leis do regime autoritário. Mal se disfarça leis delegadas com justificativas esfarrapadas. O Orçamento, eixo fundacional da relação entre o Executivo e o Legislativo, desde o século 13 na Inglaterra, tornou-se inócuo. O Executivo nem se preocupa mais com sua aprovação, pois abre o Orçamento quando quer, por meio do canhestro expediente dos bilionários restos a pagar, que chegam a ser trianuais. E de créditos adicionais por medida provisória.

3. Fazer Orçamento por decreto e por convênio é a rotina do Executivo, que se jacta disso dando nome a essa prática: PAC. O presidente pré-assina acordos e tratados com outros países, na certeza de que o Congresso os vai coonestar. O Ministério da Fazenda invade competências constitucionais do Senado por meio de portarias de seu segundo escalão. Não dá a mínima para a fixação, pelo Senado, das regras de endividamento.

4. Atribui-se um poder substituto do conselho da LRF, alegando sua não regulamentação. Interpreta dispositivos federativos em relação a despesas vinculadas com educação e saúde. O Senado, passivo, vê suas atribuições em relação à Federação se desintegrar. A presença de governadores no Senado é cada vez mais rara, quando ali deveria ser o centro do debate de seus problemas. O Congresso se agacha. Esse silêncio, quanto a suas prerrogativas constitucionais, é substituído pelo alarido em relação a emendas parlamentares e cargos.

5. Não há necessidade de ler nenhum compêndio de ciência política para saber que um refluxo do Poder Legislativo corresponde a um avanço do Poder Judiciário sobre suas prerrogativas, no que os manuais chamam de jurisdicialização da política. Ou de outra forma: na política não há vácuo. O Legislativo se retrai e suas funções são ocupadas pelos demais Poderes. Assim foi na fixação do piso previdenciário, na fidelidade partidária, na cláusula de barreira, na definição de limites pessoais de ocupação de cargos em comissão etc. Por clamor popular, terminou se abrindo campo para que o Judiciário legislasse. Na abertura de uma nova legislatura, na qual mais uma vez se debate reformas que o país precisa, a mais importante de todas é o Legislativo se colocar de pé e defender suas prerrogativas constitucionais.

                                                * * *

SOBRE A CRIAÇÃO DE UM PARTIDO COMO PONTE PARA ENTRAR EM OUTRO PARTIDO!

1. (Renata Lo Prete - Painel - Folha SP, 26) Vamos ver 1: O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal e do TSE, vê com reservas a ideia de um novo partido criado única e exclusivamente para que os filiados escapem do risco da perda de mandato por terem abandonado suas legendas. É o roteiro planejado por Kassab para sair do DEM e, depois de uma rápida passagem pela nova sigla, fundi-la com o PSB. \ Vamos ver 2: "A fusão, por si só, não afasta a possível caracterização de infidelidade partidária", diz o ministro. Por outro lado, ele lembra que a Justiça Eleitoral "não chegou a examinar a questão da fidelidade do ponto de vista dos cargos majoritários, nos quais a substituição de titulares é mais complicada".

2. (Folha de SP, 26) O juiz eleitoral e presidente da Abramppe (Associação Brasileira dos Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais) Márlon Reis lembra que a lei traz a hipótese de filiação a um novo partido entre as justificativas permitidas para o troca-troca. "Essa é uma justificativa idônea que impede que o partido venha a reivindicar o mandato. Porém se ficar provado que essa criação foi feita com fraude, o partido pode ajuizar uma ação, pois no Direito também são relevantes os fatos concretos, e não somente as aparências", afirma o magistrado. Reis salienta, porém, que é muito difícil colher provas e demonstrar em ações judiciais o real objetivo de manobras desse tipo. "É uma prova muito difícil. A questão vai ficar para o prudente arbítrio do Judiciário", diz o juiz eleitoral.

                                                * * *

AINDA A QUESTÃO DO NOVO PARTIDO!

(Globo, 26) 1. Para o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), a criação do PDB é uma "natural aflição" da atual polarização do PT e do PSDB em São Paulo: — Na verdade, querer migrar para outro partido como ponte para outro existente é uma natural aflição em função da situação binária de São Paulo, entre PT e PSDB. Como o PSDB terá candidatos em 2012 e 2014, ele (Kassab) busca o outro vetor onde imagina poderá ter/ser candidato em 2012 e 2014 e ser competitivo. Não será simples o PT, que o agrediu tanto na campanha de prefeito do Serra, em 2004, explicar a seus militantes.

2. Segundo Maia, deputados vão aproveitar a "janela indiscreta" para se aproximar do governo Dilma Rousseff: — É uma forma de usar a legislação existente para mudar de partido. Dizem que deputados de outros partidos aproveitarão essa "janela indiscreta" para ir para o PSB, pela proximidade com o governo. E completou: — Isso faz parte da política desde o início da República. O partido mais forte e hegemônico é o PG, Partido do Governo. A democracia brasileira ainda é imatura, não entende o papel da oposição.

                                                * * *

VIOLÊNCIA SE DESLOCA PARA O NORDESTE, POIS TRÁFICO SE DESLOCOU PARA ÁFRICA OCIDENTAL!
        
(editorial Estado SP, 28) O quadro da violência no Brasil está mudando. Antes concentrada nas áreas mais pobres das regiões metropolitanas do Sudeste, agora está se expandindo para as regiões mais pobres - especialmente para o interior e para a periferia - das capitais do Nordeste. Esta é a região onde os índices mais cresceram - entre 1998 e 2008, os homicídios aumentaram 65%. Os assassinatos cresceram na Bahia, 237,5%. Em Alagoas, que em 2008 ocupava o 1.º lugar no ranking de homicídios, os novos bairros da região metropolitana de Maceió ganharam o nome de Iraque e Vietnã, sendo tratados pelas autoridades locais como verdadeiros campos de batalha. Em Alagoas, o índice foi de 60,3 assassinatos por 100 mil habitantes, em 2008.

                                                * * *

INTERNET QUEBRA MONOPÓLIOS DA EDUCAÇÃO E DA INFORMAÇÃO!

Trechos do artigo de Carlos Fuentes - El País (27).

1. El presidente Bill Clinton nos recuerda que al asumir la presidencia en 1993, sólo había 50 websites. Al dejar la Casa Blanca ocho años más tarde, había 350 millones. Juan Ramón de la Fuente, ex-rector de la UNAM, nos recuerda, a su vez, que hoy circulan en Internet 50.000 millones de mensajes diarios. Primero, en 40 años, la radio logró sumar 50 millones de oyentes. La televisión, desde 1950, atrapó igual número de televidentes. Pero en sólo cinco años, Internet alcanzó la suma que a la radio le tomó 40 años y a la televisión otro medio siglo. En el año 2000, había 300 millones de usuarios de Internet. Hoy, hay 800 millones.

2. Internet, Facebook, Twitter, reúnen a las multitudes que hemos visto en las calles de Túnez, El Cairo y Alejandría. Esas multitudes representan a una clase media y a una clase trabajadora ignoradas por el estrecho círculo del poder ejercido desde arriba y sólo para los de arriba, con algunos mendrugos arrojados a los de abajo. Sólo que los de abajo son la mayoría. Sólo que los de abajo no son sólo obreros y campesinos, sino estudiantes, profesionales, amas de casa, empresarios, comerciantes, toda una clase media formada por, a pesar de, al lado del autoritarismo que no la veía, y si la veía, la atomizaba en grupúsculos manipulables y minoritarios.

3. Gran paradoja. Un gobierno autoritario de larga duración tolera a un pueblo dividido y lejano, hasta que ese pueblo adquiere la visibilidad de su propia conciencia gracias a lo que supuestamente lo aislaba y actúa en consecuencia. El tiempo que nos tocó nos niega la comodidad de creer que la educación concluye alguna vez, en algún grado anterior al resto de nuestras vidas. Esto significa que, por una parte, las escuelas pierden el monopolio de la enseñanza y, por la otra, la prensa pierde el monopolio de la información pero también, que mantenerse informado en el largo periodo post-escolar y post-universitario es un deber y un derecho, inseparables del ejercicio de la ciudadanía y que este derecho, esta obligación, lo son de nuestra prensa.

                                                * * *

BUFALO BILL: A MAIOR CELEBRIDADE MUNDIAL NA ENTRADA DO SÉCULO 20!

(El País, 27) William Frederick Cody, Buffalo Bill, a quinta essência do selvagem do Oeste, caçador, explorador, ginete do Pony Express, condutor de diligência e aventureiro onde havia, esteve em Barcelona com sua trupe de índios e vaqueiros no inverno de 1889. De fato, Cody, a maior celebridade mundial na passagem do século, realizou um segundo giro europeu, de 1902 a 1906, com um show ainda mais impressionante que o levou a uma enorme quantidade de cidades do continente, incluídas, além das grandes capitais, Linz, Stuttgart, Manchester (onde a trupe se fotografou com os sobreviventes da 'carga da Brigada Ligeira' que estava ali), Liverpool, Milão, Gênova, Burdeos, Avignon e Marselha.













Relações amorosas

Cantadas através do tempo

Triste realidade

Uma análise da evolução da relação homem - mulher, através das músicas que marcaram época. Vejam como os quarentões e cinquentões de hoje tratavam seus amores de ontem.

Década de 30:
Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta:
"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada.
És formada com o ardor da alma da mais linda flor,
de mais ativo olor, na vida é a preferida pelo beija-flor...."

---------------------------------------------------------
Década de 40:
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira,escreve para Rádio Nacional e,
manda oferecer a ela uma linda música:
"A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua,costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho,
que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar"

-----------------------------------------------------------------------
Década de 50:
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa:
" Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça.
É ela a menina que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar.
Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema.

É a coisa mais linda que eu já vi passar."
---------------------------------------------------------
Década de 60:
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço,
ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:
"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem
mais bonito. Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...."
---------------------------------------------------------
Década de 70:
Ele chega em seu fusca, com roda tala larga, sacode o cabelão,
abre porta pra  mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:
"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar....
Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar...."
---------------------------------------------------------
Década de 80:
Ele telefona pra ela e deixa rolar um:
"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara. Choque entre o azul e o cacho de acácias,
luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...."
--------------------------------------------------------
Década de 90:
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar.
E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?"
---------------------------------------------------------
Em 2001:
Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão!
Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te cortar na mão!
Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou sim"!
--------------------------------------------------------
Em 2002:
Ele manda um e-mail oferecendo uma música:
"Só as cachorras! Hu Hu Hu Hu Hu!
As preparadas! Hu Hu Hu Hu!

As poposudas! Hu Hu Hu Hu Hu!"
---------------------------------------------------------
Em 2003:
Ele oferece uma música no baile:
"Pocotó pocotó pocotó...minha éguinha pocotó!
---------------------------------------------------------
Em 2004:
Ele a chama p/ dançar no meio da pista:
"Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ah! Que isso? Elas Estão descontroladas!
Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão descontroladas!"
--------------------------------------------------------
Em 2005:
Ele resolve mandar um convite para ela, através da rádio:
"Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lele!"
---------------------------------------------------------
Em 2006:
Ele a convida para curtir um baile ao som da música mais pedida e tocada no país:
"Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!
Calma, calma foguetinha!!! Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim!"
----------------------------------------------------------
Em 2010:
Ele encosta com seu carro com o porta-malas cheio de som e no máximo volume:
" Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás.
Pra que você quer saber?
Eu sou o lobo mau, au, au
Eu sou o lobo mau, au, au
E o que você vai fazer?  
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer"


ONDE FOI QUE NÓS ERRAMOS? SERÁ QUE AINDA É POSSÍVEL PIORAR?

PAC - Recrutas tocam obras


Infraestrutura: Engenharia do Exército foi formada por lei de 1880

Ruy Baron/Valor

Amir Soares Paé, dirigindo uma motoniveladora em uma obra tocada pelo Exército em Pernambuco: "O trabalho não é moleza, mas eu gosto do que faço"


André Borges | VALOR

De Cabrobó e Goiana (PE)

O garoto Almir Soares Paé nunca dirigiu um carro na vida. Ainda não tem habilitação, tampouco dinheiro para comprar um carro. Na boleia de uma motoniveladora de R$ 300 mil, porém, vira um motorista experiente. Com seus 19 anos, aparelho nos dentes e dúzias de espinhas no rosto, Paé precisou só de algumas aulas práticas para ganhar o posto. O garoto leva jeito, e não seria para menos dada a responsabilidade que assumiu. Ele e mais alguns amigos estão trabalhando nas obras da transposição do São Francisco.

No volante de uma fila de máquinas barulhentas, um batalhão de garotos de 19 e 20 anos trabalha das seis horas da manhã às seis da tarde na construção da barragem de Tucutu, a primeira represa do Eixo Norte da transposição, canal que avançará 402 km pelo sertão nordestino. Ali estão cerca de 200 recrutas do Exército, cumprindo o serviço obrigatório de um ano. O ritmo é pesado. Descanso, quando ocorre, só aos domingos. "O trabalho não é moleza, mas eu gosto do que faço", diz Paé, que um ano atrás deixou a casa dos pais, em Picos, no semi-árido do Piauí, para trabalhar nas obras de Pernambuco. "Quando entrei no Exército queria saber como atirar, mexer com armas, mas achei bom vir para cá e aprender uma profissão. Fica mais fácil arrumar um emprego quando a gente sai."

Os meninos que trabalham hoje na barragem em Cabrobó fazem parte da divisão de engenharia do Exército, braço que hoje soma um contingente de 9 mil militares em todo o país. Divisão menos conhecida das Forças Armadas, principalmente pelos milhares de garotos que todos os anos se alistam para o serviço obrigatório, a engenharia militar funciona como uma grande empreiteira. É essa "geração PlayStation", como define o major Marcelo Souza Lima, comandante do batalhão que atua na cidade de Goiana (PE), que está operando máquinas de escavação e terraplanagem, rolos compressores, tratores e caminhões em algumas das principais obras do país.

Até meados de 2006, antes do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o volume de obras concentradas na Diretoria de Obras de Cooperação (DOC) do Exército era pequeno, não atingia uma dúzia de projetos, todos de pequeno porte. Hoje a divisão atua em trechos de mais de 30 obras de alto calibre, passando por rodovias, refinarias e aeroportos.

O resultado dessa operação é a chegada, todos os anos, de 2,6 mil garotos de 19 anos de idade ao mercado do trabalho, levando debaixo do braço um currículo com cursos básicos de construção civil. Nas obras, o trabalho dos soldados não se limita ao volante. Como há muito serviço de pedreiro que também precisa ser feito, na hora da necessidade ninguém fica de fora. "Aqui no quartel temos até hacker que colocamos para trabalhar na obra. Quando fazemos mutirão em dias de domingo, todo mundo pega no pesado. Cozinheiro, pessoal do almoxarifado, do escritório, todos têm que ajudar na obra", diz o major Lima. "Sei que isso seria impossível em uma empresa privada, onde cada um só cumpre sua função, mas aqui eles são soldados, sabem que estão servindo o Exército."

Na rotina das obras, cabe também aos próprios comandantes trocarem os chapéu de militar pelo de engenheiro. Profissionais formados pelo Instituto de Engenharia Militar (IME) costumam dar assessoria técnica para as obras, mas no dia a dia, são os coronéis que estão na linha de frente.

Em Goiana, na BR 101, recrutas como Djalma Raimundo Gonçalves colocam a mão no rastelo todos os dias para espalhar o asfalto a 180 graus celsius que os caminhões despejam nas obras de duplicação da rodovia. O calor e o cheiro forte não incomodam o recruta. "Fui voluntário para servir o Exército e quero continuar aqui. Se eu for selecionado para continuar no batalhão, vai ser muito bom", diz Gonçalves.

Pelo regimento militar, quem é chamado para permanecer no Exército após vencer o primeiro ano de serviço obrigatório pode trabalhar por mais seis anos no quartel. No primeiro ano, o recruta recebe um salário de R$ 530 por mês, moradia, saúde e alimentação. Se é selecionado para encarar mais seis anos, passa a ganhar R$ 1 mil, mas não há pagamento por hora extra ou benefícios comuns da iniciativa privada, como o fundo de garantia.

Pode parecer um caminho pouco atraente para jovens que vivem nas capitais mais ricas do país, diz o coronel Osmar Nunes, adjunto do centro de operações do primeiro grupamento de engenharia de construção, mas no interior dos Estados do Norte e Nordeste essas vagas militares são disputadas pelos garotos. "Hoje não temos problemas com a quantidade de voluntários. Pelo contrário, é preciso selecionar entre todos os que querem servir", comenta o coronel Nunes. "Para muitos desses garotos, isso aqui é o trampolim para aprender alguma coisa e depois ir para a iniciativa privada, que paga o triplo ou mais."

A execução de obras de construção civil pela divisão de engenharia do Exército data da época do Império. A lei que determinou que o batalhão entrasse nas construções de estradas de ferro, linhas telegráficas e outras obras de infraestrutura é de 1880. Passados 131 anos, sua finalidade continua a ser a mesma, diz o general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, diretor da divisão de obras. "Nunca tivemos função de mercado ou de competição com a iniciativa privada, somos um aparelho do Estado que precisa adestrar [treinar] seu contingente", afirma.

O Exército não recebe dinheiro pelas obras que executa. O salário de todos os militares que atuam nas obras, do recruta ao general, já é pago pela União. Dessa forma, o orçamento da obra é destinado à aquisição de materiais de construção, máquinas e equipamentos. O ganho material das Forças Armadas, comenta o coronel Osmar Nunes, ocorre com o reaparelhamento da divisão, que passa a incluir em seu patrimônio as máquinas compradas durante as obras, para depois usá-las em outras operações. "O Exército não tem lucro. Seu ganho é absorver tecnologia, formar o soldado e cumprir a função social de devolver um cidadão treinado para vida civil", diz Nunes.

Na semana passada, em Cabrobó, o recruta Almir Soares Paé e muitos de seus amigos passaram pela peneira do Exército após um ano de trabalho. O garoto que se destacou no comando da motoniveladora queria permanecer no quartel. Não deu. Dos 200 soldados que trabalhavam na transposição, só 40 permaneceram. Outros 160 vão chegar. "Infelizmente são pouquíssimas as vagas e temos de escolher soldados para todo tipo de trabalho, de cozinheiro a motorista", justifica o coronel Marcelo Guedon. Depois de um ano no quartel, Paé diz que aprendeu a dirigir todo o tipo de máquina. Embora sair do Exército não fosse a sua vontade, já estava preparado para deixar o posto. "Vou trabalhar numa empresa, quero estudar educação física."