Agora vai, Rui Barbosa é a favor da regulamentação da mídia

A saburra de Pasquino

Por Rui Barbosa (17 de outubro de 1900)

A difamação pela publicidade irresponsável dos a-pedidos, no jornalismo brasileiro, figura o alcoice agregado a casa de família. O contraste entre as virtudes indefectíveis da redação e a insensibilidade moral da empresa nas folhas mais graves faz da honestidade, da imprensa, entre nós, um capítulo singular das extravagâncias humanas. Nas colunas à ação do jornalista , inalterável seriedade; venda franca da consciência, nas colunas de aluguel. Figura-nos um estabelecimento, em cujo sobrado se pratique o culto ao lar, enquanto no pavimento inferior se negocia a crápula em benefício dos donos da casa, cônjuges exemplares, excelentes pais, cidadãos austeros. É a Vênus dada entretanto à hipocrisia da castidade da matrona: a marafona sustentado a vestal.

Contra essa gafeira do nosso periodismo seria mister uma reação nacional, como a que lutou contra a escravidão e a extinguiu. A repressão do anonimato mercenário não seria uma lei contra a imprensa, mas uma lei a seu favor; não restringiria a liberdade da palavra; coarctaria a liberdade do pasquin; não diminuiria a independência do jornalismo: emancipá-lo-ia do predomínio do balcão. Mas a política nacional, o governismo de todas as situações perderia uma das pernas, se lhe tirasse esse recurso.    

Duas Imprensas

Por Rui Barbosa  (16 de outubro de 1900)

...O anonimato dos a-pedidos, esse ignóbil vêzo de converter o jornalismo em lavanderia geral de roupa suja, é instituição privativamente brasileira. A intuição dos fundadores da República, admiravelmente perspicaz, anteviu os imensos benefícios morais da propagação da mazela, e, para a desenvolver, fez o mesmo que as outras coisas dignas de animação legal: proibiu-o na constituição. Não podia haver receita mais feliz. Depois que o pacto republicano anatematizou dos nossos códigos a morte, conhecemos os degoladores do Rio Grande, os fuziladores do Rio de Janeiro, os matadoiros do Paraná, os queimadoiros de Canudos. Depois que a constituição federal excomungou da imprensa o anonimato, o anonimato fez da imprensa a sua ceva. Se essa constituição banisse a República, é possível que começássemos a ter o regime republicano.

Todos os nossos homens de governo hoje sabem às mil maravilhas o jeito de  explorar esse tesouro. Quando a administração tem grandes culpas, e necessita, por isso, de recorrer a um estratagema diversório; quando se defronta com um antagonista formidável pela sua reputação, e, para o anular, há mister em enxovalhá-lo; quando a increpam verídicamente de um atentado, e, não podendo exculpar-se, tem interesse em desonrar o acusador; quando, em suma, se trata de liquidar improbamente um nome respeitável, e a empreitada é vil em demasia, para obter os serviços ostensivos da redação de um jornal condescendentemente, aluga-se um instrumento qualquer, useiro nessas execuções, encomenda-se lhe a tarefa, e a obra de fancaria, ou de arte, conforme o oficial, se traz a público na secção livre da folha ortodoxa à custa do tesouro, por qualquer das inúmeras verbas do orçamento suscetíveis da sangria clandestina.  

Qual a lição de Ética/Honestidade mais importante que você recebeu na vida?

Meu pai é médico militar e seus superiores pediam a ele que assinasse laudos falsos. Ele não assinava, era ameaçado, mas mantinha suas convicções. Essa foi a lição mais importante que aprendi na vida...
Luciana Tamburi - funcionária pública do Rio de Janeiro (Detran), que não acredita em deus de toga


É o Brasil do trabalho e da produção contra os interesses estrangeiros, a mídia e os rentistas

por Walfredo Carneiro ·  

Kátia Abreu representa o Brasil da produção, precisamos encontrar um equilíbrio entre a agricultura familiar e a corporativa, pois ambas são importantes para o povo brasileiro, não são inimigas, mas complementares. 

O mesmo vale para grandes indústrias e microempresas. 

Quem produz tem que estar unido, pois os inimigos externos e os rentistas são poderosos, detém a mídia e formaram uma cultura de economia que sufoca o Estado, que transforma o Tesouro Nacional em caixa de reserva do Banco Central. Precisamos de um TESOURO NACIONAL INDEPENDENTE de banqueiros e agiotas. O controle de inflação nunca pode ser realizado com o aumento de juros. Isso nunca deu certo, essa fórmula é usada sem sucesso por aqui a muitas décadas. Todos os países sérios controlam a inflação mantendo juros próximos de zero. Para controlar a inflação mantendo juros próximos de zero basta aumentar o depósito conpulsório dos bancos, aumentar o iof sobre operações financeiras, facilitar a importação de produtos em falta no mercado ou providenciar o aumento da produção nacional. Inflação se combate com aumento da oferta, nunca com diminuição do consumo.



do Luxo ao lixo

A doce e fria vingança do Marajá

Por Marco St.

Essa história é tão extraordinária e cheia de simbolismos que parece ter sido extraída de um livro do tipo "Mil e uma noites".

Mas não é ficção. Aconteceu de fato nos anos 30 do século passado.

Marajá Jai Singh

Houve uma época em que a marca de carros mais famosa e luxuosa do mundo, a Rolls-Royce foi associada com o lixo.

Tudo começou com um famoso comprador de carros de luxo, o marajá de Alwar, India. Ele tinha por costume sempre comprar, ao menos,  três carros de cada vez.

Um dia, durante visita a Londres, o Marajá Jai Singh andava vestido como um cidadão indiano comum e anônimo na famosa Bond Street, na capital inglesa.

Na ocasião, ele se deteve em um showroom da Rolls Royce e entrou para perguntar sobre o preço e as características dos carros de luxo. Os afetados vendedores ingleses do showroom o tomaram por um indano pobre e miserável. Então o ofenderam e o expulsaram da loja.

Após este incidente, o Marajá, sem se abalar,  voltou para o  quarto de hotel e pediu aos seus servos para comunicar a gerência do tal showroom que o Marajá de Alwar estava interessado em comprar alguns carros e compareceria pessoalmente ao local.

Depois de algumas horas, o Marajá voltou ao showroom da Rolls Royce, desta vez magnificamente trajado como uma realeza indiana. O showroom tinha providenciado um tapete vermelho no chão para acolher o Marajá e todos os vendedores se curvaram respeitosamente diante dele.

O Marajá comprou simplesmente todos os seis carros que estavam expostos  naquele momento e pagou o valor total com os custos de entrega, à vista.

Imagine a alegria dos vendedores...

Pois bem, negócio fechado, de volta  à Índia, o Marajá ordenou ao departamento municipal que usasse  todos os veículos Rolls Royce adquiridos para a limpeza e transporte de lixo da cidade. Isso mesmo: transporte de lixo.

Número um dos carros de luxo no mundo, os Rolls Royce estavam sendo usados para o transporte de resíduos e limpeza de uma paupérrima cidade do terceiro mundo. A notícia se espalhou por todo o planeta e a reputação da Rolls Royce tornou-se motivo de chacota.

Sempre que alguém começava a se gabar na Europa ou nos EUA de que possuía um caríssimo e exclusivo Rolls Royce, as pessoas costumavam rir dizendo: "Qual? O mesmo que é usado na Índia para transportar o lixo da cidade? " Após este grave dano à reputação da marca,  as vendas de carros Rolls Royce caíram rapidamente e as receitas da empresa mostraram um declínio assustador.

Os proprietários da empresa Rolls Royce, desesperados,  enviaram um telegrama para o Marajá na Índia, quando descobriram o real motivo que havia provocado a atitude do milionário indiano. Pediram sinceras desculpas e rogaram para que parasse de usar os carros Rolls Royce como veículos de transporte de lixo. Não só isso, eles também ofereceram mais seis carros novos para o Marajá, livres de qualquer custo.

Quando o Marajá Jai Singh decidiu que a empresa Rolls Royce havia aprendido a lição, pagando inclusive um alto preço por isso, ele enfim decidiu encerrar a sua doce vingança contra a empresa britânica.

Rir é o melhor remédio

Seu Lunga estava num restaurante tomando sopa quando perguntam pra ele:
-Tomando sopa, Seu Lunga?

E seu Lunga levantando o prato de sopa e derramando em cima dele mesmo responde:
 -Não, Tô tomando banho!!!

Caminhada


Insisto, persisto e nunca desisto da caminhada. 
O que não faço é ficar parado, estacionado, ao relento.
E se amanhã ou depois de amanhã o que sonhei, o que planejei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola.
E refaço.
E colo.
E pinto.
E bordo.
Porque a força de dentro é maior.
Muito maior que todo mal que existe no universo.
Maior que todos os ventos e contra ventos contrários.
É maior porque é do bem.
E nisso sim, acredito até o fim.
Meu destino e minha felicidade foi traçada cedo, bem antes que eu chegasse ao berço.

by Caio Fernando Abreu

Quem faz análise aborta sem traumas

E ainda ganha dinheiro fazendo campanha a favor da legalização do aborto!

Publicado na tpm. A autora é Nina Lemos, e seu texto é parte de uma campanha da revista pela legalização do aborto.
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Sabia que é possível ter feito um aborto e não guarder nenhum trauma da experiência? Lide com isso. Estou aqui para provar. Tenho um monte de traumas, mas ter feito um aborto aos 20 anos não está na lista deles. Aceite.
Talvez eu não tenha trauma porque quando fiz um aborto minha familia soube e me apoiou. Eu já fazia análise. Meu namorado pagou e foi comigo. Eu descobri muito no início. Voltei ao médico depois e ela, a favor da legalização do aborto, garantiu que estava tudo bem.
De acordo com a legislação brasileira, eu sou uma criminosa e todos os que me ajudaram também: minha família, minha médica, minha analista.
Foi meu único aborto. E eu não faria um depois dos 40 porque não. Não quero ter filhos mas nao abortaria. Mas isso é uma decisão minha. Pessoal.
Muitas das minhas amigas, mas muitas mesmo, também fizeram aborto. Também não acho que elas sejam traumatizadas. Faz muito tempo. Nem falamos mais nisso.
Na verdade só lembramos quando alguma mulher como a Jandira morre tentando fazer um aborto. Eu sinto muita raiva pela Jandira ter morrido e por seu ex, amigo, que a ajudou, agora ser tratado como criminoso. Muita raiva mesmo. A Jandira poderia ser eu E poderia ser você.
Ninguém nunca vai me convencer de que ela morreu tentando efetuar um crime. Assim como ninguém, eu disse NINGUEM vai me convencer de que eu cometi um crime aos 20 anos.
Jandira não foi uma criminosa.
Eu não sou uma criminosa.
E nem nenhuma das mulheres corajosas que assumiram na Tpm que são a favor do aborto e que já fizeram. Nós somos foda. Muito orgulho de todas nós. Legalize, legalize já!

Briguilinks

Joaquim dos Santos Rodrigues, conhecido como "Seu Lunga", morreu às 9h30 da manhã deste sábado, 22, na cidade de Barbalha, no Interior do Ceará. Seu Lunga foi internado na última quarta-feira, 19, por complicações no sistema digestivo. O quadro piorou na sexta-feira, levando ao falecimento do poeta.Seu Lunga tinha 87 anos e estava internado no Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha, onde
A reportagem de capa da revista Veja de hoje é mais um episódio de manipulação jornalística que marca a publicação nos últimos anos.Depois de tentar interferir no resultado das eleições presidenciais, numa operação condenada pela Justiça eleitoral, Veja tenta enganar seus leitores ao insinuar que, em 2009, já se sabia dos desvios praticados pelo senhor Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras
Insisto, persisto e nunca desisto da caminhada.  O que não faço é ficar parado, estacionado, ao relento. E se amanhã ou depois de amanhã o que sonhei, o que planejei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. E colo. E pinto. E bordo. Porque a força de dentro é maior. Muito maior que todo mal que existe no universo. Maior que todos os ventos e contra ventos
Uma mãe apela para o filho ir procurar emprego: - Filho, se levanta dessa rede, deixa de preguiça, vai procurar um trabalho, alguma coisa pra fazer e ganhar dinheiro. - Vou nada mamãe, com azar que tenho, acabo por encontrar.
Muitos jornalistas, colunistas e cientistas políticos acreditam que a presidenta fará exatamente isso. Eu acredito não.  Na minha opinião Dilma continuará dando prioridade a geração de emprego, distribuição de renda e inclusão social, com mais investimentos em infraestrutura, em educação, saúde e segurança pública. na Carta Capital - André Barrocal acha que:
Recentemente li um artigo sobre dois programadores. Os dois tinham mais o menos o mesmo grau de conhecimento, e aprendiam o assunto num ritmo similar. Enquanto se aperfeiçoavam, um dos programadores compartilhava tudo que aprendia em um blog. O blog logo se tornou tão popular que ele atingiu uma vasta visibilidade e levantou milhares de dólares numa campanha do Kickstarter. O outro programador,
Lendo o texto abaixo, cheguei a conclusão que o citado cidadão acima, pode ser cartomante ou escritor de ficção, jornalista com certeza não é. O diploma até ele pode ter. Confira o malabarismo verbal e a criatividade do rapaz, abaixo: Dilma agora frita ministros antes de nomeá-los Dilma Rousseff tornou-se uma mandatária sui generis. Tem dois ministros da Fazenda e não tem nenhum. Guido Mantega
A respeito da vida exemplar e inspiradora de Nelson Mandela "Pela liberdade, assim como pela honra, pode-se e deve-se arriscar a vida" Miguel de Cervantes
por Kiko Nogueira Por mais interessante que, supostamente, seja a vida do ex-atleta, faz sentido pagar 40 mil reais de cachê para ouvi-lo? Aliás, isso é o que ele embolsou. A organização do evento na rede universitária Fadire estima que o total foi de 80 mil, contando locação do espaço, publicidade e gastos com passagens aéreas, alimentação e transporte dele e de sua mulher Maria Cristina.
Hoje sexta-feira (21) em depoimento a Polícia Federal, o empresário Fernando Antonio Falcão Soares - o Fernando Baiano -, denunciado como operador do PMDB abriu o bico e escancarou:  ...Comecei fazer negócios com a Petrobras durante o governo de Fernando Henrique Cardoso em 2000. Assinei contrato com a Union Fenosa, uma empresa espanhola, para gestão e manutenção de termelétricas. ...
Papo de homemO exagero do amor, o abuso o e a hipérbole criminosa de querer mais  Peca-se pelo excesso.Uma amiga gostava dos dois caras com quem ela estava se relacionando. Como sempre acontece, o pega daqui e pega dali fez com que as proximidades ocorressem e, logo, ficou difícil administrar o amor dividido e não aberto com as partes envolvidas. Um deles descobriu que se deitava no mesmo lado da

Uma história real na porta de uma igreja

Encontro na 5a. Avenida - Eu estava saindo da igreja de Saint Patrick, em Nova York, quando um rapaz brasileiro se aproximou.
- Que bom encontrá-lo aqui - disse, sorrindo - Precisava muito dizer alguma coisa.
Eu também gostei do encontro com um desconhecido. Convidei-o para tomar um café, contei a chatice que foi minha viagem a Denver, sugeri que fosse até o Harlem no domingo, para assistir um serviço religioso.
O rapaz, que devia ter vinte e poucos anos, me escutava sem dizer nada.
Eu continuei a falar. Disse que acabara de ler um livro de ficção sobre um grupo terrorista que toma de assalto a igreja de Saint Patrick, e o escritor descrevia tão bem o cenário que me chamara a atenção sobre muitas coisas que jamais havia visto em minhas visitas ao local. Assim, tomara a decisão de passar por ali aquela manhã.
Ficamos quase uma hora juntos, tomamos dois cafés, e eu conduzi a conversa o tempo todo. No final, nos despedimos, e desejei uma excelente viagem ao rapaz.
- Obrigado - disse ele, afastando-se.
Foi quando eu notei que seus olhos estavam tristes; alguma coisa tinha dado errada, e eu não sabia exatamente o que. Só depois de caminhar algumas quadras foi que me dei conta: o rapaz se aproximara dizendo que precisava muito falar comigo.
Durante o tempo que passamos juntos, eu assumira o controle da situação. Em nenhum momento, perguntei o que ele queria; na tentativa de ser simpático, preenchi todos os espaços, não permiti um momento de silêncio, onde o rapaz finalmente pudesse transformar um monólogo em diálogo.
Talvez ele tivesse algo muito importante para compartilhar comigo. Talvez, se naquele momento eu estivesse realmente aberto para a vida, eu também teria algo para entregar ao rapaz. Talvez, tanto minha vida como a dele, tivesse mudado radicalmente depois daquele encontro. Nunca vou saber, e não vou ficar me torturando com o fato de que não soube aproveitar um momento mágico do dia; erros acontecem.
Mas, desde então procuro manter viva na memória, a cena da minha despedida, e os olhos tristes do rapaz; quando eu não soube receber o que me era destinado, tampouco consegui dar aquilo que eu queria, por mais que me esforçasse.

Que tal reunir em um só produto smartphone, tablet e notebook?

Start-up criou dispositivo reúne tablet, smartphone e notebook num aparelho só

Loucura? Impossível? Não para osengenheiros da Idealfuture, empresa emergente da Califórnia. Eles cansaram de viver carregando diferentes dispositivos e criaram uma espécie de canivete suíço dos eletrônicos. O Dragonfly tenta substituir smartphone, tablet e notebook. Ele conta com duas telas sensíveis ao toque de sete polegadas cada e um teclado dobrável, o que permite diferentes configurações de design. Uma das telas também é destacável e é capaz de fazer ligações telefônicas.
Além disso, o aparelho roda dois sistemas operacionais: Windows e Android, o que permite mudar de plataforma conforme as necessidades do usuário.

Mesmo com o telefone desconectado da base, é possível acessar os arquivos remotamente. A Idealfuture busca financiamento no site Indiegogo e sua meta foi superada com folga. A pedida de US$ 10 mil recebeu quase US$ 440 mil até a conclusão deste texto.

O preço baixo para um aparelho complexo pode ser o motivo do sucesso. Por US$ 400 era possível comprar o produto até 20 de novembro. As especificações mostram um produto, que se realmente for tudo isso, valerá a pena comprar. Se não vejamos: as telas têm resolução de 2.560 pixels x 1.440 pixels e a base com teclado conta com 4 Gbytes de memória, mesmo número da tela destacável (batizada de Slingshot). Base e Slingshot contam com 128 Gbytes cada de armazenamento. E a empresa inclui mais dois cartões SD de 128 Gbytes.
Com o fim do financiamento, a Idealfuture informou que o preço do Dragonfly subiu. A versão Android custa agora US$ 599 e a versão Windows US$ 799. A promessa de entrega é no primeiro semestre de 2015. E aí? Vai arriscar largar tudo pelo Dragonfly Futurefön ?
Preço: versão Android US$599 e versão Windows por US$ 799
Entrega: primeiro semestre de 2015



Fonte: FolhaPress

Líder do PT desafia delator e oposição

Nas entrelinhas da nota do senador Humberto Costa (PT-PE) fica implícito o desafio para que os líderes da oposição façam o mesmo, abram seus sigilos.

Leia a Nota de esclarecimento:

Em relação à publicação do jornal O Estado de São Paulo deste domingo que relata supostas acusações do sr. Paulo Roberto Costa dirigidas a mim em delação premiada, afirmo que:

1. Todas as doações de campanha que recebi na minha candidatura ao Senado em 2010 foram feitas de forma legal, transparente, devidamente declaradas e registradas em minha prestação de contas à justiça eleitoral e inteiramente aprovadas, estando disponíveis a quem queira acessá-las;

2. Assim, nego veementemente ter pedido a quem quer que seja que solicitasse qualquer doação de campanha ao sr. Paulo Roberto;

3. Tal denúncia padece de consistência quando afirma que a suposta doação à campanha teria sido determinada pelo Partido Progressista (PP) por não haver qualquer razão que justificasse o apoio financeiro de outro partido à minha campanha;

4. Mais inverossímil ainda é a versão de que se o sr. Paulo Roberto não tivesse autorizado tal doação, correria o risco de ser demitido, como se eu, à época sem mandato e tão somente candidato a uma vaga ao Senado, tivesse poder de causar a demissão de um diretor da Petrobras;

5. Causa espécie o fato de que ao afirmar a existência de tal doação, o sr. Paulo Roberto não apresente qualquer prova, não sabendo dizer a origem do dinheiro, quem fez a doação, de que maneira e quem teria recebido;

6. Conheci o sr. Paulo Roberto em 2004 e minha relação com ele se deu no campo institucional, no processo de implantação da refinaria de petróleo em Pernambuco, do qual participei assim como vários políticos, empresários e representantes de outros segmentos da sociedade pernambucana o fizeram;

7. Conheço e sou amigo de infância do sr. Mário Beltrão, presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (ASSINPRA), que também foi partícipe da mesma luta pela refinaria. Porém, em nenhum momento eu o pedi e ele muito menos exerceu o papel de solicitar recursos ao Sr. Paulo Roberto para a campanha ao Senado de 2010;

8. Tenho uma vida pública pautada pela honradez e seriedade, não respondendo a qualquer ação criminal, civil ou administrativa por atos realizados ao longo de minha vida pública;

9. Sou defensor da apuração de todas as denúncias que envolvam a Petrobras ou qualquer outro órgão do Governo. Porém, entendo que isso deve ser feito com o cuidado de não macular a honra e a dignidade de pessoas idôneas. O fato de o sr. Paulo Roberto estar incluído em um processo de delação premiada não dá a todas as suas denúncias o condão de expressar a realidade dos fatos;

10. Aguardo com absoluta tranquilidade o pronunciamento da Procuradoria-Geral da República sobre o teor de tais afirmações, ocasião em que serão inteiramente desqualificadas. Quando então, tomarei as medidas cabíveis;

11. Informo ainda que me coloco inteiramente à disposição de todos os órgãos de investigação afetos a esse caso para quaisquer esclarecimentos e, antecipadamente, disponibilizo a abertura dos meus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

Recife, 22 de novembro de 2014,

Humberto Costa
Senador da República


Verdade do dia


Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil (* e venal) coma ela mesma.

Jospeh Pulitzer







Operação abafa está varrendo petrolão tucano para debaixo do tapete, por Antonio Lassance


As investigações da operação Lava Jato são só para petistas e, no máximo, para os peemedebistas. Para tucanos, impera a Operação Abafa.
Primeiro, foi o mensalão. Agora, é o "petrolão". Em ambos os casos, o esquema de desvio de dinheiro público foi inventado desde o governo tucano de FHC - pelo menos -, mas só descoberto quando vieram os petistas.

Estamos aguardando Aécio Neves, que além de Senador é agora comentarista político do Jornal Nacional, aparecer no estúdio para confessar que continua com a ideia fixa de que tudo o que o PT fez e ampliou começou com FHC.

Há gente muito otimista quanto ao desfecho do atual escândalo, na linha de que não sobrará pedra sobre pedra e que todos serão tratados igualmente pela Polícia Federal do Paraná, pelo Ministério Público e pela Justiça.
Poderíamos citar Dante e sua Divina Comédia para recomendar a todos que deixem a esperança na porta, ao entrar; mas a situação combina mais com o bordão do compadre Washington (aquele do "sabe de nada, inocente").

Pouco adianta a constatação do Ministério Público de que o esquema que assaltou a Petrobras existe há pelo menos 15 anos.

Se não houver a devida investigação para dar nome aos bois do período FHC, a constatação cai no vazio - ou melhor, na impunidade.

O problema não é se vai sobrar pedra sobre pedra, mas para onde serão dirigidas as pedradas, se é que alguém ainda tem alguma dúvida.

A apuração feita pela Operação Lava Jato não é neutra. Os investigadores da PF encarregados do caso não são neutros, muito pelo contrário.

A maioria é formada por um grupo de extremistas que foram flagrados em redes sociais vomitando comentários raivosos e confessando suas opções partidárias. 
Se dependermos dessa gente diferenciada, não teremos Estado de Direito, mas Estado de direita.

O Código de Ética da associação nacional dos delegados da PF proíbe a seus membros a manifestação de preconceitos de ordem política. Mas alguém acha que esses vão sofrer qualquer reprimenda?

Alguém imagina que os deslizes, considerados ao mesmo tempo graves e primários por gente séria da própria PF, terão a punição que foi aplicada ao ex-delegado Protógenes Queiroz, que cometeu o crime hediondo de prender um banqueiro?

O PSDB tem sido zelosamente preservado nessa "investigação" que deveria feita na base do doa em quem doer. Balela.

A operação Lava Jato é só para petistas e, no máximo, para os peemedebistas. Para tucanos, impera a Operação Abafa.

O senador Álvaro Dias e o deputado Luiz Carlos Hauly, ambos tucanos do Paraná, citados por delatores, até agora estão absolutamente preservados.

O nome de Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, já falecido, apareceu menos como uma revelação do que como um "boi de piranha". Guerra já não pode confessar nada nem sob tortura.

PT e PMDB têm seus operadores. O PSDB também, mas onde estará o infeliz? Certamente, por aí, limpando sua conta e seus rastros.

Quase metade da lista de políticos citados pelos delatores é formada por apoiadores da campanha de Aécio Neves em 2014 (confira aqui).

A sina persecutória dos delegados paranaenses chegou ao ponto de incriminar o atual Diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, sem qualquer prova, sem sequer testemunho. O crime do diretor estava apenas na pergunta dos investigadores.

Até mesmo um ex-diretor da PF nomeado por FHC considerou o episódio contra Consenza o cúmulo do absurdo, conforme relatado pelo jornalista Ilimar Franco em sua coluna. 

Isso não se faz, a não ser com segundas e terceiras intenções. Não foi erro material", como os investigadores alegaram, nem mera trapalhada, foi obra do comitê eleitoral da campanha tucana de terceiro turno.

As tartarugas do ministro da Justiça

Das duas tartarugas que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tinha que cuidar, uma já fugiu; a outra está escondida debaixo de seu nariz.

A defesa da autonomia da Polícia Federal, que é de uma obviedade gritante, não resolve uma dúvida crucial: a PF do Paraná tem autonomia para varrer a sujeira do PSDB para debaixo do tapete, ao sabor da preferência partidária de alguns investigadores?

Está claro que o comando da PF no Paraná tem autonomia suficiente para não ser aparelhada pelo PT, nem pelo PMDB, mas pode gozar de autonomia para ser aparelhada pelo PSDB?

Se depender do ministro Cardozo, claro que sim - é para isso que serve a autonomia - para que qualquer órgão público faça o que bem entender, com base nas conveniências de seus servidores.

Por sorte, ao alargarem o tamanho do escândalo, para que ganhasse ares superlativos - suficientes para serem aproveitados por uma oposição que, incapaz de ganhar eleições presidenciais, só vê saída no impeachment -, os investigadores cometeram um erro crasso. Comprometeram todo o sistema político. Excelente ideia.

A rigor, todo aquele que recebeu doações de qualquer dos envolvidos no escândalo deveria ter seu mandato cassado.

Considerando que a Polícia Federal paranaense chegou à conclusão de que não existe almoço grátis, de cada 10 parlamentares eleitos, pelo menos 4 deveriam ser impedidos de assumir o mandato. Agora, ou vai ou racha.

A investigação que Gilmar Mendes determinou que se faça contra as contas da campanha de Dilma, com uma força tarefa formada por TCU, Receita Federal e Banco Central, deve ter uma similar para Aécio e todos os demais candidatos, à exceção dos do PSOL, PSTU e PCO - os únicos que se livraram do pavoroso expediente de receber "doações" de empresas.

É uma pena que o anticomunismo dos investidores encarregados da operação os impeça de chegar à conclusão, em seu relatório, de quem ninguém presta na política nacional, salvo os comunistas. Todos os demais partidos, nessa lógica, estão infestados de ladrões.

Se negarem vinculação com o PSDB e continuarem a recusar simpatia aos comunistas, aos delegados paranaenses restará apenas o movimento Punk - se for essa a opção, contarão doravante com meu respeito.



Frase do dia

Dilma Invocada:

"O engraçado é que a oposição fez, faz e fará o diabo para pegar esse abacaxi "

Papo de homem

Brucutus e mocinhos num mundo além do preto e o branco

O mundo das produções culturais em geral usa como matéria prima a vida cotidiana. O sofrimento e sua superação são os temas mais usados, assim como o modo como entendemos esse sofrimento. 
Esse jogo constitui um fluxo em que realidade e ficção moldam uma a outra, ficando pouco claro quem veio primeiro, o ovo ou a galinha, embora saibamos que tudo se trata de uma via de mão dupla. É assim que nascem personagens que tanto nos influenciam. 
O entendimento sobre o que é o sofrimento e como lidar com ele, em suma, a filosofia de vida das pessoas, está intimamente ligada ao zeitgeist (termo que se refere às características do tempo e do local onde se vive; o espírito da época). Observando a linha do tempo de filmes dos anos 70 para cá podemos traçar essa mudança de padrões.


 

Se antigamente predominava o jeitão Clint Eastwood, com cara de mau e um pé sempre pronto para chutar o traseiro dos problemas, hoje temos um grupo mais misto, com homens que escolhem uma abordagem diferenciada (mais discursivos, mais empáticos).
Essa mistura indica que estamos numa época de transição, ou que encontramos um meio termo para agir.
Não estou presumindo que homens nos anos 80/70 eram brutamontes incultos e burros. Sim, eles podiam ser inteligentes, mas o estilo era muito mais pragmático. Soluções eram vistas muito mais como ação do que como mudança de perspectiva sobre a realidade circundante.
Quando via um problema o machão setentista/oitentista pensava no que poderia fazer para derrotar as adversidades; as gerações posteriores, entretanto, passaram a ter um olhar mais interno, se perguntando sobre como podiam mudar a perspectiva sobre o problema. Esse jeito de agir (o primeiro citado) moldou o cinema de ação e ao mesmo tempo esses homens foram moldados por ele. 
Esse padrão aparece em diversos personagens, como RamboRockyJohn McClane e outros. 
Imagine um desses sujeitos discutindo direito de minorias, filosofia, ou discutindo relacionamento com a esposa. Sairiam falando que são todos uns frescos tagarelas.
É o protótipo do macho que acha que tudo é simples e que quem reclama de algo não está exigindo um direito ou querendo uma negociação, mas sendo fresco e fracote. Na prática a coisa poderia não ser tão estereotipada quanto os filmes mostravam, claro, mas essa era a imagem passada. 
Isso é o que um brucutu dos anos 80 faz com os problemas. Aguenta seus golpes, mas no final manda-os para a lona
Isso é o que um brucutu dos anos 80 faz com os problemas. Aguenta seus golpes, mas no final manda-os para a lona
Por determinado ângulo é admirável um cara sisudo, com aquela marra de badass, capaz de proteger a si e aos que estão ao redor, sem medo de desafios nem do perigo. Isso deve fazer a cabeça de mulheres, que por mais independentes que sejam hoje, são atraídas por homens com recursos e meios capazes de protegê-las. 
Para esses caras, problemas são comidos no café da manhã, simples assim. 
Se restar algo pendente, uma boa dose de birita no bar com os amigos e falar bastante mal do chefe e do político da vez resolve as coisas. 
Essas características estão sumindo – para o bem ou para o mal, e isso tem a ver com o espírito de nossa época, que vem mudando desde o fim da Guerra Fria. 

A influência dos tempos de guerra sobre o cinema e sobre a personalidade

O afastamento progressivo dos tempos de guerra, que precisam, de fato, de homens belicosos e durões, nos deu uma amolecida. Isso é natural, já que as gerações hoje nascem em meio à relativa paz. Não temos mais um grande medo a compartilhar mundialmente, como a guerra. 
Num nível individual, pode ser que esse estilo esteja falhando como um solucionador de problemas. Ao invés de resolver pepinos, as pessoas acabam achando que é melhor reprimi-los. Talvez isso explique o motivo pelo qual, em homens, a agressividade possa ser um sintoma de depressão. 

O maniqueísmo está sendo deixado de lado

Vivemos também numa realidade muito mais complexa. Em tempos de Guerra Fria, um clima de dualismo rondava as esferas da moralidade e da política. Era o bem e o mal, o preto e o branco. 
Atualmente, num cenário internacional bem mais pacífico, demoramos mais para extrair um padrão moral (certo ou errado) da realidade. Vemos uma enorme gama de cores intermediárias, não apenas o preto e o branco. 
Se os próprios americanos começam a querer eliminar seu maior símbolo do “bem” contra o “mal”, é porque eles não sabem mais tão claramente o que é bom e o que é mau
Se os próprios americanos começam a querer eliminar seu maior símbolo do “bem” contra o “mal”, é porque eles não sabem mais tão claramente o que é bom e o que é mau
Esse, inclusive, é um dos dilemas do Capitão América, tanto nos quadrinhos quanto nos filmes. Ele, um soldado da Segunda Guerra Mundial, foi parar numa época totalmente diferente, cujozeitgeist refuta toda a sua filosofia de vida. 
A partir dos anos 90 passa a diminuir os personagens e as histórias maniqueístas e vem os enredos mais mistos. 
Nossas melhores produções hoje combinam essa confusão na bússola moral, antes apontada somente para o norte. Histórias que nos permitem questionar o que é a virtude e o que é o vício, quem está certo e quem está errado, são as que mais instigam. 
O estilo dos personagens mais atuais indica que estamos repensando a filosofia de vida do macho dos anos 80. A chegada dos brucutus-coração-mole, essa espécie que acaba de ser descoberta, combina elementos um tanto contraditórios entre si, mas cuja combinação resulta numa liga fortíssima quando entrelaçados adequadamente. 
Duas boas referências desse novo universo masculino é o Rocky Balboa do sexto filme da série Rocky e Rust Cohle, da série True Detective. Os dois mantém uma postura badass, mas o primeiro parece sábio, reflexivo e com disposição para os desafios que virão, enquanto o outro é mais pessimista e desorientado. Ambos estão muito mais articulados e falastrões do que o típico brucutu.
Sobre Rocky, basta assistir a esse discurso inspirador para entender o que estou falando. 
true-detective-cohle

Muitos outros filmes e séries poderiam compor um infográfico recheado de personagens e histórias que ajudam a contar o rumo da filosofia pessoal das pessoas desde a Guerra Fria até hoje. A sétima arte ajuda muito bem a traçar essa jornada na medida em que é espelho e ourives do mundo.
A julgar por esse critério, então, diria que o novo modo de viver e se relacionar com o mundo é estar disposto a ser  prático, rápido e objetivo como uma katana, mas ao mesmo tempo, analítico, disposto ao diálogo e à reflexão, adicionar uma dose de sensibilidade.
De fato, creio que um indivíduo que aprendeu a conciliar essa multiplicidade de traços está preparado para a maioria dos dilemas da vida.


por Felipe Carvalho



Charge do Dia


Ensinar-te

Se eu acertar a viver, com certeza, volto para ensinar-te!

+Marco A. Leite da Costa Leite