Ao menos cinco grandes obras da Petrobras licitads no governo Lula foram alvo de acordos e manobras clandestinas de empreiteiras que resultaram, de acordo com a Polícia Federal, em custo adicional de R$ 1,4 bilhão, informam Leonardo Souza e Renata Lo Prete.
Segundo a PF, as construtoras participaram indiretamente da elaboração dos editais, para limitar a concorrência, e combinaram previamente o lance vencedor dos certames.
Em um dos casos, o acerto incluiu a divisão "por fora" do sobrepreço imposto à petrolífera. Entre as obras investigadas estão a Refinaria do Nordeste e a Refinaria do Vale do Paraíba; ao todo, os valores contratados pela estatal somam R$ 5,9 bilhões.
Os documentos da PF incluem Camargo Corrêa e GDK entre as empreiteiras participantes do conluio.
A Petrobras nega superfaturamento nas cinco obras e diz que seus critérios são diferentes dos da PF, o que, segundo a estatal, explica a divergência de valores.
A GDK negou irregularidade, e a Camargo Corrêa não quis se manifestar sobre o assunto