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Seguidor seletivo da bíblia

 Silas Malafaia: Não sou homofóbico, apenas sigo a bíblia.

Max Resende: "Vá, vende tudo que tens e doe aos necessitados (Lucas 12.33)"...  segue esta parte também?

Silas Malafaia: Sai do meu caminho, seu ateuzinho de araque!

Max Resende: Pra você sou um "ateuzinho de araque", Para mim você é apenas um tomador de grana, paquita do capeta, pet do satanás, secretária de lucífer, menina dos olhos do tinhoso, embaixador do diabo, best friend do demônio, maquiadora do capiroto, lacaio do coisa ruim, barbie de belzebu, manicure do cão.



Karol Eller: "homofobia é vitimismo..."

Pra começar, sinceramente acho o termo homofobia muito mal aplicado, explico:
Fobia é medo, classificado como doença, como então criminalizar uma doença?

Quanto a Karol Eller, assiste vídeo dela afirmando que é problema dela. Sendo assim, ela que resolva.

Do internauta Julian Rodrigues


Hoje na fila da padaria no momento que duas garotas se abraçavam, um homofóbico ao meu lado comentou:

- "Está faltando homem mesmo!"

Retruquei:

- Não desista. Brevemente você consegue um!

Se olhar matasse... agora meus amigos estariam no meu velório.


***

Gostei postei. Mas continuo perguntando e não obtendo resposta:

Fobia é doença?

Fobia, quidiabéisso?


Fobia: "Fobia é um tipo de perturbação da ansiedade caracterizado por medo ou aversão persistente a um objeto ou uma situação. As fobias geralmente causam o aparecimento súbito de medo e estão presentes por mais de seis meses."

Lido com atenção e racionalidade, como transformar uma fobia em crime? Isso é um absurdo. Portanto, que me desculpem os "bem intencionados" que desejam transformar homofobia em crime, mas sou contra. Sou contra que qualquer fobia - sem exceção seja crime -. Pronto, falei.

Vida que segue

XVII artigo do dia



O que o Edy do Pinochet tem a ver com a calça [cu] de [dos] Bolsonaro?



As pessoas que estão compartilhando fofocas sobre um suposto romance do Carlos Bolsonaro com o primo estão esperando o que para entender que isso é muito estúpido? Querem ofendê-lo? Atingir o pai com o "defeito" do filho? Estão competindo pra ver quem é mais quinta série? Ou resolveram jogar fora a máscara de defensores da diversidade pra mostrar que no fundo vocês também não gostam de viado e se ele for mesmo gay deve ser escrachado publicamente?
Não estou defendendo a privacidade do cara, a quem eu também considero repugnante como pessoa pública. Mas não pode ser mais embaraçoso ver companheiros autoproclamados "de esquerda" nessa fofoca! E não só por não haver coisa mais fascista do que tirar alguém do armário à força (quem quer que seja), mas principalmente pelo que significa toda essa insinuação. Um cara que propaga ideias nazistas virar alvo de investigação online sobre uma possível homossexualidade? Onde querem chegar com isso?
Exemplifico com uma notícia que oportunamente coincide com esse fuxico que está rolando no Brasil: foi anunciada a publicação de um livro que reunirá supostas cartas trocadas entre Augusto Pinochet, o ditador chileno, com o senador e ideólogo de direita Jaime Guzman. O livro "denuncia" que ambos teriam vivido um romance. Os trechos divulgados das cartas são de cair o queixo. "Torturaria comunistas só para ver-te sorrir", "Mi Hitler criollo", "Logo nos veremos e será como um tiro na cabeça" "Com muito afeto, seu Ditador".
Pessoas "de esquerda" aqui no Brasil (muitas públicas, inclusive) se apressaram em compartilhar a notícia com comentários de psicologismo leigo sobre a relação entre a sexualidade reprimida e a violência sanguinária do maior genocida das ditaduras latino americanas do século XX. Sério, gente? Ele derramou rios de sangue só porque não gozou gostoso? Conte-me mais...

Pergunto: a que serve historicamente comprovar-se a homossexualidade em um homem desses, senão eximir de responsabilidade todas as forças políticas e sociais que o sustentaram? Não foi então por pressão das elites econômicas chilenas, dos grandes empresários e da igreja que derrubou-se o governo popular de Salvador Allende? Não foi pela continuidade da Operação Condor sobre as Américas que os EUA enviaram seus aviões para bombardear o Palácio La Moneda com o presidente dentro? Não foi sob a desculpa da "ameaça vermelha" que o Chile impediu o avanço de políticas sociais? Não foi por ódio aos pobres? Pela exploração do cobre e do salitre? Pelo alinhamento ao imperialismo norte americano?
Digam então a uma mulher cujo filho tenha sido estripado e jogado de um avião no meio do oceano que na verdade o problema é que o Pinochet queria dar pro coleguinha e não rolou! Convençam a História de que as mais de 80 mil pessoas presas, torturadas e/ou mortas o foram graças aos problemas sexuais de um único homem. Então as mulheres estupradas, crianças desaparecidas, fome, miséria, a entrega de riquezas naturais e a destruição nacional entram na conta do trauma sexual da maricona? Me poupem!

Pode ser, eventualmente, que Pinochet fosse homossexual. E isto pode, sim, ser relevante para estudos psicossociais que relacionem repressão sexual à violência. Ganha a ciência, é verdade. Mas essa discussão não equaciona os fatos políticos para a solucionar a revolução que urge. Só desvirtua e subverte lógicas.
No campo da oposição política, agora a esquerda também é fiscal de fiofó? Sermos moralistas não é só vergonhoso e contraditório, mas estrategicamente burro. Porque o que sustenta esse projeto insustentável que os Bolsonaro apresentam é o discurso moral. Sem isso eles não tem nenhuma força. Os liberais econômicos, sozinhos, não elegem mais ninguém. Por isso a direita não investiu no Amoedo e o Alckmin, coitado, deu com os burros n'água. O negócio é o moralismo!
Estamos hoje no Brasil, sob a ameaça desse grupo conservador que instalou-se no poder com expressiva votação de parcela do nosso povo graças ao discurso da moral. Ou vocês acham que o currículo do Paulo Guedes teve mais influência junto ao eleitorado do que a mamadeira de piroca do whatsapp? Os eleitores abraçaram sem constrangimentos a causa do ódio aos LGBTI's que a família Bolsonaro vendeu. Enquanto fala-se sobre Damares ser uma "cortina de fumaça" para camuflar os já aparentes indícios de corrupção e autoritarismo, a mim evidencia-se que o Delinquente da República está entregando o que prometeu: aos eleitores, a exclusão dos LGBTIs e o porte de armas, e aos patrocinadores, a flexibilização do Estado para explorações e massacre. Calculem a equação que resultará disso.
Todos sabem, inclusive muitos eleitores do Bolsonaro já suspeitam, que esse governo é uma desgraça para o país e para o povo. Mas ele tende a se manter no poder com tranquilidade enquanto for capaz de manipular o medo irracional, quase supersticioso, da ameaça imoralíssima que vem da esquerda. Damares tem papel fundamental na manutenção de Bolsonaro no Planalto. Parem de ajuda-la! Deixem o rabo do Carlucho dentro das cuecas e cuidemos de descobrir como combater esse governo assumidamente evangélico fundamentalista com inteligência.
Precisamos estar fortes, como diz a canção, mas precisamos também, e muito, estarmos atentos!
Salvador, 17/01/2019 
por Beatrice Papillon
***



Escondidinho

Quem diz que vai votar no Tosconaro porque é antiPT é covarde. Não tem coragem de assumir que nota nele porque é a favor:
  • da ditadura 
  • da tortura 
  • do racismo
  • do machismo
  • da homofobia 
Não respeita as mulheres, não respeita os negros, não respeita lgbts.
Resumindo: é fascista, intolerante e hipócrita.


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***
***

Bem assim

Se as pessoas que lutam contra:

  • O racismo
  • A intolerância sexual
  • A violência contra a mulher
São taxadas de petralhas, apedeutas, esquerdistas, concluo que os antipetistas e esquerdistas são a favor e apoiam estes preconceitos e discriminações.

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Freudianas


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Tudo tão óbvio!
O pastor homofóbico é gay.
O machão fodedor é broxa.
O movimento anticorrupção é corrupto.
Desde Freud.

Hipocrisia e indignação seletiva

Dias desses o deputado federal Jair Bolsonaro abriu a latrina e falou  um monte...foi um auê. 

Movimento negro, Gays, LGBTs e o escambau entraram em transe, uma histeria só. Cansei de ler artigos, textos, crônicas, desabafos e vaticínios que somos racista e homofóbicos [ generalização imunda]...

Chamam um jogador de futebol de macaco, histeria. É racismo!

Chamam um jogador de vôlei de gay, mais histeria. É homofobia!

Agridem uma mulher pobre e a chamam de cachorra vira-latas. Faz-se um silêncio aterrador...

Onde estão os paladinos da moral e da ética?...

Os defensores dos fracos e oprimidos?...

Onde estão?








Criminalização

Viviany Beleboni 'crucificada' na Parada Gay (Foto: REUTERS/Joao Castellano )

Uns defendem a criminalização da "homofobia", outros são contra.
Uns defendem a criminalização da "Cristofobia", outros são contra.

Eu, sou contra criminalizar e discriminar doenças, distúrbios humanos...acho que fobia se enquadra nisso. Portanto, não vou alimentar hipocrisia. O que cada um desses grupos ou a favor de alimentar esta celeuma estão fazendo é puxando brasa pra suas sardinhas.


Ser homofóbico é, cada vez mais, seguir no caminho mais rápido para o desprezo social

A homofobia é um medo real ...mas, exatamente do quê?

Em um ambiente de aceitação crescente, nós condenamos sentimentos homofóbicos, em especial nos homens, por que achamos que eles vêm de dentro do indivíduo e são, portanto, sua total responsabilidade. Um homem que diz coisas odiosas sobre gays é “retrógrado”. Ele está protegendo seu status social ou, talvez, seja secretamente gay. Ele precisa crescer ou sair do armário.
De qualquer jeito, a existência contínua da homofobia — à parte dos óbvios problemas — levanta questões sobre sua natureza básica: será que teorias psicológicas como aquelas acima realmente explicam por que a homossexualidade, especificamente, evoca tal medo, do tipo que motiva fala e ação violenta?
A única forma de responder a essas questões é parar de pensar na homofobia como uma escolha pessoal e entendê-la como o inevitável e deliberado resultado da cultura na qual os homens americanos são criados.
Claramente, homens na América têm crescido aprendendo a ter medo da homossexualidade. Mas não apenas pelas razões que nós tipicamente pensamos — não apenas por causa de religião, insegurança sobre sua própria sexualidade ou uma aversão visceral aos pênis de outros homens. A verdade é que eles estão com medo porque a heterossexualidade é muito frágil.

Homossexualismo - porque o beijo gay deve ser comemorado

Ontem foi um dia histórico. A Rede Globo, após tantos anos exibindo relacionamentos gays em suas novelas sem nunca mostrar um beijo explícito, finalmente exibiu a primeira cena de beijo entre dois homens.
A comemoração pelo país foi enorme.
No mesmo instante as redes sociais ferveram com fotos tiradas de aparelhos de TV, com o registro desse momento. Uma euforia tomou conta de muitos gays e héteros. Foi algo semelhante ao que sente um torcedor apaixonado quando seu time de futebol vence um campeonato.
Por que algo tão simples gera toda essa emoção em tantas pessoas?
É porque elas perceberam que foi vencida mais uma batalha da longa guerra contra o preconceito. Quando a maior rede de televisão finalmente mostra um beijo gay numa novela, isso significa que a aceitação aos homossexuais avançou um pouco mais.
Muitos estão dizendo: “Essa cena não vai fazer os gays serem menos discriminados nas ruas. Não vai mudar nada!”
Discordo.
Pequenos atos como esses são simbólicos. Quando vistos por milhões de pessoas ao mesmo tempo, várias delas passam a refletir sobre o assunto. Talvez passem a ver um relacionamento gay com outros olhos.
Durante a minha infância e adolescência, sempre que ouvia falar em gays, era no pior sentido possível. A palavra “gay” era um grande xingamento e ainda é para muitos.
Quando se tinha raiva de alguém, a palavra gay logo saía da boca como forma de atacar o cara de quem não se gostava. O repúdio a essas pessoas era total, sendo tolerados apenas na condição de bobos da corte, para rirmos deles.
Hoje claramente se nota uma mudança. Vemos alguém famoso fazendo uma declaração preconceituosa contra gays e recebendo uma avalanche de críticas de todos os lados, incluídos héteros. É maravilhoso que não seja mais tão bem aceito falar mal deles.
Alguns que criticam constantemente a Globo se irritaram com a empolgação sentida com a tão esperada cena do beijo, por pensarem que a exibição dessa cena só vai beneficiar a própria Globo, deixando-a mais forte.
Creio que isso não seja um motivo para o desânimo. Pior seria se o conservadorismo tivesse vencido mais essa batalha. A Globo  vai continuar sendo poderosa por muito tempo. Melhor que cresça através de atos positivos do que através de moralismos exagerados.
A luta da comunidade LGBT é a de muitas pessoas que sonham em serem tratadas da mesma forma que quaisquer héteros nos dias de hoje. É a luta de um grupo que não aguenta mais ter de esconder o que sente, o que pensa e o que faz.
Eles querem ter o direito de dar as mãos na rua, de se beijarem e se abraçarem, como qualquer outro casal, sem que sejam agredidos física ou verbalmente. Para quem vive tamanha opressão, qualquer passo na direção de uma maior aceitação ou tolerância da sociedade é de fundamental importância e será comemorado com a maior euforia.
O beijo entre Niko e Félix na novela das nove não é algo que deva ser enxergado como uma “vitória da Globo”. É principalmente uma vitória de todos na sociedade que lutam contra o preconceito.
Fabiano Amorim
Sobre o Autor
Fabiano Amorim é nascido em Palmeiras dos Índios, e atualmente mora em Maceió, Alagoas. Ele escreve no blog http://fabiano-amorim.blogspot.com.br. É autor do aclamado documentário “Derrubaram o Pinheirinho”, sobre a reintegração de posse do acampamento Pinheirinho em São Jose dos Campos.

Posso concordar ou não com o que ele escreveu

Mas, se fosse eu que tivesse escrito...fodam-se os incomodados. Eu não apago postagens minhas por causa de "repercussões", fui claro ou quer que eu pinte e borde?

Meu desabafo acima é por causa disso abaixo:

"Essa galera das novelas que querem mostrar e colocar na cabeça dos brasileiros que trair a mulher, ser gay entre outras coisas é normal e que é legar ser e fazer essas coisas. Não sou preconceituoso longe disso. Mas prefiro que meu filho não veja esse tipo de coisa e saiba que ter uma mulher construir uma família e ter valores é o certo foi o que meu pai me ensinou é assim que tem que ser. Fica esperto e não deixe seus filhos ver essas coisas. M.S.”, escreveu Maurício."

Jogador de volei, que atualmente defende o Halkbank, da Turquia, apagou o post diante da repercusão negativa. 

Jean Wylltys - ter orgulho de ser negro, homossexual e gordo


Após a retirada de tramitação do PLC 122, que criminaliza a homofobia. o deputado federal Jean Wylltys (PSOL-RJ) passou a sofrer uma série de ataques. Aqui, sua resposta.
Mais uma vez está  curso principalmente no Twitter uma tentativa de me difamar por meio da deturpação de minhas palavras (digo "mais uma vez" porque já houve outras e ainda hoje eu tenho que desmentir, para um ou outro desatento, ofensas à Bíblia e aos cristão atribuídas a mim pelos canalhas difamadores ligados e associados ao pastor da mala cheia, ao deputado que pede a senha do cartão de crédito aos fieis e à família de parlamentares que defende a tortura e a ditadura militar - e são esses mesmo canalhas que estão tentando me difamar agora, deturpando o que eu disse para ingênuos, desatentos e incapazes de interpretar texto).
A tentativa de me difamar parte do seguinte episódio:
O PLC 122 (projeto de lei anti-discriminação de minorias estigmatizadas) foi, infelizmente, apensado ao projeto de reforma do Código Penal, saindo de tramitação. Por conta disso, eu fiz umas postagens no Twitter defendendo o projeto e explicando que seu mérito pode ser incorporado ao Código Penal, resultando num tiro pela culatra da arma dos reacionários homofóbicos que desejavam enterrá-lo.

Comi$$ão da Câmara aprova igreja a vetar homossexual

Sobre a presidência do deputado-pastor Marco Feliciano (PSC-SP), a Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou projeto de lei que livra as igrejas e seus responsáveis de serem enquadrados no crime de discriminação por homofobia. Pelo texto, as igrejas ficam autorizadas a vetar em seus templos a presença de “cidadãos que violem seus valores, doutrinas, crenças e liturgias”.

Caso alguma igrejas proíba cidadãos de frequentarem seus templos tendo como argumento a sexualidade de cada um sinceramente, quem fizer questão de ser membro de uma porcaria dessa, não tem mesmo valor nenhum. Igual os que aprovaram uma semvergonhice dessa.

Corja imunda!

Carta aberta aos humoristas do Brasil

Queridos humoristas do Brasil,
Essa carta é minha humilde tentativa de fazer vocês colocarem a mão na consciência. Pra começar, me apresento.
Sou, ou fui, um de vocês. Durante grande parte da década de 90, escrevi para a Revista Mad in Brazil sob o pseudônimo Xandelon. Cheguei a ser subeditor uma época, publicava quase todo número e escrevi dezenas de matérias de capa sob encomenda. Com esse dinheiro, pagava minhas contas e vivia disso.
Sei como é um trabalho duro sentar na redação e espremer a cabeça até sair uma piada. Sei como é frustrante achar que a piada está ótima, testá-la com o resto da equipe… e ninguém rir.
Então, aos trancos e barrancos, sem nunca ter sido lá brilhante, posso dizer que já fui sim humorista profissional.

A dura vida do humorista profissional

Em teoria, o humor  é simples: você cria uma expectativa, e depois a subverte.
Para o humor poder existir, são necessários uma série de pressupostos culturais coletivos, compartilhados pelo humorista e seu público que, convenhamos, muitas vezes são sim machistas, homofóbicos, racistas.
A piada “Sabe como afogar uma loira? Coloca um espelho no fundo na piscina!” só funciona porque tanto humorista quanto platéia “sabem” que loiras são fúteis, vaidosas e burras. Se não compartilhassem esse “conhecimento”, não é nem que a piada não seria engraçada: ela faria tão pouco sentido que não seria nem mesmo coerente enquanto narrativa.
Naturalmente, por esse mesmo motivo, o humor é sempre local: para pessoas de outras culturas, com outros pressupostos culturais compartilhados, a historinha também não faria sentido – pois não teriam a chave pra decodificar a piada, ou seja, que loiras “são burras, fúteis e vaidosas”. (Não são.)
Outro dia, a revista norte-americana Wired fez uma matéria de capa sobre humor. Pouca gente sabe, mas existem muitos estudos acadêmicos sérios (sic) sobre o humor, muita gente brilhante tentando entender: porque o engraçado é engraçado?
Enfim, uma das últimas teorias, citadas na Wired, é que o humor viria de uma violação da ordem estabelecida, seja através de dignidade pessoal (tropeçar na casca de banana, deformidades físicas), normas linguísticas (gago, fanho, sotaques), normais sociais (comportamentos inusitados), e até mesmo normas morais (bestialidade, etc), mas que ao mesmo tempo não representasse uma ameaça ao público ou à sua visão de mundo.
Essa última parte é talvez a mais importante: a violação não pode ameaçar ou contradizer a visão de mundo do público, senão ela nem será compreensível.
Usando o mesmo exemplo acima, até dá pra fazer uma piada sem loiras, mas se a sua piada incluir uma loira, ela vai ter que ser burra, mesmo contra sua vontade, pois assim que mencionar “loira” o público já vai imaginá-la “burra“, mesmo se você acrescentar que é uma loira física nuclear ganhadora do Nobel. Nesse último caso, o público certamente pensaria que a piada era justamente sobre como a loira burra conseguiu virar física nuclear ganhadora do Nobel. Mas não dá pra desfazer a associação loira + burra.
Por outro lado, e é por isso que estou escrevendo essa carta, se é impossível você humorista acabar sozinho com o estereótipo da loira burra, é possível não reforçá-lo:
Basta não fazer piadas de loira burra.
Eu sei, eu sei. O estereótipo da loira burra é até inofensivo. É verdade, algumas das pessoas mais inteligentes que já conheci eram lindas loiras que enfrentavam dificuldades constantes de serem levadas a sério no ambiente de trabalho, mas e daí, né? No cômputo geral das coisas, é um pequeno problema.
Fazer rir utilizando esses estereótipos (a loira burra, o preto macaco, a bicha travesti, etc) é muito fácil. E eu não estou dizendo que vocês não podem não. O país é livre e temos liberdade de expressão justamente para isso.
Mas dá pra fazer diferente, eu peço.
Na verdade, eu desafio.

O machismo mata

Dez mulheres são assassinadas por dia no Brasil, colocando-o no 12º lugar no ranking mundial de homicídios contra a mulher. Uma em cada cinco mulheres já sofreu violência de parte de um homem, em 80% dos casos o seu próprio parceiro. Em 2011, o ABC paulista teve um estupro (reportado!) por dia. Na cidade de São Paulo, uma mulher é agredida a cada sete minutos — além de não ter tempo de fazer nada, essa pobre mulher ainda é agredida no chuveiro, no ônibus, até na privada!
Riu? É, mas não tem graça. A solução está na mão dos homens.
As mulheres são mortas em tão grandes números, e por seus próprios homens, porque existe uma cultura machista no Brasil, onde as mulheres são vistas como tendo menos valor, onde as mulheres são rotuladas ou como santas ou putas, onde uma mulher viver abertamente sua sexualidade é considerado ofensivo ou repreensível, onde a sexualidade de uma mulher tem impacto direto sobre a honra de seu companheiro.
Se você faz piadas que confirmam os lugares-comuns dessa cultura machista, que objetificam a mulher, que estigmatizam seu comportamento sexual, então você possibilita e reforça essa cultura assassina.
Você é cúmplice.
(Não deixe de ler, no PapodeHomem, meu texto: Feminismo para homens, um curso rápido.)

O racismo mata

Entre 2002 e 2007, o número de homicídios cujas vítimas eram jovens negros aumentou 49%. De cada 100 mil habitantes, morrem por homicídio 30,3 brancos e 68,5 negros. A probabilidade de ser vítima de homicídio é 12 vezes maior para adolescentes homens e, dentro desse grupo, quatro vezes maior para jovens negros. De cada três jovens assassinados, dois são negros. A população negra teve 73% de vítimas de homicídio a mais do que a população branca.
Os negros são mortos em proporções tão altas, em comparação ao restante da população, porque existe uma cultura racista no Brasil, onde os negros são vistos como tendo menos valor, onde os negros são hiperssexualizados como “negões pauzudos” ou “mulatas rebolantes”, onde o negro é sempre o preguiçoso ou o malandro, o atleta ou o faxineiro, mas nunca (ou raramente) o físico quântico ou o médico, o enxadrista ou galã pegador.
Se você faz piadas que confirmam os lugares-comuns dessa cultura racista, que denigrem o negro (inclusive usar o verbo “denegrir”), que comparam o negro a animais, que classificam o tipo de cabelo característico dos negros de ruim, que associam o negro à pobreza, ao crime, à ignorância e a tudo o que há de mais baixo na escala social, então você possibilita e reforça essa cultura assassina.
Você é cúmplice.

A homofobia mata

Em 2010, foram mortos 260 homossexuais no Brasil, 62 a mais que em 2009 (198), um aumento de 113% desde 2007 (122). Nos EUA, com 100 milhões a mais de habitantes, moram mortos 14. Um homossexual brasileiro tem 785% mais chances de morrer vítima de violência que um norte-americano. As coisas parecem estar piorando: só nos primeiros dois meses de 2012, foram 80 assassinatos confirmados. Mantido esse padrão, teremos 500 homossexuais assassinados até o final de 2012. Nenhum país do mundo mata tantos homossexuais quanto o Brasil.
Os homossexuais são mortos em proporções tão altas, em comparação ao restante da população, porque existe uma cultura homofóbica no Brasil, onde os homossexuais são vistos como tendo menos valor, onde os homossexuais são hiperssexualizados como máquinas de foder sempre prontos para o sexo casual, onde o homossexual é sempre retratado como ridículo, efeminado, exagerado, folclórico, onde a tentativa de ensinar às crianças que homossexualidade é normal é rotulada de “kit gay”, onde a tentativa de dar direitos iguais aos homossexuais é rotulada de “ditadura gay”, onde a pregação de que os homossexuais são pecadores que vão pro inferno é protegida pela “liberdade de expressão”.
Se você faz piadas que confirmam os lugares-comuns dessa cultura homofóbica, que estigmatizam e ridicularizam os homossexuais, que utilizam o homossexual como xingamento como se ser homossexual fosse intrinsecamente ruim, que associam o homossexual ao pecado e à devassidão, ao ridículo e ao nojento, então você possibilita e reforça essa cultura assassina.
Você é cúmplice.
(Não deixe de ler, aqui no PapodeHomem, esse depoimento: “Queria ser hétero, mas não consigo”, editado e comentado por mim.)

Não reclame da “patrulha”

“Patrulha” são soldados armados que podem te matar se você os desobedecer.
Torcer o nariz para as piadas racistas, homofóbicas ou machistas de um comediante não é “patrulha”.
É o público exercendo pacificamente sua liberdade de expressão de considerar babaca um comediante que faça piadas racistas, homofóbicas ou machistas.
Esses pobres humoristas “perseguidos” que reclamam da “patrulha politicamente correta” não estão defendendo a liberdade de expressão: liberdade de expressão de verdade é o cara poder fazer piada sobre mulher estuprada e nós podermos criticá-lo por isso.
Na verdade, a liberdade que querem esses paladinos do “politicamente incorreto” é a liberdade de falar os maiores absurdos sem nunca serem criticados.
Aí é fácil, né? Assim eu também quero.
[E]sse pessoal que ataca minorias pra fazer piada precisa entender é que eles não estão transgredindo nada. Seus tataravôs já eram racistas, gente. Pode ter certeza que seus tataravôs já comparavam negros com macacos. Aposto como seus tataravôs já faziam gracinhas sobre a sorte que uma moça feia teve em ser estuprada. Vocês não são moderninhos, não são ousados, não são criativos. Vocês estão apenas seguindo uma tradição.
Falar besteira, qualquer criança fala.
Adulto é quem sabe que falar significa se abrir para a possibilidade de ouvir a resposta. Adulto é quem entende que ele tem a mesma liberdade de falar que seus críticos tem de criticá-lo.
[O humor] não tem que ter limites. O que a gente tem que ter também é uma crítica ilimitada. O humor tem que ser solto como qualquer linguagem humana tem que ser solta e livre, o que a gente tem é que ter o direito de exercer o poder da crítica sobre isso permanentemente. Então você dizer que uma piada é racista, ou sexista, e argumentar nessa direção, não é censurá-la, é exercer seu direito de crítica.
 Pra encerrar, amigos humoristas, não esqueçam nunca qual é a função social mais importante da liberdade de expressão:
Sem ela, como saberíamos quem são os idiotas?

Façam pouco dos agressores e não dos agredidos

Não existe piada inofensiva: se alguém gargalhou é porque alguém se fudeu.
A questão é: quem se fode nessa piada?
Se é a vítima, o subalterno, a minoria, a mulher, o gay, o negro, etc, então essa piada é parte do problema. Ela confirma, apóia, sustenta a ideologia dominante. Ela está à serviço do machismo, do racismo, da homofobia.
Quando um gay é agredido com uma lâmpada na Av Paulista, os roteiristas do Zorra Total não podem levantar as mãos e se declarar inocentes. E nem quem assiste e ri.
Mas não é necessário vocês humoristas se autocensurarem ou se tornarem vendedores de seguros. Por que não fazer piadas de gays… onde são os homofóbicos que se fodem? Piadas de estupro… onde quem se fode são os estupradores?
Vocês, humoristas, são livres para fazer piadas sobre o que quiserem. Mas também são cidadãos dotados de consciência. Os números da violência contra a mulher são impressionantes. Somos o país que mais mata gays. Nossos jovens negros são vítimas da maioria desproporcional dos homicídios.
A escolha é nossa, tanto humoristas quanto consumidores e repassadores de humor: queremos ser parte da solução ou parte do problema? Queremos estar do lado de quem mata ou estender a mão à quem está morrendo?
Essa discussão não é abstrata. Não estamos falando sobre princípios filosóficos. Tem gente morrendo AGORA.
É muito mais difícil fazer humor sem usar esses estereótipos que confirmam e fortalecem as culturas assassinas do nosso país: a homofobia, o machismo, o racismo.

Será que vocês conseguem? Será que conseguem, ao mesmo tempo, ser engraçados e não ser cúmplice dos assassinatos de mulheres, negros homossexuais.
Sei que não é fácil. Se fosse fácil, eu não estaria pedindo. Se fosse fácil, eu não estaria propondo o desafio.
Mas é tão necessário. É tristemente necessário.
Porque os humoristas alemães que faziam piadas de judeu em 1935 não são inocentes de Auschwitz não.
Fazer rir é relativamente fácil. Difícil é fazer rir sem ser babaca.
Esse texto todo, na verdade, foi só pra apresentar esse documentário. Assistam. Todos os melhores argumentos estão aí. Os melhores comediantes do Brasil. Gente do mais alto gabarito.
Se você acha que a “patrulha do politicamente correto está insuportável”, assista agora.
E depois você me conta. Aqui
Artigo genial escrito por Alex Castro 

Declaração homofóbica por que?

Não vi "homofobia" nas palavras do senhor Guido Barrila. Ele apenas expressou a sua opinião e ninguém é obrigado a concordar com a união de gays ou adoção de crianças por casais gays, a não ser que se queira condenar moralmente ou criminalizar a livre opinião. Isto é tão básico que não deveria sequer ser alvo de discussão. Até mesmo  o termo "homofobia" é impróprio, pois o sentido literal que se extrai dessa palavra é:...

O patrulhamento LGBT

Guido Barilla - presidente da fabricante de massas homônima -, afirmou que nunca contrataria um gay para fazer propaganda da sua marca. E que se os gays não gostarem, que procurem outras marcas para comer.

A declaração causou polêmica nas redes sociais e alvoroçou o movimento LGBT.

Polêmica, alvoroço porque?

Ele tem o direito de decidir quem faz propaganda do produto dele e ponto final.

Em nenhum momento ele desrespeitou os direitos de ninguém.

Quanto a não respeitar a adoção de crianças por famílias homossexuais "porque as crianças não podem escolher"...é uma imbecilidade monumental. Crianças filhas ou adotadas por heteros também não tem esse "direito".

Chega, basta desse patrulhamento LGBT e essa palhaçada de "politicamente correto". 

Aff, já encheu o saco! 

Vão já me carimbar de homofóbico

Concordo com esta concepção.
E quanto os que desejam criminalizar a homofobia pergunto:
Então todas fobias serão crimes ou vão discriminar as demais?

Agiotas emocionais querem desculpas de Neymar e a Lupo por suposta homofobia

Ivan Tez:
A peça publicitária não tem nada demais, más pessoas amarguradas, ressentidas e carente de atenção, sempre darão um jeito de reclamar , acusar e cobrar, cobrar, cobrar e cobrar...! Oras! Sempre é bom lembrar, as pessoas comuns nada devem, para esta turma chata de patrulheiros/agiotas emocionais (já que estão sempre cobrando...).

Do UOL, em São Paulo
O Observatório Espanhol contra a Homofobia acionará Neymar para que ele se desculpe por suposta “ação homofóbica”. O reforço do Barcelona estrelou recentemente comercial para a empresa Lupo, onde aparece de cueca.
A ação publicitária foi interpretada pela associação espanhola como preconceito aos homoafetivos.
O presidente da associação, Eugeni Rodríguez, também contesta o patrocínio principal do Barcelona, a Qatar Foundation, salientando que este país não respeita os direitos dos homossexuais.
Em nota, a fabricante de roupas íntimas e uma das empresas que ajuda a bancar o salário do atacante, negou qualquer preconceito na peça.
Nele, a cada cliente mulher que entra na loja e pede uma peça de roupa usada pelo jogador, o próprio aparece como modelo vivo e mostra a vestimenta. Na vez de um homem 'fortão' fazer o pedido por uma “cueca sexy do Neymar”, o atacante sai de fininho e não se exibe para o comprador.
Na visão de alguns internautas que viram a propaganda, a fuga de Neymar representaria preconceito com gays que gostariam de ter a roupa íntima, o que é negado pela Lupo.
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