Mostrando postagens com marcador Auto estima. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Auto estima. Mostrar todas as postagens

Rir é o melhor remédio

Quando alguém te diagnosticar como:

  •  depressivo 
  • Sem estima 
  • Complexado etecetera e tal
Presta bem atenção: 
Este indivíduo, não é um idiota?

Aos amigos de homens birrentos

A cada novo ato birrento de um homem, papai Eastwood chora uma lágrima de desgosto.
Perdi a conta das vezes em que escutei ou disse algo parecido.
Por mais que seja bastante durão em seus filmes western spaghetti, a imagem que fazemos de Clint Eastwood é apenas isso, uma imagem. Ele não chora quando você age como um mimado e nenhum de nós sabe dizer se sua mulher não está lhe dando um torra daqueles nesse exato momento.
Dar lições baseadas em personagens de cinema é divertido pra um caralho, mas quando não surge momento em que somos retos, isso só reforça ideais fictícios de masculinidade.


Dez coisas que afastem as pessoas

1- Instabilidade emocional
Uma das coisas mais difíceis é se relacionar com uma montanha-russa, por dez minutos ou em uma festa pode até ser tolerável, mas para seguir numa amizade, como colega de profissão ou parceiro amoroso é impossível. O mínimo de estabilidade e previsibilidade é importante quando se trata de estabelecer vínculos de confiança.

2- Ser dominador
Naqueles dias que você não sabe nem o que quer jantar é muito bem-vindo alguém que tenha pulso firme para tomar a liderança. Outra coisa é conviver com um ditador que quer ter a razão em qualquer assunto e determinar como, quando, onde e pra quê sua vida deve existir. Sempre haverá alguém sem vida própria para revezar ao lado de uma pessoa mandona, mas no longo prazo é só reparar, nunca são as mesmas pessoas, ninguém aguenta.

3- Egoísmo galopante
Auto-confiança, opinião própria e boa autoestima são apreciadas numa pessoa, mas dividir espaço com um rei momo psicológico que coloque todas essas características na décima potência é asfixiante. Parte dos motivos que nos fazem ficar ao lado de uma pessoa é saber que ela valoriza quem nós somos por nós mesmos e não como espectadores de sua vida.

4- Ser o centro das atenções
Não importa o motivo, o lugar ou o artifício o que importa é estar no meio do palco. Tem quem coloque uma melancia no pescoço, mas tem quem se faça de coitadinho ou sexy, o modus operandi muda mas o essencial é que aquela pessoa receba atenção constante. Bastou outra pessoa começar uma história ou a outra ficar feliz com sua conquista e surgirá a parasita de energia dos outros para cortar o assunto e sequestrar as atenções. Por um dia até vai, mas a vida inteira é insuportável.

5- Viajar na maionese
Ser distraído é uma característica de quem está fechado no seu próprio mundo, e quando isso vem acompanhado de uma ingenuidade e falta de senso do ridículo o pacote fica completo para produzir alguém que não fala coisa com coisa. É até engraçado conviver com alguém que age na vida como se fosse café-com-leite, mas para aquelas coisas sérias, que dependem de firmeza esse tipo de pessoa não entra na lista de prioridades.

6- Nunca levar nada a sério
As amizades, os relacionamentos amorosos e profissionais precisam de refresco nessa rotina acelerada que vivemos, mas ser bobo alegre e descomprometido ao extremo não é uma boa receita para gerar credibilidade. É como alho e vampiro, não combinam.

7- Agir com raiva diante das frustrações
A vida será sempre cercada de coisas lindas e descompassos e parte da maturidade de alguém se deve a habilidade em administrar com ginga, bom humor e eficiência os seus problemas. Tem gente que vira um furacão com o mínimo de contrariedade e desconta em quem está por perto. As pessoas podem parecer que respeitam você, mas na verdade elas tem medo e bastará uma distração sua para que elas saiam correndo e nunca mais voltem.

8- Confundir falta de educação com honestidade
Há quem ache bonito sair falando as verdades não-solicitadas na cara dos outros. Costumam aproveitar da fama de “honesto” para dar patada e descarregar suas frustrações em cima dos outros. Mas não se deixe enganar, quem gosta de falar as verdades na cara dos outros está mais para amargurado do que sincero. Cometer sincerocídio, portanto, não ajuda em nada se vier desacompanhado de carinho e intimidade.

9- Fazer jogos
Por causa do medo de sofrer algum tipo de humilhação algumas pessoas se antecipam em toda e qualquer suposta artimanha dos outros. Essa defensividade exagerada associada com paranóia e orgulho cria uma bomba explosiva que cria um jogador compulsivo seja na paquera, no trabalho, com os amigos ou amores. Por medo de sofrer a pessoa fica o tempo todo manipulando as vontades e interesses das pessoas na direção daquilo que quer. No final do jogo, no entanto, quem levou o xeque-mate foi ela.

10- Ser frio e insensível
Quem acha que os outros tem telepatia para adivinhar o tamanho do seu amor está enganado. Amor de verdade se mostra agindo e fazendo coisas concretas para mostrar que a companhia vale a pena e as coisas estão agradáveis. Conviver com uma pedra de gelo que não reage a nada pode endurecer quem está por perto. O medo da pessoa fria é parecer vulnerável e no final da história ela irá encarar seu maior fantasma ao afastar todas as pessoas importantes de sua vida por causa de sua insensibilidade.

Por Frederico Mattos

Lições para vida inteira

Segundo especialistas o fracasso, a derrota, os erros que cometemos são os nossos melhores professores. Confira abaixo as principais lições que podemos aprender com eles:




1. Independência: o fim de um relacionamento, por exemplo, pode trazer sofrimento, mas depois nota-se que é possível ser feliz sem depender de uma única pessoa.

2. Ponderação: desenvolver uma análise mais apurada antes de agir por impulso ajuda, por exemplo, a para saber se você está comprando algo mais por carência afetiva do que por necessidade real.

3. Eficiência: quando o desempenho em um processo seletivo é abaixo do esperado, é o fracasso que ensina a parar e analisar se a forma de estudo está correta, para assim recomeçar de outra maneira.

4. Sensatez: o fim de um relacionamento é sempre a chance de reavaliar valores e pensar sobre que tipo de pessoa desejamos para partilhar a vida.

5. Precaução: atitudes que culminam em erros e resultados negativos, servem para nos deixar mais cautos no futuro.

6. Respeito às escolhas pessoais: Fazer algo só porque está na moda pode levar a um fracasso, mas serve para 'que consigamos identificar o que realmente nos diverte e motiva', diz Marisa.

7. Persistência: pessoas de grande destaque já sofreram ou sofrem derrotas todos os dias. A diferença é o que cada um faz com isso: desistir ou se esforçar para atingir o objetivo?

8. Autocuidado: fumar demais, beber demais e ficar doente ensina que sem cuidados essenciais para o corpo é mais difícil viver pelo tempo que desejamos.

9. Criatividade: quando o planejamento traçado não é efetivo, é momento de buscar novos recursos, pensar em novas estratégias e buscar apoio de pessoas diferenciadas.

10. Perdão: fracassos que envolvem atos ruins ou até mesmo ilícitos, podem gerar baixa autoestima. "Ajudar grupos de pessoas necessitadas pode ser a lição ideal para quem precisa se perdoar", diz Marisa.




11. Tolerância: fracassos ensinam que as pessoas não mudam pelos outros. É preciso aceitar o jeito de cada um e buscar e aproveitar as melhores características, relevando o que for ruim sempre que possível.

12. Fortaleza: acreditar que o fim de um namoro, uma demissão ou doença são superáveis é a grande lição de todo fracasso. 'Com isso nos moldamos e aprendemos a viver de forma diferente daquela que achávamos que era a única correta', diz Calderoni.

13. Humildade: o que foi planejado nem sempre sai conforme o desejado e ninguém sabe tudo ou pode controlar absolutamente tudo.

14. Otimismo: todo mundo em algum momento da vida vai fracassar. Entender isso já é metade do caminho para encarar os problemas de forma mais positiva.

12 passos para você derrotar seus medos e crescer

1. Conheça você mesmo

Antes de ter coragem para tomar uma determinada atitude, é preciso saber o que de fato é importante para você para depois assumir suas posturas. “É do autoconhecimento que nasce o fator coragem, pois só a partir deste aprofundamento é que o indivíduo tem condições de agir”, afirma o escritor Luciano Vicenzi.

2. Observe seus sonhos

Muitos dos desejos e vontades podem ser “anunciados” nos sonhos, um instrumento importante para o autoconhecimento. “É preciso fazer das horas de sono um tempo precioso, uma fonte de conhecimento e de sabedoria”, indica a psicoterapeuta Maria de Melo.

3. Entenda seus medos

Compreender as bases de seus medos é o primeiro passo para vencê-los e efetivamente criar coragem. “Uma pessoa corajosa não é uma pessoa que não tem medo, mas alguém que não se deixa paralisar por ele”, comenta Vicenzi. Para o autor, um certo nível de receio é normal perante grandes desafios, mas os corajosos se mantêm firmes nas suas decisões.

4. Separe o que é real do que é fantasia

O medo pode ser iniciado a partir de uma condição de ameaça física – o receio de pular de paraquedas, por exemplo – ou psicológica – como uma mudança radical de carreira. No entanto, Vicenzi explica que, muitas vezes, esses riscos estão apenas na mente, ou seja, são baseados somente em crenças, suposições e fantasias. Isso acontece quando uma pessoa começa a namorar e fica pensando: “será que a família vai me aceitar, será que vou conseguir atender às expectativas?”. Entender a base desses medos, se eles são reais ou imaginários, é essencial para vencê-los e criar a coragem necessária para agir.

5. Anote e compare

Colocar os medos no papel ajuda a identificar o que realmente deve ser considerado uma preocupação – e a deixar de lado as meras suposições. “Esta é uma técnica muito boa para separar o que é baseado em fatos e o que é fantasioso”, explica o pesquisador Luciano Vicenzi.

6. Seja humilde

Para a psicoterapeuta Maria de Melo, coragem exige, antes de tudo, reconhecer as próprias dificuldades. “É a humildade que nos dá a força verdadeira”, diz. Ela explica que sem essa qualidade pode-se cair na tentação de culpar somente os outros pelos problemas e medos, e não enxergar a si mesmo como o único responsável pela falta de coragem.




7. Mude de posição

Coragem equivale a assumir uma mudança de postura. Isso significa rever atitudes, reconhecer erros e se reposicionar. Desta forma, avalie se o que está fazendo hoje é o que, de fato, o afasta dos seus objetivos. Se a resposta for positiva, pense no que precisa mudar para sair desta situação.

8. Assuma os riscos

Coragem também significa assumir desafios, mas sempre de maneira calculada. “Correr riscos não é ser descuidado ou ter a pretensão de diminuir ou não enxergar o perigo. A coragem tem clareza, vê as coisas e, por isso, é prudente”, aconselha Maria de Melo. No entanto, a psicoterapeuta alerta que a prudência, se passar do ponto, é um medo disfarçado, o que pode nos tornar covardes.

9. Observe por outros ângulos

Enxergar as coisas sob um prisma múltiplo ajudar a entender situações e sentimentos com mais clareza, o que certamente vai contribuir para criar a coragem necessária para mudar. Questione-se, faça o exercício de pensar “por outro lado”. “Entender o que lhe prejudica vale muito para você se compreender e se consertar”, observa a psicoterapeuta Maria de Melo.

10. Converse sobre o assunto

Procurar um grupo ou outra pessoa que já tenha passado pela mesma situação também é uma boa maneira de conhecer mais sobre o assunto e inspira a criar a coragem necessária para se decidir e mudar.

11. Experimente

Muitas vezes, o medo deriva do que é desconhecido. Tem sempre aquele frio na barriga antes de começar, mas depois a coisa acaba fluindo. É como aquela pessoa que tem medo de água, mas dá o primeiro passo e se inscreve num curso de natação. Ela substitui a crença do “será que eu consigo” para o “vou tentar”.

12. Dê o primeiro passo sozinho

Apesar das dicas acima, criar coragem exige uma atitude pessoal e intransferível, por mais apoio que se receba da família, dos amigos e do terapeuta. Foi o que fez Najla ao encarar sua primeira aula de dança do ventre. “O primeiro passo é sempre da própria pessoa. É a vontade dela que desenvolve a coragem. Sem vontade não há coragem”, conclui Vicenzi.



Autoestima: valorização e cuidado consigo mesma


No trabalho
"Ela é mais espontânea, corre mais riscos, fracassa mas tenta de novo. É mais aberta ao debate, aceita críticas com segurança e cresce com elas, porque não as leva para o lado pessoal". Estas são algumas características de uma pessoa com boa autoestima, segundo a psicóloga Ana Maria Rossi, doutora em Psicologia Clínica e Comunicação Verbal e autora do livro "101 Maneiras de Viver Melhor". Não é difícil concluir que, no ambiente de trabalho, o felizardo que reúne todas estas características será o primeiro da fila para uma promoção. Quem tem boa autoestima é mais confiante, tende a se expor mais e ter mais presença. Na hora da promoção, será mais lembrada do que uma colega amuada ou que não costuma defender seu próprio ponto de vista.


No casamento
Sabe aquela famosa pergunta "se você não se valoriza, quem é que vai te valorizar?". Nada mais verdadeiro. "A autoestima significa a valorização e o cuidado consigo mesmo", explica Daniella Marques, psicóloga do Setor de Gerenciamento em Estresse e Qualidade de Vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Quem tem a autoestima lá em cima estimula a valorização do parceiro - recebendo inclusive mais elogios e estímulos positivos. Mulheres que cuidam bem de sua autoestima também têm mais coragem de ousar e de mudar quando é preciso. "Quem tem a autoestima elevada consegue analisar o custo-beneficio de uma relação e não precisa de aprovação ou validação dos outros", completa Ana Maria. Portanto, não fica presa a um relacionamento em ruínas.


Na relação com seus filhos
Ser mãe significa saber dizer "não" em boa parte do tempo. Mulheres sem autoconfiança podem enfrentar crises de culpa a cada vez que negam um desejo do filho - o que não é bom para ela, nem para a criança. "Pessoas com mais autoestima se tornam mais disponíveis para lidar com dificuldades e fatores externos e têm mais tolerância para situações de estresse", diz Ana Maria. "Fica mais fácil exercer o papel materno sem se descabelar", completa.


Na balada
Ao conhecer gente nova, você se retrai ou é realmente aberta e confiante? "Uma pessoa que assume as próprias imperfeições e defende suas posições e crenças passa para outras pessoas o que ela realmente é", explica Daniella. "Isso torna a pessoa naturalmente mais receptiva". Indivíduos com a autoestima elevada conseguem ser realmente abertos para novas amizades - e, quem sabe, relacionamentos futuros. No quesito beleza, ela também ajuda muito: se você chegar em uma festa se sentindo bonita, com autoestima de sobra, as pessoas também vão achar você ótima - vale mais do que a roupa certa ou o corte de cabelo do momento.  


Com as amigas
Quem não gosta de estar perto de alguém confiante? A autoestima faz com que as pessoas lidem com os obstáculos como se fossem desafios, e não problemas intransponíveis. Gente disposta e capaz de resolver um drama é sempre boa companhia, como explica Gisela Rao, escritora e autora do blog Vigilantes da Autoestima. "O bacana de uma amiga com a autoestima lá em cima é que ela nos ajuda a sair das frias e nos arranca do papel de vítimas que adoramos fazer. Ela não fica fazendo listas de infelicidades e geralmente topa ir em todos os lugares que propomos, porque não vai achar que está gorda, feia ou que não tem roupa", brinca. E aponta na mosca o que torna as pessoas que estão de bem consigo mesmas companhias tão agradáveis. "Amiga com autoestima fica nos validando, ou seja: aponta em nós o que temos de melhor em nós mesmas e que nem imaginávamos".

E o excesso, faz mal?
Segundo a psicóloga Ana Maria Rossi, ao contrário do que muita gente imagina, não existe a armadilha do "excesso de autoestima". O que é visto como excesso de autoestima - arrogância, narcisismo ou egoísmo - são, na opinião da psicóloga, justamente o oposto: a falta dela. "A pessoa que precisa depreciar os outros o tempo todo para se valorizar faz isso por falta de autoestima, mascarada pela arrogância", diz. "Dizer que alguém tem problema por excesso de autoestima é como falar que fulano está doente por 'excesso de saúde'", finaliza.

Papo de homem

Sou rejeitado porque sou feio demais

“Tenho sérios problemas com minha aparência. Ok, eu entendo que essa não é uma questão pouco usual e que existem centenas de artigos por aí enaltecendo o ‘amor próprio’ como solução. No entanto, meu caso é um pouquinho mais profundo. Não sou feio por descuido. Eu sou um feio três graus acima da Rossy de Palma, não dá pra escapar.
Até o começo do ensino médio minha preocupação girava em torno dos estudos, apenas. Minha família me via como o inteligente, meus poucos conhecidos (não tive amigos até o começo da faculdade) me viam como uma pessoa estudiosa.
Quando comecei o ensino médio, dei de cara com uma série de situações que simplesmente não faziam parte da minha visão de futuro antes. Ser jogado de grupo em grupo pra fazer os trabalhos porque não me queriam neles, ver grupos de amigos saindo no final de semana e nunca ser convidado, ser isolado das conversas no intervalo… No começo pensei que fosse pela minha timidez. A superei e fiz minhas primeiras ‘amizades’. No entanto, eu continuava me sentindo isolado. Passei a ser simpático, a tratar os outros da melhor maneira possível. Não adiantou. E eu sentia uma vontade latente de viver, de sair dos livros por um momento, de aproveitar minha juventude.
No meio do primeiro ano me apaixonei por um garoto que sentava perto de mim. Primeira paixonite, fiquei besta. Eu sabia que ele era bissexual e isso me deu esperanças. Realmente dei a entender que gostava dele. Me sentia numa daquelas séries sobre adolescentes, curtindo o ‘high school’. Mas aí veio o baque. Numa das feiras de exposição de trabalhos mensais do colégio, vendo o tanto de casais que iam se formando no decorrer do dia, parti pra ação. O chamei num canto e contei tudo. Depois de cinco minutos em silêncio ele respondeu: ‘mas você é tão feio…’. Fiquei sem reação, pedi desculpas e fui embora.
Na semana seguinte perguntei pra uma colega se eu era realmente feio. Ela enrolou dizendo que ‘o que importa é o interior’ e tudo mais. Pedi para ser sincera. ‘Sim, você é feio. E não é pouco’. Tudo começou a se encaixar. Eles tinham vergonha de sair comigo e uma dose de repulsa por conta da minha aparência. No decorrer do ano foram deixando isso claro.
Me isolei por completo, numa tristeza profunda, até o final do ano. Foi horrível.

Ano novo, professores novos, alunos novos. Decidi dar a volta por cima e sair da fossa. Se antes eu era simpático, agora seria tão amável que qualquer um esqueceria da minha feiura. A situação piorou. Agora eu ouvia comentários maldosos quando passava pelo corredor. Apelidos que só entendi agora.
Comecei a gostar de outro garoto, de outra sala, e dessa vez fui mais discreto. Fiz amizade, o ajudei com os trabalhos, conquistei sua confiança. Depois de alguns meses éramos muito íntimos. Quanto senti segurança contei o que sentia. A resposta: ‘Eu até ficaria com você… mas não dá’. Perguntei o motivo. Ele desviou do assunto. Fui insistente. ‘Você não é atraente, sabe?’. Bang. Até hoje não entendo o que motivou as pessoas a serem tão sinceras comigo.
Entrei em depressão. As notas despencaram, a neura da minha mãe em me controlar se tornou mais intensa por conta disso, os professores só reclamavam. Me afastei dos poucos conhecidos que tinha. Eu lia vários casos de pessoas que se sentiam feias e não me sentia representado, por algum motivo. A sociedade me isolava por ser gay, e os gays me isolavam por ser feio.
Terminei o ensino médio raspando, com as notas riscando o vermelho. Consegui vaga numa faculdade particular para o segundo semestre.
Durante metade de um ano refleti muito. Não queria passar por tudo aquilo de novo na faculdade, queria tomar uma atitude. Sempre fui vaidoso, mas dessa vez comecei a extrapolar. Roupas novas, atividade física, alimentação saudável, todo tipo de tratamento pra acne, mudança de atitude. Me senti pronto.
Não adiantou. Foi desastroso. As piadas sobre minha aparência surgiram logo no primeiro mês. Pra conseguir os primeiros amigos foi um sufoco. Dar em cima de alguém? Nem pensar. Foquei nos estudos como forma de distração.
No meio do segundo ano recebi um comunicado, por um professor, de que uma empresa estava interessada em me contratar por conta do meu desempenho exemplar na universidade. Marcaram a entrevista, engoli o medo e fui de queixo erguido. Era o momento de esquecer tudo o que me deixou pra baixo.
Sala de espera: eu e outro garoto da minha universidade (lindo). Tremi. A autoestima evaporou. Nunca me senti tão inseguro. Eu sabia que tinha mais chances de ser contratado, tanto pelas recomendações dos professores quanto pelo meu esforço. Me chamaram. Logo na entrada senti a surpresa nos olhos do entrevistador. Fingi não perceber. No mais, foi tudo como eu planejei. Respondi tudo da melhor maneira possível. Me forcei a acreditar em mim por meia hora. A última pergunta me deixou constrangido: ‘você acredita que sua aparência poderia influenciar sua vida profissional?’. ‘Sim, a apresentação pessoal é fundamental para o desenvolvimento de boas relações com os clientes’. Ele deu um risinho de meia boca, me agradeceu e eu saí. A pergunta dele era sobre outra coisa. Não consegui a vaga.
Agora, estou aqui. Tenho faltado muito na faculdade, me isolando de novo. Pensei em me matar três vezes. Não o fiz por medo do que aconteceria com minha mãe.
Quero um conselho, qualquer coisa. As respostas que vejo para meu problema são pré-fabricadas. Por favor.
Z.”
Caro Z.

10 dicas para melhorar sua autoestima


  1. Transforme os lamentos em decisões. Deixe a atitude passiva de lado e assuma para si a responsabilidade de promover mudanças. 
  2. Escolha objetivos possíveis, mesmo que você tenha que conquistá-los pouco a pouco. Metas inatingíveis são o caminho mais fácil para a frustração e uma nova recaída na auto-estima. 
  3. Trabalhe seu auto-conhecimento questionando sobre seus valores e analisando o que é realmente importante para você. Isto vai ajudá-lo a tomar decisões e mudar atitudes. 
  4. Assuma seus defeitos e se aceite do jeito que você é. Não se trata de ser acomodado, pelo contrário. Tente melhorar o que for possível, mas não exagere buscando perfeição em tudo. Essa busca é infinita, e você pode estar desperdiçando tempo e esforços que poderiam ser dedicados a outras atividades mais produtivas e prazerosas. 
  5. Encare o fracasso como algo normal. Aproveite-o como uma lição valiosa para encarar os novos desafios, e não como prova de incapacidade. 
  6. Expresse suas opiniões, desejos. Por outro lado, respeite as opiniões de outras pessoas. Respeitar não significa que você deva concordar necessariamente com elas. 
  7. Diversifique e amplie suas relações. 
  8. Pequenas atitudes podem significar muito: um telefonema, uma festa com os amigos, arrumação do quarto, etc. 
  9. Dê um passo de cada vez. Querer resolver tudo de uma vez na maioria das vezes não é uma atitude realista. 
  10. Não caia na tentação do álcool para esquecer os problemas e obstáculos. O melhor é enfrentá-los de forma otimista, sem subestimá-los ou, ao contrário, achar que são intransponíveis.

www.sabido.com.br

A auto estima numa fotografia

“A auto-estima positiva é fator número um de sucesso. É uma sensação interna de confiança, de se poder resolver os problemas da vida. Poderia ser definida como o que penso a meu respeito, como avalio o que ocorre comigo. Envolve amor próprio e auto-aceitação incondicionais. Me gostar”. 
por Marco Antonio de Tommasio