O que me intriga é que pessoas reclamem disso e como forma de protesto e ódio ao (PT) votem e apoiem políticos de direita acusados de corrupção, estupro, assédio sexual, assassinato, orgia com menores, pedofilia, sexismo, racismo, sonegação, evasão de divisas e tráfico de drogas. Vale tudo — pastores pedindo até barra de ouro, milicianos, assassinatos...
Mostrando postagens com marcador Antipetismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Antipetismo. Mostrar todas as postagens
Masoquismo social
Nada como ter tirado o PT do poder.
Por causa disso voltar a cozinhar a lenha
É um pequeno detalhe sem nenhuma importância
Tem gente dizendo a mesma coisa quando paga gasolina a 4,7 (média) e óleo diesel a 3.8 (média) em fortaleza.
Parabéns!
Vida que segue
Pelo meu odio ao PT
Pinçado do Facebook de Roger Orsi
Se ele for o autor do texto meus créditos e parabéns para ele
Vida que segue
Visite o site do patrocinador. Claro, se interessar
Só Freud explica
A pessoa melhorou de vida durante os governos petistas (Lula e Dilma) e desenvolveu um antipetismo inexplicável. Pior, apoia todas propostas e medidas defendidas e implantadas pelos golpistas, exemplo:
- Basta tirar Dilma que tudo melhora
- Basta tirar direitos na reforma trabalhista que tudo melhora
- Basta prender Lula que tudo melhora
- Basta eleger Jair Bolsonaro que tudo melhora
- Basta aprovar a reforma da previdência que tudo melhora
Realidade: O Brasil entoa a cantiga da perua [pió, pió, pió...] desde o dia 27 de novembro de 2014, quando Dilma Rousseff foi reeleita e Aécio Neves e sua turma (que são os mesmos que apoiaram Cunha, Temer e hoje apoiam Bolsonaro), não aceitaram o resultado soberano das urnas.
Pois é, essa turma que melhorou de vida com as políticas públicas dos governos petistas e são antipetista... só Freud explica.
Antipetismo é desculpa pra boi dormir
Esta conversa de antipetismo é desculpa para esconder que:
- Não respeita gays
- Não respeita negros
- Não respeita as mulheres
Quer dizer, gays, negros e mulheres que votam em Jair Bolsonaro, não se respeitam.
Este é o fato, o mais é mimi.
***
***
Marcos Coimbra: a fragorosa derrota da mídia
É longa a lista de notícias falsas e interpretações equivocadas que a "grande" imprensa brasileira ofereceu aos leitores no acompanhamento da eleição presidencial. Inventaram candidaturas, imaginaram cenários e fizeram suposições irreais a respeito daquilo que a população queria. Não conseguiram antecipar o quadro que temos hoje.
Apostaram que os eleitores buscariam a "novidade", nutriram a ridícula expectativa de que o governo Temer "chegaria forte" à eleição. Mais recentemente, difundiram a convicção de que o embate mais importante voltaria a ser travado entre PSDB e PT.
Dentre vários despropósitos, dois foram os principais. De um lado, a incapacidade de enxergar a força de Lula e do PT. De outro, a recusa de reconhecer que Jair Bolsonaro é mais que um personagem bizarro.
O saldo desses erros é a dificuldade de compreender as duas candidaturas, que, juntas, representam mais de 70% das preferências, tomando como base o voto nominal nas pesquisas recentes. A respeito da força de Lula, o máximo que conseguem é insistir na cantilena de que "os pobres têm saudade de uma época em que viviam (ilusoriamente) melhor", subtraindo a condição de cidadãos, capazes de fazer escolhas qualificadas, das dezenas de milhões de pessoas que pretendem votar em seu nome e reduzindo-as a estômagos malsatisfeitos.
Em relação a Bolsonaro, o maior equívoco é vê-lo como uma espécie de Celso Russomano, o candidato paulista defensor televisivo dos direitos do consumidor, que sempre começa bem e termina mal as eleições majoritárias.
Não foram poucos os analistas que decretaram que o capitão apenas esquentava o lugar que Geraldo Alckmin ocuparia na hora H, quando o jogo efetivamente começasse e os profissionais entrassem em campo.
Nunca houve qualquer base para essa suposição, até ao contrário. Bolsonaro não nasceu na televisão e não é o tipo de candidato que o eleitor desinteressado e desinformado identifica como alguém familiar, de quem tem algumas vagas referências positivas.
São frequentes os candidatos com esse perfil e quase tivemos um a presidente, quando Luciano Huck namorou a possibilidade de concorrer. Mais sábio que Russomano, logo percebeu que era grande o risco de repeti-lo, preferindo retirar seu nome da disputa.
O perfil dos antipetistas
Apoiou a ditadura
Votou em Maluf
Votou em Collor
Votou em Serra
Votou em Alckmin
Votou em Aécio
Diz que é de Direita
Se ufana de não entender de política
Não sabe a diferença entre os três poderes
É pobre, posa de rico
Conseguiu viajar de avião na época do PT
Conseguiu comprar um transporte (carro/moto) quando Lula era presidente
Conseguiu comprar casa própria quando Lula e Dilma estavam no Planalto
Durante os governos Lula/Dilma vivia passeando no Estado, País e até no exterior
Hoje, está desempregado ou na dipindura, adulando o patrão para não ser demitido por justa causa
Resumindo: É uma besta quadrada que se julga muito experto.
***
Quem banca os mercenários que protestam contra o PT?
As ações do grupo que promove manifestações contra o PT e contra Dilma e Lula pelo Brasil afora chamam a atenção dos mais afeitos a detalhes, para além da simples aparência dos caros bonecos infláveis.
Em primeiro lugar, a estrutura que cerca os tais "bonecos" infláveis, expostos nas ruas do país. Ao preço médio de 12 mil reais, os bonecos recebem um aparato de segurança que contempla cercas, cones e pasmem, a contratação de vigilantes de empresas de segurança privada, além de apoio para os minguados manifestantes como água, sucos, refrigerantes e lanches, cadeiras para descansar do balouçar de bandeiras, banheiros químicos e a mordomia de ter à disposição, equipe profissional de apoio fardada, com motos e carros de luxo, sem contar com as camisas padronizadas, faixas, bandeiras e impressos em geral.
A Grande Dama de Vermelho
de Luciano Marra
-
"Putinha do Lula, putinha do Lula".
"Putinha do Lula, putinha do Lula".
- Mais respeito, minha filha, mais respeito.
- "Vagabunda, vagabunda!!!"
- Não, minha filha, você não me conhece...
- "Velha doida, velha doida!".
- Não, vocês são irracionais, precisam conhecer nossa história.
- "Deve ser filha de ladrão!!"
- Não, rapaz, vivi a época da ditadura, vou morrer lutando contra ela. Você não sabe o que está dizendo... vocês são formados pela televisão. Sem encostar, não tenho medo de nada, já enfrentei coisa pior, você não sabe de nada, é preguiçoso!! Encosta que eu devolvo!!!
- "Filha da puta!!"
- Me respeite, eu vivi a história, você é um desinformado.
E foi assim que conheci uma heroína a ponto de entender com quantos filamentos se faz a fibra de uma grande mulher. Por falta de melhor nome, anotei na caderneta de fotos: agosto de 2015, Avenida Paulista, A GRANDE DAMA VERMELHA, a quem devo uma lição de extrema coragem, paciência e lucidez.
Petista não age assim
Gregório Duvivier, poeta e ator integrante do grupo Porta dos Fundos, foi agredido verbalmente e quase fisicamente no Rio de Janeiro; o motivo: ter declarado seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e criticado a pressão para votar em Aécio Neves; aos berros, num restaurante do Leblon, um radical de direita o classificava como integrante da "esquerda caviar", expressão disseminada no País pelo colunista neocon Rodrigo Constantino; discurso de ódio ao PT, que vem sendo alimentado há vários anos por meios de comunicação conservadores, alimenta a radicalização política e a violência; estimulados por brucutus como Constantino, trogloditas de alma fascista saem da toca...Continua>>>
Também Leia>>> Porque Globo, Veja e Cia apoiam Aécio
Isso você não vê petista fazer
Ódio ao PT faz mais uma vítima
247 - O discurso de ódio ao PT, que vem sendo alimentado há vários anos por colunistas de extrema direita e meios de comunicação conservadores, já deságua em violência. Ontem, a vítima foi o poeta e ator Gregório Duvivier, que integra o grupo de humor Porta dos Fundos. O relato está na coluna desta quinta-feira do jornalista Ancelmo Gois:
Gregório Duvivier almoçava ontem no Celeiro, no Leblon, quando um sujeiro disse que não ficaria mais ali porque ia "acabar metendo a porrada" nele. O talentoso ator e escritor ficou calado.
Mas o agressor continuou o xingamento, dizendo que ele era da "esquerda caviar" e que deveria estar almoçando no bandejão, "já que gosta tanto de pobre". Meu Deus!
Dois dias atrás, em artigo publicado na Folha de S. Paulo, Duvivier criticou a patrulha política para que votasse em Aécio Neves e declarou seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Nos postes da cidade, os adesivos se multiplicam. ´Aqui se vota Aécio´. Você, que não vota como o poste: ame o Rio - ou deixe-o. Aqui não é sua área. Aqui se brinda pelo fim da maioridade penal. Aqui a gente cansou da corja do PT e quer gente nova - mas logo quem? O mensalão tucano, a compra da reeleição, o aeroporto, o helicóptero, tudo virou pó", disse ele. “A militância de jipe e os comentaristas de portal não me dão essa opção. Se quem defende causas humanitárias e direitos civis é tachado de petista, não me resta outra opção senão aceitar essa pecha”.
Instantes depois, o colunista neocon Rodrigo Constantino, que escreve em Veja.com e disseminou a expressão "esquerda caviar", publicou artigo afirmando que o apoio de Gregório Duvivier a Dilma representaria "mais um ponto" para Aécio. "Causas humanitárias? Tipo… aquelas adotadas na Venezuela ou em Cuba, países que o PT defende? Direitos civis? Tipo… aqueles presentes nos países islâmicos que o PT também defende? Pergunto-me: pode apenas a burrice explicar algo assim?", questionou o colunista de Veja.com, tão troglodita quanto alguns de seus colegas e o agressor de Duvivier.
Como diria Nelson Rodrigues, os idiotas perderam a modéstia e os agressores, de alma fascista, agora saem da toca.
Também Leia>>> "Demissão" do jornalista Xico Sá
Perderam o senso do ridículo
Intelectuais - quidiabéisso? - Lobão e globais revelam que antes de tudo são antipetista e apoiam qualquer um até Aécio serve
Em ato pró-Aécio, Lobão e globais falam em 'ditadura'
Por Renan Truffi, na CartaCapital
Era para ser uma manifestação cultural de artistas e intelectuais em favor do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. Mas foi o discurso do medo que deu o tom no evento com o cantor Lobão e alguns artistas da Rede Globo, nesta segunda-feira 13, em São Paulo. Para uma plateia de aproximadamente 100 pessoas, o grupo defendeu a ideia de que está em curso uma perseguição por parte do governo contra adversários, uma nova ditadura à espreita, risco de morte, ameaça de golpe comunista e até uma atmosfera stalinista no Brasil. Aterrorizados com esses fantasmas, os convidados falaram em votar, inclusive, no “partido do Satanás” contra a presidenta e candidata PT à reeleição, Dilma Rousseff, e, em último caso, se mudar para Miami, nos Estados Unidos.
O ato aconteceu no Teatro Frei Caneca, no shopping de mesmo nome, na região central de São Paulo. Apesar de amplo material de campanha e da presença de alguns membros do PSDB, como os deputados recém-eleitos Floriano Pesaro e Coronel Telhada, além do vereador Andrea Matarazzo, Aécio e seu vice, Aloysio Nunes, não participaram. Também não apareceram Denise Fraga, Regina Duarte, Lima Duarte e Irene Ravache, que estavam convidados. Sobrou para Fulvio Stefanini, Lucia Verissimo e Odilon Wagner “representarem a classe” dos artistas. Já Lobão ficou com os ataques mais incisivos ao PT e o governo Dilma.
“Hoje em dia a gente tem uma atmosfera totalmente stalinista no Brasil. Os professores do Estado são todos comunistas”, afirmou o cantor assim que chegou ao evento, em referência ao famigerado líder da União Soviética. Para Lobão, o governo prepara um golpe comunista. “Você não vê o que é a Venezuela, o que está acontecendo na Colômbia, o que está acontecendo na Bolívia, no Equador? A Lei 8.243 institui os sovietes no Brasil”, complementou ao citar o decreto que instituiu o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), que aumenta a participação social nas decisões do Executivo.
Ainda na entrada do evento, em um amplo salão no 7º andar do shopping, reservado somente para o evento do PSDB, Lobão disse que corre risco de morte. “Estou na lista negra do PT, estou ameaçado de morte. Se a coisa continuar nessa progressão sistemática, eu forçosamente tenho que sair do Brasil. O partido que está no poder está me perseguindo”, disse em tom alarmante antes de distribuir abraços, atender sorridente os militantes e tirar fotos com todos desconhecidos que pediam.
Depois de se encaminharem para o teatro para o início do ato, discursaram Pesaro e Matarazzo, rapidamente, diante de um público modesto e sob uma enorme bandeira do Brasil. Os dois alegaram compromissos para deixar o ato logo em seguida. Telhada fez o mesmo. Foi então que o ator Fulvio Stefanini assumiu o microfone e resolveu contar uma preocupação que tem notado entre os brasileiros recentemente. “O povo brasileiro está descrente. Todos os dias eu vejo gente querendo mudar para Miami [nos Estados Unidos]. É impressionante. Acho que nós deveríamos ficar aqui e dar as passagens para o Lula e para a Dilma. Eles vão, a gente fica”, disse. Antes que pudesse continuar, foi alertado por senhoras de idade da terceira fila que o melhor destino para o ex-presidente seria outro: “Cuba”, gritaram. O ator concordou com a sugestão.
Na sequência, Lucia Verissimo foi convidada a falar. Assim como os demais, disse que se sente perseguida, mas não especificou se pelos colegas de profissão, por militantes de outros partidos ou se pelo governo. “Antes eles usavam verde oliva e falavam que iam te matar, agora não”, disse ao comparar a ditadura civil-militar com o governo Dilma. Elogiou, então, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por quem diz ser “enlouquecida”. “Chamo ele de meu imperador”, complementou.
Pouco depois, porém, Veríssimo foi modesta sobre suas análises. “Eu não entendo muito de política”. “Se eu contar para vocês tudo o que eu já passei por ser contra (o PT). Já me disseram: ‘se você votar no Aécio, ele vai privatizar até o seu cu...’ E eu respondi: ‘mas ele sempre foi privado’”, acrescentou a atriz ao arrancar risos da plateia.
O último a falar foi o empresário e advogado Sérgio Dantino. Conhecido por fazer o agenciamento de carreiras de famosos, ele endureceu as críticas ao governo, mas acabou criticando os próprios tucanos. “[Nós] podíamos ser em mais [aqui] se o PSDB e a pessoa que nos atendeu entendesse o espírito da coisa [evento]”, cutucou antes de dizer que o seu interesse maior é tirar o PT do poder, independentemente de por qual partido. “Não tem PSDB ou PSB, não. Nós somos anti. Somos anti-governo”, admitiu. “Se tivesse no segundo turno um partido do Satanás e o PT, eu votava no partido do Satanás”, encerrou com aplausos dos tucanos.
Maurício Dias: por que o ódio ao PT?
O ódio ao PT e aos petistas em geral é um eixo importante sobre o qual também gira a campanha presidencial de 2014.
Esse sentimento antigo, manifestado abertamente por adversários de influência forte no eleitorado de oposição, permanece em estado latente e se manifesta mais claramente nas “guerras” presidenciais. Em tempos de “paz” é cochichado pelos cantos do Congresso e, igualmente, em reuniões sociais onde não há preocupação em expor preconceitos.
Nesses salões mais elegantes, os petistas são tratados de corja.
Recentemente, o asco jorrou surpreendentemente da boca do senador Aécio Neves, um mineiro até então pacato com os adversários políticos. A competição acirrada fez o candidato a presidente pelos tucanos sair dos seus cuidados.
“Sei que não vou ganhar. Minha luta é contra o continuísmo dessa gente. É contra isso que vou lutar”, confidenciou a Jorge Bastos Moreno, de O Globo. Isso, ainda no início de campanha, revelou o jornalista.
Reação incomum a do mineiro Aécio Neves, neto de Tancredo.
A tradicional cordialidade na sociedade mineira, por exemplo, aproximou o tucano Aécio do petista Fernando Pimentel. Em 2008, firmaram a aliança, com resistências no PT, para eleger o prefeito de Belo Horizonte. Acordo repudiado pelos petistas mineiros.
Na política, excetuadas as exceções, os adversários não são tratados como inimigos. Sabem que amanhã será outro dia e poderão estar no mesmo palanque.
O ódio embutido na frase de Aécio Neves tem explicação e antecedentes. Alguns bem mais explosivos e de maior violência verbal.
Em 2006, o senador Jorge Bornhausen (PFL-DEM) lançou uma provocação violenta contra a reeleição de Lula: “Vamos acabar com essa raça. Vamos nos livrar dessa raça por, pelo menos, 30 anos”. Falhou na previsão, como se sabe. Essas são algumas das raízes que fazem o ódio aflorar no processo eleitoral deste ano de forma mais transparente. O sentimento espalhou-se por uma parte considerável do eleitorado. De alto a baixo.
Para derrotar Dilma, um grande contingente de eleitores tucanos trocou de camisa. Optou por Marina. Aécio em poucos dias foi desidratado. Ele chegou a ter 23% das intenções de voto. Mas empacou. Dilma aproximou-se muito da possibilidade de vencer no primeiro turno. Aproximadamente, 30% dos eleitores formavam o grupo dos indecisos ou mostravam a intenção de votar em branco ou nulo.
O imprevisto jogou Marina na disputa. Ela rapidamente superou Aécio, que caiu para 15% das intenções de voto. Voltou a subir a 19% segundo o Ibope.
Trocar Aécio por Marina não é, efetivamente, resultado político adequado pelos critérios políticos mais tradicionais. A troca de candidato, no entanto, é fruto do medo de uma nova vitória do PT, cujo compromisso social assusta parte da sociedade com dificuldade de conviver com pobres.
Essa porção de privilegiados assusta-se com um pouco mais de igualdade. Da fonte do medo também brota o ódio.
Esse sentimento antigo, manifestado abertamente por adversários de influência forte no eleitorado de oposição, permanece em estado latente e se manifesta mais claramente nas “guerras” presidenciais. Em tempos de “paz” é cochichado pelos cantos do Congresso e, igualmente, em reuniões sociais onde não há preocupação em expor preconceitos.
Nesses salões mais elegantes, os petistas são tratados de corja.
Recentemente, o asco jorrou surpreendentemente da boca do senador Aécio Neves, um mineiro até então pacato com os adversários políticos. A competição acirrada fez o candidato a presidente pelos tucanos sair dos seus cuidados.
“Sei que não vou ganhar. Minha luta é contra o continuísmo dessa gente. É contra isso que vou lutar”, confidenciou a Jorge Bastos Moreno, de O Globo. Isso, ainda no início de campanha, revelou o jornalista.
Reação incomum a do mineiro Aécio Neves, neto de Tancredo.
A tradicional cordialidade na sociedade mineira, por exemplo, aproximou o tucano Aécio do petista Fernando Pimentel. Em 2008, firmaram a aliança, com resistências no PT, para eleger o prefeito de Belo Horizonte. Acordo repudiado pelos petistas mineiros.
Na política, excetuadas as exceções, os adversários não são tratados como inimigos. Sabem que amanhã será outro dia e poderão estar no mesmo palanque.
O ódio embutido na frase de Aécio Neves tem explicação e antecedentes. Alguns bem mais explosivos e de maior violência verbal.
Em 2006, o senador Jorge Bornhausen (PFL-DEM) lançou uma provocação violenta contra a reeleição de Lula: “Vamos acabar com essa raça. Vamos nos livrar dessa raça por, pelo menos, 30 anos”. Falhou na previsão, como se sabe. Essas são algumas das raízes que fazem o ódio aflorar no processo eleitoral deste ano de forma mais transparente. O sentimento espalhou-se por uma parte considerável do eleitorado. De alto a baixo.
Para derrotar Dilma, um grande contingente de eleitores tucanos trocou de camisa. Optou por Marina. Aécio em poucos dias foi desidratado. Ele chegou a ter 23% das intenções de voto. Mas empacou. Dilma aproximou-se muito da possibilidade de vencer no primeiro turno. Aproximadamente, 30% dos eleitores formavam o grupo dos indecisos ou mostravam a intenção de votar em branco ou nulo.
O imprevisto jogou Marina na disputa. Ela rapidamente superou Aécio, que caiu para 15% das intenções de voto. Voltou a subir a 19% segundo o Ibope.
Trocar Aécio por Marina não é, efetivamente, resultado político adequado pelos critérios políticos mais tradicionais. A troca de candidato, no entanto, é fruto do medo de uma nova vitória do PT, cujo compromisso social assusta parte da sociedade com dificuldade de conviver com pobres.
Essa porção de privilegiados assusta-se com um pouco mais de igualdade. Da fonte do medo também brota o ódio.
Assinar:
Postagens (Atom)