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Blablablarina

A arte (?) de dizer tudo que não significa nada!

Friboi e suas vaquinha$

Fazer Roberto Carlos comer carne - ou dizer que come - é fácil, depende do cachê. Difícil é fazer uma vaca comer cachê.

Cartomante política

Por Renato Rovai, em seu blog:
No prazo limite de sua desincompatibilização do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa anuncia a aposentadoria da toga e a filiação a um pequeno partido político. Não terá mais do que 30 segundos. Sua decisão incendiará as eleições.

Aécio dirá que se trata de uma postulação legítima, que o ex-presidente do Supremo é um homem de bem, como Eduardo Azeredo.
Eduardo Campos dirá que é mais um candidato da nova política e que precisa ser respeitado.
Dilma dirá que não comenta pesquisa eleitoral e nem a candidatura dos seus adversários.
A Globo abrirá 10 minutos no Jornal Nacional para repercutir a decisão e fará um Globo Repórter para contar a história do menino que nasceu na pequena Paracatu, Minas Gerais, e venceu na vida. Amigos de infância, professoras, o primeiro médico, os tios e a o dono da padaria da rua onde ele morava darão depoimentos emocionados.
Todos contarão belas história do Joaquinzinho.
A Veja sairá com uma edição especial. Uma foto do ex-ministro tirando a toga com uma frase simples. Rumo a presidência.
Os jornais que se acham grandes farão cadernos especiais.
E todos os colunistas cravarão: o segundo turno agora é certo. E no segundo, serão todos contra Dilma e o PT.
Lula dirá que é melhor assim, que a decisão de Joaquim Barbosa esclarece muita coisa do julgamento do mensalão.
Os petistas que estavam mais sossegados, se sentirão desafiados a mais uma disputa histórica.
O New York Times fará uma matéria comparando Barbosa a Obama.
E o marqueteiro de Barbosa, mister W dirá que ele fará a campanha só pela internet. Que não irá a debates e que a TV será um mero detalhe. O slogan: O Brasil quer justiça.
E redes espontâneas e não tão espontâneas serão construídas para fazer a divulgação dos 10 pontos do Brasil com Justiça, a carta de Joaquim Barbosa ao País.
Haverá uma devassa na vida do ex-ministro realizada na internet. Aécio e Eduardo Campos se assustarão com o crescimento dos índices de Barbosa e iniciarão uma ação de desconstrução da candidatura dele por meios heterodoxos.
O novo candidato perceberá que os ataques subterrâneos que recebe não são do PT. Que partem de outros cantos. De adversários que só lhe desejam como alavanca para o segundo turno.
Mister W, seu marqueteiro, dirá que se quiser ir para o segundo turno, Barbosa terá que enfrentar Aécio e Eduardo. Terá que tratá-los como mais do mesmo. Como farinha do mesmo saco.
A eleição entra na reta final. Dilma na frente, com aproximadamente 50% dos votos válidos nas últimas pesquisas. E os outros três candidatos embolados entre 20% e 14%. Mas Joaquim é o quarto colocado.
De forma surpreendente, uma semana antes do pleito, Barbosa desiste da candidatura. Diz que a eleição no Brasil se tornou um vexame. Que não pode referendar um processo absolutamente viciado. E corrupto. E chama o povo a votar nulo.
Dilma é reeleita, mas o índice de votos nulos e a abstenção é um pouco maior do que nas últimas eleições presidenciais. No dia seguinte a apuração, vários colunistas começam a abordar a “pouca legitimidade do pleito e do governo”. E passam a defender teses de que talvez fosse o caso de encurtar o mandato presidencial e fazer uma grande reforma política no país, aprovando, por exemplo, o voto distrital e acabando com a reeleição. E até o parlamentarismo volta a ser tratado como uma alternativa a um momento que todos chamarão de “crise democrática”. Sim, esse será a tag do assunto. Nos jornais, será o chapéu das matérias.
Ouvi essa história de uma cartomante. Ela jura que leu isso nas cartas. E me disse, não pense em 2014, porque 2015 é que pode ser pior. Eu não sei se devo acreditar.

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Lula, a verdadeira oposição a Dilma

por Fernando Brito no Tijolaço

A Folha de hoje explicita uma intriga que a direita vem tentando, nos últimos tempos.
Diante da atrofia eleitoral de  seus candidatos, elege Lula como o “opositor” do Governo Dilma Rousseff.
Lamento, mas estão malhando em ferro frio.
Não apenas porque Dilma não tem a menor pretensão de se impor sobre Lula quanto, sobretudo, pelo fato de que o ex-presidente não tem, até por tudo que já conquistou, aeroporto disponível para a “mosca azul”.
Não há nenhuma decisão grave que Dilma tome sem ouvir Lula, e não poderia ser diferente, porque seria um desperdício desprezar a experiência acumulada do ex-presidente.
Não passou pela cabeça senão de marqueteiros de início de governo – daqueles que gostam de poder, mas não de problemas –  dar “uma personalidade própria” a Dilma.
Primeiro, porque – e Lula sempre soube disso – ela já a tem e só quem não a conhecia poderia duvidar disso.
Segundo, porque só os trouxas desprezariam a ideia de continuidade na mudança que a população adotou – e segue adotando, como todas as pesquisas mostram.
A manobra é risível no sentido de intrigá-los.
Vai, ao contrário, dar cobertura política para algo que todos vão perceber mais claramente nos próximos meses.
Que Lula é Dilma, de novo.
E que Dilma é Lula, sempre.
A campanha política vai deixar claro isso, porque Lula, sem entrar no varejo do Governo – o que ele não quer – é o inspirador das políticas de governo.
E que Dilma, sem pretender o lugar de chefe política, é a executora de um programa de Governo que representa mais do que o petismo, mas uma aliança pelo desenvolvimento soberano com justiça social.
Um desafio para o qual não bastam mãos e cabeça de uma presidente e de um líder político.
É preciso uma mobilização da vontade nacional, que nem Dilma nem Lula podem se dar ao luxo de prescindir.

#NãovaiterAlckmin

#Nãotem+PSDB
Por Igor Felippe, no Escrevinhador

A população que vive em São Paulo não aguenta mais a violência, os serviços públicos sem qualidade e a corrupção. São muitos e muitos problemas que afligem diversos setores, como os trabalhadores, estudantes, idosos e aqueles que se manifestam por um mundo melhor.

A Policia Militar de São Paulo é uma das polícias mais violentas do mundo. Violenta famílias de trabalhadores que vivem na periferia, assim como reprime aqueles que se manifestam democraticamente.

Os métodos arbitrários da PM aproximam as famílias de trabalhadores dos manifestantes que não estão satisfeitos com o atual estado de coisas.

2.045 pessoas foram mortas entre 2005 e 2009 no Estado de São Paulo pela Polícia Militar, que na manifestação desse sábado prendeu 230 pessoas, entre as quais cinco jornalistas.

Meses atrás, essa mesma polícia reprimiu os rolezinhos dos jovens da periferia nos shoppings e os dependentes de crack durante operação humanitária da Prefeitura.

As famílias de trabalhadores, os estudantes e os idosos não aguentam mais o tempo perdido no trânsito e a falta de qualidade do transporte público, especialmente no metrô.

O sistema público de educação não atende a necessidade da população. Escolas que não educam, com falta de estrutura, professores e funcionários sem uma remuneração justa, além da falta de vagas no ensino médio e superior.

Pronto-socorro, posto de saúde e hospital público sem condições de atender a população, acumulando filas e filas, que têm como consequência atendimento ruim e falta de estrutura para suprir a demanda. Fazer uma consulta ou um exame demora meses e meses.

A corrupção fundada na relação promíscua entre o poder público e empresas capitalistas, que contamina todo o Estado, revolta todos que precisam de serviços públicos.

Mais e mais notícias começam a desvendar o esquema de corrupção nas obras e fornecimento de trens e equipamentos para o sistema de transporte sobre trilhos em São Paulo.

A luta que pode unificar os anseios das famílias de trabalhadores das periferias, a juventude em luta e os movimentos populares é o #NaoVaiTerAlckmin.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não é o único responsável por essas questões, mas é o alvo que pode unificar os movimentos e a classe trabalhadora, viabilizando uma coalizão das formas emergentes de luta social e os movimentos sociais tradicionais, com apelo popular.

O #NaovaiterAlckmin é funcional para o PT? Pode ser, porque o partido tem interesse em desgastar o governador, mas também representaria um tensionamento interno entre aqueles que querem e não querem protestos e um perigo em potencial para uma acomodada presidenta Dilma Rousseff.

O #NaovaiterAlckmin é funcional para as formas emergentes de luta? Pode ser, porque constrangeria o PT e poderia acumular força social e apoio de setores que não se identificam com o #NaovaiterCopa, criando condições para mobilizar e organizar as massas para pressionar o governo Dilma pelas mudanças.

O governo federal e o comando do PT teriam que se decidir: aceitar, apoiar e aderir às lutas do #NaovaiterAlckmin ou se aliar ao governador para manter a ordem e reprimir as manifestações, como dá sinais o ministro José Eduardo Cardozo.

O #NaovaiterAlckmin é superior ao #NaovaiterCopa porque pode mudar a correlação de forças, contribuindo para desgastar o PSDB, colocando a faca no pescoço do governo federal e do PT, que teriam que se posicionar. O que diriam os governistas que querem endurecer as leis repressivas e os petistas que têm medo das manifestações de rua?

Mais um elemento da superioridade da jornada contra o governador é que o #NaovaiterCopa não representa necessariamente uma saída para a esquerda, enquanto o #NaovaiterAlckmin ataca os setores conservadores e a repressão da PM.

O #NaovaiterAlckmin representaria a partidarização do movimento de lutas? Não necessariamente, porque o movimento pode construir uma plataforma de mudanças com perspectiva estratégica.

Garantia do direito constitucional de manifestação, desmilitarização da PM e proibição de porte de armas letais em operações em protestos; democratização dos meios de comunicação que manipulam e criminalizam os protestos; educação e saúde públicos, universais e de qualidade;  fim da corrupção nas obras do metrô, retomada do dinheiro desviado e investimentos na qualificação e expansão das linhas podem ser o ponto de partida da construção dessa plataforma.

O #NaovaiterAlckmin poderia empunhar também a bandeira do plebiscito pela convocação de uma assembleia constituinte exclusiva para a reforma do sistema político, para mudar de vez as instituições reféns do poder econômico e que não representam mais os interesses das maiorias.

O #NaovaiterAlckmin é o xeque mate do movimento das ruas. Representa um salto de qualidade na luta e pode mobilizar mais pessoas, fazer mais protestos e acumular mais força para enfrentar o aparato repressivo do Estado e as amarras do nosso sistema político que impedem as mudanças estruturais.

Abaixo futebol

Brasileiro gosta mesmo é de criket

Está na Folha: "Aprovação à Copa do Mundo é a menor em cinco anos".
E eu como sou LOUCO POR FUTEBOL fiquei preocupado com esta "pesquisa". E fiquei me perguntando o seguinte: porque a Seleção Canarinha, que tanto lucro já deu à Rede Globo de televisão e tantas alegrias deu ao povo brasileiro, de repente não contagia nem mesmo os 90 milhões da musiquinha (no sentido carinhoso da palavra) gravada pelos Incríveis, e de autoria de Miguel Gustavo? A música diz assim:
Noventa milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Gol!

Somos milhões em ação (agora, somos quase 200 milhões, grifo meu)
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil, Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil, Brasil!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!

Quem não se lembra desta música tocada centenas de vezes durante as transmissões dos jogos da nossa querida Seleção? Até o gato que eu criava na época aprendeu a assobiá-la.
Quer dizer então que o brasileiro em 2014 vai deixar a Seleção à beira da estrada, é? Tá tudo muito estranho!
A Rede Globo, por exemplo, quer faturar montanhas de dinheiro com a Copa do Mundo de 2014, mas ao mesmo tempo quer usar a Copa pra ferrar a reeleição da Dilma. E, naturalmente, torce CONTRA a Seleção. O ideal  para a Globo seria que o Brasil chegasse a final, mas perdesse  por 2 x 1 para o outro time finalista, como aconteceu naquele fatídico 16 de julho de 1950, quando o Brasil perdeu para o Uruguai por 2 x 1 no Maracanã. Sem dúvida eles estão torcendo para que isto aconteça novamente.
Por todas essas coisas estranhas que estão acontecendo neste Brasil de 2014 é que eu cheguei à conclusão de que o brasileiro não gosta mais de futebol, e que o Brasil está sendo invadido pelo CRICKET.
E enquanto a Folha não contrata alguns treinadores para ensinar à classe média paulista este fascinante jogo (o CRICKET), que também nasceu na Inglaterra, segue as primeiras explicações sobre ele:
Jogam onze (que coincidência!) de cada lado, num campo sem dimensões fixas, mas sempre muito amplo. Os movimentos principais passam-se numa faixa retangular de 20,1 metros de comprimento, no centro do campo, onde a bola (de cortiça e couro) chega a voar 150 km/h. Ela é lançada pelo arremessador contra o alvo do adversário (três varetas fincadas no solo, chamadas stumps, cujo conjunto é conhecido como wicket), defendido pelo rebatedor.
Veja maiores explicações na Wikipédia ou nas próximas edições da Folha de São Paulo online. De agora em diante, quem estiver por fora do CRICKET vai ser considerado démodé.
do Louco por futebol

Queremos mesmo que as mulheres sejam "perfeitas"?

Quatro mulheres participam de um ensaio, com todos os recursos fotográficos disponíveis nas maiores revistas. Iluminação, belas câmeras e fotógrafos que sabem o que estão fazendo. Depois, o processo usual continua. As imagens vão para a pós-produção, onde as fotos são tratadas para trazer à tona a perfeição estética que elas “merecem” ter.
O Buzzfeed foi responsável por esse experimento, colocando em perspectiva não só as imagens e como as transformações feitas pelo Photoshop podem ser impressionantes, mas qual o efeito que podem causar nas mulheres que são sujeitas a elas.
O pequeno vídeo mostra suas reações ao ver os “aperfeiçoamentos”. E, bem… elas odeiam.
Link Youtube | Infelizmente está sem legendas, mas dá pra ver o descontentamento

“Você tem de saber que o ideal [de beleza] não existe”
Como disse o Jader Pires sobre o ensaio no qual a bela Scarlett Johansson participou, mostrando como é sem as toneladas de maquiagens e iluminação dos sets e tapetes vermelhos, parece que já está passando da hora de pararmos de procurar pela perfeição nas mulheres. Elas não são daquele jeito que está impresso nas revistas e nos filtros aplicados nas fotos de Instagram. Elas são assim, como as vemos todos os dias.
De qualquer forma, umas das perguntas do vídeo realmente me pegou. Diante de todas as consequências que a nossa exigência consegue trazer, por que é, afinal de contas, que a gente quer que elas pareçam tão diferentes?
“Durante uma ida a um bar, uma caminhada pelo bairro, um passeio pela praia, você vai cruzar com mulheres das mais diversas formas.
Altas e magrelas, baixinhas e mais cheinhas, mais peito, menos peito, mais bunda, menos bunda, mais barriga, menos barriga, algumas estrias aqui, um culote ali – isso sem contar todas as combinações possíveis… A variedade é imensa.
Resta saber se você prefere babar numa folha de papel produzida em série ou se relacionar com alguém tão real e única quanto você.” – Pedro Jansen em “Sobre mulheres imperfeitas e tangíveis”
Luciano Ribeiro


Editor do PapodeHomem, ex-designer de produtos, apaixonado por ilustração, fotografia e música. Ex-vocalista da banda Tranze (rock’n roll). Volta e meia grava músicas pelo Na Casa de Ana. Escreve, canta, compõe e twitta pelo @lucianoandolini.

Outros artigos escritos por 

*IBOP - FHC presidente 2014

*Instituto Briguilino de Opinião Pessoal, fez uma pesquisa exclusiva com Joel Neto - proprietário do Ibop - e por unanimidade, o ex-Fernando Henrique Cardoso, foi escolhido como o candidato ideal da oposição para disputar a presidência em 2014.

O entrevistado afirmou que: "o único problema para o tucano-mor ser candidato é, sua infinita vaidade. Como ele sabe que levaria uma grande surra, prefere ficar palpitando e afundando a candidatura do mineroca Aécio Neves."

Portanto, quem quiser ler as baboseiras que o jênio emplumado escreve, vá ler num dos sites oficiais do pig.

A Ofélia da política ainda tem um séquito de babacas a lhe bajular, por que será?...

Ele encheu os bolsos das Famílias midiasmática.

Que pena, seria uma beleza ver ele candidato a presidente.

*Jorna-lista não tem pudor



O "Poste" deixando de ser Poste pelos que a batizaram, por que será?

Quem manda no governo Dilma, por Ricardo Noblat

Que time se arriscaria a perder o campeonato mantendo no banco de reservas o maior craque de todos os tempos?
Exagero.
Houve craques tão bons quanto Lula. Por exemplo: Getúlio Vargas, o pai dos pobres. Juscelino Kubistchek, o pai de Brasília. Fernando Henrique, o carrasco da inflação, não pode ficar de fora dessa lista. Elegeu-se e se reelegeu direto no primeiro turno derrotando... Quem?
A mais recente rodada de pesquisas mostrou que Dilma se mantém com 40% a 47% das intenções de votos. Caso a eleição fosse hoje, se reelegeria folgadamente.
Daí que Lula continuará sentado no banco de reservas. Só levantará se Dilma estiver a perigo. Pois como justificar a troca de Dilma por Lula se Dilma segue liderando as pesquisas?
Corre a lenda que Lula manda em Dilma. Pura lenda.


"Ninguém governa governador”, disse Agamenon Magalhães, governador de Pernambuco nos anos 50 do século passado.
Ninguém preside presidente.
Quando Dilma e Lula não se entendem, Dilma faz o que quer. A escolha de Ademar Chioro para ministro da Saúde é um bom exemplo.
Lula e o PT tinham outros nomes para o lugar. Mas Dilma conhecera Chioro ao visitar São Bernardo em dezembro último e gostara de suas ideias. Chioro era secretário municipal de Saúde.
Como Lula e o PT poderiam barrar a promoção dele a ministro? Até que poderiam. Não conseguiram.
Para quem vê Dilma como uma boba, digo que ela é esperta e aprende rápido.

Havia sido esperta ao preencher a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) hoje ocupada pelo jurista catarinense Teori Zavaschi.
Primeiro sugeriu a Lula um nome ligado a ele e a ela - o do advogado Sigmaringa Seixas. Lula comentou que Sigmaringa recusaria o convite como recusara de outras vezes.
À falta de acordo, Dilma sacou do bolso o nome de Teori. Assim como antes sacara o nome de Luiz Fux também para uma vaga no STF.
Fux não inspirava confiança em Lula. Os mensaleiros eram contra sua nomeação. Achavam que Fux acabaria votando para condená-los. Foi o que aconteceu.
A criatura costuma rebelar-se contra o criador. Dilma não se rebelou. Nem se limita a cumprir as ordens do criador.

Dilma visita José Dirceu

Imagina como a máfia midiática divulgaria esse encontro?...

Visita de Aécio a Azeredo escancara inclinação partidária da grande mídia

A visita de Aécio Neves a Eduardo Azeredo não causou nenhum tipo de alvoroço na grande mídia comercial. Por que será?

Daniel Quoist
Daniel Quoist
No dia 20 de fevereiro de 2014 aconteceu um evento em Belo Horizonte que ilustra a conduta da grande mídia. Esta mídia sempre incansável em afirmar sua independência e perseverante em refutar acusações de um claro e cristalino partidarismo político continua a ser a mesma mídia incapaz de transpor à realidade esse seu credo que com o passar dos anos se torna retumbante eco de um discurso vão e vazio.
 
Mas o que aconteceu em Belo Horizonte na data mencionada? Uma visita de cortesia do ex-governador de Minas Gerais, presidente do PSDB, senador da República e presidenciável tucano Aécio Neves ao ex-presidente do PSDB, ex-governador de Minas Gerais, ex-senador da República e agora, ex-deputado federal Eduardo Azeredo. Acompanhando Aécio Neves estiveram também, dentre outros, Antônio Anastasia e o pré-candidato tucano ao governo de Minas, Pimenta da Veiga. 
 
A repercussão na grande mídia foi pífia.
 
Algo bem próximo do “inexistente zero” quanto ao valor-notícia do evento.
Onde o estardalhaço no Jornal Nacional da TV Globo? Onde os editoriais inflamados da Folha de S.Paulo, Estado de São Paulo e O Globo? Onde as virulentas abordagens - ditas políticas - nas colunas dos oráculos da grande imprensa representados por Merval Pereira, Eliane Cantanhêde e Josias de Sousa?
 
A visita do presidente do PSDB ao ex-presidente do PSDB recebeu destaque mínimo no jornal Estado de São Paulo e apenas não “passou batido” nas engrenagens que dizem o que é (e o que não é) notícia no Brasil graças ao empenho de dezenas de cidadãos-jornalistas que proliferam na blogosfera e por menos que meia dúzia de sites de jornalismo na internet.
 
E ponto.
 
A reunião entre os próceres tucanos aconteceu menos de 24 horas após Eduardo Azeredo apresentar carta de renúncia ao mandato parlamentar exercido na Câmara dos Deputados. Carta reunindo 596 palavras onde Azeredo destaca de importante o seguinte:
 
1. considera a pena de 22 anos de prisão proposta para ele pelo Procurador-Geral da República Rodrigo Janot como“hedionda denúncia da Inquisição (mais) do que uma peça acusatória do Ministério Público”;
 
2. adianta logo de início a fragilidade de sua saúde com a sentença “minhas forças já se exaurem, com sério risco para a minha saúde e para a integridade de minha família”;
 
3. antecipa que com o ato de renúncia recebido na Câmara Federal, deixa de ter foro privilegiado que lhe garantia o direito de ser julgado pelo STF e entrevê que a Ação Penal em que figura como réu retornará a julgamento em primeira instância em “meu amado estado de Minas Gerais”;
 
4. deixa subentendido que sendo interrompido o julgamento na Suprema Corte do país, uma vez que não exercerá mais mandato público, aguardará o seu julgamento “certo de que, na serenidade que deve presidir os veredictos, fique definitivamente comprovado que não tenho culpa pelas acusações que sofri”;
 
5. entende que renunciando ao mandato evita que “o meu nome continue sendo enxovalhado, que meus eleitores sejam vítimas, como eu, de mais decepções, e que sejam atingidos o meu amado estado de Minas Gerais e o meu partido, o PSDB.”
 
Convido os caros leitores a refletirem se fosse outra a situação, outra a personalidade visitada, outro o partido político em evidência, outros os visitantes ilustres. E também se a data retrocedesse exatos 9 anos, retroagindo ao último mês de dezembro de 2005. Mas, praticamente similares tanto as circunstâncias quanto o objeto do evento - visita de cortesia em correligionários na vida política.
 
Nesse caso hipotético os leitores, telespectadores e ouvintes de emissoras de rádio saberiam que:
 
“No dia 2 de dezembro de 2005, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do governador do Acre, Jorge Viana, e do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, realizou visita de cortesia ao ex-presidente do PT e ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, um dia após ter seu mandato parlamentar cassado pela Câmara dos Deputados.”
 
Mas, 10 em 10 pessoas saberiam que evento dessa natureza receberia tratamento “jornalístico” profundamente diferenciado, muitas seriam as ilações, inúmeras as tintas do escândalo, irreprimíveis os ânimos político-partidários dos profissionais da notícia que se vêem como paladinos da isenção e do respeito à pluralidade de pensamento.
 
Provavelmente fariam uso de adjetivos desabonadores a todos personagens envolvidos:
 
“O chefe oculto do mensalão petista visita o capo das falcatruas” teria sido o nome da coluna do Reinaldo Azevedo (revista Veja) ;
 
“Mais uma reunião de quadrilheiros?” poderia ser o título de alguma coluna do Merval Pereira (jornal O Globo);
 
“Comparsas” seria o lacônico título de editorial do jornal Folha de S.Paulo.
Além disso a foto da visita seria capa:
 
“DESAVERGONHADOS – Como um presidente da República desce tão baixo ao visitar meliante petista denunciado pelo PGR e logo após a cassação do mandato?”, seria provavelmente a manchete da capa da revista Veja, editada pelo Grupo Abril. E ao fundo da manchete avermelhada a estrela do PT.
 
Mas como o fato dessa semana envolveu o grão-tucanato, o falante presidenciável tucano e o elegante deputado que renunciou ao mandato para impedir o STF de ser célere em um julgamento que sempre teve tudo – menos celeridade! – a grande imprensa se faz, literalmente, de morta.




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