Estudante nos melhores colégios do Rio de Janeiro, morador no front side de Ipanema e bem endereçado também em Nova York, Nelsinho, como é chamado, Motta é um sujeito educado. Ou pensava-se que era. Deveria ser um democrata. Há dúvidas, infelizmente, quanto a isso também. Pesquisa e apura antes de escrever o que bem deseja. No caso presente, não o fez.
Sem, aparentemente, saber ao certo do que se trata www.brasil247.com.br, ele estabeleceu em texto recente, exercitando-se como analista político, que os leitores que enviam milhares de comentários minuto a minuto, vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana para o jornal eletrônico são as "mesmas pessoas, escondidas sob nomes diferentes". Pessoas, que dão "coices" e produzem "relinchos". Membros de uma "mesma seita".
O propósito de Nelsinho, no artigo para o Estadão, era prestar solidariedade a Ferreira Gullar, pelos comentários enviados ao 247 em razão do mais recente artigo dele no jornal Folha de S. Paulo, no qual criticava o ex-presidente Lula.
Pelo poeta, Nelsinho mostrou-se muito mais um cômico de nariz redondo e vermelho, não fosse o preconceito de classe e o contrabando ideológico embutidos, a sério, em sua posição. Mais do que para rir, o texto aquele é para lamentar.