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Banco do Brasil: o balanço que realmente interessa

É preciso ler o balanço do Banco do Brasil para além do seu lucro líquido de R$ 12,12 bi em 2011, 3,6% a mais do que o obtido em 2010. O resultado é o segundo maior do país, atrás apenas do Itaú-Unibanco, cujo lucro aumentou 9,7%, batendo nos R$ 14,6 bi.

ImageO que importa nos números do BB é o que há de diferente em seu balanço, aquilo que o diferencia dos bancos privados. Por exemplo, o seu potencial para estimular a economia indo além das fronteiras seguras do filé mignon do mercado: a sua atuação em áreas como a agricultura familiar, micros, pequenas e médias empresas, sua política para o setor de habitação... sem falar nas diretrizes para a redução dos juros – forçando a concorrência a fazer o mesmo – e em um atendimento cidadão aos clientes, sejam eles moradores de comunidades carentes, ou grandes empresários.

Neste sentido, vemos boas notícias no balanço do Banco do Brasil, divulgado ontem. Por exemplo, o crédito à Micro e Pequenas Empresas cresceu 19,5% em 2011, chegando a R$ 68,1 bi. Aqui, as operações do BB Giro Empresa Flex, tiveram um papel importante. Da mesma forma, a linha Cartão BNDES, mostrou a que veio: bateu em R$ 6 bil, um crescimento de 86,6%. Na ponta do lápis, as operações de investimentos às micro e pequenas empresas alcançaram R$ 18,4 bi, o equivalente a mais 25,1% sobre 2010.

O grande financiador do agronegócio

O Banco do Brasil também foi o maior financiador do agronegócio no ano passado. Respondeu por nada menos do que 63,1% de todo o crédito destinado ao setor. Sua carteira somou R$ 89,4 bi, o que equivale a uma expansão, no ano, de 18%. Desse total, R$ 5,5 bi foram destinados à pequena agricultura familiar – tradicionalmente desprezada pelo setor financeiro.

Se levarmos em conta o total de operações de custeio agrícola contratadas em 2011, chegamos à cifra de R$ 10,1 bilhões. E, apesar da função social dessas operações, nem por isso o banco opera exposto ao risco. Seu balanço atesta que, deste montante, 56,8% das operações utilizaram “mitigadores de riscos”: 51,1% se deram com seguro agrícola ou Proagro; 3,4% foram contratadas com proteção de preço e 2,3% com seguro faturamento.

No ano passado, o cidadão que empreende pequenos negócios também pôde bater às portas do BB em busca de pequenos empréstimos. A carteira do Microcrédito Produtivo Orientado atingiu os  R$ 142,3 milhões, totalizando 36,3 mil operações contratadas por cerca de 34,9 mil empreendedores de todo o País. Esta ação, aliás, deu-se em sintonia como o Crescer – Programa Nacional de Microcrédito do Governo Federal e tem o objetivo de contribuir para a erradicação da extrema pobreza, no âmbito do Plano Brasil sem Miséria.

Bancarização e inclusão
A ação cidadã do BB pôde ser medida, ainda, no desbravamento de novas fronteiras, em territórios onde a bancarização e a inclusão social eram apenas promessas. A exemplo da nova agência aberta na Comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Nesta linha, vale a pena citar, ainda, os avanços do Banco Postal, numa parceria com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos firmada em julho de 2011, para serviços de correspondente bancário. O contrato permitirá que este ano mais de 6 mil pontos de atendimento dos Correios atuem como correspondentes BB, ampliando a presença do Banco do Brasil para 96,4% dos municípios do País.

A parceria, aliás, permitiu que, em janeiro deste ano, com apenas um mês de operação, fossem abertas 142,3 mil novas contas e realizadas 6,8 milhões de transações, entre saques, depósitos e pagamentos de contas.
Este é o balanço que realmente interessa em um banco público da dimensão do Banco do Brasil.

por Luis Nassif

O leilão do Banco Postal e o pescoço de Agnelli

No dia 3 de abril passado o Estadão perpetrou uma reportagem com toda a aparência de ter sido bem apurada. O título era “O que selou o destino de Agnelli para que ele perdesse o comando da Vale”.

A reportagem se vendia bem. Na abertura informava terem sido envolvidos na matéria 11 jornalistas - incluindo o diretor da sucursal de Brasília. Teriam sido ouvidos dois diretores e um ex-funcionário da Vale, três ministros, quatro parlamentares e dois advogados do sistema financeiro.

Depois dessa apresentação, afirmava taxativamente que o Bradesco tinha rifado o pescoço do presidente da Vale, Roger Agnelli, em troca da manutenção do seu contrato com os Correios, no Banco Postal e da parceria com o Banco do Brasil.
Antes de ontem houve o leilão da concessão do Banco Postal. E o Bradesco perdeu para o Banco do Brasil. Obviamente, a notícia era falsa.
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O edital do leilão foi estruturado da seguinte forma: o vencedor teria de pagar R$ 500 milhões pelo direito de utilizar as 6 mil unidades dos Correios, mais R$ 350 milhões pelo direito de explorar produtos e serviços financeiros na rede e mais o lance que for vitorioso em leilão.

Somadas as três parcelas, o desembolso total do BB foi de R$ 3,15 bilhões. O prazo do contrato é relativamente curto – de 5 anos. Ao final, o vencedor poderá renovar, pagando o mesmo valor acrescido de juros do período.
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O Banco Postal tem a mesma função do correspondente bancário. Não permite nem conta corrente, fornecimento de talão de cheques ou compensação bancária. Hoje em dia há milhares de supermercados, farmácias, restaurantes, loterias e comércio em geral cumprindo essa função, sempre em parceria com um banco comercial.
No caso do Bradesco, são cerca de 29 mil correspondentes em todo país, sem contar os do Banco Postal.
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O Banco Postal começou a operar em 2001. Na época o Bradesco venceu o leilão como candidato único, pagando R$ 200 milhões. Em dez anos conquistou 5 milhões de clientes.
Até janeiro de 2012, o Bradesco continuará operando a parceria. O desafio do Bradesco será manter a clientela; o do BB, tirá-la do Bradesco.
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Para Alexandre Correa Abreu, vice-presidente do BB, a operação permite antecipar em cinco anos os investimentos que o banco iria fazer na ampliação da sua rede, atrás de dois focos: os clientes de baixa renda e a regionalização da economia.
Foi um investimento estratégico, embora de maturação lenta. Os Correios possuem 6.100 pontos, 2.500 deles em locais onde o BB não tem agência. O BB economizará tempo de implantação de tecnologia, montagem de pontos, contratação e treinamento de pessoas.
O BB possui hoje 55 milhões de clientes. Os estudos do banco indicaram que o Banco Postal tem potencial de 10 milhões de pessoas – 5 milhões dos quais já são correntistas do Bradesco.

O BB disputará com sua linha de produtos e com algumas linhas que só ele opera, como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar ) e o Minha Casa Minha Vida para clientes de até 3 salários mínimos de renda.

O fator Agnelli
O mero fato de ter havido disputa e o BB ter vencido comprovava que era falsa a tese de que o Bradesco teria se curvado à pressão do governo no episódio Vale. Mas a versão passou a ser mais importante que o fato.

A matéria da Folha dizia que o «leilão surpreendeu o mercado e até a presidente Dilma Rousseff». Mais: «Por ser um negócio atrativo, todos esperavam que o Bradesco iria cobrir qualquer oferta para manter o negócio. O banco, aliás, concordou em tirar Roger Agnelli da presidência da Vale, em busca de apoio do governo em questões estratégicas como o Banco Postal». Embora desmentida pelos fatos, a versão foi mantida.



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Banco do Brasil, Banco Postal e Bradesco

Nos jornais, a intriga correu solta: o Banco Postal seria o "prêmio pela cabeça" de Roger Agnelli. Negociata estava é na cabeça de quem falou
Vocês se lembram que, quando começaram as especulações sobre a saída de Roger Agnelli da presidência da Vale os jornais publicaram a intriga de que o Bradesco teria concordado com isso para garantir a continuidade do contrato com os Correios para operar o Banco Postal? A Folha chegou a publicar que o Banco queria mudar o edital, para garantir o resultado.
Pra variar, era conversa fiada.
Pois bem, o Banco do Brasil acaba de vencer o leilão para ser parceiro dos Correios no Banco Postal, com um lance de R$ 2,3 bilhões. O banco terá direito de atuar, inicialmente, em 6.195 agências postais a partir de 2 de janeiro de 2012, um serviço que era contratado com o Bradesco desde 2001.
O leilão aconteceu em 12 rodadas, com Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Caixa Econômica no páreo. Em seu último lance, o segundo colocado Bradesco ofereceu R$ 2,25 bilhões.
E agora, o que vão dizer os sabidões sobre as “pressões do governo” para a saída de Agnelli? Foram escusas?
O Banco do Brasil, faz tempo, estava namorando o Banco Postal. vem ao encontro da sua estratégia de ampliar a penetração nas classes C,D e E, que estão se bancarizando crescentemente. Faz pouco tempo lanço o projeto “Mais BB” para transformar supermercados, farmácias, papelarias, lojas de materiais de construção, padarias e demais estabelecimentos em correspondentes bancários. Por estarem próximos à residência dos clientes, facilitam a oferta dos produtos e serviços, como pagamento de boletos de cobrança, de contas de consumo e de tributos.
Parte da nossa imprensa precisa entender que empresas estatais eficientes não vivem fazendo negociatas, mas negócios, segundo um plano de se tornarem maiores e melhores. No fundo, eles não se conformam do Banco do Brasil ter voltado a disputar mercado, a crescer e assumir seu papel como empresa pública, que tem um dono: o povo brasileiro.
Brizola Neto

O Banco do Brasil foi o vencedor da licitação do Banco Postal

Com o lance de R$ 2,3 bilhões, na 12ª rodada, depois que o Bradesco desistiu de fazer novos lances. 
O valor total a ser desembolsado pelo Banco do Brasil será de cerca de R$ 3,150 bilhões. Isso porque o edital de licitação estabelece o pagamento de R$ 500 milhões pela rede de mais de 6 mil agências dos Correios (valor fixo) e R$ 350 milhões referentes às transações bancárias (previsão). 
O que definiu o vencedor, no entanto, foi a proposta feita pelo negócio, espécie de "luva" para ser o parceiro da estatal.
O montante de R$ 2,3 bilhões, referente à proposta vencedora, deverá ser pago no prazo de 10 dias a partir da assinatura do contrato. 
Os R$ 500 milhões que serão pagos pelo uso das agências deverão quitados em 2 de janeiro, data do início das operações do Banco Postal sob o novo contrato. 
O valor referente às tarifas bancárias será apurado mês a mês e cobrado no mês posterior.
O novo contrato terá vigência de cinco anos e seis meses, sendo que o início da prestação de serviços ocorrerá a partir de 2 de janeiro. Poderá haver uma renovação, mediante novo depósito, com valor referente ao uso da rede das agências e do lance do leilão, atualizado pela taxa Selic.