Artigo semanal de Delúbio Soares


O BELO EXEMPLO DOS PERUANOS


"Os peruanos derrotaram a volta da ditadura

e demonstraram sua firme opção pela democracia"

(Mário Vargas Llosa)

Com trinta milhões de habitantes, cerca de doze milhões deles vivendo em condições consideradas abaixo da linha da pobreza, o Peru é, paradoxalmente, um dos países mais ricos da América Latina: seu subsolo tem reservas imensas de ouro, prata e cobre; sua indústria pesqueira é uma das mais desenvolvidas do mundo; a maior parte de seu solo é de imensa fertilidade e projetos agrícolas tem apresentado altíssimo retorno; o potencial turístico é imenso, ainda que explorado em escala tímida, e a exuberante biodiversidade das três distintas regiões (o litoral, o altiplano andino e amazônia) é invejável.

Os peruanos não deixaram de passar pelos mesmos dramas institucionais e conflitos políticos enfrentados por rigorosamente todos os países de nosso sofrido e promissor continente, protagonizando sempre uma belíssima história de lutas, enfrentamentos, derrotas ou vitórias. E, recomeços.

Há quinze mil anos foram a sede do Império Inca, que unificou culturas diversas a partir do século XII da Era Cristã. Construiram uma sociedade das mais interessantes, com avançada arquitetura para a época, sólida cultura e valores respeitados por seus cidadãos. O dominador espanhol chega por volta de 1532, sob a liderança de Francisco Pizarro, e destrói, com requintes de crueldade, toda aquela belíssima civilização, então sediada onde hoje se encontra a bela e histórica cidade de Cuzco. Logo em seguida, descendo os Andes em direção ao Oceano Pacífico, Pizarro funda a "Ciudad de Los Reyes", e nasce Lima, hoje com mais de oito milhões de habitantes e uma das maiores e mais fervilhantes metrópoles de toda a América.

De golpe em golpe, de ditador em ditador, de avanço a retrocesso, de retrocesso a avanço, os peruanos projetaram ao mundo os seus melhores valores nas artes, nos esportes, na economia, no pensamento, nas ciências, contribuindo de forma decisiva para o progresso do continente e da humanidade.

Trata-se de um dos países mais encantadores e de um dos povos mais multifacéticos, em permanente processo de reinvenção e de soerguimento, merecedor de imenso respeito e carinho pela determinação com que enfrenta desde terremotos à ditaduras, desde uma pobreza episódica à luta diuturna para traduzir em justiça e inclusão social a imensa riqueza natural da qual é dotada aquela Nação-Irmã.

Praticamente na mesma época em que o Brasil purgou o neo-liberalismo, com a entrega de nossas maiores empresas estatais a preços de banana, os peruanos sofreram o mesmo experimento, comandado pela figura nefasta de Alberto Fujimori, eleito pelo voto popular e, logo em seguida, chefe de um "auto-golpe" que fechou o parlamento, rasgou a Constituição e as leis, prendeu seus opositores e estabeleceu o império do terror e uma ditadura disfarçada e personalista. Durou uma década: assassinatos, sequestros, torturas, desaparecimento de cidadãos, criação de uma milícia terrorista no seio das forças armadas e perseguição à oposição e à imprensa livre.

Como todos os regimes de exceção, mais cedo que tarde, conhecem o seu fim, hoje o ditador paga o preço de seu desapreço pela democracia. Através de sua filha, uma jovem inexperiente e radical, tentou voltar ao poder. Teve o impressionante apoio de grande parte do poder econômico e da chamada grande imprensa. Não se poupou nada na tentativa de impor aos peruanos a volta a um passado do qual não sentem saudades: mentiras, ameaças, manipulação de fatos e de números, o terror econômico com quedas na Bolsa de Valores e a alta na cotação do dólar. Havia no Peru de 2011 um quê do Brasil de 1989 quando tudo isso foi feito contra o presidente Lula.

Poucas vezes a América Latina assistiu uma campanha eleitoral de nível tão baixo, com práticas tão lastimáveis quanto as utilizadas na recente jornada peruana. Ollanta permaneceu impassível, mantendo um nível alto, dicutindo os temas relevantes para o país e não fazendo o jogo sujo da direita desvairada e do fujimorismo impenitente. Mas venceu a esperança derrotando o medo, venceu a verdade, impondo uma derrota maiúscula à mentira e à manipulação dos fatos. Os peruanos não se deixaram intimidar e deram uma demonstrão inequívoca de que optaram, de forma firme e serena, pelo regime democrático, pela estabilidade das instituições, como observou o genial escritor Mário Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura e defensor da candidatura de nosso companheiro Ollanta Humala, contra a volta do fujimorismo e da ditadura que tanto mal fez ao seu país.

A eleição de um presidente com claros compromissos sociais, que pretende se espelhar no exemplo do governo do presidente Lula - ao ponto de declará-lo publicamente - que buscará a inclusão desses doze milhões de peruanos carentes de educação, de habitação, de alimentação e de trabalho, é de suma importância histórica para todo o continente. As expectativas são grandes e as perspectivas, Oxalá, sejam as melhores possíveis.

Não se interrompeu uma autêntica "marcha social", que tem mudado a face das Américas do Sul e Central, que tem diminuído desigualdades de forma impressionante, que tem incluído socialmente centenas de milhões de mulheres e homens, que tem projetado horizontes aos jovens e amparado os idosos, que alfabetiza e que cura, que alimenta e que abriga, que não é paternalista, mas  que é companheira.

O país que foi às urnas e elegeu Ollanta Humala, homem se reconhecida seriedade pessoal e admirador confesso do Brasil e de seu povo, é um país amadurecido. Conheceu a ditadura e o terrorismo. Rejeitou a ambos. Viu que tanto a generosa experiência do general Velasco Alvarado, no final dos anos 60 e início dos anos 70, de um regime de esquerda que promoveu a reforma agrária e uma tentativa de diminuir as gritantes desigualdades sociais na sociedade peruana, porém de forma autoritária; quanto a ditadura genocída de Alberto Fujimori e Vlademiro Montesinos, ultra-liberal, que entregou riquezas e empresas estatais, aprofundou tais desigualdades e empobreceu o país ainda mais.

Que belo exemplo deram os peruanos! Sem radicalismos, sem curvar-se à manipulação vergonhosa da grande mídia, do poder econômico, sem temer as ameaças, sem demonstrar receio diante de uma mudança para melhor! 

Salve a Pátria de Victor Raul Haya de La Torre, que pensou a América Latina unificada; de Chabuca Grande, que cantou como ninguém o ritmo e a graça de seu povo; de Victor Delfin, o genial escultor, ex-ministro da cultura e que estava firme nos palanques de Ollanta; de Alfredo Brice Echenique, escritor de imenso talento; de José Carlos Mariátegui, um dos maiores pensadores e ideólogos de todos os tempos; de Cesar Vallejo, um dos maiores poetas latino-americanos de todos os tempos; de Mário Vargas Llosa, o genial escritor, que vencendo diferenças ideológicas pensou grande e apoiou, decidida e decisivamente, o novo presidente dos peruanos, impedindo a volta da ditadura, do medo, do terror, do passado nefasto. 

Viva o grande povo peruano e o seu futuro promissor!

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Oração



Alimentos funcionais

[...] que fazem bem ao coração

Alimentos funcionais ou nutracêuticos são aqueles que colaboram para melhorar o metabolismo e prevenir problemas de saúde. 

Algumas ervas e especiarias são capazes de dobrar ou mesmo triplicar o valor medicinal da sua refeição. 

A nutricionista Roseli Nascimento ajuda a desvendar quais são os ingredientes que dão uma forcinha a mais para o coração. 

  •  A salsa possui flavonóides que agem como antioxidantes naturais. Isso significa que eles são capazes de neutralizar os radicais livres antes que possam causar danos às células. A salsa também é fonte de ácido fólico, uma vitamina que ajuda a reduzir risco de câncer e aterosclerose. A vitamina K, que ajuda a regular a capacidade de coagulação do sangue também está presente na salsa. Conheça mais Aqui

Brasil, sociedade privada

Para dizer a verdade, o escândalo Palocci não passa, lamentavelmente, de um pequeno episódio em longuíssima série de privatizações da coisa pública. Como não me canso de repetir, Frei Vicente do Salvador, pouco mais de um século após o início da colonização do Brasil, já advertia: “Nem um homem neste terra é repúblico, nem zela e trata do bem comum, senão cada um do bem particular”.


Mas o que é, afinal, uma República? Indispensável esclarecer o seu significado, pois, se não me engano, até mesmo o Procurador-Geral da própria o ignora, como se viu do parecer que exarou para o caso Palocci.


Ao contrário do que quase todos pensam e foi divulgado no plebiscito de 1993, república não é simplesmente o oposto de monarquia. República é o regime político no qual o bem comum do povo (exatamente o que os romanos denominavam “res publica”) está sempre acima de todo e qualquer interesse particular. Pouco importa se este último é sério e importante. Se ele entrar em conflito com o bem comum do povo, deve ceder o passo a este.


Desse princípio fundamental decorrem três grandes regras particulares.


A primeira delas – que o indigitado ex-ministro e todos os outros políticos, com raríssimas exceções, desconhecem – é que o titular de um cargo ou função pública não pode exercer, concomitantemente, nenhuma outra atividade econômica profissional e, menos ainda, empresarial. A função pública é de exercício exclusivo, pois o serviço do povo exige dedicação total e o agente é pago com dinheiro do povo.


Por isso, quem acha insuficiente a remuneração pelo exercício de função pública não deve pleiteá-la. Não deve se eleger deputado federal, como fez o Sr. Antonio Palocci.


Mas serão realmente tão mal pagos assim os nossos parlamentares?


Como sabido, para a atual legislatura os deputados federais aumentaram seus próprios subsídios em 60%. Ora, se somarmos o subsídio, a ajuda de custo e mais os recursos destinados à formação do gabinete, chegaremos à modesta quantia de R$129.130,53 (cento e vinte e nove mil centro e trinta reais e cinqüenta e três centavos) mensais. Creio que, com isto, cada ilustre representante do povo tem a certeza de não morrer de fome.


A segunda regra particular decorrente do regime republicano é que os bens públicos, isto é, os bens pertencentes ao povo, não podem ser alienados pelo Estado (que é mero gestor), sem autorização daquele a quem pertencem. Esta regra – totalmente desconhecida na tradição do direito público brasileiro, diga-se de passagem – deve aplicar-se, bem entendido, para a alienação do controle de empresas públicas ou sociedades de economia mista. Se tivéssemos obedecido a esse mandamento no governo do ex-presidente FHC, teríamos evitado o cometimento de vários crimes contra o patrimônio nacional.


Ora, a obediência a essa regra republicana tem sido largamente desprezada neste querido país, em relação às áreas rurais públicas. Em 2009, durante o governo Lula, uma medida provisória, posteriormente convertida em lei, legitimou o esbulho possessório de uma área de terras públicas na região amazônica, equivalente aos territórios somados dos Estados de São Paulo e Paraná.


Finalmente, a terceira regra particular do regime republicano é a inadmissibilidade da prestação de serviço público por empresas capitalistas, pela boa e simples razão de que o atendimento às necessidades regulares do povo é incompatível com a busca do lucro, visando à acumulação de capital.


Dir-se-á que o Estado é mau gestor dos serviços públicos. Mas então, que se instaurem sistemas democráticos de controle. Que se instituam, por exemplo, ouvidorias populares como órgãos autônomos, com recursos financeiros garantidos e com chefes eleitos diretamente pelo povo.


Na minha incurável ingenuidade, fico imaginando se a difusão de tais idéias entre os jovens não seria capaz de provocar uma saudável rebelião contra os donos do poder, nesta república de fancaria.

por Fábio Konder Comparato


Pintura

Aniversário
 
Talvez se não fosse o contorcionismo da figura masculina, o espectador passasse por esse quadro sem se deter. Mas, ao parar, percebemos que ali está, sem legendas, todo o malabarismo que, parceiros apaixonados, às vezes precisamos fazer para festejar o aniversário de nossos amados. Difícil alguém não se identificar com essa tela.
Quem dentre nós não ofereceu ou recebeu flores ou um pedaço do bolo que comemora um aniversário de quem ama? A cena familiar e singela ocupa a tela de ponta a ponta e poucos são os artistas que podem mostrar, de modo tão sutil e terno, sentimentos que, tratados de outra forma, resultariam banais.
Não há nenhum documento que afirme serem esses Marc e Bella. Poderia ser também uma lembrança de infância, do aniversário de sua mãe. O fato é que o ambiente marcou profundamente o subconsciente do pintor, o que fica evidente pelos detalhes que ele colocou na tela: os bordados na coberta da cama, a cortina na janela, a mesa com o bolo, as flores iluminando o quarto simples, o espelhinho na parede, o papel de parede do corredor.
O espírito festivo de data tão especial está inteiro ali, mas ao mesmo tempo há a atemporalidade que é marcante nas obras desse grande pintor. É um exemplo impecável do estilo tão característico de Chagall, e cada um a interpreta como quer, mas eu estou convencida que a tela retrata o dia do aniversário de sua querida Bella.
A vida de Marc Chagall foi muito longa e rica e sua obra é vastíssima. Considerado um dos maiores artistas figurativos do Século XX, o longevo artista e último sobrevivente da primeira geração de modernistas europeus, ganhou fama e fortuna e ao longo de sua carreira criou algumas das obras mais amadas de nosso tempo.
Foi o artista convidado para obras marcantes: o grande afresco na abóbada central da Ópera de Paris, vitrais para as catedrais de Reims e Metz e para a Faculdade de Medicina de Jerusalém, além do memorial para Dag Hammarskjiold, na sede das Nações Unidas, em Nova York.
Óleo sobre cartão, c.1915, 80.6 x 99,7 cm
 enviado Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa

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do Olhar Digital

Internauta registrou momento em que ônibus é atingido por um trem em SP


Klauss Wagner DardinInternauta, São Caetano do Sul, SP

Um internauta registrou em vídeo o momento em que um trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) atingiu um ônibus da  EMTU que havia caído de um viaduto sobre a linha férrea na manhã de hoje (9) no limite entre o os municípios de São Caetano do Sul e Santo André, no ABC.
O estudante Klauss Wagner Dardin, de 19 anos, mora próximo ao local do acidente e estava dormindo quando o ônibus caiu.

Política monetária

[...] A Selic, e seus riscos

Image
sede BC
A nova elevação da taxa Selic pelo Banco Central em 0,25 pontos percentuais para 12,25% ao ano só confirma e aprofunda um erro da política econômica. Ele diz respeito à nossa política monetária, do governo e do Banco Central, que, ao não controlar a entrada de capitais, permite que, ao menos em parte, os recursos sejam desviados para a renda fixa. No primeiro quadrimestre de 2011, o volume de Investimento Direto Estrangeiro foi de US$ 23 bilhões – quase 200% a mais do que no mesmo período do ano passado. Como estamos falando de cifras expressivas, o assunto é sério.

Isto é uma ameaça constante e crescente à indústria brasileira, seja nacional ou estrangeira, já que a valorização do real continua, apesar do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em outubro, de 2% para 6%.

Há ainda o custo fiscal com o serviço da dívida interna, paga com base na Selic, e os riscos de uma queda do PIB em curto prazo, e seu impacto nas taxas de crescimento de que o país demanda e necessita. Tudo em nome do controle da inflação. No entanto, não há nenhum dado empírico para confirmar que o aumento dos juros esteja reduzindo a inflação.

Risco
Ao mantermos a atual política de juros, corremos o risco de diminuir a demanda e, de quebra, o crescimento. É bom ter em mente que a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil está se desacelerando em 9 das 14 regiões pesquisadas. Não há precedentes que confirmem que se possa controlar e medir as conseqüências do aumento de juros sobre o PIB e sobre a formação de expectativas de investimentos e de consumo.

Já se fala abertamente na mudança da política do BNDES, para que os bancos privados financiam o investimento no país, para que o mercado de capitais substitua os bancos públicos. Na prática, isso é uma contradição com o aumento constante da taxa Selic, pois ela inviabiliza a tomada de financiamentos no mercado interno. Como conseqüência, as empresas que podem recorrerem ao mercado externo, o que expõe o país ainda mais. Ao mesmo tempo, o câmbio se desvaloriza e nossas exportações perdem competitividade e ganham as importações, com riscos às nossas contas externas.

por Zé Dirceu

do Leitor

Comentário de Laguardia sobre a postagem "por Luis Fernando Verissimo": 

Gostaria que os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os Procurador Geral da União bem como todos aqueles que dizem defender a "soberania" nacional no caso Battisti me respondessem às seguintes perguntas:

Que soberania é esta de uma nação que:

1. Permite que seus dirigentes institucionalizem a corrupção e a impunidade?

2. Permite que milhares de seus cidadãos tenham que revirar os lixões dos grandes centros para encontrar alimento para sobreviver?

3. Permite que seus cidadãos morram nas filas do SUS sem o atendimento médico necessário?

4. Não provê ensino público de qualidade para suas crianças?

5. Transporta a sua população como animais para o trabalho?

6. Abandona seus idosos sem uma previdência social digna?

7. Não trabalha para instituir justiça social para todos?

8. A lei só se aplica para os pobres ficando dos ricos impunes?

9. Dá abrigo a criminosos e genocidas amigos dos poderosos?

10. Aumenta o salário mínimo em 5% e o salário de seus dirigentes em 100%?

O Brasil não é um país soberano. Está de joelhos e submisso aos interesses pessoais de seus dirigentes que exploram o povo com altos impostos e juros estratosféricos.

Não me falem em soberania enquanto o povo sofre sob o tacão de dirigentes sem ética, desonestos e que colocam os seus interesses pessoais acima dos interesses do povo.

Nossos Ministros do STF e o Procurador Geral da República são hipócritas quando falam em "soberania". 


por Luis Fernando Verissimo

A estraga-prazeres

"Não foi bem assim..." é uma frase que se ouve muito por aqui. Não sei se em Portugal também, mas no Brasil é comum. Geralmente vem depois do relato entusiasmado de um fato em que a exatidão foi sacrificada pelo impacto. Uma maneira de não dizer "é mentira" mas sim, amavelmente, que é exagero.

Muitos fatos da nossa história ficaram na história na sua versão exagerada. A começar pela proclamação da Independência, que não teve a grandiloquência do relato oficializado nem o clima épico do retrato famoso.
Sucessivas revisões do nosso fato inaugural concluíram que, decididamente, ele não foi bem assim.
Na verdade são poucos os mitos fundamentais de qualquer nação que resistem a uma revisão. Na maioria dos casos, o exagero é que fez o mito. Se não foi bem assim, não interessa. O que realmente foi não tem nenhuma serventia histórica.
Se a frase está sempre ameaçando desmontar as versões heroicas da História, nas relações pessoais do dia a dia ela também age como uma estraga-prazeres. Quem de nós não prefere ouvir o relato dramático e bem contado, mesmo que não inteiramente verdadeiro, de qualquer fato? Preferimos o impacto à exatidão.
E nada acaba com o clima de revolta ou euforia diante do último escândalo ou fofoca como alguém, com um sorriso superior, dizer "não foi bem assim..." E revelar os tediosos detalhes que desmentem ou mitigam a versão entusiasmada e bem mais divertida.
O sorriso irônico vem embutido na frase pois dá a entender que seu final, não dito mas implícito, é "como sempre". Ou seja, os fatos sempre têm dois relatos, com ou sem nuances e qualificativos. E nada, nunca, é exatamente bem assim.
Explicado
(Da série "Poesia numa hora destas?!")
Explicado 
por que o mundo 
está neste estado 
de se lamentar. 
A Terra,gente,é bipolar!

por Cesar Maia


HÁ COMO SOBREVIVER A UM ESCÂNDALO?
                  
1. "El Nuevo Príncipe” (Ed. El Ateneo), de Dick Morris (coordenador de Clinton – 2006), é leitura básica para se entender a complexidade da comunicação política dos governos, muito maior que a do marketing eleitoral, pois ocorre dia a dia. E se insere num universo diversificado, de imprensa, comunicação direta, boatos, opinião pública segmentada, contracomunicação da oposição e dos insatisfeitos, e da internet. Morris fala disso em “Governar”, na parte 2 de seu livro. Nele, trata de diversos temas, mas especialmente de "como sobreviver a um escândalo".
                  
2. A este último ponto Morris dedica atenção. "Não há como ganhar na cobertura de um escândalo. A única maneira de sair vivo é falar a verdade, aguentar o tranco e avançar". Com vasta experiência junto à imprensa dos EUA, lembra que, quando ela abre um escândalo, tem munição guardada para os próximos dias. Os editores fatiam a matéria, pedaço a pedaço, para, a cada dia, ter uma nova revelação. De nada adianta querer suturar o escândalo com uma negação reativa, pois virão outras logo depois, desmoralizando a defesa. E outros veículos entram, com fatos novos, para desmentir.
                  
3. Para Morris, a chave é não mentir. O dano de mentir é mortal. "Uma mentira leva à outra, e o que era uma incomodidade passa a ser obstrução criminal à Justiça". A força de um escândalo é a sua importância política. As pessoas perdoam muito mais aqueles fatos sem relação com o ato de governar.  E ir acompanhando a reação do público. "Se os eleitores se mostram verdadeiramente escandalizados com o que se diz que ele fez, é melhor que não tenha feito. Roubar dinheiro quase sempre não se perdoa".
                  
4. Em outros tipos de escândalo, como os de comportamento, os eleitores se mostram mais suaves e compreensíveis. Os mais velhos são sempre menos tolerantes. Os de idade intermediária tendem a ser mais flexíveis, especialmente com escândalos de comportamento. Os eleitores jovens se fixam mais no caráter da pessoa do governante.
                  
5. Portanto, além da complexidade de se enfrentar um escândalo, a comunicação de governo deve ser, pelo menos, etariamente segmentada. Na medida em que o governante nada tem a ver diretamente com o fato, que os  responsáveis sejam de fato afastados por traição de confiança. Caso contrário, o próprio governo será contaminado e terá perdido precocemente a batalha de opinião pública e, assim, a batalha política.

Quais são os tucademopigolpistas e quais são os tucademopiganalhas?

Hoje recebi um email desaforado, o emissor me cobrava veementemente os nomes dos jornalistas(?) que batizei de tucademopigolpistas. Abaixo nominarei os nomes dos mais conhecidos. 

Dentre estes 06 nomes existem 03 tucademopiganalhas. 

Quem você acha que é apenas Tucademopigolpista, e quais são os 03 Tucademopiganalhas?...

Confiram e comentem sobre os nomes da minha lista, Qual nome você incluiria?....     
  • Reinaldo Azevedo
  • Diogo Mainard
  • Augusto Nunes
  • Merval Pereira
  • Josias de Souza
  • Ricardo Noblat

“Cortes” da Petrobras ficaram só no sonho da mídia


Há um mês atrás, aqui, comentei como a imprensa “festejava” a notícia que ela própria criara de que a Petrobras iria fazer pesados cortes em seus planos de investimentos no país.

 O Globo chegava a falar em uma redução de US$ 35 bilhões, ou 13,5% do previsto para ser aplicado até 2015.
De lá para cá, os fatos se encarregaram de mostrar que esse corte era apenas o desejo mórbido do pessoal da “roda presa”, que torce para que o Brasil não extraia o petróleo do pré-sal de forma soberana e acabe por comprar lá fora – a la Agnelli – os equipamentos de que precisa.
Os “urubus” do petróleo tiveram de engolir, nestes dias, a contratação de mais 14 navios fabricados aqui, a decisão de fazer também no Brasil as 21 sondas de exploração em águas ultra-profundas e a notícia de que vai se tocar, com ou sem a parte venezuelana, a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
O contrato das sondas é particularmente importante, pois são equipamentos sofisticados e caríssimos, que deverão custar cerca de R$ 10 bilhões.
Como, para fazer aqui, haverá um atraso de três meses na entrega, O Globo, sempre vigilante, reclamou. E o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, ironizou:
“Três meses de atraso não alteram nada . As sondas devem ser entregues a partir de 2015 e temos sondas suficientes. Apesar de toda a reação internacional que dizia que não faríamos [as sondas no Brasil], estamos tranquilos”
Hoje, o mesmo Estadão que anunciava os cortes teve de desmentir-se,  publicando a declaração de Gabrielli de que os investimentos da empresa praticamente não terão mudanças. A empresa se prepara para chegar a 2020 com o triplo da produção atual, com possibilidades de tornar-se a maior petroleira do mundo.
E mais: que só no Rio de Janeiro, até 2014, vai investir R$ 88,5 bilhões e está criando, até, um programa de financiamento para conseguir gastar o máximo possível aqui dentro, com fornecedores locais.
A propósito: O Globo, que parece ser um jornal de outro país, não deu uma linha sobre isso.
Acho que a turma do “Brasil de Roda Presa” tem pesadelos toda noite quando pensa na Petrobras…

E-commerce

Lançando um Comércio Eletrônico de Sucesso

Negociar produtos ou serviços na internet é uma forma de vida para muitas empresas atualmente, muitas vezes essas empresas nem chegam a existir no mundo “real”, ou seja, não detêm de locais físicos para atendimento. Lançar um negócio virtual requer empreendedorismo, arte, tecnologia e ciências. A seguir listamos alguns passos para que esse lançamento seja um sucesso.Existem inúmeras vantagens pela adoção dessas ferramentas, porém a principal é...Continua>>>

O falso moralismo udenista


A saída de Antonio Palocci, anunciada numa nota lacônica na tarde de ontem, já era esperada. A sua permanência no mais alto posto do governo, apesar da decisão do procurador-geral que o inocentou, era insustentável. A cada dia no Palácio Planalto, ele ajudava a “sangrar” a gestão de Dilma Rousseff que não completou nem seis meses de mandato.
O ex-ministro deve explicações à sociedade sobre o seu rápido enriquecimento – como “consultor de empresas”, ele elevou o seu patrimônio em 20 vezes em apenas quatro anos. Até agora, não há qualquer prova de atos ilícitos, mas ficou a mácula de uma postura imoral. Nem a presidenta sabia dos seus “negócios”, afirmou Palocci na TV Globo.
O falso moralismo udenista
As denúncias contra o ex-ministro ocuparam as manchetes da imprensa por quase um mês, deixando na defensiva o governo. A mesma mídia, tão seletiva na hora de investigar o enriquecimento de ex-ministros de FHC ou de agiotas financeiros (vide Daniel Dantas), pautou a agenda política, ofuscando e paralisando as ações governamentais.
Da parte dos chefões da oposição demotucana e da sua mídia – mais sujos do que pau de galinheiro –, nunca houve qualquer compromisso com a ética na gestão pública. Ao bombardear o ex-ministro, eles visaram unicamente atingir a presidenta Dilma Rousseff. Sem programa e sem discurso, eles voltaram a apelar para o falso moralismo udenista.
Oposição frita “homem de confiança”
A violenta pressão inviabilizou a permanência de Palocci. Na prática, ele sempre foi vulnerável e a sua escolha como ministro todo-poderoso foi algo temerário. Insistir em mantê-lo só causaria mais prejuízos, paralisando e sangrando o governo. Agora, a oposição demotucana e sua mídia comemoram a sua queda. Mas a vida é cheia de contradições.
Palocci sempre foi o homem de confiança do deus-mercado e dos barões da mídia. Pouco antes das eleições, a revista Veja o elegeu como “fiador” do governo Dilma. Durante cinco meses, estabeleceu-se uma “lua de mel” entre a mídia e a presidenta. Mas o “namorico”, como ironizou Lula, durou pouco. O “fiador” virou a peça de desestabilização do governo. A oposição de direita e midiática preferiu fritar o seu homem de confiança no Palácio do Planalto.
Ironias da história
Numa ironia da história, porém, a crise gerada pelo ex-ministro pode se transformar em novas oportunidades. Sem Palocci, um político pragmático, centralizador e adepto da ortodoxia neoliberal, o governo Dilma pode se soltar mais e ter mais ousadia. O episódio mostrou que não dá para ter ilusões com direita demotucana e com sua mídia.
por Altamiro Borges, no seu blog

Receita do Dia


Salpicão

Ingredientes

  • 1 Embalagem de Creme amarelo de milho e abóbora Knorr (85 g)
  • 1 Xícara(s) leite
  • 200 Grama(s) peito de peru ralado no ralo grosso
  • 2 Xícara(s) repolho branco cortado em tiras finas
  • 1 Unidade(s) salsão cortado em tiras finas
  • 8 Unidade(s) damascos secos cortados em tiras finas

Modo de preparo

  1. Em uma panela, dissolva a sopa creme amarela Knorr milho e abóbora no leite e leve ao fogo médio, mexendo sempre até engrossar. Deixe amornar.
  2. Junte o peito de peru, o repolho, o salsão e os damascos e misture até ficar homogêneo. Deixe esfriar.
  3. Coloque em uma travessa e distribua croutons sobre a salada. Sirva em seguida.
Salpicão
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Mensagem do dia

A amizade real
Um homem que amontoara sabedoria, além da riqueza, auxiliava diversas famílias a se manterem com dignidade.

Sentindo-se envelhecer, chamou o filho para instruí-lo na mesma estrada de bênçãos.

Para começar, pediu ao moço que fosse até o lar de um amigo de muitos anos, a quem destinava 300 reais mensais.

O jovem viajou alguns quilômetros e encontrou a casa indicada. Esperava encontrar um casebre em ruínas mas o que viu foi uma casa modesta, mas confortável.

Flores alegravam o jardim e perfumavam o ambiente. O amigo de seu pai o recebeu com alegria. Depois de inteligente palestra, serviu-lhe um café gostoso.

Apresentou-lhe os filhos que se envolviam num halo de saúde e contentamento.

Reparando a fartura, o portador regressou ao lar sem entregar o dinheiro.

Para quê? Aquele homem não era um pedinte. Não parecia ter problemas. E foi isso mesmo que disse ao velho pai, de retorno ao próprio lar.

O pai, contudo, depois de ouvir com calma, retirou mais dinheiro do cofre, dobrou a quantia e disse ao filho:

"Você fez muito bem em retornar sem nada entregar. Não sabia que o meu amigo estava com tantos compromissos. Volte à residência dele e em vez de trezentos, entregue-lhe seiscentos reais, em meu nome. De agora em diante, é o que lhe destinarei. A sua nova situação reclama recursos duplicados."

O rapaz relutou. Aquela pessoa não estava em posição miserável. Seu lar tinha tanto conforto quanto o deles.

"Alegro-me em saber", falou o velho pai. "Quem socorre o amigo apenas nos dias do infortúnio, pode exercer a piedade que humilha, em vez do amor que santifica.

Quem espera o dia do sofrimento para prestar favor, poderá eventualmente encontrar silêncio e morte, perdendo a oportunidade de ser útil.

Não devemos esperar que o irmão de jornada se converta em mendigo a fim de socorrê-lo.

Isso representaria crueldade e dureza de nossa parte.

Todos podem consolar a miséria e partilhar aflições. Raros aprendem a acentuar a alegria dos seres amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e nem inveja no coração.

O amigo verdadeiro sabe fazer tudo isto. Volte pois e atenda ao meu conselho.

Nunca desejei improvisar necessitados em torno da nossa porta e sim criar companheiros para sempre."

Entendendo a preciosa lição, o rapaz foi e cumpriu tudo o que lhe havia determinado seu pai.

* * *

O verdadeiro amigo é aquele que sabe se alegrar com todas as conquistas.

Se ampara na hora da dor e da luta, também sabe sorrir e partilhar alegrias.

O amigo se faz presente nas datas significativas e deixa seu abraço como doação de si próprio ao outro.

Incentiva sempre. Sabe calar e falar no momento oportuno.

Pode estar muito distante, mas sua presença sempre perto.

O verdadeiro amigo é uma bênção dos céus aos seres na Terra.