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Integração regional

Fotografia: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Na manhã dessa quarta-feira (13), aconteceu a abertura do seminário “A integração das cadeias produtivas na América do Sul”, promovido pelo Instituto Lula

Paraguai fora da UNASUL e do MERCOSUL

Agiram rápido e corretíssimo o Brasil e os demais países sulamericanos que, diante da "ruptura da ordem democrática no Paraguai" conforme a justificativa que apresentaram, suspenderam no fim de semana o Paraguai dos dois foros multilaterais mais importanrtes do continente, o MERCOSUL e a União das Nações da América do Sul (UNASUL). 

A suspensão do Paraguai do MERCOSUL será chancelada na próxima 6ª feira, no encerramento da cúpula do bloco em Mendoza, Argentina; a da UNASUL, neta 4ª feira, em encontro da entidade em Lima, Peru. 

O novo presidente Federico Franco quer participar destas cúpulas, mas os demais dirigentes do continente não o querem lá. 

O presidente constitucional do Paraguai, Fernando Lugo, deposto no golpe sumário de 30 horas sem direito a defesa, confirmou participação no encontro de Mendoza. Continua>>>

por Zé Dirceu

 Vitória de Humala confirma tendência na América Latina

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A vitória de Ollanta Humala no Peru confirma a tendência histórica de transformações na América do Sul. Mais: consolida na região uma verdadeira mudança de época. Vivemos um momento de emergência popular, nacional democrática, com a reorganização do papel do Estado e a retomada do crescimento econômico com distribuição de renda e democracia.

Em seu discurso da vitória, Ollanta deixou claro que governará o Peru para seu povo, indígena e pobre, esquecido e marginalizado. Esse mesmo povo que, fazendo uso do voto, apesar de toda campanha midiática e do apoio do poder econômico e das elites a Keiko Fujimori, deu a Humala os votos de que precisava para se impor como vencedor. Com um alto grau de consciência e politização, o povo pobre e marginalizado disse não aos modelos de crescimento que não combatem a pobreza e não distribuem renda.

O que se discutiu nessa campanha no Peru foi o papel do Estado, a distribuição dos benefícios da mineração e do petróleo, os serviços públicos de educação e saúde, e a previdência pública. Em campos opostos estavam uma visão neoliberal e uma visão deconcertación democrática (em português, o termo mais próximo é coalizão) e inclusão social. Aliás, os temas do discurso da vitória de Ollanta foram, exatamente, democracia, negociação e distribuição da renda e da riqueza.

Peru profundo

O Peru profundo disse não à ditadura de Fujimori e ao modelo neoliberal. Mais uma vez em nossa história, o povo e a esquerda ficam com a democracia, enquanto as elites, com raras exceções, optam pelo autoritarismo e pelo preconceito social. O apoio ao Fujimorismo, cuja memória de violação dos direitos humanos e corrupção ainda está viva no Peru, na América Latina e no mundo, é uma prova viva da falta total de compromisso com a democracia de nossas elites latino-americanas.

Mas a vitória de Ollanta – assim como o novo governo de Juan Manuel Santos, na Colômbia (que mudou a relação com a Venezuela, onde Hugo Chávez deve se reeleger, mas não ficara imune a essas realidades) - a provável vitória de Cristina Kirchner, na Argentina, mais as mudanças em Cuba, apontam para a consolidação da aliança política que fez possível a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e torna viável a integração, não apenas na América do Sul, mas em toda América Latina.

No ano que vem teremos eleições no México, com grandes chances de uma vitória da centro-esquerda, o que aumenta a responsabilidade e o papel do Brasil, visto como um exemplo, e mesmo como um modelo, de democracia e de desenvolvimento social, na consolidação da aliança política que pode tornar realidade a nossa integração.

A presidente Dilma pode anunciar hoje sua equipe econômica


Ou no máximo, até amanhã a presidente deve anunciar quem irá comandar os ministérios da Fazenda e do Planejamento e o Banco Central. Além de Guido Mantega, que já teria aceitado convite para permanecer na Fazenda, os nomes mais em evidência nas especulações são os de Alexandre Tombini, para o BC, e de Miriam Belchior (foto), para o Planejamento.

Diretor de normas do Banco Central, Tombini, é o mais frequentemente citado para presidir o órgão. A indicação sinalizaria que, mesmo com a saída de Henrique Meirelles, não haveria mudanças bruscas na condução da política monetária. Funcionário de carreira, ele ofereceria uma feição institucional ao BC, recado interessante dentro de um quadro de instabilidade da economia mundial. Tombini é visto como um profissional com bom trânsito no governo, respeitado nas reuniões internas do banco e desfrutando da confiança do mercado. Participou de missões internacionais e atuou junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial.
Coordenadora do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento -, Miriam Belchior, também já teria sido convidada para assumir o Ministério do Planejamento no lugar do atual titular, Paulo Bernardo. Este, por sua vez, é cogitado para assumir a Casa Civil em 2011. Na terça-feira, Dilma conversou com Mantega, na Granja do Torto, residência provisória da futura presidente. À noite ou durante esta quarta-feira haveria outra conversa, desta vez com Meirelles.
Na semana passada, Dilma comentou com o vice-presidente eleito, Michel Temer, que tenciona anunciar todos seus ministros até o dia 15 de dezembro. Até lá, a presidente eleita fará anúncios em bloco, dividido pelas áreas do governo, a começar pela equipe econômica.
Nesta quinta-feira, ela vai a Georgetown, capital da Guiana, participar de um jantar oferecido pela Unasul - União das Nações Sul-Americanas - em homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Zelaya: Lula é o melhor que ocorreu à América do Sul em cem anos

Na semana em que o golpe contra o então mandatário constitucional hondurenho completa um ano, Zelaya explicou que Lula, assim como os demais presidentes da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), quer que "não nos aconteça o mesmo do século 20".

"Que neste novo século não se inicie este turbilhão fascista dos golpes militares promovidos por interesse geopolítico e comercial da potência do norte, os Estados Unidos", rebateu o ex-líder do país centro-americano, que concedeu a entrevista por e-mail a fim de não colocar em risco seu asilo na República Dominicana.

Zelaya partiu para o exílio após um acordo entre o mandatário dominicano, Leonel Fernández, e o atual chefe de Governo de Honduras, Porfirio Lobo, que venceu as eleições realizadas durante o regime de facto e por isso não tem sua administração reconhecida por parte da comunidade internacional -- inclusive a maioria dos membros da Unasul, liderados por Lula. 

Nesta quarta-feira (30/06), o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, apontou que a reintegração de Honduras à OEA (Organização dos Estados Americanos), entidade da qual a nação foi suspensa após a ação contra o regime democrático que instaurou o governo de fato de Roberto Micheletti, dependeria da anistia do ex-presidente.

A reincorporação do país centro-americano à OEA continua a ser rechaçada por nações como Venezuela, Equador e Argentina, além do Brasil, ainda que outros governos da região -- como Peru e Colômbia -- defendam a iniciativa.

De acordo com a Agência Brasil, Garcia relembrou que na última assembleia geral do organismo muitos dos presentes concluíram que "não foram reunidas as condições" para a reintegração, já que "todos foram anistiados em Honduras, inclusive os golpistas, menos o presidente Zelaya", o que seria "imprescindível".

Também os países da América Central -- reunidos no Sistema de Integração Centro-Americano (Sica) -- não conseguiram chegar a um consenso sobre o tema. Embora já tenham reconhecido o governo de Lobo, com exceção da Nicarágua, em encontro realizado entre terça-feira e quarta-feira no Panamá os líderes da região terminaram os debates sem um posicionamento comum sobre o tema.

Ainda em declarações à ANSA, Zelaya fez elogios a Lula, definido por ele como um "patriota americano de primeira qualidade" e "o melhor que poderia acontecer ao Brasil e à América do Sul nos últimos 100 anos".

"Suas democráticas e progressistas posições obedecem a sua consciência de classe e seu conhecimento da realidade de nossos povos explorados da América Latina", exaltou.

Questionado sobre quais seriam suas reivindicações atuais, o ex-mandatário assegurou não necessitar de "reconhecimento" e garantiu não trabalhar por isso. "Sou humanista cristão. Não pratico o hedonismo nem temo a morte", declarou.

Ele também disse não se arrepender de ter "enfrentado os Estados Unidos e a oligarquia midiática e econômica de Honduras", e que está "pagando um alto preço por isso".

"Tenho confiança que será retificado e um dia terminará o apartheid, que já tem vários séculos em Honduras, será buscada e então se terá a reconciliação nacional", acrescentou Zelaya, que atualmente ocupa seu tempo escrevendo um livro sobre democracia e organizando uma fundação. 

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Brasil no mundo: a hora da maturidade


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Lula e Celso Amorim
Custa caro e embute riscos naturalmente ocupar nosso (Brasil) lugar no mundo do século XXI. Principalmente se nossa política externa e nossa presença internacional contrariam os interesses e as políticas de defesa e externa dos Estados Unidos. Mas, se queremos exercer nossa soberania e defender os interesses nacionais de nossa nação e povo, temos que ser protagonistas, liderar, ousar, correr e arcar com os riscos inerentes. Foi isso que fez o presidente Lula e tem feito nossa política externa aqui na América no Sul - crise na Venezuelana; conflito colombiano-equatoriano, quando da agressão de Alvaro Úribe ao Equador; bloqueio a Cuba; Haiti e Unasul. Continua>>>>>