Justiça do Vislumbre

o verme
Alegação do verme contra José Dirceu naquilo que os dicionários definem como "visão incompleta" dos fatos

por Paulo Moreira Leite na IstoÉ

Após meses de subterfúgios, silêncios, protelações e outras iniciativas que lhe permitiram  ganhar tempo, inclusive um surrealista pedido de monitoramento de ligações telefônicas do Planalto, o presidente do STF Joaquim Barbosa fez aquilo que – alguém duvida? -- sempre quis fazer.
Negou a José Dirceu o direito de deixar o presídio para trabalhar.
Um dia antes de anunciar a decisão, Barbosa revogou o direito ao trabalho externo de outros dois prisioneiros da AP 470 que o exerciam por autorização da Vara de Execuções Penais.
A coreografia paralela tem sua utilidade.
Ninguém pode, com ela, acusar o presidente do STF de perseguir um prisioneiro em particular.
Também serve como alerta para os demais prisioneiros da AP 470 que podem – ainda – trabalhar fora.
Os cuidados com a qualidade do teatro não escondem o principal: José Dirceu é um perseguido político e, cada movimento que Joaquim Barbosa fizer para esconder este fato só revela com mais clareza a injustiça que está sendo cometida.
O presidente do STF negou o direito de Dirceu sair para trabalhar a partir de dois argumentos questionáveis.
O primeiro é alegar que a lei prevê que uma pessoa só pode cumprir o regime semi aberto depois de cumprir um sexto da pena. Isso é verdade. Mas a legislação diz também que o trabalho deve ser feito em colônias "agrícolas ou industriais", que não existem na Papuda, o presídio para Dirceu foi enviado pelo próprio Joaquim Barbosa, quando estava condenado ao regime semi aberto.
Nessa situação, "o trabalho externo é admissível." Tanto é assim que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça – ultima instância do Judiciário antes do Supremo -- autoriza o trabalho nessas condições.
O outro argumento é que Barbosa "vislumbra" uma ação entre amigos no emprego oferecido a Dirceu pelo advogado José Grossi, um dos mais conceituados do país. Então é assim.
Quando o presidente do STF "vislumbra" uma coisa, não precisa provar nem demonstrar. Basta "vislumbrar",  isto é, ter uma "visão incompleta, imprecisa", uma "compreensão parcial" de um fato, como diz o Houaiss, para chegar a suas conclusões e produzir uma decisão que envolve a liberdade e o direitos de uma pessoa?
Vislumbre, esclarece Houaiss, é sinonimo de 'luz fraca."
Repare: não se acusa Dirceu de nenhuma falta disciplinar no presídio. Nenhum ato condenável, que poderia justificar a suspensão de um direito. Joaquim chega a alegar que Grossi nem sempre estará no escritório, o que pode dificultar o controle da atividade do prisioneiro.
Por esse raciocínio, é difícil imaginar que um prisioneiro sem diploma universitário possa vir a trabalhar de operário numa multinacional de 10 000 empregados cuja direção fica na Alemanha, concorda? Seja como for, o local foi examinado e aprovado previamente pelas autoridades responsáveis.
O debate, aqui, não envolve a culpa ou a inocência de Dirceu na AP 470.  Nem sobre o caráter político do julgamento. Sabemos que enquanto Dirceu e os outros foram colocados atrás das grades, o ex-ministro Pimenta da Veiga, fundador do PSDB, que embolsou R$ 300 000 de Marcos Valério, nada sofreu. Dirceu não embolsou 1 centavo.  Nenhuma prova dos autos indica que qualquer dirigente do PT, condenado na Ap 470, tenha colocado a  mão em tamanha quantia. Todos eles têm explicações melhores e mais sustentadas do que o ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso. Mas Pimenta está livre. Já  montou candidatura para disputar o governo de Minas Gerais.
Mas a questão neste exato momento é outra.
Não é difícil perceber que uma sentença por vislumbre produz um vislumbre de Justiça.
Isso porque nenhuma pessoa – mesmo um prisioneiro – pode ser destituída de direitos humanos elementares. O fato do STF ter considerado Dirceu culpado por corrupção ativa – e inocente do crime de quadrilha – não lhe retira nenhum outro direito além da perda da liberdade.
Mesmo submetido a uma disciplina rigorosa, os direitos de Dirceu e de todos prisioneiros do Estado estão resguardados pelos mesmos princípios que protegem o cidadão comum.
Desde 1789, na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, diz-se no artigo nono que "Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado".
Na Declaração Universal dos Direitos Humanos promulgada pela Organização das Nações Unidas, em 1948, afirma-se que:
"Art. XI. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente, até que a culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público, no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa."
Já na atual Constituição da República Federativa do Brasil, preserva-se o mesmo princípio:

"Art. 5 º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:(...)
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;"
O que se define, aqui, são princípios básicos da Justiça, válidos em qualquer circunstância. Por isso um prisioneiro não pode ser humilhado, nem extorquido nem torturado. Isso é justiça.
Política é outra coisa. Admite-se que seja feita por vislumbre desde que, como lembrou um dos pais da sociologia, a verdade política inclui o direito à mentira.
Diz a Folha de S. Paulo, hoje:
"O caso de Dirceu só chegou às mãos de Barbosa porque a Folha revelou que o ex-ministro teria utilizado um celular dentro da prisão e ele virou alvo de investigação."
É de chorar. A Folha "revelou" o que?
A conversa de celular entre o prisioneiro José Dirceu e um secretário do governo da Bahia é um caso típico de jornalismo declaratório e, nesse sentido, muito semelhante a Escola Base, aquele falso escândalo de 1994. Muito se falou e nada se demonstrou. Vislumbre verbal?
Em 1994, um delegado de polícia assoprou para repórteres que havia a suspeita de que crianças de uma escola de São Paulo sofriam abuso sexual por parte de diretores e professores. Nada se provou nem se demonstrou. Mas o delegado falou, os jornais reproduziram suas palavras e o escândalo se formou. Os donos da escola foram massacrados e reduzidos a miséria humana e material. Vinte anos depois, duas vítimas tiveram direito a R$ 100 000 de indenização cada uma.
Em 2014, a Folha revelou que um secretário do governo da Bahia disse a seus repórteres  que havia conversado pelo celular com  Dirceu. Era uma notícia – sem dúvida. Mas, quando se tentou encontrar fatos por trás das declarações, nada apareceu. O próprio secretario se desdisse. Nem precisava: a conta de seu telefone celular não registra nada que possa indicar uma conversa com Dirceu, ainda mais na Papuda.
A investigação da direção do presídio nada demonstrou. Na falta de provas, partiu-se para o vislumbre total.
Em  vez de procurar  vestígios sobre a conversa entre duas pessoas, tentou-se monitorar as ligações telefônicas entre a Papuda e o Planalto.
O curioso é que isso foi feito discretamente, sem chamar a atenção. Só se descobriu o que estava ocorrendo quando os advogados de Dirceu resolveram conferir os locais que deveriam ser monitorados. Foi assim que se constatou que estava em jogo, aí, o respeito a divisão de poderes e outras garantias constitucionais, que preservam a Presidência da República e mesmo o direito de milhares de cidadãos que poderiam ter suas ligações violadas. Diante do vexame, a pressão contra Dirceu depois da "revelação" chegou ao fim da linha.
Sem novos argumentos ou alegações, Joaquim Barbosa decidiu negar o pedido de trabalho externo. Empregou argumentos que poderia ter levantado 24 horas depois que os advogados protocolaram o pedido em nome de Dirceu. Não precisava ter esperado que o Ministério Público aprovasse o direito de Dirceu. Nem que a área psico-social desse seu acordo.
Fez isso três dias depois que o procurador geral da república Rodrigo Janot emitiu um parecer onde disse – sem apresentar nenhum fato novo – haver "indicativos claros" de privilégios e regalias para os prisioneiros da AP 470. Sim. "Indicativos."
O mesmo Janot fez campanha para ser nomeado PGR por Dilma colocando-se como crítico do antecessor, Roberto Gurgel, que lançou a teoria do domínio do fato no julgamento. Estava indicando o que mesmo?
Deu para vislumbrar? 

DILMA 'ROUSSELFIE' vai a campo para ampliar vantagem

: Aquiles Lins, do 247 – A presidente Dilma Rousseff, pré-candidata à reeleição pelo PT, está decidida a intensificar o contato direto com o eleitor. Restabelecida do susto inicial com a perda de quatro pontos para o presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB-MG) e com um segundo turno que pode virar realidade, Dilma partiu para a ofensiva, se aproxima mais do povo, é assediada, distribui simpatia e posa incontáveis vezes para fotos. Disse até que ganhou um apelido novo: "Dilma Rousselfie", em referência aos autorretratos compartilhados na internet.

Se Barbosa fosse mãe

Receita de Paz

Ingredientes

  • 1 xícara de humildade
  • 2 xícaras de amor 
  • 3 xícaras de alegria
  • 4 xícaras de consideração 
  • 5 colheres de educação
  • 3 colheres de sopa de respeito, carinho e amizade
  • 4 colheres de sopa de amor ao próximo
  • 6 colheres de sopa de solidariedade
  • 7 colheres de mel contra o preconceito
  • 8 colheres de sopa de chocolate contra a guerra
  • 9 colheres de sopa de união entre os povos
  • 10 pitadas de felicidade

Como fazer
Coloque todos os ingredientes dentro de se com a esperança de mudar a violência que existe no mundo.
Sirva com amor e carinho. Para todos.

Zé Augusto - Dilma carimbou o desemprego na testa de Campos e Aécio

A oposição estava nadando de braçada no terrorismo feito no noticiário sobre a inflação. O terrorismo é injustificado porque a inflação está sob rigoroso controle dentro da meta durante todos os anos do governo Dilma.

A inflação exige eterna vigilância, e o governo Dilma, assim como Lula, fizeram e fazem rigoroso controle o tempo todo. Quando há tendência de subir, intervém. Mas se no momento em que o mundo vive a maior crise econômica desde 1929, o governo errar mão e aplicar as doses cavalares de medidas que os banqueiros demotucanos sugerem, o resultado é desastroso para o povo: desemprego, arrocho, empobrecimento das famílias e recessão.

Dilma passou a alertar o tempo todo isso em seus discursos e entrevista. Deve decorar essa resposta para nunca esquecer de falar, em toda pergunta sobre inflação, que faz tudo para baixá-la e tem mantido rigorosamente dentro da meta, mas não admite receituário que prega o desemprego como fazem os adversários da oposição.

No jantar com jornalistas mulheres nesta semana, Dilma foi direto ao ponto. Em uma das respostas, sobre uma crítica à proposta de Eduardo Campos de fazer a inflação cair a 3%, disse: “Sabe o que isso significa? Desemprego de 8,2%. Quero ver manter o investimento público em logística. Não segura fazer isso".

Pronto! Colocou o fator desemprego na rodinha do tema inflação e já mudou a pauta do noticiário. A oposição midiática e partidária foi para a defensiva.

Aécio ainda está "grogue" sem saber o que dizer, à espera de orientação de seus marqueteiros. Talvez prefira o silêncio, mudar de assunto, repetir chavões, para ver se se o povo não percebe o rótulo do desemprego carimbado em sua testa. Enquanto isso deixa para os jornalistas demotucanos tocarem no assunto.

Eduardo Campos sentiu a pancada, caiu na besteira de copiar o discurso demotucano e agora passou a ter que se explicar, mas em cada entrevista aparece com o desemprego carimbado na testa.

A revista Veja também entrou na defensiva e já fez "reporcagem" em defesa da oposição, com o título imbecil "Inflação não cria emprego". É claro que não. Mas medidas em dose errada para derrubar a inflação geram desemprego, sim. Não existe um único economista sério que não reconheça. Isso a curto prazo. A médio e longo prazo, trabalho e emprego no setor produtivo é que diminui a inflação mais cedo ou mais tarde pelo aumento da oferta de produtos e serviços.

A Veja claro que ataca Dilma com seu tradicional blá-blá-blá. Mas a Veja falar mal de Dilma é lugar comum. O que interessa é estar tratando da pauta que o governo Dilma nada de braçada, o sucesso na geração de empregos e controle da inflação na medida suficiente para não sair da meta macroeconômica, e, ao mesmo tempo para continuar gerando empregos.

Só para lembrar: houve pressões inflacionárias nos primeiros meses do anos, mas já está em queda de novo.

Aécio e Campos mal aprenderam equações de uma variável. Se tiver duas para resolver, embatucam.

Governar e dirigir a economia é gerenciar um conjunto de coisas ligadas entre si, como uma equação matemática de muitas variáveis. A inflação é uma destas coisas, mas o desemprego também. É tão importante controlar uma coisa como a outra. Controlar só uma é não saber governar, assim como quem não tem conhecimento não consegue resolver equações com muitas variáveis.

Doses cavalares de arrocho na economia para baixar a inflação, a única variável que interessa aos banqueiros demotucanos, levam ao desemprego. Porque inclui cortar renda das famílias, cortar incentivos à produção que impedem a geração de empregos para, em vez disso, elevar juros às alturas e esfriar a economia. São as "medidas impopulares" que Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PR) tem a oferecer para o povo brasileiro. 

Aécio e Campos oferecem desemprego à milhões de pessoas, corte de benefícios sociais, empobrecimento para o povão enquanto oferecem juros estratosféricos para os banqueiros para baixar 1 ou 2 pontos na inflação rapidamente, segundo eles. Querem controlar só a variável inflação, deixando sem controle e sem resolver a variável emprego. 

Será que o cidadão trabalhador aceitaria o sacrifício de ser demitido só para a inflação ficar redonda em 4,5% em vez de 5,9% em uma ano de crise internacional como foi em 2013? É Claro que não. A inflação deve cair mais, aproveitando outras condições favoráveis a medida que os resultados do que está sendo plantado nos últimos 11 anos forem aparecendo, mas nunca as custas do desemprego.

Quem só pensa nos fatores que interessam aos banqueiros e ignoram os fatores que interessam à maioria do povo não tem capacidade para ser Presidente da República de um país como o Brasil.

Governo que presta não toma decisão sem levar em conta o impacto no emprego de milhões de mães e pais de família. 

Aécio e Campos nasceram em berço de ouro, tiveram herança política dos avós que os levaram a viver em palácios de governo desde jovens, nunca sentiram na pele o que é o desemprego para uma família. Não servem para ser presidente porque não conhecem - e sequer reconhecem - as raízes profundas dos problemas brasileiros, cujo maior desafio é nos tornarmos um país totalmente de classe média para cima, como diz o slogam do governo Dilma: "País Rico é país sem pobreza".

A vida não vai ficar mais fácil

Portanto, cuide-se, fique mais forte.
Assim, terá mais força para carregar os fardos que tiver de carregar.

Felicidade é um direito

Há muitos anos, encontrei sobre a mesa circunstante dentro de um capítulo de uma história que nasceu no contexto de uma paixão avassaladora; dessas que carecem de um mínimo de bom senso e lógica, um pedacinho de papel onde estava escrito, com caligrafia impecável: "Preciso de um abraço para sobreviver". Esse pedido estava na antessala do desfecho de uma história de amor que nasceu depois de uma taça de vinho à beira de uma piscina. Ato seguinte, um beijo roubado a dois, sem explicação que aconteceu como uma chama que se acende quase espontaneamente no ambiente inflamável de uma atração fatal, que é quando não existe tempo para contar nem até três. De repente, os dois, cegos, surdos, mudos.

A bem da verdade, só enxergavam o que queriam; só escutavam os sussurros das entregas malucas, quase selvagens e depois, mudos. Isso porque havia uma culpa enorme e não tinha mais como retroceder. Estava feito. Muito bem feito! Foi imediato. Na fração de segundo de um olhar magnético, mil perguntas foram feitas ao mesmo tempo e nesse mesmo átimo, mil respostas ficaram à margem da coerência. Só com o passar do tempo, de muito tempo, as consequências deixadas de lado pela vista grossa da fantasia do momento começaram a chegar à superfície do lago aparentemente tranquilo dos dias que se seguiram. Mas o lago era um mar, um oceano que se agitou e se agigantou e suas ondas revoltas se encresparam e o barco dos sonhos agora era um pesadelo sem comando, sem direção, sem luz rumo, dia após dia, ano após ano... Muitas foram as vezes que os náufragos do desastre anunciado desde o começo se enganaram com a calmaria dos ventos, embora a experiência mostrasse que no olho de todo furacão a calma que reina é apenas aparente, e o silêncio quase total é prenúncio da destruição que nem tarda nem falta. É certa! Quem planta o vento da paixão sabe o que está plantando. Agora, imagine quem planta borrasca! Mas, o que são aventuras, paixões loucas. Quem acha que viver sem elas é sinônimo de paz de espírito está fadado à monotonia de céus prometidos aos bons, ímpios, imaculados, fadados a contemplar voos cansativos de querubins rechonchudos e à melodia cansativa de liras fora de moda. Um pouco de inferno na vida é a pitada de sal ou de pimenta que torna a vida com algum sabor. Somente depois de pecar muito, de tomar Betsabé, a mulher de Urias, o itita, é que o Rei David se arrependeu e ganhou a graça de seus atuais adoradores, mas é preciso primeiro pecar para depois saborear o manjar do perdão. "Ah, mas ele se arrependeu...!"- defendem os que acreditam na força do arrependimento e, mais ainda, na força do perdão. Não encontrei registros de que Urias tenha deixado pra lá o que o rei fez com a mulher dele. "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço..."- mais fácil ainda. Vejam o caso do pastor ameaçado de deixar de ser pastor, o deputado Marcos Feliciano... Com o dinheiro de suas ovelhas, fez tratamento para alisar o cabelo, para alisar a pele, deu entrevista na revista Playboy e tudo fica por isso mesmo. Afinal de contas, somos todos mortais. Pois bem, tivesse acudido ao pedido de socorro e dado um simples abraço, não imagino o que teria acontecido, mas negá-lo foi determinante para a certeza de que quem o pediu encontro, tempos depois um abraço cheio de promessas cercado de branco por todos os lados, dando início a uma nova vida no reino da felicidade, coisa que todos nós temos direito, mais cedo ou pouquinha coisa mais tarde...

de A. Capibaribe Neto

Felicidade é um direito

Há muitos anos, encontrei sobre a mesa circunstante dentro de um capítulo de uma história que nasceu no contexto de uma paixão avassaladora; dessas que carecem de um mínimo de bom senso e lógica, um pedacinho de papel onde estava escrito, com caligrafia impecável: "Preciso de um abraço para sobreviver". Esse pedido estava na antessala do desfecho de uma história de amor que nasceu depois de uma taça de vinho à beira de uma piscina. Ato seguinte, um beijo roubado a dois, sem explicação que aconteceu como uma chama que se acende quase espontaneamente no ambiente inflamável de uma atração fatal, que é quando não existe tempo para contar nem até três. De repente, os dois, cegos, surdos, mudos.

A bem da verdade, só enxergavam o que queriam; só escutavam os sussurros das entregas malucas, quase selvagens e depois, mudos. Isso porque havia uma culpa enorme e não tinha mais como retroceder. Estava feito. Muito bem feito! Foi imediato. Na fração de segundo de um olhar magnético, mil perguntas foram feitas ao mesmo tempo e nesse mesmo átimo, mil respostas ficaram à margem da coerência. Só com o passar do tempo, de muito tempo, as consequências deixadas de lado pela vista grossa da fantasia do momento começaram a chegar à superfície do lago aparentemente tranquilo dos dias que se seguiram. Mas o lago era um mar, um oceano que se agitou e se agigantou e suas ondas revoltas se encresparam e o barco dos sonhos agora era um pesadelo sem comando, sem direção, sem luz rumo, dia após dia, ano após ano... Muitas foram as vezes que os náufragos do desastre anunciado desde o começo se enganaram com a calmaria dos ventos, embora a experiência mostrasse que no olho de todo furacão a calma que reina é apenas aparente, e o silêncio quase total é prenúncio da destruição que nem tarda nem falta. É certa! Quem planta o vento da paixão sabe o que está plantando. Agora, imagine quem planta borrasca! Mas, o que são aventuras, paixões loucas. Quem acha que viver sem elas é sinônimo de paz de espírito está fadado à monotonia de céus prometidos aos bons, ímpios, imaculados, fadados a contemplar voos cansativos de querubins rechonchudos e à melodia cansativa de liras fora de moda. Um pouco de inferno na vida é a pitada de sal ou de pimenta que torna a vida com algum sabor. Somente depois de pecar muito, de tomar Betsabé, a mulher de Urias, o itita, é que o Rei David se arrependeu e ganhou a graça de seus atuais adoradores, mas é preciso primeiro pecar para depois saborear o manjar do perdão. "Ah, mas ele se arrependeu...!"- defendem os que acreditam na força do arrependimento e, mais ainda, na força do perdão. Não encontrei registros de que Urias tenha deixado pra lá o que o rei fez com a mulher dele. "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço..."- mais fácil ainda. Vejam o caso do pastor ameaçado de deixar de ser pastor, o deputado Marcos Feliciano... Com o dinheiro de suas ovelhas, fez tratamento para alisar o cabelo, para alisar a pele, deu entrevista na revista Playboy e tudo fica por isso mesmo. Afinal de contas, somos todos mortais. Pois bem, tivesse acudido ao pedido de socorro e dado um simples abraço, não imagino o que teria acontecido, mas negá-lo foi determinante para a certeza de que quem o pediu encontro, tempos depois um abraço cheio de promessas cercado de branco por todos os lados, dando início a uma nova vida no reino da felicidade, coisa que todos nós temos direito, mais cedo ou pouquinha coisa mais tarde...

de A. Capibaribe Neto

Ódio


OAB reclama da conduta de jb

A OAB está corretíssima ao reclamar da conduta de JB. Ele atropela a legislação penal e processual penal de uma maneira absolutamente acintosa, com graves riscos para a normalidade judiciária e prisional no país.
Em nossa sociedade compete ao Juiz aplicar a Lei. Mas a Lei não é feita pelo Juiz e sim pelo Poder Legislativo, instituição que é a depositária da soberania popular que origina todo poder estatal. Cumprir e fazer cumprir fielmente a Lei é a principal missão funcional do Juiz conforme o que consta expressamente da Lei Orgânica da Magistratura. A norma geral e abstrata deve ser respeitada pelo Juiz mesmo quando ele não gosta de seus ditames, pois não lhe é permitido modificá-la ou deixar de cumpri-la. A Lei pode ser revogada pelo Judiciário, mas apenas quando for inconstitucional e não foi isto o que ocorreu no caso de José Dirceu.  

O que Joaquim Barbosa fez contra a corrupção? Nada! PHA

Já a favor da corrupção o verme fez demais. Corrompeu a ideia, o ideal de Justiça! Joel Neto

O Blog do Briguilino reproduz considerações do Profeta Tirésias sobre imoral interpretação do artigo 37 da Lei de Execuções Penais feita pelo verme para impedir José Dirceu de trabalhar.

“Estamos no segundo ano da Presidência de Joaquim Barbosa.

Que medida estrutural ele tomou contra a corrupção ?

Legitimou a Operação Satiagraha, a mãe de todas as corrupções ?

Não !

Abafou-a e não julgou o RE 680967.

E sobre a Lei Orgânica da Magistratura, a Loman, baixada pelo último presidente militar do ciclo de ditadores, João Batista Figueiredo.

A Loman é o ponto onde se concretiza o corporativismo do Judiciário: faz com que um Juiz corrupto seja aposentado com salário integral.

O Judiciário, assim,  é o ÚNICO poder ainda regulado por uma ordenação dos militares !

E Barbosa não enviou um projeto de lei ao Congresso para altera-la.

Não quis cortar a corrupção na própria carne !

E Dirceu e Genoino ?

A decisão de Barbosa sobre Dirceu está TODA errada !

Por que ?

Porque ele não aceitou que o Supremo tivesse derrubado o crime de quadrilha e fez impor sua solitária vontade: manter o crime de quadrilha e, com isso, não deixar o Dirceu trabalhar !

Porque a vontade dele se sobrepõe à do Supremo !

E Barbosa exibe dois dos maiores símbolos do trabalhismo brasileiro – Dirceu e Genoino – como troféus, prova de Sua Suprema Autoridade.

O critério que ele utilizou – só pode trabalhar depois de o preso cumprir 1/6 da pena – só vale para quem foi condenado ao regime fechado.

E os dois foram condenados – e Deus sabe como ! – ao semi-aberto.

De novo, ele trata os dois como se tivessem sido condenados ao regime fechado porque ele, e só ele, acha que o crime de quadrilha não caiu.

E, portanto, caiu também o “domínio do fato”, porque Dirceu não poderia ter domínio de fato sobre uma quadrilha inexistente.

Ou seja, ao derrubar o crime de quadrilha, o próprio Supremo desfez o julgamento do mensalão (o do PT, porque o mensalão tucano se dissipará como uma nuvem).

Barbosa subverte a lógica da legislação prisional.

O preso tem que ter a perspectiva da progressão da pena, para que mantenha viva a esperança de se re-integrar-se à sociedade.

E não mergulhar, na cadeia, na marginalidade irreversível.

A progressão – ou seja, o direito de trabalhar, quando condenado ao semi-aberto – reforçará a expectativa de o preso se re-inserir na realidade do lado de fora da prisão.

Barbosa nega todos os componentes “civilizatórios” da pena, ao obriga-los ao regime fechado.

É, de novo, e sempre: porque, para ele, o crime de quadrilha não caiu !

O que marca a Presidência de Barbosa, no combate à corrupção ? – o  que parece ser o seu mantra.

Ele preservou o corporativismo da Loman.

Manteve intocada a Satiagraha.

E agora, pelo jeito, vai para cima da filha do Dirceu, que cometeu o crime hediondo de “furar a fila” para ver o pai.

Sabe quem furou a fila, ansioso blogueiro ?

A AP 470, que foi julgada antes do mensalão tucano.

Essa foi a mãe de todas as “furadas de fila”!


Paulo Henrique Amorim
, com a providencial colaboração do Profeta Tiresias.

A pergunta que o plenário do STF tem de responder

A interpretação que o verme fez do artigo 37 da Lei de Execuções Penais é válida para todos ou apenas para 
José Dirceu?

Não tô com pressa de ir, Jair Rodrigues

Ê sorrisão carisma
Ê sorrisão carisma
Num show em São Gonçalo há dois dias ele disse a frase acima. 
Esbanjou saúde e alegria no palco, plantou bananeira.
O malandro estava ontem em sua casa, em Cotia, e se despediu de todos pra fazer uma sauna às 22h. E lá mesmo sofreu um infarto agudo do miocárdio. Foi rápido, mesmo dizendo que não tinha pressa.
Dar conta de se segurar de ponta cabeça aos 75 anos, com a força dos braços e do cocoruto, e em seguida partir dessa pra melhor relaxado em meio ao vapor de eucalipto não é pra qualquer um. Daqui a pouco nós vamos também, mas aposto que sem metade desse suingue.
Seja lá onde estiver agora, gosto de imaginar a sua chegada ao som “Deixa isso pra lá” – de todas as músicas de seus 44 discos, nos quais fez rap, samba, MPB, sertanejo e bossa nova, essa me chacoalha desde criança.

Lista pra dar saudade

Só no chorinho, deixo essa dele com os filhos, Luciana de Mello e Jair Oliveira. Até breve, Jair!
Guilherme Nascimento Valadares

Interessado em boas conversas, redes, economia da atenção, em criar negócios que não se pareçam com negócios e no futuro do conteúdo. Formado em Comunicação, trabalha há nove anos com comunidades digitais. Na interseção desses pilares, surgiram o PdH, o Escribas e o lugar.

Fwd: Fale Conosco - Itaú

Bom dia!

Cara Flávia N, 

Eu enviei o projeto CIM (abaixo) no dia 09 de Julho de 2009. Não me deram resposta. E hoje vejo posto parcialmente em prática, em estabelecimentos comerciais - Extra, Maxx -. Pelo que vejo se aproveitaram da minha ideia sem pagar nada. Talvez porque precisem mais que eu, não é mesmo? Tudo bem, o que deveriam me renumerar, usem para pagar o que sonegam. Corja!

Projeto CIM - Caixa Itaú Móvel


Objetivo:

ATENDIMENTO RÁPIDO PARA OS CLIENTES DENTRO DA AGÊNCIA DO BANCO OU EM QUALQUER OUTRO LOCAL.

PROPORCIONAR ATENDIMENTO PERSONALIZADO E PRESTAR UM SERVIÇO EXCLUSIVO DO ITAÚ. TENDO COMO FINALIDADE DIMINUIR A ESPERA E EVITAR LONGAS FILAS.

MÉTODO:

FUNCIONÁRIO MUNIDO DE UM PDA – COMPUTADOR DE MÃO – QUE FAÇA LEITURA DE CÓDIGO DE BARRAS E IMPRIMA RECIBO DOS PAGAMENTOS DOS CLIENTE.

RESULTADO FINAL:

MAIS RAPIDEZ NO ATENDIMENTO.

MENOS FILAS E TEMPO DE ESPERA.

MAIS SATISFAÇÃO PARA O CLIENTE.

MAIS CLIENTES PARA O BANCO.

AUTOR DO PROJETO: JOEL LEÔNIDAS TEIXEIRA NETO

CPF 84654449787

RG 1950536-90 

RECEBIDO PELO GERENTE DO ITAÚ AGÊNCIA DE IGUATU – CEARÁ

___________________________________________________________________ 09/07/2009



Em 9 de maio de 2014 18:50, <faleconosco_internet@itau-unibanco.com.br> escreveu:

Joel,

Em resposta à sua mensagem 289964594
, informamos que o Banco Itaú disponibiliza através do site um canal exclusivo para cadastro como fornecedor. Onde após o cadastro, o "fornecedor" receberá um login e senha para acompanhamento, tendo acesso a caixa de correspondência onde o banco itau lhe posicionará.

Esclarecemos que, o
canal Fale Conosco é um serviço disponibilizado pelo Itaú para atendê-lo(a) de forma prática e rápida, seja no esclarecimento de dúvidas, no registro de sugestões e reclamações, seja na solicitação de informações referentes a produtos e serviços do Banco Itaú.


 


Contamos com sua compreensão e estamos à disposição.


 


Flávia N.


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Todos sabem, ou ao menos deveriam saber, que empresas como Google e Facebook tiram seu “ganha-pão” dos dados que os usuários colocam em suas plataformas (descrevemos melhor isso nesta matéria). O que você não sabe é quanto estas empresas lucram com cada usuário. É aí que entra uma ferramenta chamada PrivacyFix, criada pela AVG, disponível como plugins para navegadores e apps para celular, que permite medir este valor.

Joaquim Barbosa

o verme

Joaquim Barbosa - o verme

O IBOP - Instituto Briguilino de Opinião Pessoal - fez uma pesquisa para saber qual a carapuça que melhor veste o atual presidente do STF - Supremo Tribunal Federal -, Joaquim Benedito Barbosa Gomes, o vulgo Joaquim Barbosa.

A pergunta foi:

Qual nome combina mais com Joaquim Barbosa?

O sujeito merece todos os adjetivos acima, e ainda muito mais.
Mas prefiro trata-lo pelo nome que considero representar fidedignamente o individuo. 
Ah, também consegui uma imagem que na minha opinião condiz com o Maria-porra-louca.

o verme!


O histórico de perseguição a José Dirceu

"Lutar contra a ditadura militar foi moleza. Duro é lutar contra a ditadura togada e midiática"...Joel Neto

Jornal GGN - O último e mais recente capítulo das ações da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal contra José Dirceu envolve a quebra de sigilo telefônico de cinco operadoras de celular, durante um período de 16 dias, de todas as ligações efetuadas e recebidas em duas coordenadas geográficas: Latitude - 15°55'04.51'' S e Longitude 47°47'04.51'' – onde se encontra o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, e a Latitude - 15°47'56.86'' S e Longitude - 47°51'38.67'' – onde se encontra o Palácio do Planalto.
Trata-se da Ação Cautelar 3599, que foi mais uma solicitação do Ministério Público do Distrito Federal, acatada pelo juiz da VEP Bruno André Silva Ribeiro e que tramita hoje no Supremo Tribunal Federal. (Anexo 1)
Uma petição feita pela defesa de Dirceu questionou a ação. “O mais grave é que um dos pontos físicos estabelecidos no pedido de quebra de sigilo, ao que indicam as coordenadas fornecidas pelo MP/DF, corresponde ao Palácio do Planalto, sede do Governo brasileiro”, afirma a defesa. (Anexo 2)
A constatação de localização ocorreu depois que os advogados de Dirceu apoiaram-se em análise de um engenheiro agrônomo, Juvenal José Ferreira, que utilizou paralelos e meridianos para identificar as localizações das coordenadas, concluído em um relatório.(Anexo 3)
A dimensão do pedido do juiz da Vara de Execuções é o desfecho de uma sequência histórica de perseguição a José Dirceu, impedindo seu direito a trabalho externo, como parte do regime semiaberto a que foi condenado.
Acompanhe o histórico que o Jornal GGN resgatou:
23/11/2013: Por indicação de Joaquim Barbosa, o titular da Vara de Execuções Penais do DF, Ademar Silva de Vasconcelos, foi substituído por Bruno André Silva Ribeiro, que ao lado de Ângelo Fernandes de Oliveira e Mário de Assis Pegado, começam a conduzir a aplicação das penas dos condenados da AP 470: http://bit.ly/1hwoCvl
25 e 26/11/2013: Dois dias depois, os três juízes realizam inspeção ordinária e relatam clima de instabilidade e insatisfação no sistema prisional do DF. Foi nesse relatório que os magistrados deram a declaração: “Essa quebra [de postura isonômica] encontraria justificativa apenas se fosse possível aceitar a existência de dois grupos de seres humanos: um digno de sofrer e passar por todas as agruras do cárcere e, outro, o qual dever ser preservados de tais efeitos negativos, o que, evidentemente, não é legítimo admitir”.
28/11/2013: Mais dois dias se passam, e os juízes da VEP Bruno Silva Ribeiro, Ângelo Fernandes de Oliveira e Mário de Assis Pegado determinam a isonomia entre os presos do Complexo da Papuda, em “estrita observância por parte das autoridades penitenciárias do DF das prescrições regulamentares, legais e constitucionais, especialmente no que se refere ao tratamento igualitário a ser dispensado aos internos e visitantes do sistema penitenciário local”: http://bit.ly/Qauoqy
17/01/2014: Coluna Painel, da Folha de S. Paulo, publica nota de que Dirceu teria usado celular de dentro do presídio da Papuda para conversar com o secretário de governo do Estado da Bahia, James Correia.
17/01/2014: No mesmo dia, Bruno Ribeiro determinou “a formalização da devida ocorrência administrativa e respectiva instauração de inquérito disciplinar”, além de requisitar a realização de diligências com os funcionários do presídio para apurar os fatos do dia 6 de janeiro – data que o jornal apontou como o dia do uso do celular. Bruno também suspendeu, cautelarmente, “a análise de eventuais benefícios externos ao sentenciado, até a conclusão do apuratório disciplinar”, ou seja, a análise da possibilidade de trabalho externo.
20/01/2014: Bruno André Silva Ribeiro recebeu ofício do Diretor do Centro de Internamento e Reeducação do presídio informando que determinaram a imediata abertura de investigação pelo Núcleo de Inteligência e a Gerência de Segurança Penitenciária para apurar os fatos e que “até a presente data, nenhum fato foi detectado que possa confirmar o contato telefônico do interno com o mundo exterior”.
22/01/2014: o Coordenador-Geral da Gerência de Sindicâncias da Subsecretaria do Sistema Penitenciário declarou, em despacho administrativo, que no dia 6 de janeiro José Dirceu passou por revista corporal antes e depois das consultas com seus advogados, “em sala adequada, separada por um vidro, dentro da área de carceragem, impossibilitando assim qualquer contato físico, apenas visual e verbal” e “foi também realizada minuciosa revista na Cela S-14, oportunidade em que nenhum material e/ou objeto proibido foi encontrado”. Por último, ficou “comprovado que JOSÉ DIRCEU não saiu da carceragem do CIR para outro atendimento na Administração daquele Centro”. “Assim, entende-se por inverídica e improcedente a Denúncia (...) DETERMINO o arquivamento do presente caso, salvo algum fato novo que venha à tona e justifique novas diligências”.
23/01/2014: o Subsecretário do Sistema Penitenciário noticiou Bruno a “inexistência de materialidade do caso em comento, conforme Relatório nº 02/2014 – NI/CIR”.
24/01/2014: o juiz da VEP recebeu novo ofício do Diretor do Centro de Internamento e Reabilitação, afirmando que “‘tem o fato por inverídico e arquiva o presente caso”. Entretanto, no mesmo dia e com todos os documentos a mão, Bruno André Silva Ribeiro reiterou a determinação judicial anterior para que fossem realizadas diligências, mantendo, assim, a suspensão da análise de eventuais benefícios externos ao sentenciado.
29/01/2014: O ministro do STF Ricardo Lewandowski, ocupando a presidência da Corte enquanto Joaquim Barbosa estava de férias, acatou o pedido de trabalho externo de José Dirceu. (Anexo 4)http://bit.ly/1qzKhlF
11/02/2014: Assim que retornou de férias, Joaquim Barbosa revogou a decisão de Lewandowski. Mesmo com as diligências respondidas à VEP e as solicitações de arquivamento pelo Centro de Internamento e Reabilitação, Bruno não arquivou a investigação, possibilitando que Barbosa “reparasse” a decisão de Lewandowski, acusando-a de fazer “atropelamento do devido processo legal”: http://bit.ly/1c3vCvq
Até hoje, a investigação não foi arquivada.
25/02/2014: O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios pediu que a Justiça tome providências para acabar com as supostas regalias recebidas pelos condenados da AP 470, no complexo da Papuda. Os promotores citaram uma feijoada feita dentro do presídio – fato também com base em uma reportagem de jornal. O presidente da OAB, Alexandre Queiroz rebateu a versão: "eles tomam banho de sol com outros presos e não recebem tratamento diferenciado", disse depois das visitas que fez à Penitenciária.
26/02/2014: No dia seguinte, o magistrado pede para deixar a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, ao lado de seu colega auxiliar na VEP, Ângelo Pinheiro Fernandes de Oliveira. A justificativa foi justamente a interferência política no presídio com as regalias concedidas aos condenados. Coincidentemente, Bruno tinha marcado para o dia anterior (25) o depoimento de José Dirceu nas diligências e investigação do suposto uso de celular, que foi adiado. Quanto mais o episódio é prolongado, mais tempo também leva para a resposta ao pedido de trabalho externo de Dirceu: http://bit.ly/1mKrzuZ
27/02/2014: O dia é de “derrota” para Joaquim Barbosa que esteve entre as minorias na votação dos embargos infringentes do STF – os réus da Ação Penal 470 são absolvidos do crime de formação de quadrilha: http://bit.ly/1ka592V
27/02/2014: No mesmo dia, ainda no caso de Dirceu do uso de celular, o aliado de Barbosa na VEP, Bruno André Silva Ribeiro determinou que os dirigentes de estabelecimentos prisionais deixem de cumprir norma interna da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) e exigiu esclarecimentos do governador Agnelo Queiroz, em 48h, sobre as investigações e condições dos presídios locais. Além disso, Bruno suspende ainda o direito de Delúbio Soares trabalhar: http://bit.ly/1lTFihW
07/03/2014: Depois de uma semana, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário responde a solicitação de Bruno, que questionou se o DF teria capacidade para custodiar os condenados. A Sisepe ironiza a VEP sobre regalias na Papuda: “Não só temos condições de custodiar os aludidos sentenciados, como também qualquer outro preso da nossa Federação, seja Fernandinho Beira-Mar, Marcola do Primeiro Comando da Capital, Professor do Comando Vermelho, Matemático do Amigo dos Amigos etc…”. O governador Agnelo Queiroz disse que o magistrado não apresentou fatos concretos sobre as regalias e acusou Bruno de ter feito uma afirmação falsa, “despida de qualquer indício de prática de atos ilegais e ilegítimos", sugerindo que o juiz fosse investigado pela Corregedoria: http://bit.ly/1hwoTOF
25/03/2014: A Corregedoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) cobrou explicações do juiz da Vara de Execuções Penais Bruno André Silva Ribeiro sobre as ordens expedidas na véspera do feriado do carnaval, consideradas despropositadas pelo governador do DF. No mesmo dia, Bruno pede novamente a saída da VEP e afirma: “compete ao Juiz da execução zelar pelo correto cumprimento da pena e tomar providências para o adequado funcionamento dos estabelecimentos prisionais” (Anexo 5):http://bit.ly/1hwoSdw
01/04/2014: Joaquim Barbosa envia documento ao CNJ defendendo Bruno Ribeiro, determinando que o governador do DF e a Subsecretaria devem responder aos esclarecimentos solicitados pelo juiz da VEP em 48 horas; que se suprimam as diferenças de tratamento entre os detentos, como já havia solicitado Bruno; e Barbosa ainda determinou ao CNJ (do qual é presidente) que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios revise o ato administrativo contra Bruno, parando a investigação do juiz pelo tribunal, inclusive revisando a sua transferência para outra Vara. (Anexo 6)http://bit.ly/1sHMvmW
02/04/2014: No dia seguinte, depois de 4 meses depois que fez o pedido de trabalho externo e 2 meses com a solicitação trancada na Justiça pela investigação do celular, a defesa de José Dirceu encaminhou a Barbosa uma petição de urgência e prioridade para dar seguimento à análise da atividade externa. (Anexo 7)http://bit.ly/1kOtlWZ
02/04/2014: No mesmo dia, e seguinte à proteção de Barbosa, Bruno Ribeiro se vê resguardado para a abertura de uma nova ação contra José Dirceu e as investigações sobre o uso de celular: a atual quebra de sigilo telefônico.
“Ou seja, para investigar uma nota de jornal que já foi investigada, o MP/DF pede que 5 (cinco) operadores de telefonia enviem todas as ligações de celulares, efetuadas e recebidas, envolvendo todos os usuários que trabalham no Palácio do Planalto no intervalo de 16 (dezesseis) dias”, diz a petição da defesa.
“O absurdo da pretendida quebra de sigilo telefônico revela o quão indiscriminada, genérica e abusiva é a medida pleiteada pelo MP/DF, sem considerar, ainda, a sua absoluta falta de justa causa, uma vez que possui como base enfática somente uma note de jornal que já foi cabalmente investigada em procedimento que contou com a participação do Poder Judiciário e Ministério Público”, conclui.