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Blog do Charles Bakalarczyk: Petrobras da chapuletada na Folha SP

Blog do Charles Bakalarczyk: Petrobras da chapuletada na Folha SP: "Ver a Folha apanhar mais uma vez da Petrobras não tem preço... Conteúdo nacional: carta à Folha A Petrobras desmente com veemência matéri..."

Castelo de areia


Passamos nossa vida construindo nossos sonhos, idealizando nossas metas, mas temos que estar preparados caso tudo isso venha a se desfazer.
Hoje trago uma mensagem que nos faz refletir o quão importante é a presença de nossos amigos, companheiros, no caso de ser preciso recomeçar.





Num dia de verão, estava na praia, observando duas crianças brincando na areia.

Elas trabalhavam muito, construindo um castelo de areia, com torres, passarelas e passagens internas.

Quando estavam quase acabando, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo à um monte de areia e espuma.

Achei que as crianças cairiam no choro, depois de tanto esforço e cuidado, mas tive uma surpresa.

Em vez de chorar, correram para a praia, fugindo da água, Sorrindo, de mãos dadas e começaram a construir outro castelo...

Compreendi que havia recebido uma importante lição:

Gastamos muito tempo de nossas vidas construindo alguma coisa.

E mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá vir e destruir o que levamos tanto tempo para construir.

Mas quando isso acontecer, somente aquele que tem as mãos de alguém para segurar, será capaz de dar uma reviravolta !!!.

Tudo é feito de areia;

Só o que permanece é o nosso relacionamento com as outras pessoas.

  Claro que devemos construir nossos sonhos, metas com bases sólidas e lutar para que os mesmos nunca se desfaçam. Porém, é muito importante a construção de amizade sólidas, amizades essas que nos ajudarão em difíceis momentos.


IPTU

Só o que vejo é gente reclamando do valor do IPTU. Duvido que algum proprietário reclamão venda o imovel dele pelo valor estipulado para pagar o imposto. Alguém se habilita?...
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Ex-blog do Cesar Maia

Reunião da UPLA


Cesar Maia

linha

1. A União de Partidos Latino-americanos (UPLA) reuniu-se neste fim de semana, em Santa Cruz, Bolívia, para avaliar o quadro político continental e abrir o ano em que a Carta Democrática da OEA (Organização dos Estados Americanos) cumpre 10 anos e requer ajustes.

2. A UPLA, após essa reunião, caminha para incorporar as demais organizações latino-americanas que representam os partidos de centro e centro-direita do continente. Com isso, as duas internacionais, a IDC (democrata de centro) e a UDI (união democrata), que congregam os partidos de centro e centro-direita europeus e norte-americanos, passarão a ter uma só representação política na América Latina. No Brasil, o Democratas é o membro integrante, ocupando, inclusive, a vice-presidência da UPLA.

3. O foco principal da reunião foram as emendas à Carta Democrática (CD) da OEA com vistas a seu aperfeiçoamento. A CD, já em seu artigo primeiro, restringe aos governos dos países membros qualquer acesso a OEA. Entende a UPLA que o direito a voto deve ter essa restrição. Porém, assim como em outras organizações, incluindo a ONU, deve se abrir canais para que os demais poderes dentro desses países, partidos e organizações da sociedade civil possam encaminhar à secretaria geral questões, problemas e denúncias para análise da OEA e, se for o caso, serem submetidas aos demais membros.

4. Na medida em que a CD define como membros integrantes aqueles que respeitam o jogo democrático, sugere-se uma comissão de alto nível para avaliar os países e encaminhar relatórios anuais.
                
5. Deve-se entender democracia não apenas a observância das regras para acesso ao poder, mas também o respeito às regras democráticas no exercício do poder. Finalmente, transformar a Carta Democrática -um documento que efetivamente produziu avanços- em um Tratado de forma a gerar efeitos vinculantes.

                                                * * *

DÉFICIT EM CONTA CORRENTE NO BALANÇO DE PAGAMENTOS!
        
Trecho da entrevista do economista John Williamson, do Institute for Internacional Economics. Folha SP (23).

FSP- Quais são os maiores riscos associados ao real forte?
R- Isso implica um déficit em conta-corrente. Mas é necessário mantê-lo em um nível razoável. Um déficit de 2%, 3% do PIB (Produto Interno Bruto) é sustentável, mas, se o déficit chegar a 5%, 6% do PIB, levantaria preocupações sobre o futuro do Brasil.

FSP- Há risco de que os mercados se tornem menos indulgentes com o Brasil?
R- Sim, essa é a preocupação, claro. Um déficit em conta-corrente chama problemas para o futuro. Aumenta o nível da dívida em relação ao PIB e não se sabe quanto dessa dívida os mercados vão aceitar.  Não acho que seja uma preocupação de curto prazo. Mas isso é justamente o que causa preocupação, porque governantes podem se "safar" no curto prazo, mas...

                                                * * *

'BLUE STATE DIGITAL' DIZ QUE FEZ A CAMPANHA DA DILMA E CONTA!

Resumo do texto.
        
1. O Desafio. Apoiada por Lula, o popular presidente, Dilma entrou na corrida presidencial em uma posição forte. Mas como candidata pela primeira vez, pouco conhecida, ela enfrentou uma batalha difícil. E o lançamento de uma campanha no Brasil apresentou seus desafios peculiares:  * As campanhas políticas brasileiras geralmente não geram a participação direta do eleitor. /  * O prazo oficial de campanha foi de apenas três meses, o que fez mobilização em massa especialmente difícil. /  *As  Leis campanha on-line estavam sendo escritas e interpretadas durante a eleição.          

2. O Programa. Antes de podermos ativar a participação popular, tivemos de mudar a percepção de como um candidato presidencial interage com os eleitores. Também ajudou a introduzir a Dilma real para o Brasil, porque ela tinha estado raramente no centro das atenções antes da campanha. Para humanizar a candidata, nós fornecemos aos adeptos  a oportunidade de interagir com ela: para compartilhar suas ideias, suas histórias, e suas esperanças para o futuro.
    
3. Isso também foi importante para demonstrar a continuidade entre Dilma e seu antecessor imensamente popular, Lula. Pedimos aos brasileiros para compartilhar suas experiências a partir da administração passada, e depois usamos essas histórias para dar ressonância emocional para as profundas mudanças sociais e econômicas no Brasil durante os últimos oito anos. Criamos também uma seção de recursos onde os brasileiros poderiam aprender sobre as melhorias incríveis no governo Lula e como Dilma as levaria por diante.
    
4. A nossa campanha on-line envolveu diretamente os apoiadores de Dilma via todos os canais disponíveis. A candidata lançou uma página no Twitter. Via e-mail, em particular, fomos capazes de atingir apoiadores ativos, dizer-lhes sobre as viagens de Dilma, convidá-los a eventos off-line, e pedir que compartilhem suas esperanças para o futuro do Brasil.
    
5. Os Resultados. * Compromisso Online. Mais de 4,5 milhões de pessoas visitaram sites de campanha, e milhares compartilharam histórias sobre suas esperanças para o Brasil e seu apoio a Dilma./ * Construção da comunidade. Em menos de seis meses, mais de 200.000 pessoas se inscreveram para atualizações por e-mail./ * Social Media. O Twitter da campanha atraiu mais de 350 mil seguidores em menos de seis meses.

6. Conheça o texto completo.

                                                * * *

GABEIRA, COMO REPÓRTER ESPECIAL DO ESTADO DE SP (23), VAI À VENEZUELA E COMENTA. TRECHOS!
         
1. Antes de sair do Brasil, li nos jornais do Estado de Bolívar que estava faltando farinha. No tempo em que passei em Caracas, não só a farinha, mas também o açúcar e a margarina estavam em falta em Bolívar. Os produtores antecipam uma alta, pois, com a unificação cambial, caiu o dólar especial, que era comprado por 2,3 bolívares. O dólar agora vale 4,3 bolívares, mas, ainda assim, é uma cotação romântica, porque no mercado paralelo custa o dobro. Fui abordado por muitas pessoas querendo comprar dólar no paralelo.
       
2. A Venezuela, com 27 milhões de habitantes, registrou 18 mil assassinatos, dos quais apenas 3% foram resolvidos. A questão da segurança aqui é mais sensível do que no Rio. Não só há portas e trancas por toda parte, como muito medo. Quando resolvi usar uma câmera grande, porque me deslocava de táxi, o motorista ficou assustado com os motociclistas que se aproximavam. Nos primeiros metros, ele fechou o vidro e jogou um jornal no meu colo, para cobrir a câmera. Ao caminhar pelo Capitólio com a compacta, algumas pessoas me olhavam como se fosse um toureiro entrando na arena. Em que momento viria o primeiro golpe?














A dama de ferro

O jeito Dilma de governar...

A presidente abandona a cerimônia, cobra seus ministros de forma enérgica e entra pesado no jogo político do Congresso para conseguir fazer de seu candidato o presidente da Câmara

Sérgio Pardellas – Istoé

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A três dias da posse, sem fazer alarde, a presidente Dilma Rousseff sacou o telefone celular da bolsa e ligou para o presidente do PCdoB, Renato Rabelo. Na pauta da conversa, a candidatura do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) à presidência da Câmara. "Vocês não podem insistir com o nome do Aldo. Precisamos de consenso neste momento. Querem que isso seja interpretado como um movimento de oposição?", questionou a presidente. Começava ali a operação comandada com mãos de ferro por Dilma destinada a mudar os rumos da eleição da Câmara, que prenunciava uma disputa fratricida de consequências imprevisíveis entre integrantes de partidos da base aliada ao governo. Desde então, os candidatos avulsos saíram, um a um, do páreo. Os resultados práticos da ação direta da presidente foram colhidos na última semana. Na quinta-feira 20, o candidato do PT e do governo ao comando da Câmara, deputado Marco Maia (RS), recebeu o apoio de dez partidos, entre eles o PCdoB, de Aldo e Renato Rabelo. Pela primeira vez, desde 2003, a eleição na Casa caminha para uma candidatura única. Para se ter uma ideia da dificuldade de consenso na Câmara, nem o peemedebista histórico, ex-deputado Ulysses Guimarães, expoente da redemocratização no Brasil, conseguiu ser aclamado pelos colegas. "Dilma teve um papel fundamental para a unidade na Câmara. A opinião dela pesou e as bancadas foram naturalmente convergindo para o consenso", atesta Rabelo.

No episódio específico da sucessão na Câmara, a atuação da presidente Dilma revelou outra face de seu já conhecido perfil essencialmente executivo de quem estabelece metas, cobra resultados e fixa prazos. Mostrou também que, quando necessário, ela saberá ter jogo de cintura político, característica pouco presente nos tempos de Casa Civil, mas bastante exercitada durante a campanha eleitoral. De acordo com parlamentares envolvidos nas negociações, Dilma teve muita habilidade, por exemplo, ao conquistar o apoio do PR a Marco Maia, formalizado em jantar na noite da terça-feira 18. Na semana anterior, Dilma havia travado um longo bate-papo com o ministro dos Transportes e presidente da legenda, Alfredo Nascimento. A reunião foi considerada fundamental para o acordo e deixou órfã e isolada a candidatura do deputado e empresário Sandro Mabel (PR-GO), que desistiu da disputa.

Para atrair o PSB, Dilma também conversou com o presidente da legenda, o governador pernambucano, Eduardo Campos, que nos últimos dias se transformou num dos principais soldados da candidatura de Marco Maia. Rendeu frutos. Com a bancada socialista quase toda engajada na campanha do petista, coube ao ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, procurar o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) para demovê-lo da ideia de se lançar candidato. A estratégia incluiu ainda adiar as nomeações para cargos do segundo escalão e estatais para depois da eleição e acenar para partidos menores, como o PTB e o PSC, que também terão garantido seu lugar ao sol durante a partilha.

Deu certo. Com a candidatura consensual de Maia na eleição marcada para 1º de fevereiro, o governo sacramenta o acordo de revezamento entre PT e PMDB e afasta de uma vez por todas a possibilidade do surgimento de um aspirante francoatirador, oriundo do chamado baixo clero da Casa, como em 2005. Na ocasião, o deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) saiu vitorioso e deixou o governo em permanente estado de insegurança política até a sua renúncia por envolvimento com o escândalo do mensalinho. "É bom iniciarmos o governo com a base em torno de um candidato único. Assim construímos uma pauta comum. A decisão também respeita a proporcionalidade, que era tradição. O partido com o maior número de deputados vai presidir a Câmara, respeitando a vontade popular", comemora o líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF).

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EXPEDIENTE
Dilma determinou que ministros não podem usar
jatinho da FAB para ir para casa nos
fins de semana

Nos últimos dias, os parlamentares tiveram um aperitivo do que poderá vir a ser o relacionamento com a presidente Dilma durante os próximos quatro anos. Já os ministros, em sua maioria egressos do governo Lula, aos poucos vão tentando se acostumar com o novo modelo de gestão. Logo nas primeiras reuniões, eles receberam determinações que podem soar desagradáveis para quem não está acostumado com o trabalho duro. Uma delas: agora, as sextas-feiras são consideradas dia de expediente normal. Não por acaso, a primeira reunião ministerial ocorreu na sexta-feira 14. Outra mordomia usufruída a torto e a direito pelos antigos ministros está expressamente proibida por Dilma. A partir deste mês, nenhum deles poderá usar jatinhos da FAB para desfrutar do fim de semana em seu Estado de origem. No governo Lula, os ministros costumavam marcar reuniões sem nenhuma relevância em suas cidades, às sextas ou segundas-feiras, somente para se valer do privilégio. Agora quem não tiver compromisso oficial agendado terá de pegar o avião comercial.

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ESCOLHIDO
Com o apoio de Dilma, pela primeira vez em décadas
Marco Maia pode ser candidato único na disputa
pelo comando da Câmara

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DE FORA
Antes de assumir, Dilma negociou com o PCdoB
para que Aldo Rebelo não fosse candidato
à presidência da Câmara

A presidente Dilma também promete não deixar barato se algum integrante do primeiro escalão destoar do script combinado. Ela não gostou, por exemplo, do entrevero criado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com o PMDB em torno da direção da Funasa. Chamou-o em seu gabinete e disse que não admitiria "cavalo de pau" logo no início do governo, numa alusão às mudanças feitas na pasta sem antes consultá-la. Padilha, que conhece bem a presidente, engoliu a bronca em seco. Mas sabe que a crítica não foi de cunho pessoal. Trata-se simplesmente do modo Dilma de governar. E obedece quem tem juízo.

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Artigo de Delúbio Soares

Desemprego nunca mais


O Brasil livrou-se de um de seus maiores problemas, que afligiu a vida de nosso povo, promoveu a infelicidade nos lares, sabotou o desenvolvimento econômico, conspirou contra a estabilidade social e ameaçou por décadas até a democracia. Foi no governo do presidente Lula, fruto das políticas desenvolvidas na área social e do estrondoso êxito da condução econômica, que tal flagelo passou a fazer parte apenas de um passado doloroso e não mais da atualidade.
Há duas questões que penalizam sobremaneira a classe trabalhadora, que desestabilizam a classe média e colocam em xeque a Nação, seus valores e o próprio futuro: o desemprego e a inflação. E não é apenas no Brasil que esse binômio maldito, promotor de nefastas conseqüências, já deixou as marcas indeléveis de sua ação. A América Latina, continente relativamente jovem em relação à velha Europa e à milenar Ásia, teve no desemprego e na inflação as forças opostas ao seu desenvolvimento e geradoras das mais terríveis desigualdades, em sentido contrário à exuberância de recursos minerais, potencialidades econômicas e à clara destinação de grandeza que é notável desde a gélida Patagônia até a fronteira norte do México.
No Brasil, por exemplo, pudemos constatar que a aplicação do receituário neoliberal durante os anos do governo FHC gerou desemprego e recessão, e a imagem das filas de cidadãos lutando por poucas vagas disponíveis rodeando quarteirões, com o sofrimento e a desilusão estampados nas faces de centenas ou milhares de desempregados. Foi um dos piores momentos de nossa história. Como dirigente sindical, ao lado dos meus companheiros fundadores da CUT, acompanhei aquela quadra difícil de nossa história e pude estudar profundamente o que é o desemprego e a forma brutal com que ele compromete o futuro dos países e a vida dos trabalhadores. Aliado à inflação, certamente, torna-se uma espécie de bomba de nêutrons que explode, certeira e inclemente, no seio da sociedade e no coração das famílias.
Hoje o Uruguai, sob a presidência do companheiro Pepe Mujica, vive o pleno emprego, após vigorosa recuperação econômica nos anos do Estadista Tabaré Vasquez. Sua economia dá mostras de irresistível ascensão e os investidores nacionais e estrangeiros colocaram o pequeno e extraordinário país platino no mapa do desenvolvimento. Mas não faz muito a equação maldita ditadura & neoliberalismo/desemprego & inflação levou nossos irmãos uruguaios à bancarrota. Na Argentina não foi diferente. Com requintes de crueldade social e sadismo econômico, a ditadura e seu economista, o tristemente célebre Martinez de Hóz, no final dos anos 70 e, na década dos 90, o neoliberalismo de Carlos Menem e seus ministros da área econômica – notadamente Domingo Cavallo, um "Chicago-boy" – arrasaram aquele importante parceiro nosso no Mercosul. A inflação e o desemprego deixaram digitais sinistras num país que já foi sinônimo de industrialismo, agricultura forte, produção e riqueza.
No Brasil vencemos o desemprego. Sempre quis poder dizer isso, escrever tal frase, comemorar tamanho acontecimento. Achava difícil, jamais impossível. Nas salas de aula, nos sindicatos, no Fundo de Amparo ao Trabalhador, na CUT, no PT, nas lutas pelo Brasil que almejamos, sempre sonhei acordado com tal conquista. Hoje, ao constatar a situação de pleno emprego, tenho a íntima satisfação de ver que todas as lutas e sofrimentos, que tantas greves reprimidas, tantos processos e intimidações contra os sindicatos e seus dirigentes, valeram a pena! A firmeza de nossos trabalhadores e a iniciativa de nossos empreendedores se constituiu em fermento que potencializou esse momento raro e tal situação, que creio definitiva para o Brasil e seu grande povo.
O governo do presidente Lula gerou mais de 15 milhões de empregos ao longo de oito anos. Só em 2010 foram exatos 2 milhões e 520 mil novos postos formais de trabalho. Trata-se de uma legião de mulheres e homens, do Rio Grande do Sul até Roraima, entrando no mercado de trabalho e participando dos esforços para melhorar cada vez mais um país que recobrou sua auto-estima e o respeito das demais Nações, que venceu as barreiras do subdesenvolvimento e já desponta no cenário internacional como uma das cinco potências da próxima década.
São números expressivos se comparados à geração pífia nos anos de governo do PSDB, com cerca de cinco milhões de empregos conseguidos na mesma faixa de tempo, ou seja, em oito anos do governo neoliberal de FHC. É a diferença entre a água e a sede, entre o Brasil de Lula, um Brasil vitorioso e cheio de futuro, e o Brasil derrotado, sem credibilidade e sem expectativas ou reconhecimento.
Não acredito em país que se firme como Nação, que esteja apto a vencer no concorrido mercado internacional, que se transforme em opção para os empreendedores ou porto seguro para grandes investimentos, se o desemprego se fizer presente na vida nacional. Desenvolvimento e desemprego não combinam entre sí, progresso e desemprego não se misturam, enquanto pleno emprego e democracia são complementares, emprego e desenvolvimento andam juntos.
O governo da presidenta Dilma Rousseff, em cálculo realista e mesmo conservador, já estabeleceu a meta de criação de três milhões de novos empregos formais em 2011. Segue, com competência técnica e decisão política, o caminho aberto pela administração de Lula e aposta no desenvolvimento e na consolidação de uma economia pujante e baseada em sólidos fundamentos. Não há outro caminho.
No Brasil o desemprego não terá mais chances.
Twitter




Até que rasguem a mortalha

...da traição e da capitulação


Passei com Brizola seu último reveillon, na entrada de 2004. Além de mim, ele  recebeu  apenas o filho João Otávio, os netos e os amigos Lígia Doutel de Andrade, Danilo  e Yone Groff . Naquela noite, não escondia seu desapontamento com o governo Lula.

"Se não chegou à Presidência da República, Brizola reeditou, ao menos, o martírio trabalhista, pelas perseguições que sofreu e pelos temores que despertou em parcelas das elites política e econômica."
J. Trajano Sento-sé (Brizolismo: estetização da política e carisma, Rio de Janeiro, Editora FGV, 1999, p.347)

 

Porque amanhã, 22 de janeiro, alguns brasileiros lembrarão Leonel Brizola, que nesta data completaria 89 anos, vejo-me impelido a derramar mais uma lágrima no luto de todo um sonho denegrido por fora e por dentro, registrando com profundo pesar o mais terrível sepultamento de uma legenda histórica, envolta na mais medonha das mortalhas, aquela que exibe as cores berrantes da traição à memória dos mortos.

Francamente, como diria o caudilho, ninguém poderia imaginar um ocaso tão deprimente, uma capitulação tão grosseira. A simples lembrança de sua saga aponta para a dramática inutilidade de uma jornada percorrida. Em tempo sumário, tudo o que de marcante ele deixou como lição e exemplo está sendo enterrado nas profundezas de um esquecimento inexorável, como se sua palavra inquieta estivesse fora do prazo de validade.
E enterrado, paradoxalmente, pelos que se apoderaram dos seus restos mortais, na pérfida exploração de uma herança desfigurada pelo mais torpe complô que o oportunismo pode forjar.
Por obra e graça dos que fizeram do seu partido um humilhado penduricalho dos podres poderes, o brizolismo é hoje uma escamoteada mensagem de transformação social, seja na adulteração dos seus compromissos pétreos ou no adesismo de natureza exclusivamente fisiológica a qualquer governo, em qualquer nível, em troca de algumas patacas que certas prebendas ensejam.
A destruição do que havia de essencialmente positivo no discurso que tanto incomodou às elites se dá com uma torrente semelhante ao impiedoso temporal que tantas vidas ceifou nas fraldas de nossas montanhas mais belas.
Bandeira esfarrapda
Há uma determinação traiçoeira de amputar as exigências básicas da velha bandeira, esfarrapando-a no vendaval de um leilão depravado de sua memória.
O que poderemos dizer aos pósteros sobre os 82 anos de vida daquele que mais despojadamente desafiou os poderosos interesses internacionais e impediu com a mobilização do povo a antecipação do golpe militar de 1964, ao assegurar a posse de João Goulart, em 1961?
O que ficou de seus quixotescos embates com os donos do Brasil e com os donos do mundo? Foi para ver o Ministério do Trabalho transformado numa grotesca caricatura, excluído ostensivamente de sua função mater – a gestão das relações trabalhistas - até mesmo da condição de primeira porta das reivindicações sindicais, que Brizola lutou até o último minuto de sua vida?
Foi para ver seus "continuadores" de pires na mão, agachados, indiferentes a qualquer desvio de conduta, a qualquer má idéia, interessados exclusivamente nas boquinhas marotas, que ele legou seu partido e sua coerência?
Não precisa ser brizolista para deplorar a emasculação de sua herança, alternativa histórica a esse modelo econômico colonial. Não faz bem ao país que joguem suas palavras contestatórias no esgoto de uma sociedade sem próceres.
Hoje, mais do que nunca, a defesa do país soberano, da libertação pela educação pública de tempo integral, de qualidade, da busca da justiça social, do tratamento humano, prioritário e dignificante das populações excluídas, esses anseios que se incorporaram à figura de Brizola dão a tônica dos melhores propósitos.
A corrosão pelo servilismo
Pode ser que o prostíbulo em que vicejam figuras abjetas e arrivistas mantenha ainda por algum tempo a fraude de uma continuidade "revisada" de episódios inesquecíveis que deram realce a momentos emblemáticos da história pátria. Pode ser, afinal, a carne é fraca.
Tudo é possível quando se está do lado do poder, quando se entra no jogo sujo da impostura e da mistificação. Há pepitas disponíveis para calar os pobres de espírito, há uma máquina azeitada, rica no ofertório de migalhas sedutoras, ao feitio de militantes de araque, mal intencionados, para os quais os interesses do povo se resumem nas suas próprias ambições pessoais.
É possível que até mesmo os herdeiros necessários, à falta valores éticos e morais, sem habilitação para um mercado de trabalho cada vez mais fechado, estejam servindo sem cerimônia àqueles que diariamente tratam de denegrir e criminalizar a obra e a memória do grande estadista.
Tudo é possível num ambiente de consagração da mediocridade, do cinismo e do "salve-se quem puder". Tudo é possível quando o país perdeu o respeito pela vida inteligente, quando as cabeças rolam na navalha do suborno e da capitulação inercial.
O velho caudilho está lá no túmulo dos vencidos, na campa dos traídos. Já não se lembram dos seus ensinamentos, embora a fina flor da hipocrisia lhe ofereça a missa e o sermão surrados de todos os anos como prêmio de consolação.
Mas sua alma ainda há de rasgar a mortalha das cores berrantes da traição e da capitulação. Se não forem as gerações de hoje, outras ouvirão sua voz e romperão com a farsa que mantém a pirâmide social intacta e o país dependente, lembrando que um dia o gaúcho corajoso quis abrir caminho para um Brasil brasileiro, justo e transformador.
PS-  Matéria reenviada para alguns destinatários por um erro no endereço do blog.

 

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Esta coluna é publicada também na edição impressa do jornal  

 


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