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Catões de ética provisória e moral de ocasião
Quer dizer, não subiu à tribuna para explicar as nomeações em seus gabinetes, por atos secretos, de seu professor de jiu-jitsu, de três filhos de seu subchefe de gabinete, Carlos Homero Nina Vieira e de uma irmã deste, Ana Cristina Nina Vieira. E mais, a mulher desse subchefe, Vânia Alves Nina, também tinha um cargo no Senado. Tampouco para justificar empréstimo suspeito que o teria beneficiado.
Ao contrário, pasmem, da tribuna, ele tentou justificar o empréstimo denunciado pela revista IstoÉ, de US$ 10 mil que tomou do ex-diretor do Senado, Agaciel Maia. Quem devia renunciar e/ou responder a processo na Comissão de Ética do Senado é Artur Virgilio. Até porque um dos filhos de seu subchefe de gabinete, Carlos Homero, recebeu salários de R$ 9.979,24 e ficou lotado em seu gabinete mesmo quando residiu no exterior por duas vezes para fazer uma pós graduação.
Mas, a nota mais ridícula dessa história toda é a lorota do senador, que diz ter pago a dívida com Agaciel Maia, por meio de um rateio entre “amigos”. Ou seja, o dinheiro não tem, nem pode ter, origem declarada! Como pode esse cidadão Artur Virgílio ainda subir a tribuna do Senado para, com o dedo em riste, acusar outros senadores e exigir renúncias e processos?
Quem devia renunciar é ele! Mas, aí é pedir demais para esses catões da República, donos de ética provisória e de moral de ocasião!
Síndrome
Serra revê projeto presidencial
Arthur Virgílio - Indignação defensiva
O Arthur Virgilio lembra a menina virgem que foi à polícia denunciar o tarado que a estuprou antes de ontem, ontem e hoje. É ridículo a mídia dar espaço a essa indignação defensiva. O PSDB poderia aproveitar a oportunidade e colocar alguém minimamente qualificado para o cargo de líder no Senado.
Arthur Virgílio é a melhor arma que tem o governo para desqualificar a oposição.
Riscos 2010
Simom - renúncia coletiva
Numa entrevista , o senador Pedro Simon (PMDB-RS), , considerou “espetacular” uma provável renúncia coletiva da mesa diretora do Senado e não apenas um gesto isolado do presidente, que, segundo ele, perdeu todas as condições para continuar no cargo.
Comentário
1º - Senador Pedro Catão, você deveria publicar no seu blog os comentários não alinhados aos seus discursos FHCs - farsantes, hipócritas, canalhas -.
2º - Você deveria usar a tribuna do senado para exigir a renúncia coletiva dos senadores. Pois todos - TODOS - sem excesão são cúmplices dos desmandos, corrupção, crimes cometidos aí.
Saudações briguilinas.
Saab - patrocina viagem de senadores da oposição
Os impolutos senadores do PSDB Eduardo Azeredo, Flexa Ribeiro, Sérgio Guerra e o pmdbeserrista Jarbas Vasconcelos, estão em Estocolmo, a convite do governo local. Visitam a Saab - fabrica de aviões-caça - que pretende vender ao Brasil seus produtos.
A tucademopiganalha e Sarney
- Esta eleição do ano que vem é um castigo – respondeu o PIG – e o remédio é tentarmos enganar os eleitores patrocinando uma campanha que defenda a moral e ética no senado, e sacrifique um bode expiatorio.
- Qual? – perguntou o Serra.
- O mais carregado de crimes.
Serra fechou os olhos, concentrou-se e, depois duma pausa, disse aos súditos reunidos em redor:
- Amigos! É fora de dúvida que quem deve sacrificar-se sou eu. Cometi grandes crimes, morreram 7 na cratera do mêtro, o Roboanel e a Alstom corromperam todo meu governo. Ofereço-me, pois, para o sacrifício necessário ao bem comum.
FHC adiantou-se e disse:
- Acho conveniente ouvir a confissão das outras feras. Porque, para mim, nada do que Vossa Majestade alegou constitui crime. São coisas que até que honram o nosso virtuosíssimo Serrágio.
Grandes aplausos abafaram as últimas palavras do bajulador e o Serra foi posto de lado como impróprio para o sacrifício.
Apresentou-se em seguida o Rathur Virgílio 3% e repete-se a cena. Acusa-se de mil crimes, mas FHC mostra que também ele era um anjo de inocência.
E o mesmo aconteceu com todas as outras feras.
Nisto chega a vez do Sarney. Adianta-se e diz:
- A consciência só me acusa de haver feito as mesmas coisas que vocês também fizeram.
Os tucademospiganalhas entreolharam-se. Era muito sério aquilo. FHC toma a palavra:
- Eis amigos, o grande criminoso! Tão horrível o que ele nos conta, que é inútil prosseguirmos na investigação. A vítima a sacrificar-se aos eleitores, opinião pública, (ou publicada?) não pode ser outra porque não pode haver crime maior do que fazer exatamente o que nos também fizemos.
Toda a tucademopiganalhada concordou e o Sarney foi unanimemente eleito para o sacrifício.
Moral da Estória:
Aos tucademospiganalhas , tudo se desculpa…
Aos que apoiam Lula , nada se perdoa.
Os animais e a peste
- Esta peste é um castigo do céu – respondeu o macaco – e o remédio é aplacarmos a cólera divina sacrificando aos deuses um de nós.
- Qual? – perguntou o leão.
- O mais carregado de crimes.
O leão fechou os olhos, concentrou-se e, depois duma pausa, disse aos súditos reunidos em redor:
- Amigos! É fora de dúvida que quem deve sacrificar-se sou eu. Cometi grandes crimes, matei centenas de veados, devorei inúmeras ovelhas e até vários pastores. Ofereço-me, pois, para o acrifício necessário ao bem comum.
A raposa adiantou-se e disse:
- Acho conveniente ouvir a confissão das outras feras. Porque, para mim, nada do que Vossa Majestade alegou constitui crime. São coisas que até que honram o nosso virtuosíssimo rei Leão.
Grandes aplausos abafaram as últimas palavras da bajuladora e o leão foi posto de lado como impróprio para o sacrifício.
Apresentou-se em seguida o tigre e repete-se a cena. Acusa-se de mil crimes, mas a raposa mostra que também ele era um anjo de inocência.
E o mesmo aconteceu com todas as outras feras.
Nisto chega a vez do burro. Adianta-se o pobre animal e diz:
- A consciência só me acusa de haver comido uma folha de couve da horta do senhor vigário.
Os animais entreolharam-se. Era muito sério aquilo. A raposa toma a palavra:
- Eis amigos, o grande criminoso! Tão horrível o que ele nos conta, que é inútil prosseguirmos na investigação. A vítima a sacrificar-se aos deuses não pode ser outra porque não pode haver crime maior do que furtar a sacratíssima couve do senhor vigário.
Toda a bicharada concordou e o triste burro foi unanimamente eleito para o sacrifício.
Moral da Estória:
Aos poderosos, tudo se desculpa…
Aos miseráveis, nada se perdoa.
Ao trabalho itamaratecas
As reações ao golpe em Honduras são o enésimo exemplo de como é importante considerar em primeiro lugar as conveniências dos atores quando se analisa a política internacional. Melhor ter consciência disso do que viver de ilusão. Em vez de perder tempo com a crença em declarações vazias, concentrar-se na análise da relação de forças e de interesses. Si vis pacem, para bellum. Se queres a paz, prepara-te para a guerra. Quem pode mais chora menos. E ponto final. Leia mais Aqui
Ao trabalho itamaratecas
As reações ao golpe em Honduras são o enésimo exemplo de como é importante considerar em primeiro lugar as conveniências dos atores quando se analisa a política internacional. Melhor ter consciência disso do que viver de ilusão. Em vez de perder tempo com a crença em declarações vazias, concentrar-se na análise da relação de forças e de interesses. Si vis pacem, para bellum. Se queres a paz, prepara-te para a guerra. Quem pode mais chora menos. E ponto final.
Luiz Inácio Lula da Silva foi artífice quando a Organização dos Estados Americanos (OEA) se movimentou para revogar o isolamento de Cuba, apesar do sabido déficit democrático na ilha. Muito bom. Um argumento costumeiro de Lula é que não devemos ditar regras sobre a política interna do alheio. Razoável. Se tais parâmetros forem adotados para a república hondurenho-bananeira, deveremos deixá-la em paz no seu golpismo de opereta.
Quando no ano passado a Geórgia tentou retomar no braço províncias separatistas pró-russas, a melhor expressão que achei para o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, foi "malucão do Cáucaso". Moscou aplicou uma surra de chicote no dito cujo. Agora, de qualquer ângulo que se olhe, o presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, é forte candidato ao título de malucão da América Central.
Para convocar uma Assembleia Constituinte, Zelaya quis fazer na marra um plebiscito proibido pelo Congresso e pela Justiça. Tentou demitir o comandante do Exército, que se recusava a ajudar no tal plebiscito. Na sequência, tomou um golpe de estado. Sonhou com a perpetuação no poder, mas acabou chutado de pijama para fora do país.
Aqui no Brasil nós sabemos o custo de querer fazer as coisas "na lei ou na marra". Se você não conhece a expressão, dê uma olhada nas circunstâncias da queda de João Goulart em 1964. Com justiça, os livros de História trazem que Jango foi vítima de um golpe ditatorial. Mas a mesma História registra também o quanto ele ajudou os golpistas, esticando a corda para além do razoável e flertando com o golpismo dos aliados dele, Jango. Por exemplo, ao estimular a insubordinação nos quartéis. Se o "na lei ou na marra" vale para você, vale também para o adversário. E adianta pouco choramingar depois.
De volta à atualidade. Nossa emergência como nação relevante no falatório planetário, na discurseira global, está a exigir um upgrade do governo e dos diplomatas brasileiros nas explicações e nos discursos. Se não, fica parecendo só o que é: uma dança ao sabor das conveniências.
Em nome do princípio de não se meter na vida alheia, o Brasil nega-se a condenar regimes acusados de violar direitos humanos. É compreensível. Não conheço país que adote o respeito aos direitos humanos como primeiro critério de política internacional. Quando o político exibe excessivo interesse no assunto, faça o teste da isonomia. Verifique se ele luta pelos direitos humanos dos inimigos com a mesma ênfase usada para defender os direitos dos amigos. Quem sabe você encontra algum governante que preencha o requisito.
Mas, se os princípios, inclusive o da não ingerência, valem só quando convêm, recorrer obsessivamente a eles vai acabar, um dia, em desmoralização. Daí a necessidade do upgrade. Uma política externa pragmática precisa de suporte intelectual consistente em pragmatismo. Se vamos passar a mão na cabeça de alguns ditadores num dia e condenar outros no dia seguinte, é preciso um pouco mais de sofisticação.
Ao trabalho, itamaratecas!
Senado e-mail e resposta
também eu considero grave a crise no senado.Justamente por isso, me posicionei inclusive defendendo que o Ministério Público e a Polícia Federal sejam chamados para investigar o que se passa no Senado. Ao mesmo tempo em que cobrei do tribuna ao presidente Sarney explicação veemente e cabal das acusações que pesam contra ele, no bojo de uma crise que compromete a imagem do Senado.Disse que as denúncias não podem ficar sem resposta de pronto.E tem mais,as respostas não podem ser dúbias.Elas precisam ter a contundência compatível com as denúncias.Muito mais do que esclarecimentos, eu cobrei providências,pois somente com estas é possível dar à sociedade brasileira a resposta que ela espera do Senado Federal. Defendi a tese do sacrifício pessoal na preservação da instituição.Se for o caso de cortar na carne, cassando mandatos e exonerando servidores, que isso seja feito. Senadores e funcionários são passageiros,mas o Senado é permanente e imprescindível ao regime democrático.Prefiro até correr o risco de cometer injustiças na avaliação do comportamento de um e de outro do que ser injusto com a instituição, porque estaria injustiçando a sociedade e, sobretudo, o processo democrático no País.
Cordialmente,
Álvaro Dias
Oração do matuto
Nóis tá sempre pedindo as coisas pro Sinhô.
Nóis pede dinhero,
Nóis pede trabaio
Nóis pede pra chovê
E se chove demais
Nóis pede pra pará
Mode a coiêta num afetá.
Nóis pede pra casá
Pede casa pra morá
Nóis pede saúde
Nóis pede proteção
Nóis pede paiz,
Nóis pede pra dislindá os nó
Quando as coisa cumprica
Mode a vida corrê mió.
Quano a coisa aperta nóis reza
Pedindo tudo que farta
É uma pedição sem fim
E quano as coisa dá certo,
Nóis vai na igreja mais perto
E no pé de argum santo
Que seja de devoção
Nóis deixa sempre uns merréis
E lá no cofre da frente
Nóis coloca mais uns tostão.
Mais hoje Meu Sinhô
Bateu uma coisa isquisita
E eu me puis a matutá
Nóis pede, pede e pede
Mais nóis nunca pregunta
Comé que o Sinhô tá
Se tá triste ou tá contente
Se percisa darguma coisa
Que a gente possa ajudá
E por esse esquecimentp
O sinhô tem que nos adiscurpá.
Ói Deus, nóis sempre pensa
Que o Sinhô num percisa de nada
Mas tarvez num seja assim
Tarvez o Sinhô percisa de mim
Sim, o Sinhô percisa, sim
Percisa da minha bondade
Percisa da minha alegria
Percisa da minha caridade
No trato c’os meus irmão.
Nóis semo seu espêio
Nóis semo a Sua Criação
Nóis num pode fazê feio
Nem ficá fazendo rodeio
Nem desapontá o Sinhô
Nem amargá o seu sonho
Que foi um sonho de amô
Quando essa terra todinha criô.
Ói Deus, eu prometo
Vo rezá de ôtro jeito
Vo pará com a pedição
E trocá milagre por tostão
Tarvez eu inté peça uma graça
Mas antes vo vê direitinho
O que é que andei fazendo de bão.
E se nada de bão eu encontrá
Muito vo me envergonhá
E ainda vo pedi perdão.