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Fernando Horta: o gigante acordou?

- O gigante acordou? O gigante fez foi ser anestesiado por midiotas manipulados por interesses estrangeiros pela nossas riquezas - pré-sal e soberania -. Idiotas se colocaram a disposição e serviço de mercenários que colocam o país de joelhos diante da vontade dos EUA. Corja! -
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Fernando Horta - Desde as famigeradas manifestações de 2013 estamos com esta frase rondando a política brasileira: “O Gigante acordou”. Mas o que ela realmente significa?

A ideia do “Gigante” ganhou capas de revistas internacionais, apareceu em sites mundo afora. Virou “trending topics” em redes sociais, e saiu da empolada letra de Osório Duque Estrada, composta em por volta de 1908-1909, para as faixas de rua misturado com um inglês mal escrito. Talvez pouca gente saiba, mas o hino brasileiro é composto por uma música em homenagem ao imperador Pedro I (composta em 1822) com um poema que enaltece de tudo um pouco; desde o lábaro, os campos e os bosques, as “lutas”, saindo de um passado mal explicado de “glórias” e chegando a um futuro que se “espelha” na grandeza do Gigante. No hino de 14 estrofes e 252 palavras, entretanto, o “povo” apenas brada no início. Nada mais.
Pode-se argumentar que os termos “dos filhos deste solo”, ou a visão do “filho” que ergue “da justiça a clava forte” carregam a ideia de “povo”. Mas a verdade é que a pátria-mãe brasileira, há mais de 500 anos, escolhe quem são seus filhos amados. E relega uma imensa maioria a condição de bastardos, sem direitos e sem proteção. Invisíveis a morrerem por todo este país. De morte matada ou de morte morrida. Muitas vezes pelas mãos da própria Mãe Idolatrada.
Duque Estrada escreveu: “Gigante pela própria natureza; és belo, és forte, impávido colosso; e o teu futuro espelha essa grandeza”. Em 2013, disseram eles que o “gigante acordou”. Isto significa dizer que esteve dormindo. E cabem as perguntas: (1) Dormiu por que quis ou foi colocado neste estado? (2) Quem o colocou ou manteve dormindo? (3) Por quanto tempo dormiu? E eu acrescentaria ainda a pergunta (4) Com o que, neste tempo, sonhou?
A frase “O Gigante acordou” encerra cinco diferentes ideias. Primeiro, a noção de um Brasil Gigante, se tomada como base a partir do hino, reflete o Brasil da elite. Um Brasil branco, rico, urbano e que sabe o significado das palavras “plácidas”, “resplandece”, “impávido”, “lábaro”, e etc. Convenhamos que o “Gigante” não se aplica a quem canta o hino como “Ouviram das pitangas a bergamota ...”. O “Gigante” é o Brasil sem o povo. Uma elite empoderada, “garrida” para quem a “igualdade” foi conquistada imaginariamente com “braço forte”. Uma elite “adorada”, e para quem o Brasil sempre foi “mãe gentil”.
Em segundo lugar, a ideia d’ “O Gigante acordou” remete a uma mudança de estado. Do sono letárgico ao acordar (frenético?). A compreendermos este sentido a partir do que se viu depois do despertar, temos que o povo nunca poderia ser o “gigante que acorda”. Isto porque desde 2013 são os mais pobres – o povo, pois – que tem seus direitos diariamente suprimidos. E a menos que tenha acordado bêbado, não é possível explicar como um “Gigante” consciente deixaria que anões lhe tomassem o futuro. O sentido do “gigante que acorda” remete, portanto, à elite que teria sido embalada em um sonho desde 2003. Talvez acreditando que um metalúrgico iria apenas lhes deixar mais ricos (como efetivamente o fez), mas jamais ousaria fazer dos pobres menos pobres. São os filhos deste solo, para os quais és a “Pátria amada”, que acordam com os serviçais se vestindo melhor, comendo melhor, comprando carro e virando doutor.
A terceira ideia escondida no “gigante que acorda” é que ele acorda para dar o Golpe. Ele acorda para ir contra a democracia. Ele acorda para retirar ilegalmente uma presidenta e interditar – também de forma ilegal – o metalúrgico. O “gigante” acorda e se dá conta que cansou de brincar desta coisa de “democracia”. Isto que presume isonomia. Mas a igualdade que, segundo o hino, foi conquistada com “braço forte” é apenas a igualdade entre os já “iguais”. De novo, é apenas para quem os “bosques tem mais vidas”, “campos tem mais flores” e a vida “mais amores”. Para aqueles que pisam na lama da sarjeta para pegar o ônibus numa selva de concreto, a vida não é risonha, a vida não é igual e o lábaro não é estrelado. Quando da construção da letra do hino, no início do século XX, “democracia” e “povo” eram o que de mais radical existia. A República foi fundada pelos “homens bons” e para os “homens bons”. Retomar a ideia do “gigante” é apenas deixar claro para quem a Pátria Amada realmente sorri.
Ora, depois de acordado o que faz o “gigante”? Ele afasta e subjuga os pobres. Retira-lhes qualquer noção de “paz no futuro” e ergue “da justiça a clava forte” para que nunca mais estes grupos venham a tentar um lugar ao “sol da liberdade”. Os que sempre puderam manejar a clava da justiça precisaram do Gigante acordado para garantir que a Pátria continue amada apenas para os escolhidos. Aqueles que podem – e sempre puderam – contemplar um “formoso céu risonho e límpido” “ao som do mar e à luz do céu profundo”. A Pátria Amada sempre se assegura de que estes não sejam importunados, garantindo-lhes as glórias do passado e a paz no futuro. Eis a quarta ideia do Gigante que acorda e, finalmente, toma uma atitude. Quer seu país de volta.
O gigante ultrajado pelo que lhe fizeram durante o sono é a derradeira noção escondida. Como puderam tornar menos belo este colosso? Como puderam fazer-lhe mais negro, com mais espaço aos suados e fedorentos? Como, por Deus, deixaram a Pátria e a Família nas mãos destes degenerados que mostram os seios em plena liberdade? Um ultraje que precisa ser vingado a golpes de Jornal Nacional e perdão das dívidas para os aviltados. Ó Pátria, para que serves senão para iluminar aqueles que sempre estiveram deitados em berço esplêndido? Como pretendes continuar amada e adorada, idolatrada e defendida se não reconheces dentre outros mil aqueles cujos sobrenomes estiveram sempre na tua defesa? De Canudos aos tribunais em 2018?
Não, meus amigos! Nós não somos o Gigante. Nunca fomos. O povo não se distingue por ser maior. O povo vence por ser igual. O povo é formiga que brota da terra suja ao milhões e não se vê gigante, nem único, nem diferenciado. Quando lhe falarem sobre o “Gigante”, saiba que não falam de ti, mas falam contra ti. Quando te disserem que finalmente ele acordou, lembra-te que enquanto esteve dormindo os iguais prosperaram. Enquanto o Gigante dormia, o povo cresceu e ele – o tal Gigante – ficou menor. E este é todo o medo que eles carregam.
Eu quero o Brasil dos iguais e não o Brasil do Gigante que acorda. Que sejamos mais porque somos muitos, mas que todos nos olhemos na mesma altura dos olhos. E que todos tenhamos, em janeiro, o nosso Porto Alegre.
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Meme do dia

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Fernando Brito - o Brasil de verdade não esteve na Paulista. Vamos leva-lo à rua dia 18?





Quem ainda tiver dúvida sobre que "voz das ruas" o Dr. Sérgio Moro pretende que seja ouvida e se imponha, veja os números da pesquisa Datafolha sobre o perfil dos manifestantes da Avenida Paulista. É o desmonte numérico do discurso hipócrita da mídia de que "o país não está dividido, está unido".

Se o Brasil – ou mesmo São Paulo – tivesse um perfil de renda e instrução semelhante, eu fechava este blog e ia me dedicar a escrever apenas sobre literatura, costumes, talvez escrever um romance.

Quatro entre cada cinco manifestantes (77%) têm curso superior, o triplo do indicador do Município de S. Paulo, que dirá do Brasil.

Dois terços 63%) têm renda superior a cinco salários mínimos, o triplo da capital paulistana, o que dirá – e põe o que dirá nisso- do Brasil.

O melhor governo que o Brasil já teve? FHC, para 60%. Dispensa comentários, não é?

Essa é a verdade que emerge dos dados concretos, não do desavergonhado coro midiático que se formou, onde os interesses das elites arrastam duas multidões: os que desejam o Brasil todo para as elites e os inscientes, que não o percebem.

Aí está o caminho, que exige, para ser atingido, uma capacidade de superação de nossos próprios "eus" de classe média, sempre pronto a transformar nossos próprios mundos em centro do universo.

É urgente que sejamos capazes de, muito além do "institucional" deixemos – tardiamente – claro que o alvo de tudo isso são as conquistas parcas que teve o povo brasileiro.

Não porque o povo brasileiro odeie suas elites, ao contrário. São as elites deste país – e os que se deixam arrastar no seu caudal que odeiam o povo brasileiro – a quem acham indolente, vagabundo, sempre disposto a fazer filhos e nunca a trabalhar.

Mas o povo brasileiro está parado, perplexo, avassalado diante da tempestade de mídia e, pior, de nossa incapacidade de dizermos que é com ele, acima de tudo, que temos compromissos e enxergamos a riqueza deste país.

Não haverá costura política, acordo parlamentar, composição de forças que possa ser costurado sem que o povão aguilhoe este coro.

Em lugar de nos perdermos, agora, discutindo erros do passado, cuidemos de que exista um futuro para a democracia e para o direito do povo brasileiro tem ao menos a voz do voto direto para ser ouvido.

Temos uma batalha a travar. Parece impossível, certamente é dificílima. Mas é a única que pode reposicionar o país no rumo da normalidade democrática.

O resto, infelizmente, será a caminhada para uma sociedade de ódio, de autoritarismo, de mandonismo que, como em 1964, começa com a classe média abrindo-lhes as portas e, como se viu logo depois, sendo por ele devorada.

do Tijolaço


Dilma e as manifestações


\o/ antes e depois
No Twitter do Movimento Contra a Coxinização

Política por Aldo Fornazieri


\o/ A crise, os generais, os exércitos e os cenários
Preâmbulo
Para usar uma analogia militar para entender a crise atual se pode dizer que o ex-presidente Lula é um general com parte do exército desorganizada e parte em franca deserção. O principal problema dele é que não tem um Estado Maior. Nenhum general vence guerras sem Estado Maior. No governo não há Estado Maior. Há mais de um ano em crise, o governo nunca organizou um comitê de crise. Os ministros da casa não contam. Podem dizer uma coisa ou outra e Dilma faz o que quer. A desorganização é total. O PT não comanda mais nada. A militância não acredita na direção. Também não há um comando estratégico no partido para enfrentar a crise. Não há definições táticas, estratégicas, defesas, forças de ataque, nada.

Povo na rua não produz crime de responsabilidade nem vale mais que 54 milhões de votos


\o/ Independente do tamanho das manifestações, a oposição e os meios de comunicação engajados na derrubada da presidente Dilma Rousseff ainda têm um problema: com que crime de responsabilidade irão justificar um eventual impeachment?; desde o início da crise política, que começou no dia em que o PSDB não aceitou o resultado das eleições, as forças golpistas ainda não encontraram um fato concreto, com força jurídica, que legitime uma mudança forçada de governo; nos próximos dias, parlamentares serão pressionados por grupos como a Globo a ouvir a "voz das ruas", mas ninguém ainda é capaz de apontar qual foi o crime de responsabilidade cometido por Dilma
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