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Rir é o melhor remédio

O matuto chega num mata-mosca e lê o cartaz:

Cachaça.................................. R$ 1,00
Cerveja.................................. .R$ 6,00
Tira-gosto............................... R$ 10,00
Acariciar o cacete................... R$ 15,00

O Zé Lotéria vai até o balcão, chama a atendente e pergunta:

- Ô moça, por favor...ela não deixa ele completar a frase e com um sorriso maravilhoso pergunta:

- Em que posso servi-lo?

- A senhorita também acaricia o cacete dos homens aqui?

- Claro, com o maior prazer. Responde ela com o olhar mais sugestivo que alguém pode ver. No que o matuto faz o pedido:

- Tá certo. Lava bem as mãos e traz uma cachaça e um tira-gosto pra eu, por favor.


De bar em bar


Passarela do álcool e algo mais em Porto Seguro
"Baiano é bom pra inventar nomes de lugares. No centro de Porto Seguro, uma sequência enorme de barraquinhas que vendem bebidas é conhecida como “passarela do álcool”. A bebida típica do local tem o nome de “capeta”. É feita com vodka, pó de guaraná, leite condensado, canela e outros ingredientes, além de […]"

Bares da minha vida

por Neno Cavalcante - Coluna É
No início, era o Escorrega lá vai um, na Praia do Náutico, vizinho à vila de pescadores, onde se sorvia uma inigualável caipirinha de maracujá. Bem mais à frente no tempo, teve o Le Snak, de nome pouco criativo porém com ótima frequência madrugada adentro, bebida honesta, tira-gostos e sanduíches saborosos.




Viva La Vaca


Em 2013 a casa completa sete anos, tempo suficiente para adquirir clientela assídua. Basta espiar o local aos fins de semana: é raro passar em frente ao Viva la Vaca e não perceber movimentação tanto no salão quanto nos espaços ao ar livre. Parte do sucesso deve-se à fartura oferecida pelo restaurante. No festival Viva la Vaca, por exemplo, pode-se consumir carnes, sushis, massas e petiscos à vontade, pelo valor fixo de R$ 21,99 (das 18 h 30 até 0 h, de terça a sábado).

Alista inclui cortes de churrasco, saladas, petiscos como camarão ao alho e óleo, pasteis e batata frita. Na parte de massas, aparecem espaguete a carbonara e penne a bolonhesa. Outra atração é o buffet de feijoada às sextas e sábados, no horário do almoço (a partir de 12h). Prepare a barriga, porque o consumo é à vontade por R$10,90.

Para quem prefere comedimento, o cardápio a la carte oferece opções como a Picanha Imperial (300g de picanha em espetinho decorado com tomate, cebola, pimentão e camarão, para duas pessoas), acompanhado de arroz e batata (R$ 48,90). Ou Filé mignon trinchado, também com arroz e batata frita (400g de carne, serve até três pessoas, R$ 34,90).

Vai sozinho? Sem problemas, aposte nos pratos executivos, que trazem um tipo de carne acompanhado de arroz e batata (R$ 19,90). As opções vão do filé bovino ou do peito de frango à medalhão (ambos enrolados em bacon), camarão no vapor e peixe grelhado. O serviço funciona no almoço e no jantar.
Para acompanhar tudo isso, a bebida mais pedida é a cerveja – Skol, Devassa ou Bohemia de 600 ml saem por R$ 5,90. Não por acaso, o restaurante  inaugurou um espaço de choperia.

Serviço
Av. Santos Dumont, 2287, Aldeota.
Funciona de 11h a 0h,
de terça a sábado. Tel.: (85) 3224.3349´

Num dos butecos da vida

O matuto entrou num buteco e pediu três doses de cachaça da "boa". Bebeu uma atrás da outra. Quando acabou de engolir a terceira, pediu mais três. O dono do buteco disse:

- Não faça isso, faz mal.

- Eu sei... Principalmente com o que tenho.

- E o que o senhor tem?

- Apenas um real.

O colecionador de botecos

Luis Fernando Veríssimo – Botecos
Tinha uma mania: colecionava botecos. Não os frequentava, apenas Era um estudioso. Gostava de descobrir botecos e recomendar para os amigos. Ultimamente, vinha se especializando — um refinamento da sua paixão — no que chamava de botecos asquerosos. Daqueles que nenhum fiscal da Saúde Pública incomoda porque não passa pela porta sem desmaiar.
Seu rosto se iluminava na frente de um boteco asqueroso recém-descoberto. Não resistia e entrava. Depois contava para os amigos.
— Uma glória. Sabe ovo boiando em garrafão com água?
— Repelente, não é?
— As galinhas não os receberiam de volta. A própria mãe! Descrevia o boteco com carinhoso entusiasmo.
— E que moscas. Mas que moscas!
Só não tinha paciência com o falso sórdido. Alguns botecos assumiam suas privações como uma declaração de falta de princípios. Ele preferia o sórdido inconsciente, o sórdido autêntico. Principalmente, o sórdido pretensioso. Uma vez contara, extasiado, uma cena. Terminara de comer uma inominável almôndega, pedira um palito para o dono do boteco e desencadeara uma busca barulhenta e mal-humorada, com o dono procurando por toda parte e gritando para a mulher:
— Cadê o palito?
Finalmente o dono encontrara o palito atrás da orelha e o oferecera. Ele se emocionava só de contar.
Os amigos, sabendo da sua paixão, mantinham-se atentos para botecos sórdidos que pudessem interessá-lo. Muitos ele já conhecia.
— Um que tem uma Virgem Maria pintada num espelho com uma barata esmigalhada de tapa-olho? Vou seguido lá. A cachaça é tão braba que tem bula com contra- indicação.
Outro dia lhe trouxeram a notícia do pior dos botecos. Não era um boteco de quinta categoria. Era um boteco de última categoria. Ficava no limite entre a vida inteligente e a vida orgânica. Ele precisava ir lá verificar. Foi no mesmo dia. Ficou estudando o boteco de longe, antes de se aproximar. Tinha um garoto na porta do boteco. A função do garoto era atacar cachorros sarnentos. Quando passava um cachorro sarnento o garoto o enxotava — para dentro do boteco! 
Ele atravessou a rua na direção do boteco com aquele brilho no olhar que tem o pesquisador no limiar da grande revelação, ou o santo antes do doce martírio.
E tem a história do Nascimento, que um dia quase brigou com o garçom porque chegou na mesa, cumprimentou a turma, sentou, pediu um chope e depois disse:

_ E trás aí uns piriris.

_ O que? – disse o garçom.

_ Uns piriris.

_ Não tem.

_ Como, não tem?

_ “Piriris” que o senhor diz é...

_ Por amor de Deus. O nome está dizendo. Piriris.

_ Você quer dizer – sugeriu alguém, para acabar com o impasse – uns queijinhos, uns salaminhos...

_ Coisas pra beliscar – completou o outro, mais científico.

Mas o Nascimento, emburrado não disse mais nada. O garçom que entendesse como quisesse. O garçom, também emburrado, foi e voltou trazendo o chope e três pires. Com queijinhos, salaminhos e azeitonas. Durante alguns segundos, Nascimento e o garçom se olharam nos olhos. Finalmente o Nascimento deu um tapa na mesa e gritou:

_ Você chama isso de piriris?

E o garçom, no mesmo tom:

_ Não. Você chama isso de piriris!

Tiveram que acalmar os ânimos dos dois, a gerência trocou o garçom de mesa e o Nascimento ficou lamentando a incapacidade das pessoas de compreender as palavras mais claras. Por exemplo, “flunfa”. Não estava claro o que era flunfa? Todos na mesa se entreolharam. Não, não estava claro o que era flunfa.

_ A palavra está dizendo – impacientou-se Nascimento. – Flunfa. Aquela sujeirinha que fica no umbigo. Pelo amor de Deus!