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Bullyng da moda


Depois da comemoração do presidente Jair Bolsonaro por o Brasil ter vendido três cargas de abacate a Argentina, a coisa piorou.

Vida que segue

Presidente dos EUA responde carta de menina que sofre bullying por ser filha de casal gay


Uma troca de cartas entre o presidente norte-americano reeleito, Barack Obama, e Sophia Bailey Klugh, uma menina de dez anos, está causando comoção na internet.  
Sophia é filha de um casal gay e é incomodada por colegas na escola por essa razão.

Na carta que escreveu a Obama, ela disse que o democrata é seu herói e que ficou muito feliz por saber que ele concorda que dois homens podem se amar.

Além disso, Sophia perguntou ao presidente o que ele faria se estivesse em seu lugar.

O presidente respondeu que os Estados Unidos celebram a diversidade e que ela tem muita sorte de ter pais que a amam tanto.

Ele também aconselhou a menina a lembrar aos colegas que é preciso "tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados".

As cartas de Shofia e Obama


Presidente dos EUA responde carta de menina que sofre bullying por ser filha de casal gay 

Uma troca de cartas entre o presidente norte-americano reeleito, Barack Obama, e Sophia Bailey Klugh, uma menina de dez anos, está causando comoção na internet.

Sophia é filha de um casal gay e é incomodada por colegas na escola por essa razão.

Na carta que escreveu a Obama, ela disse que o democrata é seu herói e que ficou muito feliz por saber que ele concorda que dois homens podem se amar.

Além disso, Sophia perguntou ao presidente o que ele faria se estivesse em seu lugar.

O presidente respondeu que os Estados Unidos celebram a diversidade e que ela tem muita sorte de ter pais que a amam tanto.

Ele também aconselhou a menina a lembrar aos colegas que é preciso "tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados".

Confira a tradução das correspondências:
 
Carta de Sophia:

“Querido Barack Obama,

Aqui é Sophia Bailey Klugh, sua amiga que te convidou pra jantar. Se você não se lembra, tudo bem. Eu só queria te dizer que estou muito feliz por você concordar que dois homens podem se amar, porque eu tenho dois pais e eles se amam. Mas na escola as crianças acham que isso é nojento e esquisito, e isso realmente machuca meu coração e meus sentimentos. Então venho até você, porque você é meu herói. Se você fosse eu e tivesse dois pais que se amam, e garotos na escola falassem mal de você por causa disso, o que você faria?

Por favor, responda!

Só queria dizer que você realmente me inspira, e espero que você ganhe e continue sendo presidente. Você faria deste mundo um lugar melhor.

Sua amiga Sophia.

P.S.: Diga oi pras suas filhas por mim!”
 
Carta de Obama:

“Querida Sophia,

Obrigado por me escrever uma carta tão reflexiva sobre a sua família. Lê-la me deixou orgulhoso de ser seu presidente e mais esperançoso ainda sobre o futuro da nossa nação.

 Na América, nenhuma família é igual. Nós celebramos essa diversidade. E reconhecemos que ter dois pais ou uma mãe não importa, o que importa é o amor que manifestamos um pelo outro. Você tem muita sorte em ter dois pais que te amam tanto. Eles têm sorte em ter um filha tão incrível como você.

Nossas diferenças nos unem. Você e eu somos abençoados por viver num país em que nascemos iguais, sem distinção pela nossa aparência externa, onde crescemos, ou quem nossos pais são. Uma regra boa é tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados. Lembre seus amigos da escola desta regra se eles disserem algo que te machuque.

 Mais uma vez, obrigado por abrir mão de seu tempo para me escrever. Sinto-me honrado por ter seu apoio, e inspirado pela sua compaixão. Desculpe por não poder ter ido jantar com você, mas eu certamente direi a Sasha e Malia que você disse oi.
Atenciosamente, Barack Obama.”
Fonte: R7

Quem é o responsável?

Se duas pessoas tomam um caldo bem salgada e a pressão arterial de uma vai às alturas, a culpa é do sal?...
Se duas pessoas comem doce e a glicose de uma dispara, a culpa é do sal?...
Se duas pessoas comem sarrabulho e uma sofre dores, a culpa é do sarrabulho?...
Se muitas pessoas zoam, mangam, zombam de duas pessoas e apenas uma delas se incomoda, a culpa é de quem manga?...
Não. A culpa, a responsabilidade é do incomodado!
Por isso essa besteira de bulliyng é coisa de quem não tem o que inventar. E zéfinim.

Bullying

[...] é bulir com a língua portugueza

Na língua inglesa, bullying é o comportamento pelo qual uma pessoa amedronta outra, ou lhe causa dor, ferimento, constrangimento, ou outros sofrimentos, até no plano emocional.
Há tempos noto o crescente uso do termo no Brasil, em particular para descrever ocorrências nas escolas. Ele ganhou maior notoriedade depois que no Rio de Janeiro, no dia 7 de abril, houve o assassinato de 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira. O criminoso, Wellington Menezes de Oliveira, teria sofrido o bullying quando aluno da mesma escola. Pela internet soube que, manco, era chamado de suingue pelos colegas.
Da minha janela vejo periquitos a bicar e ameaçar seus colegas e outras aves. Trata-se de comportamento típico de animais, herdado por seres humanos. E, nessa condição, também sob versões além da física, como agressões verbais, apelidos constrangedores, intrigas e fofocas. Já existe também o cyberbullying, via internet, celulares e outras tecnologias digitais.
Portanto, o bullying não é novidade histórica e alcança todo o espaço onde está o ser humano. Assim, seria surpreendente se a língua portuguesa não tivesse palavras próprias para descrevê-lo. E as tem. Surpreendentemente mesmo é o desconhecimento delas, conforme revelado pelo amplo uso de bullying. Pelo que vi na internet, outras pessoas também perceberam esse desconhecimento.
Pensando no referido comportamento, recordei-me de palavras que, quando criança, ouvia para descrevê-lo. Por exemplo, em casa, na escola e na rua alguém dizia "fulano buliu comigo". Aí está o bullying, e nessa e noutras formas em dicionários da nossa língua.
O meu (Houaiss) apresenta como significados de bulir: mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros. E não consta como regionalismo. Neste caso, no Nordeste tem também o significado de tirar a virgindade. Acrescente-se que nas duas línguas as palavras começam da mesma forma, mas ignoro se têm etimologia comum.
O mesmo dicionário tem também bulimento, o ato ou efeito de bulir, e bulidor, aquele que o pratica. Ou seja, temos palavras para designar tanto o sujeito (bully), como o verbo (to bully) e o ato decorrente (bullying). Acrescente-se que no desnecessário uso deste último anglicismo se fica só na referência ao ato, dificultando ou desnecessariamente estendendo textos, o que é feito não apenas corriqueiramente pela imprensa, mas também por gente importante.
Por exemplo, o filósofo e educador Gabriel Chalita, hoje deputado federal, quando vereador da capital paulista apresentou projeto de lei que "dispõe sobre ... medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying... (nas)... escolas públicas do Município...". No trecho que trata dos objetivos, o projeto inclui o de "orientar os agressores, por meio da pesquisa dos fatores desencadeantes de seu comportamento". Por que não usar bulimento e bulidores? Quanto à conscientização destes, é indispensável, pois muitos não percebem o mal que praticam.
A propósito, em site do governo dos EUA (www.stopbullying.gov), voltado para combate ao bulimento, uma das orientações consiste em levar bulidores efetivos ou potenciais a fazer a si mesmos esta pergunta: "Se alguém lhe fizesse a mesma coisa, você se sentiria incomodado?" O termo bulidor também se revela conveniente ao dispensar referência prévia a bullying, ou mesmo a bulimento.
O mesmo anglicismo também está onipresente em cartilha sobre o assunto lançada pelo Conselho Nacional de Justiça, com o título Bullying: Cartilha 2010 - Justiça nas Escolas, escrita pela psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. Aí bulidores são novamente chamados de agressores e, também, de opressores. Soube ainda que o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, escreveu um artigo intitulado Bullying - aspectos jurídicos.
Como se percebe desses exemplos e do noticiário em geral, há muita gente bulindo com o idioma português. Se este falasse certamente reclamaria do bulimento a que é submetido.
O deputado federal Aldo Rebelo, que pontificava como grande defensor da língua pátria - esse era o nome que tinha quando comecei a estudar -, esteve nos últimos meses muito ocupado como relator do Código Florestal, na Câmara. Gostaria de vê-lo de novo na ativa a defender o português no meio ambiente onde sofre a poluição de outras línguas.
E não só quanto ao assunto desse artigo, mas também para protestar contra algo mais grave, pois reconheço que bulir e seus derivativos não são muito conhecidos e, por isso mesmo, precisam ser difundidos. Trata-se da proliferação de anglicismos claramente desnecessários, como delivery, sale, off e muitos outros estrangeirismos.
Particularmente estranháveis são os nomes dados a edifícios nos anúncios de lançamentos de imóveis. Ainda no último fim de semana havia neste jornal nomes como Still, Grand Terrace e - inacreditável! - Tasty Panamby. Se traduzido das duas línguas de onde vem, o inglês e o tupi-guarani, este último significaria Borboleta Gostosa.
Já escrevi aqui sobre o mesmo assunto (Prédios com nomes de outro mundo, 6/5/2010) e, apesar do meu apelo, ninguém me explicou convincentemente os fundamentos desse fenômeno. Enquanto isso não vem, fico com as minhas versões. É gente que não dá valor à nossa língua. Ou talvez pense que morando em prédios assim denominados estaria a viver em outro país. Os nomes também podem ser cacoetes de arquitetos e marqueteiros, mas não inconsequentes no seu bulimento com a língua portuguesa.
Bilac, que a chamou de "última flor do Lácio", certamente lamentaria vê-la reproduzida com esses e muitos mais espinhos de outras espécies.
Roberto Macedo - ECONOMISTA (UFMG, USP E HARVARD), PROFESSOR ASSOCIADO À FAAP, É CONSULTOR ECONÔMICO E DE ENSINO SUPERIOR

WELLINGTON, ENTERRADO COMO ANIMAL SEM DONO

“Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó retornarás”.
(De cerimonial fúnebre católico)
Prezad@s amig@s:
O corpo do jovem Wellington Menezes de Oliveira, morto aos 24 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, portador de transtornos mentais, vítima de maus tratos e humilhações quando era aluno da escola e autor dos disparos que mataram 12 estudantes da escola e feriram outros 12, alguns gravemente, foi depositado ontem num buraco raso e sem lápide no Cemitério do Caju, na zona portuária da cidade.
Nenhuma autoridade de primeiro, segundo ou décimo escalão compareceu. Nenhum ministro religioso – católico, evangélico, islâmico ou umbandista – esteve presente para rezar pelo jovem homicida e suicida e manifestar compaixão por seu trágico destino.
Filho de paciente psiquiátrica abandonada nas ruas, segundo informações divulgadas pela mídia, e criado por pais adotivos já falecidos, Wellington tinha cinco irmãos adotivos, além de primos e sobrinhos. Nenhum desses parentes reclamou o corpo, nem compareceu ao sepultamento. Nenhum procurou respeitar o pedido de Wellington de que seu corpo fosse enterrado ao lado de sua mãe adotiva, provavelmente a única pessoa que lhe dedicou atenção e afeto ao longo de sua breve e dilacerada existência. A conduta de seus irmãos adotivos, mesmo que ditada por medo, confirma o abandono em que Wellington foi relegado numa casa herdada nos últimos meses de vida e o desabafo do jovem, registrado num dos textos encontrados nessa casa, de que ele não tinha uma verdadeira família.
Houve em Realengo duas tragédias superpostas: a das crianças e pré-adolescentes mortos e feridos estupidamente e a do jovem doente e solitário que os alvejou. Essa última tragédia tem sido, porém, negligenciada e Wellington tratado como um “monstro”, como estampou a revista Veja em capa, “monstro” que não mereceu atenção nem tratamento quando era vivo e não tem merecido respeito após sua morte.
Fotos do precário enterramento de Wellington no Cemitério do Caju mostram uma vasta área de terra seca, nua, poeirenta, por onde se espalham 5 mil covas rasas, sem delimitação, nem identificação, nas quais são deixados os corpos de indigentes e desamparados como Wellington. Muitos cães e cadelas de estimação são sepultados com mais regalias. Em nossa sociedade capitalista, os preconceitos ideológicos e as diferenças sociais se estendem até mesmo às condições e ritos de sepultamento.
 Duarte Pereira

Blliyng

Embora as pessoas envolvidas em bullying enfrentem o problema normalmente no ambiente escolar, um estudo [ontem] mostrou que agressores e vítimas são mais suscetíveis ao convívio com a violência em suas casas.

Famílias violentas são mais comuns entre jovens identificados com bullying, sejam os alvos ou os agressores, segundo o levantamento.
O bullying é caracterizado por agressões propositais - verbais ou físicas - feitas de maneira repetitiva por uma ou mais pessoas contra um colega. A ação é usualmente associada aos ambientes escolares.
Leia mais Aqui

Nossos filhos, nossos netos, nossas escolas e nosso mundo


A alienação cultivada criou um jovem ensimesmado e prisioneiro da busca individualizada
 
 “Jovens completamente desinformados nunca ouviram falar de Vladimir Herzog ou João Goulart. Eles não têm culpa, a culpa é das elites que preferem omitir os fatos ou manipulá-los”.
Mário Augusto Jakobskind, jornalista e escritor.
 
  
 Agora que a tragédia da Escola Pública de Realengo vai sumindo da mídia, como soe acontecer no minguar de fatos novos e na indigência das últimas cenas, cabe-nos abrir a grande angular para alcançar esse universo vazio em que nossos filhos e nossos netos patinam ensimesmados na angústia de resolverem suas vidas sozinhos, na fogueira dos conflitos inflados pela individualização do triunfo.

Deploro do fundo d’alma que essas gerações imaturas tenham sido jogadas na modernidade mais farta em liberdades, em descontração e em conquistas tecnológicas sem que, ao mesmo tempo, salvaguardassem os valores mais nobres da natureza humana.

Ao contrário, a força potencializadora emanada dos incomensuráveis avanços no plano da informação e a liberalização saudável do corpo e da mente parece ter sido usada na determinação estratégica da bestialização imobilizadora dos focos susceptíveis à indignação e repulsa.

Mesmo admitindo que historicamente o envolvimento de jovens nas causas humanitárias, distantes do seu interesse pessoal,  e na despojada contestação dos desatinos limitou-se a uma minoria mais esclarecida, é difícil hoje ver jovens mobilizados por puro idealismo, tal como naqueles idos em que se alçavam alguns até para condenar a câmera de gás que executou em 1960 Caryl Chessman, o bandido que se fizera escritor brilhante no corredor da morte de San Quentin, na Califórnia.

A grosso modo, é deprimente constatar uma insolente inversão dos papéis: é mais fácil ouvir o esperneio dos avós premidos nos limites de sua capacidade física do que o grito sonoro dos peitos juvenis.

O bullyng das agressões interpessoais

Esse processo insidioso de redirecionamento dos ímpetos de uma idade ainda não contaminada pelo pragmatismo arrivista está dando na formação de hordas de solitários ególatras, confinados num ambiente em que cada um deve tratar exclusivamente de si, sem qualquer elo com seus iguais: antes, aliás, mais propensos a tratarem de serem mais desiguais possíveis, sob pressão da idéia de que não há espaço para todos.

Isso leva inevitavelmente a descobrir futuros competidores no seu meio e a buscar a própria afirmação na exploração da eventual deficiência e na timidez dos outros. Essa síndrome de uma “agressividade competitiva inconsciente”, que se manifesta nas escolas de primeiro grau com maior frequência, com o nome importado de BULLYNG por repetir práticas da matriz cultural, está intrinsecamente ligada ao processo de recanalização do potencial rebelde dos jovens,  sujeitos a perfis degenerativos.

Sabem as autoridades educacionais da proliferação de grupos de alto teor de agressividade, verdadeiras gangues, que impõem suas vontades com tal petulância que chegam a encurralar professores, sujeitando-os ao seu comando, inclusive na imposição de notas.

Gangues nas escolas e o silêncio dos mestres

Se o morticínio de Realengo expôs uma personalidade esquizofrênica e conscientemente envolvida na gestão de um ato brutal, seriam honestas a direções das escolas, sobretudo, infelizmente as públicas de áreas conflagradas, se tivessem coragem de coibir abusos de gangues, algumas auto-proclamadas como sob a proteção de bandidos de suas áreas.

De um modo geral, sem esperança de que um gesto possa produzir efeitos positivos, os professores calam mesmo quando são afrontados em plena sala de aula. Mas nenhum deles pode negar a existência de uma cultura de violência banalizada, coisa que não é exclusiva das periferias pobres.  Em escolas de ricos é comum professores serem alvos de bolinhas de papel quando estão de costas para a turna.

  Ali mesmo na capital federal não é rara a exibição de meninos de classe média na prática de atos perversos e nos conflitos intergrupais. Lá a proliferação de gangues de condomínios e de certas escolas é pública e notória.

Até uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro mostrou o grau de insuficiência no trato com o bullyng. O Instituto INFORMA revelou, em matéria publicada com destaque por O GLOBO, um grande percentual de vítimas dessas práticas entre os 830 estudantes ouvidos. Curiosamente, nenhum dos entrevistados admitiu ter praticado ele próprio esse tipo de violência cada vez mais perversa.

Não seria forçado associar tais práticas aos trotes que ainda fazem parte da crônica juvenil. A única diferença é que esses parecem integrados ao currículo escolar, no processo de iniciação dos novos alunos, tal como acontece em algumas seitas e sociedades fechadas.

Jovens no descaminho manipulado
 
De fora do ambiente escolar, o progresso tecnológico da mídia e dos games se encarrega de oferecer insumos à substituição dos impulsos motivacionais, levando em última instância à forja de um jovem moderno “sem saco” para os atos que afetam o sistema de castas cristalizado através da pirâmide social intocável.

Em troca, os anabolizantes mentais oferecem a esse mesmo jovem sensações compensatórias, primeiro no plano da afirmação de um egoísmo hipertrofiado; num segundo momento, na indução a atitudes mais radicais, como o uso de drogas cada vez mais facilitado até mesmo por seus preços popularizados.

Os jovens se movem a pilhas novas, com cargas em excesso. Ao exacerbarem seus fins pessoais, correm o risco do próprio curto circuito. Assuntos pessoais, inclusive de ordem sentimental, são maximizados e viram torturantes cavalos de batalha. Há uma grande possibilidade de que o vírus narcisista se volte contra eles próprios, na medida em que seu egocentrismo não se realize em toda a sua plenitude.
 
O sistema opera igualmente a seleção prévia dos seus nerds, seus meninos prodígios que escapam às conturbações angustiantes da idade para ingressar na nova elite dirigente. Isso em função de um elemento excludente de natureza existencial, tão influente como os limites de classe.

Aí entra outra frustração construída. O acesso à Universidade se tornou mais fácil com as ofertas de um varejão escolar, mas isso não significa necessariamente emprego na área de formação.

Há uma irresponsabilidade visível na proliferação de faculdades de baixo rendimento, em condições de oferecer não mais do que o diploma. Só na área do Direito, mais de mil cursos. Comunicação Social, um segmento que se desvaloriza e se estreita de ano para ano, atrai milhares de garotos cheios de sonhos, tendo como referência, em especial, os espaços televisivos, fomentadores de expectativas de ordem profissional e existencial, e o endeusamento de alguns raros “gênios” da propaganda.
 
A família perdida na mudança de hábitos
O arco midiático reproduz de tal forma o modelo da matriz norte-americana que até os hábitos alimentares foram incorporados, com previsões pessimistas das autoridades de saúde: em 13 anos teremos o mesmo percentual populacional de obesos dos Estados Unidos.

As televisões incrementam a dependência cultural com a massificação de enlatados norte-americanos. Quase todos os quase cem canais a cabo são dos Estados Unidos e refletem seu modo de vida, seus problemas típicos, suas idiossincrasias recheadas de hipocrisias. Dos 2.150 filmes em média  exibidos mensalmente, mais de 70%,  realçam cenas de violência e de crimes, muitos com formatos didáticos. 

O conflito de gerações tem novas conotações e não se limita ao culto da rejeição aos discursos “ultrapassados”. Há inversão de hábitos. Antes, o neto ia buscar o chinelo da avó. Agora é a pobre velhinha que se sujeita à tirania de uma garotada prenhe de auto-afirmação e de prazer personalíssimo.

A pressão do cotidiano eliminou a ceia em família. Já não se faz consulta aos velhos: a garotada já “nasce sabendo” ou prefere se informar na feira da internet. Suas relações ocorrem agora com maior intensidade no Orkut e no faceboock.

Pode-se dizer que os filhos passaram a pautar os pais ou a cultivarem suas agendas paralelas, infensas a qualquer palpite paternal.

A alienação que exacerbou o individualismo

Os jovens que um dia foram contestadores dos estados atrabiliários tendem agora ao choque familiar, mesmo sem a explicitação dos atritos. A carga de informação recebida dos meios eletrônicos substitui tudo, do pai ao pároco. Os antigos valores tornam-se jurássicos, a cultura nativa cede à hegemonia dos metaleiros e dos roqueiros que entram em suas veias no bojo de uma excessiva bateria de clipes alucinógenos, acolitados pela facilidade com que se pode baixar qualquer música do mundo pela internet.

Tudo isso decompôs o ideal juvenil, extirpou aquela velha premissa de que o sucesso pessoal dependia do avanço conjunto da sociedade. Alastra-se como axioma a compreensão de que é cada um por si e nada mais.

No mesmo diapasão, gerações aflitas de pais apegados ao ganha-pão, qualquer ganha-pão, vão deixando de ser referência na “concorrência” desleal dos mitos massificados, heróis de laboratório que são mais poderosos do que a figura paterna, modelares em um passado esquecido.

Em suma, para ficar por aqui, é plausível admitir que o sistema venceu no seu projeto alienante. Mas tudo que diz respeito à espécie humana carrega em si o seu contrário, a possibilidade de um desdobramento fora da programação.

Nossos filhos, nossos netos e nossas escolas já não incomodam o Estado das elites dominantes. Mas suas energias subsistem e se voltarão contra os seus, os parceiros e até mesmo contra os próprios. É aí que reside o núcleo de aberrações traumáticas, como que gerou a tragédia da Escola Pública de Realengo.

A criminalização da mangação

Promotores da Infância e Juventude de São Paulo querem que mangar seja considerado crime. Um anteprojeto de lei elaborado pelo grupo prevê pena mínima de um a quatro anos de reclusão, além de multa. Se a prática for violenta, grave, reiterada e cometida por adolescente, o autor poderá ser internado na Fundação Casa, a antiga Febem.
A proposta prevê que poderá ser penalizada a pessoa que expuser alguém, de forma voluntária e mais de uma vez, a constrangimento público, escárnio ou qualquer forma de degradação física ou moral, sem motivação evidente estabelecendo relação desigual de poder. Estão previstos casos em que a pena pode ser ampliada, como quando é utilizado meio eletrônico ou qualquer mídia (cybermangação). "Hoje, como não há tipificação legal específica, os casos que chegam são enquadrados geralmente como injúria ou lesão corporal", explica promotor Mario Augusto Bruno Neto, secretário executivo da promotoria.
Como a mangação e a cybermangação são praticados na imensa maioria dos casos por crianças e adolescentes, os promotores vão precisar adaptar a tipificação penal dessas práticas ao que prevê o ECA -  Estatuto da Criança e do Adolescente -. 
O anteprojeto será submetido, no dia 6 de maio, a aprovação na promotoria e, depois, encaminhado ao procurador-geral do Ministério Público (MP), Fernando Grella Vieira, que deverá enviar o texto a um deputado para que o documento seja encaminhado ao Congresso. Antes disso, porém, a proposta será divulgada no site do MP para consulta pública. "Queremos que a população envie sugestões para que possamos aperfeiçoá-la", explica o promotor Bruno Neto.
A educadora Madalena Guasco Peixoto, da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), considera a proposta exagerada. "Essa questão não se resolve criminalizando, e para casos graves já existe o crime de lesão corporal", opina. 
"As escolas precisam assumir a responsabilidade e, se tiver de haver punição, que seja aplicada pelos estabelecimentos de ensino", defende. 
"O problema é que as escolas estão sendo omissas", rebate o promotor Thales Cezar de Oliveira, que também assina o anteprojeto de lei. 

Bulliyng

[...] sou a favor

Querem acabar com a infância. Primeiro, ao dar às crianças os mesmos direitos dos adultos. E agora, com essa bobagem de proibir o bullying. Esse mundo está perdido.
O que será do futuro da nação se formos governados por mariquinhas mimados? Um país com pessoas sem caráter, é isso que querem!
Maldade entre crianças existe desde o início dos tempos. Gordinhos sempre foram chamados de baleia, baixinhos de tampinha e viadinhos de viadinho. Qual o problema?
O balofo vai emagrecer, o nanico vai encorpar e o frutinha pegar mulher só porque não tiraram sarro da cara deles? Papinho besta, esse. Ninguém morre só porque é humilhado.
Pelo contrário, só assim para ganharmos alguma dignidade nos nossos defeitos e fraquezas. Não existe humildade sem humilhação, sempre digo. Nem fortaleza sem muros. Meninos e meninas: saibam que o mundo é cruel.
Trauma de infância é coisa de playboy. Desculpinha de quem foi superprotegido e não confessa seu egoísmo. Vai puxar carroça na periferia pra ver se sobra tempo pra tanta frescura.
Tem que aprender a se defender, rapaziada. Não caiam nessa conversa mole de pedagogo e psicólogo. Eles só querem parecer úteis, aí ficam inventando moda pra poder cobrar cachê.
Assim que o professor der a bronca e virar as costas, os grandalhões vão sacanear os fracotes, as gostosonas vão tripudiar das feinhas, a seleção natural vai prevalecer.
Quer que seu filho seja um panaca? Ou quer protegê-lo de verdade? Então o previna que a vida lá fora é difícil, que existem pessoas más. E que desaforo não se leva pra casa.
O mundo não é justo. Não fique aí de boca aberta, que nem tonto, esperando que alguém te defenda. Se liga, bundão.

Bulliyng

Olha...vou contar 2 exemplos que beiram o início do século passado


Meu pai tinha um amigo...certa feita o cara apontou pra merda de cabra e perguntou o que era aquilo..meu pai olhou e disse que era AZEITONA...o cara comeu tudo.
PÔ malandro...coisa de criança entende?
Um tio meu pegava besouro e amarrva as patas, pra empinar...porque não tinha brinquedo  ...já imaginou o que seria dele com um Greenpeace ás soltas?
Não, não ...tão exagerando.
Daqui alguns dias nós teremos que ler UMA ENCICLOPÉDIA de leis antes de sair de casa  ...só pra nos certificarmos se não estamos magoando alguém.
A propósito  ...se você se sentiu ofendido, por favor, desconsidere tambem re re re.
Penso que mais importante que estas maquiagens, melhor mesmo seria o BRASIL enfrentar os crimes contra a VIDA HUMANA que, parece, já não vale mais nada  aqui e virou epidemia ...hoje neguim vai de roubar um cordão e BUMMM na tua cara ...um sorvete e TRIbumbum no peito  ..qualé  ..não seria melhor estes deputados começarem a FALAT a sério, tal qual gente grande, e pedirem uma reformulação pra ACABAR com os benefício (como redução de pena) destes presos (nem 5% são condenados)  envolvidos em crime de morte ...crimes motivado spor subtração de bens ou por motivo futil por exemplo?
ps - o BR hoje tem 500 mil presos  ...a miaoria rastaquera  ...500 mil ainda por prender  ...e talvez 1 milhão que precisariam ser condenados ...não dá!

Bulliyng

Acham pouco as besteiras que temos e ainda vão buscar mais lá conchinchina.

Apelidar, mangar, zombar, aperrear, frescar com outra pessoa agora vai ser transformado em crime. 

Que culpa temos nós de alguns serem complexados?

Por que temos de pagar pelos defeitos dos outros?

Vão procurar o que fazerem seus blliynguizados.

Dilma x Serra: O que está em jogo



"Menina de 9 anos é agredida na escola de São Paulo por defender Dilma"


#BulliyngEleitoral: Quando os pais ensinam o ódio



Posted by Arnobio Rocha em outubro 6, 2010



Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!



Mário Quintana



Bullying



Segundo a Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying )  "é um
termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou
psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo
(bully – «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o
objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de
indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as
vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos
cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.



Cena de uma escola de classe média de orientação católica de SP



1) Minha filha de 9 anos estuda numa escola cristã classe média de SP,
hoje foi vítima de bulliyng pesado porque defendeu Dilma;



2) Ela foi importunado por coleguinhas cujos pais votaram no Serra. Começaram zoando que Dilma perdeu;



3) Minha filha revidou dizendo que tinha mais eleição, eles começaram a gritar "Dilma Assassina", que ela foi presa, que roubava que mata crianças;



4) Minha filha tentando fugir desta turminha e sendo caçada, levou soco, chutaram e pisaram na mochila dela não paravam de gritar.



Ao chegar no carro ela contou para sua mãe e ainda estava em prantos,
não por ter recebido soco, mas porque não conseguia se livrar da malta
selvagem que lhe atacavam. Cheguei em casa ela me contou o caso, fique
assustado com este ódio, com esta campanha infame e pelos pais
EDUCADOS, que no caso da escola têm curso superior, ganham em média de
R$12 a 15 mil por mês, mas ensinam aos filhos pequenos que Dilma é
BANDIDA, onde vamos parar?



Nem 1989 Collor ousou pregar o ódio de forma tão aberta. No meio das
coisas que diziam para minha filha é  Dilma ia matar crianças com
aborto. Criança repetindo Dilma Bandida, Assassina, que mata crianças.



Pior tive que explicar porque Dilma foi presa, em que condições o país
vivia na ditadura, o que é uma ditadura, o que é o aborto. Imagem
desoladora, vontade de chorar diante deste ódio. Eles transformaram as
eleições num inferno, em SP, classe média, perdeu a noção. Não dar
mais para ficar calado. Reflete o q os pais falam em casa, criança não
cria estas coisas da cabeça, onde estamos?



Da classe dela de 21 alunos, 4 dizem que os pais votaram na Dilma…aí
são vítimas dos demais.coisa raivosa.Vou preservar nome da escola.



Isto é um desabafo, estou absolutamente revoltado. Os pais sabem que
somos de esquerda, nos respeitem. Entendam o que relatei é um alerta
para campanha de ódio que estamos sendo vítimas, não existe limite
ético, é fascismo aberto.



Quando os pais transmitem seus ódios aos filhos contra Dilma, Não
estamos mais numa sociedade democrática rompem-se os laços.Vamos criar
nossos filhos com amor, não com ódio. Eleições passam, marcas ficam.



A Gênese do Neo-Fascismo



No espaço Wilhelm Reich
definição sobre a natureza psicológica do Fascismo:



"Na história da humanidade não é difícil encontrar inúmeros exemplos
de processos de praga emocional em ação. O surgimento do fascismo na
Alemanha nazista seria um excelente exemplo. O termo praga se refere à
natureza contagiosa da histeria social e à dificuldade de se resistir
a ela. Em seu livro A Psicologia de Massas do Fascismo, Reich já havia
tentado compreender o surgimento do nazismo. Para ele o fascismo
político seria a expressão social de um fascismo básico, emocional e
individual. Poderia ser encontrado em todos os credos religiosos,
podendo ocorrer mesmo em grupos de pessoas cujos objetivos conscientes
tivessem um caráter extremamente positivo."



Além disto, revejo como didaticamente, os meios de comunicações vão
degradando o espaço da informação, substituindo pela corrosiva luta
política apelativa, sem noção do mal que carrega para sociedade, na
tentativa de atingir o Governo atual e sua candidata não se negaram a
publicar falsas notícias com o intuito claro de macular a imagem dela:



1) Ficha falsa da Dilma na Folha de SP, sem jamais se retratar;



2) Chamada de capa para artigo de Cesar Benjamin dizendo que Lula tentou violar um preso quando se encontrava preso (Menino do MEP);



3) Revista Época publica a imagem da Dilma "guerrilheira"; 

4) Várias capas da Veja com os "radicais" do PT em forma de demônios;



5) Estadão publica editorial apoiando Serra, em que nomeia Dilma como o "Mal a evitar";



6) Questão do aborto tratada sem a devida posição real do que Dilma pensa;



As centenas de emails falsos sobre a vida pessoal da Dilma, seu
"lesbianismo", sobre querer "matar as criancinhas" (Palavras de Mônica
Serra em Nova Iguaçu-RJ) Vejam a lista no link
) . Isto combinado com os vídeos que o PSDB produziu e postou no
) e não teve coragem suficiente de pôr na TV. Os trolls que atacam sem
a menor capacidade de debate político, que apenas reforçam o ódio,
atacam a honra e a imagem de cada um de nós.



Por tudo isto vejo de onde vem todo este ódio, o Fascismo redivivo,
que é protegido por uma mídia cada vez mais ardente por SANGUE e ÓDIO.
Mas não dobrarão nossa vontade indômita de lutar por um mundo melhor e
um Brasil mais justo.