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Charge do dia

Elite que enforcou e esquartejou Tiradentes, faria o mesmo hoje
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Em charge publicada hoje (21/04) na Folha de São Paulo, cartunista Laerte associa o processo de linchamento político por que passam os petistas ao enforcamento e esquartejamento sofrido por Tiradentes, o homenageado pelo feriado nacional; na charge, vê-se Tiradentes, já no patíbulo, com o laço da corda sendo amarrado por um dos dois soldados que o ladeiam, quando, da platéia, alguém grita: "Vai pra Cuba!", frase comum nas manifestações contra o governo, que ganharam as ruas nos últimos dois meses; naquela época, os inconfidentes sofreram processos, condenações, perseguições e o degredo, mas só Tiradentes foi enforcado, esquartejado e teve seus restos espalhados pelas vias públicas para que servisse de exemplo aos demais; será que o PT passa pelo mesmo processo?

Exaltação a Tiradentes

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal, batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792)
De acordo com levantamento feito pela psicóloga francesa Monique Augras em seu livro O Brasil do Samba-Enredo (FGV, 1998), Tiradentes foi o vulto nacional mais citado em sambas-enredo no período em que as escolas de samba eram obrigadas a abordar temas da História nacional (1948-75). 
Mas foi só uma vez que o herói teve uma homenagem exclusiva: foi no bicampeonato do Império Serrano, em 1949, com o antológico "Exaltação a Tiradentes" (Mano Décio da Viola - Penteado - Estanislau Silva): "Joaquim José da Silva Xavier/ Morreu a 21 de abril/ Pela independência do Brasil/ Foi traído e não traiu jamais/ A inconfidência de Minas Gerais". 
Mano Décio tinha especial apreço pelo alferes, pois já no ano anterior apresentara, junto com Silas de Oliveira, nada menos que 3 sambas sobre ele. A escola preferiu apostar no tema "Antônio Castro Alves" (Altamiro Maio - Comprido). Mas 49 foi o ano de "Exaltação a Tiradentes", apresentado por Mano Décio e Penteado num ensaio que arrebatou a escola. Estanislau entrou na parceria porque, tendo ouvido o samba, foi a Madureira pedir autorização para divulgá-lo no asfalto. Desta forma, foi o primeiro samba-enredo que sobreviveu ao desfile, sendo gravado por Roberto Silva apenas como "Tiradentes" e voltando a fazer sucesso no carnaval de 1955.
“Exaltação a Tiradentes” foi um grande sucesso e chegou a ser gravada por diversos grandes nomes da música, como Elis Regina, Cauby Peixoto, Chico Buarque de Holanda e Jorge Goulart.
 Tiradentes em outros sambas
Tiradentes figura também em diversos enredos que buscam enumerar uma série de fatos históricos, como "Seis Datas Magnas" (Althair Prego - Candeia/Portela, 1953): "Foi Tiradentes o Inconfidente/ e foi condenado à morte/ 30 anos depois o Brasil tornou-se independente/ Era o ideal de se formar um país livre e forte"; "Três acontecimentos históricos" (Vila Isabel, 1966): "Por um ato de heroísmo/ Foi sacrificado o nobre Tiradentes";
"Histórias e Tradições do Rio Quatrocentão - Do Morro Cara de Cão à Praça Onze" (Waldir 59 - Candeia/Portela, 1965): "Não devemos esquecer o mártir Inconfidente/ O heróico Tiradentes".
Em alguns sambas, sua presença na letra se justificava por ser um enredo voltado para lutas libertárias, como "Movimentos Revolucionários e a Independência do Brasil" (ala dos compositores do Império Serrano, 1961): "Tiradentes sonhou com a nossa libertação/ Morreu defendendo o direito da nossa nação"; 
e "História da Liberdade no Brasil" (Aurinho da Ilha/Salgueiro, 1967): "Tiradentes, Tiradentes/ O herói inconfidente, inconfidente/ Domingos José Martins/ Abraçaram o mesmo ideal".
Mas o alferes podia ser citado apenas a pretexto de simples menção a seu Estado natal, como em "O Vale do São Francisco" (Cartola - Carlos Cachaça/Mangueira, 1948): "...a terra do ouro/ berço de Tiradentes/ Que é Minas Gerais."
Ainda na linha dos sambas enumerativos, talvez o mais curioso seja "Vultos e Efemérides" (Simeão - Jorge Porqueiro), com o qual a Portela foi bicampeã em 1958: "Em 22 de abril de 1500/ Nosso gigante vi cair/ Por diante com amor edificou/ Essa grande pátria varonil/ E Portugal ao mundo revelou/ Brasil ô meu Brasil/ Tiradentes o mártir inconfidente/ O pioneiro do Brasil independente/ Da Inconfidência Mineira/ Pela página brasileira..."
Tão significativa presença no imaginário carnavalesco tornava Joaquim José presença obrigatória no "Samba do Crioulo Doido" (Stanislaw Ponte Preta, 1967), sátira ao gênero: "Chica da Silva/(...) obrigou a princesa (Leopoldina)/ A se casar com Tiradentes// La la la la la/ O bode que deu vou te contar// Joaquim José/ Que também é da Silva Xavier/ Queria ser dono do mundo/ E se elegeu Pedro II..." uma hilária sátira composta em 1967, pelo impagável Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta. Exaltação a Tiradentes, samba-enredo do Império Serrano, 1949, de Mano Décio da Viola.
Parcialmente retirado de: Exaltação a Tiradentes
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